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    Arquitectura

    Os projectos que vão mudar a capital

    Alguns dos mais conceituados salões imobiliários do Mundo têm sido, nas suas mais recentes edições, palco para a câmara de Lisboa apresentar alguns dos seus projectos mais relevantes ao nível do urbanismo. Polémicos ou não, a autarquia tem apostado em força na apresentação dos trabalhos A Câmara Municipal de Lisboa compilou um conjunto de projectos… Continue reading Os projectos que vão mudar a capital

    Ana Baptista
    Arquitectura

    Os projectos que vão mudar a capital

    Alguns dos mais conceituados salões imobiliários do Mundo têm sido, nas suas mais recentes edições, palco para a câmara de Lisboa apresentar alguns dos seus projectos mais relevantes ao nível do urbanismo. Polémicos ou não, a autarquia tem apostado em força na apresentação dos trabalhos A Câmara Municipal de Lisboa compilou um conjunto de projectos… Continue reading Os projectos que vão mudar a capital

    Ana Baptista
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    26 Vista Geral Metropolis

    Alguns dos mais conceituados salões imobiliários do Mundo têm sido, nas suas mais recentes edições, palco para a câmara de Lisboa apresentar alguns dos seus projectos mais relevantes ao nível do urbanismo. Polémicos ou não, a autarquia tem apostado em força na apresentação dos trabalhos

    A Câmara Municipal de Lisboa compilou um conjunto de projectos de empreendimentos urbanísticos que tem vindo a apresentar nas feiras do sector imobiliário como foi o caso do MIPIM, em Cannes ou do Salão Imobiliário de Madrid (SIMA). A maioria dos projectos já foram referidos várias vezes e chegam mesmo a suscitar polémica, como o do Parque Mayer ou o do Vale de Santo António. Outros trabalhos nunca haviam sido apresentados em eventos do género mas estão já aprovados pelo executivo camarário. É o caso dos projectos da Quinta do Mineiro ou das Residências do Martim Moniz, cujas obras deverão arrancar em breve. Outros ainda são mesmo uma novidade, mas estão ainda em fase de projecto, como o Centro Cultural da Alta de Lisboa, dos arquitectos Siza Veira e Rogério Cavaca (coordenação). Este projecto consiste ainda na construção de um edifício de apartamentos de seis pisos e na implementação de um jardim público com estacionamento subterrâneo, obras que se inserem no Plano de Urbanização do Alto do Lumiar. Estruturas que se desenvolvem numa área total de 7.200 metros quadrados, sendo que o centro cultural terá uma área total de construção de 8.500 metros quadrados distribuídos por duas salas de espectáculos. A sala 1 terá capacidade para 1.200 pessoas enquanto que a sala 2 para 450. O promotor é a Sociedade Gestora da Alta de Lisboa (SGAL), que está também a trabalhar num outro projecto, a Malha 5, do arquitecto Tomás Taveira e que a CML também tem vindo a apresentar. De acordo com a documentação da autarquia, este projecto, a implementar num quarteirão de forma triangular com mais de 65 mil metros quadrados, também na Alta de Lisboa, já foi aprovado e consiste na criação de equipamentos mistos com habitação (65.000m2), hotelaria (32.000m2), comércio/serviços (111. 500 m2) e equipamentos municipais (10.000m2).

    Residências do Martim Moniz

    Quem desce a avenida Almirante Reis, em Lisboa, ao chegar ao Martim Moniz, depara-se, no lado direito da praça, com um terreno vazio. É aí que vão surgir as Residências do Martim Moniz, um empreendimento de seis edifícios que tem como objectivo criar oferta de habitação para jovens ao mesmo tempo que requalifica uma zona histórica da capital. Esta obra terá uma área total de construção de mais de 29 mil metros quadrados, dos quais 19.583 são acima do solo e 9.771 serão abaixo do solo. No total serão criados 130 fogos, onze lojas e 226 lugares de estacionamento. O projecto é da autoria do arquitecto Augusto Vasco Costa e está a ser promovido pela EPUL. Da obra destacam-se os caminhos pedonais entre cada um dos edifícios e o facto de, em colaboração com a autarquia, se integrar no empreendimento um quartel destinado ao Regimento de Sapadores Bombeiros, o qual terá uma área bruta de 1.692 metros quadrados, dos quais 590 serão abaixo do solo e 1.102 acima do solo, correspondentes a 2 e 4 pisos, respectivamente. Vale de Santo António

    É um terreno com 45 hectares, situado entre as Avenidas General Roçadas e Mouzinho de Albuquerque, a meio caminho entre a Baixa e o Parque das Nações. Para este terreno o arquitecto portuense Manuel Fernandes de Sá está a conceber um projecto geral, mas que terá a colaboração pontual em equipamentos específicos dos arquitectos Souto Moura, Alberto Souza Oliveira e Manuel Aires Mateus. O projecto compreende uma área total de implantação de 70 mil metros quadrados onde surgirão a Biblioteca Central e Arquivo Municipal de Lisboa (já em construção), um Centro Lúdico-Desportivo, um Centro Cívico, o mosteiro de Santos-o-Novo, um business center e hotéis, e ainda entre 1900 a 2500 fogos de habitação, com uma área total de 320 mil metros quadrados, e áreas para comércio e escritórios, num total de 76 mil metros quadrados. Todas estas valências desenvolver-se-ão em redor de um jardim e praça central com quatro hectares.

    No que respeita ao ponto da situação, está, para já, aprovada a elaboração de um plano de urbanização, que caberá ao arquitecto Manuel Fernandes de Sá, que referiu tratar-se de um terreno que privilegia de «uma localização muito central e uma acessibilidade cada vez mais fácil», constituindo «uma situação de oportunidade», mas que necessita de uma «intervenção forte, que seja um motor de transformação desta área». Este é mais um empreendimento da EPUL.

