MMBB vence Prémio Tektónica
O ateliê brasileiro MMBB foi o vencedor do Prémio Tektónica 2006-Luxo para Tod@s. O projecto denominado Continente Móvel, remete para a noção de que se «habita a cidade», propondo assim um módulo de uso fléxivel que «visa garantir o reequilÃÂbrio da vida da cidade» O ateliê MMBB venceu o Prémio Internacional Tektónica 2006-Luxo para Tod@s… Continue reading MMBB vence Prémio Tektónica
Ana Rita Sevilha
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O ateliê brasileiro MMBB foi o vencedor do Prémio Tektónica 2006-Luxo para Tod@s. O projecto denominado Continente Móvel, remete para a noção de que se «habita a cidade», propondo assim um módulo de uso fléxivel que «visa garantir o reequilÃÂbrio da vida da cidade»
O ateliê MMBB venceu o Prémio Internacional Tektónica 2006-Luxo para Tod@s com o projecto Continente Móvel. O prémio pretendia uma reflexão do luxo enquanto valor do desenho, na utilização de materiais, de soluções inteligentes e na melhoria da qualidade de vida, e não como um conceito de riqueza. Durante a conferência Prémio Internacional Tektónica 2006, João LuÃÂs Carrilho da Graça, arquitecto e presidente do júri do concurso, referiu que, por parte do mesmo foi feita «uma relação muito directa entre luxo e qualidade». Segundo o presidente do júri, «a proposta dos MMBB agradou-nos pelo pragmatismo, pela eficácia e pelo carácter fortemente disciplinado na reflexão sobre a prática da arquitectura», sublinhando ainda que o projecto é «uma espécie de manifesto da possibilidade de luxo de uma maneira mais radical e completamente contemporânea». Segundo Fernando de Mello Franco, um dos autores do projecto vencedor, o tema incide sobre o valor em arquitectura, nomeadamente na condição da habitação que a partir «da pequena unidade onde passamos os nossos momentos de privacidade e intimismo é um dos elementos participantes do conjunto de relações que estabelecemos com a cidade». A proposta incide sobre essa unidade como um continente, onde piso, tecto e paredes limitam o volume em betão, permitindo uma forma de uso flexÃÂvel que representa as diversas formas de vida e de uso do espaço. As paredes são o suporte das instalações e o piso técnico elevado permite a passagem das tubagens hidráulicas. As extremidades do volume são vazadas de forma a permitir uma relação interior/exterior e o seu conteúdo é organizado por um conjunto de pares de caixilhos basculantes que permitem uma abertura até 180 graus e que possibilitam o encerramento do volume, através dos caixilhos exteriores ou a subdivisão e reorganização do espaço através dos caixilhos interiores. Em declarações ao Construir, Fernando Mello Franco explicou que «existem dois valores, a cidade, contemplada no projecto como uma unidade habitacional, e o espaço, que por mais que o tenhamos existe sempre a necessidade de mais». O Continente Móvel é «um espaço flexÃÂvel que sobrepõe funções permitindo a multiplicação. Nesse sentido eu penso que é a obtenção do valor (luxo) em arquitectura». Ainda no âmbito da cidade, Carrilho da Graça salientou que esta «continua e permanece como a obra de arte mais convincente e mais global», e o Continente Móvel demonstra que «para existir qualidade na cidade tem que se encontrar formas que reflictam menos sobre questões de estilo e sobretudo sobre a hipótese de criar um suporte de vida de uma maneira simples e eficaz». O Prémio Internacional Tektónica distinguiu ainda dois projectos com menções honrosas, a Casa-Nomad do ateliê MOOV, e a Casa Lux projectada por Ana Catarina Gonçalves Marques. O projecto da Casa-Nomad é um espaço de habitação temporário associado àimagem de um balão de ar quente. Segundo um dos autores do projecto, «decidimos levar o conceito de modo literal e conceber um mecanismo destinado àevasão do quotidiano», desta forma, a proposta assenta num objecto móvel que está «apto a deslocar-se, praticamente em qualquer lugar do planeta», possibilitando ao seu utilizador uma gama de destinos e experiências distintas e variadas. A Casa Lux, da autoria de Ana Catarina Gonçalves Marques está formalmente associada a um coreto. Segundo a autora, «a Casa Lux surge acoplada a equipamentos urbanos preexistentes e obsoletos – coretos – que integram a paisagem urbana localizados em espaços públicos privilegiados como jardins e praças». A proposta visa a reabilitação destes equipamentos assente na ideia de partilha entre dois tempos construtivos distintos, a arquitectura do ferro e a arquitectura da luz. Esta habitação resulta de um sistema de planos verticais deslizantes, que se deslocam através de guias metálicas, possibilitando diversas configurações em termos de espaço, consoante a posição dos mesmos.