    As obras da EPUL

    O Parque Mayer e a Praça de Entrecampos são os dois restantes projectos desta empresa incluídos num total de 12 que a autarquia anda a promover. O que os separa é que um deles, o Parque Mayer está parado, enquanto que o da Praça de Entrecampos já está em construção. O projecto para o Parque Mayer é muito provavelmente o que mais polémica tem levantado nos últimos anos em Portugal. Da autoria do arquitecto Frank Ghery, consiste na reabilitação de 18 mil metros quadrados à superfície e cinco mil no subsolo, de uma área total de cerca de 45 mil metros quadrados. Para esse espaço está prevista a construção de três teatros, um anfiteatro, uma escola e um clube de jazz, um centro de exposições e uma mediateca, salas de ensaio e posteriormente uma Academia de Artes do Espectáculo. No entanto, isto não passa de um projecto no papel. Isto porque, segundo o presidente da câmara, Carmona Rodrigues, as obras do Parque Mayer já não deverão arrancar neste mandato. Para já deverá ser concluído todo o processo do projecto «para se poder começar as obras», disse ainda o autarca, mas admitiu ser «um processo que vai levar tempo».

    Já o projecto da Praça de Entrecampos, da autoria do Promontório Arquitectos, deverá estar concluído em 2008 e consiste numa praça central em redor da qual surgirão edifícios de habitação com comércio e serviços, equipamentos de lazer e espaços verdes. Para o centro dessa praça está projectado o Lisboa Arte Fórum. Uma obra que representa uma área total de construção de mais de 255 mil metros quadrados, com mais de 700 fogos (dos 305 são para jovens), cerca de 24 mil metros quadrados de escritórios, onze de comércio e mais de 66 mil para habitação. A arquitectura pretende ser simples e ao mesmo tempo urbana, privilegiando os espaços públicos, os pátios e as zonas verdes, que serão implementadas entre cada um dos edifícios.

    Projectos em estudo

    A Agência Europeia de Segurança Marítima (AESM), uma obra do arquitecto Manuel Tainha, está à espera de aprovação há mais de dois anos. Orçado em 12 milhões de euros e promovido pela Administração do Porto de Lisboa (APL) este projecto faz parte da mega intervenção que o Porto de Lisboa está a desenvolver e que consiste na requalificação da zona ribeirinha sob a sua jurisdição, como é o caso do Jardim do Tabaco, da Docapesca ou do Terminal de Alcântara. Assim, a AESM vai nascer num terreno com cerca de 30 mil metros quadrados, com uma área bruta de construção de 12 mil metros quadrados, dos quais seis mil metros quadrados serão ocupados pela sede da AESM e quatro mil metros quadrados pela sede do Observatório Europeu da Droga e Toxicodependência (OEDT). No projecto inclui-se ainda um edifício de apoio comum com dois mil metros quadrados. Trata-se do Edifício do Relógio, a antiga sede da APL, que será recuperada para o efeito. Os restantes 16 mil metros quadrados serão destinados a um parque de estacionamento para 240 lugares e a jardins de utilização pública.

    Outro projecto que está em estudo, mas que a autarquia e o próprio arquitecto prometeram que iria avançar em breve é o Aterro da Boavista, ou o Design Distric, da autoria do arquitecto inglês Norman Foster e promovido pela ESPART – Grupo Espírito Santo. Situado entre o Largo de Santos e o Mercado da Ribeira, em Lisboa, o objectivo é criar uma área dedicada ao design e à cultura. Para o efeito pretende criar-se uma série de espaços culturais como auditórios, salas de reunião e exposição, ateliês e espaços multifuncionais. Ao mesmo tempo, irá transformar-se a Rua D. Luís numa espécie de boulevard arborizado, com trânsito, mas privilegiando o tráfego pedonal e a instalação de comércio. Será ainda construída uma passagem pública para a zona ribeirinha, atravessando a Avenida 24 de Julho e a linha ferroviária, o que permitirá um maior usufruto da frente de rio.

    Prevista está a também a construção de uma zona residencial com 230 habitações, de uma zona de escritórios e de uma zona cultural e de comércio, rodeada de espaços verdes. O projecto conta ainda com um hotel com 210 quartos e uma torre de 27 andares. «A torre é justificada arquitectonicamente pelo desejo de libertar cerca de seis mil metros quadrados de solo para jardins e espaços públicos com vocação cultural, de entretenimento e lazer», pode ler-se num documento explicativo do projecto, fornecido pela câmara. Os restantes edifícios terão entre os quatro e dez andares, dando continuidade à paisagem urbana da cidade de Lisboa.

    Projectos Internacionais

    Renzo Piano e Ricardo Boffil são dois arquitectos estrangeiros que estão a desenvolver projectos para Lisboa. O primeiro é italiano e está a conceber os Jardins de Braço de Prata, uma intervenção que prevê a transformação e revitalização de uma zona industrial abandonada num bairro multifuncional para cerca de 1.500 habitantes. Situado entre o centro histórico e o Parque das Nações, o objectivo é recriar a estrutura tradicional dos bairros de Lisboa, numa área de cerca de nove hectares. Para habitação estão disponíveis mais de 97 mil metros quadrados, para actividades económicas, cerca de 25 mil metros quadrados e para serviços 17 mil metros quadrados. O Projecto está aprovado e o promotor é a Obriverca. A nível de arquitectura, Renzo Piano conta com a ajuda da CPU Urbanistas e Arquitectos.

    Já Ricardo Bofill, em parceria com os arquitectos Ramon Collado e Maria José Freitas, está a desenvolver o projecto Porta Sul, promovido pela AZATA. Vai ficar situado no Parque das Nações e consiste numa torre de escritórios de 23 andares, transformando-se assim na segunda torre a existir na cidade de Lisboa (a outra é a de Foster em Santos). A arquitectura vai ser inspirada na natureza do sítio, o antigo «Cabo Ruivo», assumindo a forma de uma rocha em granito. O projecto data de 2003 e para já tem apenas o reparcelamento aprovado.

    Projectos aprovados

    A Quinta do Mineiro «pretende ser uma referência de qualidade face à envolvente construída, não só pela relação entre edifícios, seu desafogo, sua qualidade arquitectónica, de materiais e de cores, etc., como também pelo cuidado paisagístico a imprimir a todas as novas zonas verdes», refere um documento da autarquia. Trata-se de um projecto de habitação, com uma área de intervenção de 29.059 metros quadrados, localizado no quarteirão ladeado pela Avenida Engenheiro Duarte Pacheco e pela Rua Artilharia Um. Os edifícios terão oito pisos, sendo que o primeiro e o sétimo serão para serviços e comércio (20.351 metros quadrados), o segundo piso será para serviços/comércio/habitação (10.499 metros quadrados) e os pisos 3,4,5 e 6 serão apenas para habitação (25.235 metros quadrados) com tipologias variáveis entre T0 e T5. O promotor é a Temple, Campolide Parque e a autoria do projecto é a arquitecta Margarida Caldeira, da Broadway Malyan. Outro projecto também aprovado é a Urbanização Benfica Stadium, da autoria do arquitecto Francisco Xavier Olazabal e promovido pelo Fundo de Investimento – Fundicentro. Localizado mesmo em frente ao Estádio da Luz, num terreno atravessado por uma «alameda» (a rua em frente ao estádio), este novo empreendimento desenvolve-se segundo dois eixos principais. «Um dos eixos é a rua central, paralela à “alameda”. O outro eixo, aproximadamente perpendicular a este, é definido pelo percurso de peões que se inicia junto ao Estádio da Luz, se prolonga na passagem construida sobre a “alameda”, e termina nas escadas de acesso à Rua dos Soeiros», pode ler-se na memória descritiva. No ponto de encontro destes dois eixos situar-se-á uma pequena praça com lojas ao nível do rés-do-chão. Estão previstos 13 lotes, dos quais 11 serão destinados a habitação e dois a escritórios ou serviços (lotes 4 e 7). O número de fogos para habitação é de 424, ocupando uma área de mais de 54 mil metros quadrados. As zonas de comércio ocuparão 2.730 metros quadrados, a de escritórios, 7.551 metros quadrados e as zonas verdes, cerca de sete mil metros quadrados, perfazendo um total de 65 mil metros quadrados de área de construção. Por fim, no antigo terreno do estádio do Sporting, numa área de 26.500 metros quadrados, vão surgir oito lotes, dos quais 38 por cento será para habitação, onze por cento para comércio e 47 por cento para serviços. Um projecto dos arquitectos T +T Design e da CPU Urbanistas e Arquitectos, cujo promotor é a MDC – Multidevelopment Portugal.

    O que se propõe é uma estrutura organizada em redor de «um vasto espaço central livre, que constitui uma praça, à volta da qual se distribuem duas frentes, constituídas por edifícios de serviços e de habitação», pode ler-se num documento da câmara. «Esta praça será ligada à zona do interface do Campo Grande através de uma rampa/ponte já prevista no projecto do edifício Metrópolis. A cor será um factor de destaque neste projecto, em virtude da proximidade ao actual estádio Alvalade XXI. Um pouco a nível nacional, os estádios construidos para o Euro 2004 trouxeram alguma animosidade aos investidores do sector imobiliáro, tentando aproveitar a proximidade aos recintos desportivos.

    Sobre o autorAna Baptista

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    Engenharia

    Ordem dos Engenheiros lança ‘Prémios Nacionais’

    Uma iniciativa que tem por objectivo “reconhecer publicamente engenheiros de excelência e o ensino desta área do conhecimento”, assim como “promover o papel da engenharia na sociedade”

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    O Conselho Directivo Nacional da Ordem dos Engenheiros anunciou a criação dos Prémios Nacionais Ordem dos Engenheiros (PNOE). Uma iniciativa que tem por objectivo “reconhecer publicamente engenheiros de excelência e o ensino desta área do conhecimento”, que se tenham destacado no panorama nacional e/ou internacional e que, pela sua actividade tenham contribuído para a valorização da profissão, assim como “promover o papel da engenharia na sociedade, no seu progresso e bem-estar” e “incrementar a notoriedade externa” da profissão.

    Os PNOE encontram-se divididos em várias categorias, nomeadamente, Prémio Carreira, Prémio Engenheiro do Ano 2023, Prémio Mulher na Engenharia, Prémio Engenheiro Empresário ou Empreendedor, Prémio Especialidades, Prémio Internacionalização – Engenheiro Português no Estrangeiro e Engenheiro Estrangeiro em Portugal, Prémio Jovem Engenheiro, Prémio Ensino de Engenharia e Prémio Melhor Projecto Universitário de Estudante de Engenharia.

    As candidaturas apresentadas a concurso deverão ser submetidas até às 23h59 do dia 31 de Maio de 2024, sendo que a atribuição dos prémios nas categorias Carreira, Engenheiro do Ano e Internacionalização é feita mediante apresentação de candidaturas espontâneas, nos termos dos Regulamentos aplicáveis, sendo as restantes atribuídas mediante proposta de várias entidades parceiras.

    O Conselho Directivo Nacional da Ordem dos Engenheiros designará, após aprovação e validação, os vencedores em cada uma das categorias dos Prémios, sob proposta do Júri constituído para o efeito, órgão que liderará o processo de avaliação e verificação da conformidade das candidaturas concorrentes.

    O júri é composta por Carlos Matias Ramos, Sebastião Feyo de Azevedo, Rogério Colaço, Rui Calçada, Joana Mendonça, Manuel dos Matos Fernandes.

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    “Redução de custos ambientais e operacionais” justifica importância do Aqua+ Escritórios

    Esta nova metodologia foi calibrada através da aplicação a 18 edifícios de escritórios piloto, a partir da qual foi possível determinar um potencial de poupança médio de 1,5 milhões de litros por ano, por edifício

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    A necessidade de demonstração de alinhamento com critérios de sustentabilidade tem sido maior na área dos edifícios de escritórios dada a necessidade da redução dos custos ambientais e operacionais mantendo o conforto dos utilizadores. Neste sentido, após o lançamento do sistema de avaliação e classificação da eficiência hídrica Aqua+ Hotéis, a ADENE lançou no Dia Mundial da Água, o Aqua+ Escritórios.

    “Responder a estas necessidades e gerir de forma mais eficiente o recurso água, o que valoriza os edifícios”, são os principais objectivos do Aqua+ Escritórios. Adicionalmente, “a aplicação de medidas de sustentabilidade é uma oportunidade única para a promoção da regeneração das cidades e sua resiliência às alterações climáticas”, ressalva a Associação.

    Neste sentido, vão decorrer novos cursos Aqua+, ministrados pela Academia ADENE, nas vertentes Residencial (de 4 a 10 de Abril) e Comércio & Serviços, que inclui o Aqua+ Hotéis e o Aqua + Escritórios (de 4 a 22 de Abril)

    Este sistema permite a classificação da eficiência hídrica dos edifícios de escritórios de F (menos eficiente) a A+ (mais eficiente), através da avaliação das seguintes áreas: Origens e redes de água; Usos exteriores; Casas de banho e balneários; Cozinhas e copas; Lavagem de viaturas; Sistema de produção e distribuição de água quente; Acções para a eficiência hídrica e certificações.

    Aquando da emissão da classificação Aqua+ Escritórios inicial, o Auditor Aqua+ Comércio & Serviços elabora uma proposta de plano de acção para a eficiência hídrica, a implementar nos três anos seguintes, com base nas medidas de melhoria identificadas no momento da auditoria.

    Esta nova metodologia foi calibrada através da aplicação a 18 edifícios de escritórios piloto, a partir da qual foi possível determinar um potencial de poupança médio de 1,5 milhões de litros por ano, por edifício.

    A apresentação do novo sistema de avaliação decorreu no BPI All in One Lisboa , sob o tema “A importância da eficiência hídrica nos edifícios e nas cidades”, a que se seguiu a apresentação do Aqua+ Escritórios. Ocorreu, ainda, um debate em torno do tema “Oportunidades e desafios da eficiência hídrica nos edifícios” e foram entregues as primeiras Classificações Aqua+ Escritórios e os Certificados de Qualificação de Auditores.

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    João Nuno Serra, ACEMEL

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    ACEMEL atinge os 20 associados com entrada da Nabalia e EZU Energia

    Com a entrada destas duas novas empresas, a ACEMEL integra cerca de 50% dos players do mercado

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    tagsACEMEL

    A Associação dos Comercializadores de Energia no Mercado Liberalizado, ACEMEL, alargou o total dos seus associados, que agora são vinte, com a entrada da EZU Energia e da Nabalia. Este alargamento é um passo importante na concretização do seu objectivo estratégico de assegurar a representatividade dos associados no sector, sendo que actualmente metade das empresas no mercado integram a associação.

    Desde 2018 que a ACEMEL contribui para a dinamização do mercado e consolidação do papel das comercializadoras de energia no mercado liberalizado, bem como para um mercado energético cada vez mais transparente.

    Para João Nuno Serra, Presidente da ACEMEL, “a entrada destas novas empresas é um testemunho da consistência do trabalho que temos vindo a fazer ao longo dos anos, para permitir um mercado mais dinâmico, competitivo, e que traga claros benefícios a todos – comercializadores, clientes empresariais e residenciais, e reguladores. Procurámos também, desde o início, contribuir para o processo de transição energética fundamental para a competitividade da nossa economia, e também para os objectivos fundamentais da sustentabilidade. Agradecemos a todos os nossos associados que confiam no trabalho desenvolvido”.

    A associação tem vindo a promover e divulgar melhores práticas e processos inovadores desenvolvidos pelos seus associados ao serviço dos seus clientes, de que são exemplo os projectos pioneiros na compra de energia excedente de instalações de autoconsumo, a criação de cooperativas de energias renováveis, a abordagem low-cost à comercialização e os gases renováveis, nomeadamente o biometano. Em todas estas áreas de inovação, os associados da ACEMEL têm assumido um papel de destaque.

    Em Fevereiro, e em conjunto com a Entidade Reguladora do Sistema Eléctrico, ERSE, foi acordada a criação da figura do Focal Point, com o objectivo de melhorar a gestão dos diferentes processos entre os associados e o regulador, o qual é responsável pela coordenação dos processos para aceleração e simplificação da interacção dos comercializadores com o regulador. Com esta gestão integrada de todos os processos solicitados pelos comercializadores é possível assegurar um acompanhamento mais célere e eficaz.

    Perfil heterogéneo dos associados
    Os associados da ACEMEL operam nas áreas da electricidade e gás natural, e a associação tem promovido activamente a criação da figura do comercializador de hidrogénio, respondendo a uma necessidade identificada numa área de investimento estratégico no nosso país para assegurar a transição energética. Os associados têm um perfil heterogéneo, incluindo empresas de grande dimensão internacional, empresas de dimensão média (mas com outras actividades como produção, mobilidade eléctrica ou eficiência energética) ou start-ups, que têm no seu ADN uma forte componente de inovação.

    Esta heterogeneidade de áreas de actuação, dimensão e localização, tem permitido à ACEMEL fazer propostas de grande abrangência e profundidade no sentido de ajudar ao desenvolvimento e democratização do sector em Portugal.

    A associação pretende contribuir para uma interacção construtiva que permita criar um mercado de energia cada vez mais transparente, mais equitativo e principalmente mais próximo dos consumidores, reforçando a mensagem junto dos principais stakeholders do sector e contribuindo para o reposicionamento dos comercializadores neste novo paradigma da transição energética.

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    Casa da Arquitectura
    (créditos: Romullo Baratto Fontenelle)

    Arquitectura

    Casa da Arquitectura abre concurso para bolsas de doutoramento

    A decorrer até 3 de Junho 2024, as candidaturas destinam-se às áreas de Arquitectura, Urbanismo, Território, com especial relação aos acervos, espólios e colecções da Casa da Arquitectura

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    A Casa da Arquitectura abriu concurso para a atribuição de 10 bolsas de investigação para doutoramento, financiadas pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), ao abrigo do protocolo de Cooperação para Financiamento do Plano Plurianual de Bolsas de Investigação para estudantes de doutoramento celebrado entre as duas entidades.

    A decorrer até 3 de Junho 2024, as candidaturas destinam-se às áreas de Arquitetura, Urbanismo, Território, com especial relação aos acervos, espólios e colecções da Casa da   Arquitectura e conteúdos relacionados com a teoria, história e prática da arquitectura, tecnologia construtiva, sustentabilidade e economia energética ao abrigo do Regulamento de Bolsas de Investigação da FCT (RBI) e do Estatuto do Bolseiro de Investigação (EBI).

    A Casa da Arquitectura é também entidade de acolhimento dos bolseiros, sendo que actividade se enquadra no compromisso de “promover e fomentar a investigação em torno da arquitectura e dos acervos à sua guarda, abrindo assim a possibilidade de produção de novo conhecimento científico a cidadãos portugueses e estrangeiros”.

    O Arquivo da Casa da Arquitectura conta, actualmente, com 14 acervos/espólios e três coleções de arquitetura com mais de 240 autores e doadores envolvidos, cerca de 3700 projetos e, aproximadamente, 135 mil documentos analógicos e 180 mil documentos digitais.

    No que toca a acervos individuais de autores nacionais com relevância internacional, o Arquivo da Casa tem ao seu cuidado os de Eduardo Souto de Moura, Pedro Ramalho, João Luís Carrilho da Graça, Manuel Correia Fernandes e Teresa Fonseca, entre outros, a que soma, numa esfera internacional, os espólios dos brasileiros Lucio Costa e Paulo Mendes da Rocha.

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    Arquitectura

    Fundão recebe o New European Bauhaus Festival

    O festival decorre nos dias 9 e 10 de Abril, com o tema The Future is now: Redesigning Priorities e que junta convidados das mais diversas áreas multidisciplinares, como o mundo académico, o tecido empresarial, tecnológico e inovador e jovens arquitectos

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    Nos dias 9 e 10 de Abril, a cidade do Fundão recebe o New European Bauhaus Festival, uma iniciativa satélite do The Festival of the New European Bauhaus, que decorrerá entre 9 e 13 de Abril, em Bruxelas, com transmissão online para todo o mundo. O evento terá lugar na Sala Multisusos da Incubadora do Fundão.

    A Ordem dos Arquitectos e os seus parceiros propõe um Programa de uma representatividade interdisciplinar, com participantes de áreas disciplinares distintas, como Masslab e Carrilho da Graça, entre tantos outros oradores convidados.

    The Future is now: Redesigning Priorities é o tema central do programa que, através da realização de quatro mesas, junta convidados das mais diversas áreas multidisciplinares, como o mundo académico, o tecido empresarial, tecnológico e inovador, não descurando as perspetivas mais jovens, seja na visão ainda académica e estudantil, ou a partir da prática de jovens arquitectos.

    Esta iniciativa é uma parceria entre a Ordem dos Arquitectos, a Câmara Municipal do Fundão e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro e a Secção Regional Centro da Ordem dos Arquitectos.  A participação é livre, contudo sujeita a inscrição.

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    Segurança de trabalhos em altura no sector da construção

    O Instituto Electrotécnico Português (IEP) promove no próximo dia 4 de Abril de 2024, no Porto, uma formação em ‘Segurança de Trabalhos em Altura’. Estes continuam a ser um dos principais riscos do sector responsáveis pelo maior número de mortes e feridos graves 

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    Este curso teórico-prático, direccionado a trabalhadores que tenham a seu cargo a realização de trabalhos em altura, tem como objectivos “dotar os participantes dos conhecimentos que lhes permitam efectuar com segurança trabalhos em altura; conhecer o enquadramento legal na área de segurança e saúde no trabalho; utilizar correctamente os EPI e proceder à respectiva verificação; conhecer a sinalização de segurança e a sua correcta utilização; saber avaliar as condições envolventes da obra (traçados de energia, telecomunicações etc)”.

    Os trabalhos em altura representam um risco significativo no sector da construção, com as “quedas” a representarem uma das principais causas de acidentes graves e fatais.

    De acordo com dados da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) em 2023 morreram 119 mortes em acidentes de trabalho, dos quais 25% (29 casos) foram causados por quedas em altura. Registaram-se 449 acidentes de trabalho graves, dos quais 18% (81 casos) envolveram quedas em altura.

    Entre 2020 e 2023, houve uma redução de 10% no número total de mortes por acidentes de trabalho; e uma redução de 15% no número de acidentes de trabalho graves. Apesar da redução, as quedas em altura continuam a ser uma das principais causas de morte e de acidentes graves no trabalho. Um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), com o objectivo de analisar os exames médico-legais de vítimas de acidentes de trabalho graves na região Norte de Portugal, concluiu que as quedas em altura, a par dos acidentes de viação foram as principais causas de acidentes graves e as principais vítimas são Homens, entre 25 e 45 anos, que trabalham na construção, operação de máquinas, serviços gerais e no comércio, são as principais vítimas.

    O planeamento e a avaliação de riscos são preponderantes para evitar acidente, nomeadamente, elaborando um plano de trabalho específico para cada actividade em altura, incluindo a identificação de todos os riscos potenciais e as medidas de controlo a serem implementadas. É ainda importante a realização de uma análise de segurança do trabalho antes do início da actividade, considerando as condições climáticas, o estado dos equipamentos e a qualificação dos trabalhadores. Os Equipamentos de Protecção Individual/Coletiva (EPIs e EPCs) são também elementos cruciais para a prevenção e segurança de trabalhos em altura.

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    Câmara de Setúbal vai reabilitar Palácio do Quebedo por valor superior a 2 M€

    A empreitada “tem por objecto a requalificação profunda de um único edifício vetusto”, com a criação de aprtamentos T0 e T1, devendo “as soluções arquitectónicas e o desenvolvimento das diferentes especialidades de projecto” ser “executadas por um único empreiteiro

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    A Câmara Municipal de Setúbal vai avançar com a reabilitação do Palácio do Quebedo, tendo aprovado, na última reunião pública, a abertura de um concurso público. Com um preço base que ultrapassa os dois milhões de euros (acrescido de IVA à taxa legal em vigor), a obra tem como objectivo “proporcionar habitação temporária a pessoas em situação de sem-abrigo”.

    A proposta aprovada refere que o Palácio do Quebedo vai ser reabilitado no âmbito da Estratégia Local de Habitação (ELH) para “proporcionar uma habitação temporária à pessoa em situação de sem-abrigo, apoiada por um conjunto diversificado de serviços básicos e de apoio social, em estreita ligação com outros recursos da comunidade e com o apoio técnico adequado, no sentido de promover a inserção social e a autonomização”.

    Vão ser criados apartamentos de tipologias T1 e T0 para serem utilizados como alojamento temporário, sendo a integração ou a permanência das pessoas em situação de sem-abrigo definida em função da avaliação técnica de cada situação em concreto”, embora “tendencialmente” aconteça por um período de entre três e seis meses.

    Os apartamentos vão poder acolher “entre o mínimo de uma pessoa e o máximo de duas pessoas, considerando o número de quartos disponíveis, mediante avaliação fundamentada da situação, e respeitando as normas de habitação e as condições de higiene e segurança em vigor”.

    Além da abertura do concurso público, fundamentado na impossibilidade de satisfação da necessidade com recursos próprios da autarquia, foram ainda aprovados o programa do procedimento, o caderno de encargos e o projecto, bem como a fixação em 30 dias do prazo para a apresentação das propostas.

    A não adjudicação por lotes tem como fundamentos, entre outros, o facto de a separação das prestações causar “graves inconvenientes para a entidade adjudicante” e para a segurança de veículos e de peões, além de a gestão de um único contrato ser “mais eficiente” para a autarquia e de beneficiar da “redução de preços decorrente da economia de escala, que no valor da empreitada em causa já será relevante”.

    É ainda sublinhado que a empreitada “tem por objecto a requalificação profunda de um único edifício vetusto”, devendo “as soluções arquitectónicas e o desenvolvimento das diferentes especialidades de projecto” ser “executadas por um único empreiteiro, dadas as condições do edifício em causa e a extensão da reabilitação prevista”.

    A adjudicação da empreitada tem como critério a proposta economicamente mais vantajosa, determinada através da modalidade multifactor, na qual o preço da proposta tem um peso de 60 por cento e o prazo da proposta de 40.

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    Preços de escritórios e lojas aumentaram em média +20% durante a pandemia

    A Casafari, plataforma europeia de dados imobiliários, revela as conclusões de uma análise sobre o mercado de lojas e escritórios em Portugal no período compreendido entre 2019 e 2023, procurando avaliar o impacto da pandemia neste segmento e o comportamento mais recente destes activos quer ao nível do arrendamento quer ao nível da venda

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    De acordo com os dados analisados, os preços de arrendamento e venda de ambos os segmentos cresceram, em média, +20% nos últimos cinco anos. A oferta de escritórios e lojas, tanto para venda como para arrendamento, também subiu a nível nacional, destacando-se o segmento de escritórios cuja oferta para arrendamento mais do que duplicou desde 2019, com os preços (+25,58%) a sustentarem este crescimento. Entre 2019 e 2023 o valor médio do m2 passou de 7,8€/m2 em 2019 para 9,8€/m2 em 2023, com Évora a registar o maior crescimento (+160%), seguido de Bragança (+50%) e Beja (+42,9%). Em termos de oferta no mesmo período, o número de escritórios para arrendar mais do que duplicou (+136%) em todo o país durante o período em analise.

    O crescimento foi menos acentuado de 2022 a 2023 com o preço médio de escritórios para arrendamento a registarem uma subida de +9,6% em relação ao ano anterior, evoluindo de 8,9€ em 2022 para 9,8€ em 2023. As maiores subidas nos valores de arrendamento registaram-se em Évora (+44.4%), Bragança (+28,6%) e Porto (+20%). A maior queda do preço de arrendamento verificou-se na Guarda (-16.7%) e em Faro (-7.1%). 2023 foi ano em que a oferta de arrendamento mais aumentou desde a pandemia, com o número de anúncios a crescer +44.6% face a 2022, a nível nacional, com Faro e Leiria e a Grande Lisboa a serem os distritos com maiores subidas na oferta de escritórios para arrendamento.

    Os preços de escritórios para venda em Portugal aumentaram +18,2%, passando de um valor médio de 1.108,60€/m2 em 2019 para 1.310,40€/m2 em 2023, com as maiores subidas a verificarem-se na Madeira (+50%), Setúbal (+44,5%) e Portalegre (+42,9%). No polo oposto, Bragança (-19,5%), Évora (-16,7%) e Castelo Branco (-14,3%) destacaram-se pelas quebras registadas neste indicador. No que diz respeito à oferta de escritórios para venda, o crescimento foi mais expressivo, +35,7%. Os distritos que mais cresceram a este nível foram Bragança (+375%), Açores (+233,1%) e Viana do Castelo (+175%).

    No período entre 2022 e 2023, o preço de venda por m2 Portugal subiu +11,7%, evoluindo de um valor médio de 1.173,10€/m2 em 2022 para 1.310,40€/m2 em 2023, com os maiores aumentos a serem registados na Guarda (+40%), Vila Real (+33.7%) e Bragança (+29,8%). As maiores quedas de preço em 2023 registaram-se nos Açores (-10,5%).

    A oferta em 2023 registou o maior crescimento (+17%). Contudo, este foi também o ano em que houve mais distritos a verem o número de escritórios para venda a reduzir (9). Destaque para a Madeira (-36.6%), Portalegre (-25%) e Bragança (-20.8%). O maior aumento de oferta foi registado nos distritos de Vila Real (+42.9%), Lisboa (+34.6%) e Leiria (+33.6%).

    Comércio em crescendo

    Ao nível do arrendamento de lojas a oferta mais do que duplicou no período entre 2019 e 2023. À semelhança do que aconteceu com os escritórios os preços acompanharam a subida tendo aumentado +18,8%, passando de um valor médio de 7,7€/m2 em 2019 para 9,2€/m2 em 2023, com o maior aumento a ocorrer em Beja (+83,3%). Em sentido contrário, Portalegre foi o único distrito a sofrer uma quebra de preço (-10%). A oferta a nível nacional subiu +74,1%, com Vila Real (+204,5%), Açores (+126%) e Santarém (+119%) a sobressaírem com os maiores crescimentos. De enaltecer ainda que nenhum distrito registou quebras neste indicador.

    O preço de arrendamento em todo o país apenas cresceu apenas +2,8 no período de um ano, ao passar de um valor médio de 8,9€/m2 em 2022 para 9,2€/m2 em 2023. Também aqui Beja (+37,5%) se destaca com a maior subida, acompanhada por Coimbra (+25%) e Évora (+22,2%). Por outro lado, Santarém (-22,2%), Bragança (-14,3%), Viseu (-14%) e Faro (-7%) foram os únicos distritos com descida do preço. A oferta para arrendamento, por seu lado, aumentou +25,9%, com Faro (+75,2%), Lisboa (+68,3%) e Porto (+45,9%) a evidenciarem-se. Já Braganga (-14,6%) e Viana do Castelo (-12,9%) apresentaram as maiores quebras a nível de escritórios disponíveis no mercado.

    Do lado da Venda o preço médio a nível nacional cresceu +19,1%, entre 2019 e 2023, passando de um valor médio de 1.018,30€/m2 em 2019 para 1.213,20€/m2 em 2023, com a Madeira (+41,6%), Faro (+36,7%) e Lisboa (+30,5%) a registarem as maiores subidas. Faro foi aliás a grande surpresa desta análise, dado que o preço das lojas para venda já é superior ao da Grande Lisboa (2.386€/m2 vs 2.356€/m2).

    Em sentido inverso, Portalegre foi a única região do país na qual o preço por m2 desceu (-15,9%). A nível de oferta, registou-se um crescimento de +33,5% em Portugal, com Vila Real, Bragança e Beja a serem os distritos em destaque no número de lojas para venda.
    No período entre 2022 e 2023 as maiores variações de preço registaram-se nos distritos de Madeira (+28.4%), Setúbal (+17.8%) e Faro (+14.5%). Beja foi o único distrito a verificar quebras (-1.9%). Já a oferta de lojas para venda subiu +11,3% em todo o país, com Leiria (+30,2%) a ser o distrito sobressair em termos de aumento e a Madeira (-14,9%) do lado das quebras.

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    Futura Estação de Metro de Alcântara

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    TdC dá luz verde ao prolongamento da Linha Vermelha

    O contrato referente à execução da Empreitada de concepção e Construção da Extensão da linha Vermelha entre São Sebastião e Alcântara do Metropolitano de Lisboa recebeu visto prévio por parte do Tribunal de Contas

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    Este contrato, assinado a 22 de Dezembro de 2023 com o Agrupamento Complementar de Empresas METRO S. SEBASTIÃO ALCÂNTARA, ACE, constituído pelas agrupadas Mota-Engil  Engenharia e Construção e SPIE Batignolles Internacional, Sucursal em Portugal, com o preço contratual de 321.888.000,00€ (trezentos e vinte e um milhões, oitocentos e oitenta e oito mil euros), acrescido de IVA à taxa legal em vigor, aguardava decisão do Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa quanto ao levantamento do efeito suspensivo automático decorrente da acção interposta por um dos concorrentes no concurso (FCC Construcción, Contratas Y Ventas, SAU e Alberto Couto Alves).

    O contrato foi assinado no estrito cumprimento e respeito pelo regime fixado no Código dos Contratos Públicos, decorridos os prazos legais e a tramitação subsequente legalmente estabelecida. Com a decisão agora conhecida do Tribunal de Contas, o contrato estaria em condições de iniciar a sua vigência.

    O custo total elegível previsto para o prolongamento da linha Vermelha da estação São Sebastião a Alcântara, é de 405,4 milhões de euros. Encontra-se previsto no Plano de Recuperação Resiliência 2021-2026, e conta com um investimento europeu de 304 milhões de euros e um apoio financeiro nacional de 101,4 milhões de euros.

    O prolongamento da linha Vermelha a Alcântara irá servir zonas com forte atracção e geração de viagens, com significativa densidade habitacional e de emprego, escolas, comércio e serviços, assim como alvo de grande reabilitação urbanística, como é exemplo a zona de Alcântara. Terá uma extensão de cerca de 4 km e quatro novas estações: Campolide/Amoreiras, Campo de Ourique, Infante Santo e Alcântara, esta última fará a ligação à futura Linha Intermodal Sustentável, promovendo a ligação ao Concelho de Oeiras (LIOS Ocidental).

    Estima-se que a procura diária captada nas quatro estações que integram este prolongamento corresponderá a um acréscimo de 4,7% de clientes em toda a rede, cerca de 87,8% do acréscimo de procura estimado corresponde aos actuais utilizadores do transporte colectivo. A procura captada ao segmento dos actuais utilizadores de transporte individual representa 11,8%, correspondendo a menos 3,7 mil viaturas individuais a circular diariamente, com ganhos de tempos de 72%, dos quais 53,2% correspondem aos actuais utilizadores. Considerando a análise a 30 anos, as emissões evitadas ascenderão a 175,6 mil toneladas de CO2, as poupanças energéticas ascenderão a 29,2 mil tep (Toneladas equivalentes de Petróleo).

    Estima-se, ainda, que a transferência de passageiros dos modos rodoviários para o Metro de Lisboa permitirá evitar a emissão de 6,2 mil t de CO2 equivalente (CO2) no 1º ano de operação.

     

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    Century 21 Portugal espera “crescimento” nos próximos anos

    “Com a expectativa de estabilização das taxas de juro e a continuação da dinâmica positiva no mercado de trabalho, antecipamos um aumento nas transações imobiliárias em Portugal ao longo de 2024. Esta visão sustenta a nossa confiança no crescimento sustentável do sector”, destaca Ricardo Sousa, CEO Century21 Portugal

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    No ano passado, a Century 21 Portugal registou, ao longo do ano, um desempenho positivo em vários indicadores-chave. “Apesar da incerteza no mercado imobiliário português ter marcado o primeiro trimestre de 2023 e assombrado grande parte do ano – com as taxas de juro e a instabilidade económica global a afectar a confiança dos consumidores, os restantes trimestres foram de recuperação, com vários dos principais indicadores a acelerar”, indica a rede imobiliária em comunicado.

    A partir do segundo trimestre, a Century 21 observou uma recuperação, com um aumento consistente nas vendas e no preço dos imóveis. Este aumento foi impulsionado por uma série de factores, como a forte procura de imóveis em território nacional. 

    A Century 21 Portugal está confiante que o mercado imobiliário português continuará a crescer nos próximos anos, “mantendo o ritmo de crescimento e o aumento a quota de mercado”.

    “Estamos confiantes quanto ao futuro do mercado imobiliário português e a posição estratégica da Century 21 para maximizar as oportunidades que surgem. Com a expectativa de estabilização das taxas de juro e a continuação da dinâmica positiva no mercado de trabalho, antecipamos um aumento nas transações imobiliárias em Portugal ao longo de 2024. Esta visão sustenta a nossa confiança no crescimento sustentável do sector”, destaca Ricardo Sousa, CEO Century21 Portugal.

    Os indicadores da marca Century 21 Portugal projectam uma estabilização dos preços das casas, pelo que “não são expectáveis descidas”. Contudo, “é fundamental ter em atenção a evolução do mercado de emprego em Portugal e os factores geopolíticos internacionais, tendo em conta que são variáveis que podem rapidamente alterar as tendências do mercado residencial e da economia portuguesa”. 

    É igualmente importante ter em conta a análise de quatro dinâmicas, que passamos a destacar. A primeira é a estabilidade no mercado de trabalho, onde a taxa de desemprego se mantém em torno de 7%, o que proporciona uma base sólida para que famílias e jovens possam participar activamente do mercado imobiliário, tanto na compra como no arrendamento.

    A segunda dinâmica prende-se com as condições de acesso a crédito habitação. A perspectiva de estabilização e descida das taxas de juros já está a ter impacto desde o final do ano passado nas Euribor, assim como a revisão da regra macroprudencia. 

    Quanto à terceira dinâmica, referente ao programa Simplex para licenciamento urbano, apesar de ainda precisar de ajustes, tem potencial para aumentar a oferta habitacional a curto e médio prazo. O que acontece tanto através da regularização de imóveis antes indisponíveis para venda como pela agilização de novos projectos de construção. Contudo, é essencial clarificar e ajustar este processo para assegurar a segurança jurídica e a proteção do consumidor.

    Por último, a procura internacional mantém-se dinâmica, com Portugal a consolidar-se como destino de eleição, mesmo face às alterações nos programas de incentivo à residência.

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