«A energia é a área de maior aposta»
A Quadrante Engenharia tem conseguido crescer, anualmente, vinte por cento. Este ano, a administraçãoda empresa espera atingir os cerca de 800 milhões de euros em termos de valor de obra projectado De que forma apresentam o percurso da Quadrante Engenharia? Nuno Costa – A Quadrante surgiu no inÃÂcio de 1998 com um grupo de quatro… Continue reading «A energia é a área de maior aposta»
Carina Traça
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A Quadrante Engenharia tem conseguido crescer, anualmente, vinte por cento. Este ano, a administraçãoda empresa espera atingir os cerca de 800 milhões de euros em termos de valor de obra projectado
De que forma apresentam o percurso da Quadrante Engenharia?
Nuno Costa – A Quadrante surgiu no inÃÂcio de 1998 com um grupo de quatro engenheiros civis de estruturas, e desde então tem vindo a crescer. O primeiro trabalho da empresa consistiu na ampliação do CascaisShopping. Desde então tem-se assistido a um aumento de valências da sua oferta, ou seja, para além de actuar na área das estruturas, acrescentaram-se os projectos de obras de arte, sendo neste momento uma empresa prestadora de serviços de projecto com, que tem trinta colaboradores.
Como analisam a evolução da empresa?
Consideramos que foi uma evolução interessante e programada numa perspectiva anual e de longo prazo, isto é, a evolução tem sido planeada desde o inÃÂcio. Começámos na vertente das estruturas de edifÃÂcios, depois integrámos o sector de obras de arte e actualmente estamos num âmbito mais alargado, que consiste numa oferta global de projectos para os nossos clientes. Em termos de organização, existe um núcleo de direcção de projecto que visa congregar as várias especialidades e entregar um serviço global ao cliente.
Qual consideram ser a vossa mais-valia?
Actualmente a nossa oferta é fazer projectos de qualquer natureza, dimensão e com quaisquer valências, com elevada qualidade, cumprindo os prazos e a baixos custos.
Qual tem sido a vossa filosofia de trabalho?
A filosofia de trabalho é um aspecto muito importante para nós…pois tem sido a base do sucesso da empresa junto dos seus clientes. A nossa filosofia assenta exactamente em três vectores: numa relação de parceria com os clientes (ou seja, tentamos ser parceiros dos clientes e não apenas prestadores de serviços) para que as nossas preocupações sejam próximas das dos clientes; numa unicidade da nossa oferta (nós tentamos que a forma como prestamos os serviços de projecto seja um pouco diferente dos outros gabinetes) e num enfoque nos custos. Em relação a este último vector, temos uma grande preocupação ao nÃÂvel do controlo dos custos de projecto, porque procuramos que os custos daquilo que projectamos sejam baixos para que os clientes façam obras o mais económico possÃÂvel. Por outro lado, preocupamo-nos também com a redução dos nossos custos de prestação de serviços, uma vez que hoje, para além do factor qualidade, o controlo de tempo de execução e de custos é fundamental.
Como é que gerem factores como o cumprimento de prazos, qualidade de execução e controlo de custos de projecto?
Para fazer projectos de investigação existem os laboratórios e as instituições de investigação. Para essas o tempo não é crÃÂtico. Mas quando estamos a fazer projectos, o cliente exige qualidade máxima e custo mÃÂnimo e, portanto é isso que pretendemos oferecer.
Quais têm sido as vossas ferramentas de trabalho para cumprir com os vossos objectivos? Por exemplo, têm apostado na introdução de modelos tecnológicos?
Esta relação de parceria, de haver uma certa unicidade da nossa oferta e do baixo custo está alicerçada numa estratégia e num modo de funcionamento da empresa planeado para que isso possa acontecer. Ao nÃÂvel tecnológico todos os nossos procedimentos de trabalho estão normalizados e são automatizados ao máximo para serem controláveis e para se poder oferecer qualidade ao mais baixo custo. Para além disso, temos um sistema de gestão de toda a documentação e de todos os arquivos da empresa, já que é importante não perder tempo àprocura de papéis, e ainda um núcleo de investigação e de desenvolvimento interno que está constantemente a analisar os processos de produção e a preparar ferramentas para que os nossos projectos sejam cada vez mais eficientes. Temos ferramentas de trabalho que são desenvolvidas internamente, como por exemplo, módulos de software para trabalhar em conjunto com o sistema Autocad e com outros programas de cálculo que dispomos, para as tarefas que são repetitivas e que podem dar origem a erros ocorram de uma forma rápida e sem lacunas.
Sublinhou que prestam serviços de modo diferente de outros gabinetes de engenharia. De que forma?
Em termos de produção de projecto funcionamos de facto de maneira diferente, nomeadamente no que respeita ao método de produção, justamente com o objectivo de alinhar a empresa com os três vectores que já foram referidos anteriormente. Por outro lado, como temos uma oferta global de serviços, decidimos também criar um gestor de cliente e um gestor de trabalho, ou seja, um responsável de projecto que responde por todos os pontos de projecto, com o objectivo de estabelecer uma relação de confiança.
Quais são os projectos que têm actualmente entre mãos?
Neste momento estamos a desenvolver cinco shoppings de grande dimensão, que se encontram em fase de projecto. Ao nÃÂvel da hotelaria estamos a desenvolver o Casino Hotel de Tróia e mais grupo de hotéis num resort, no Algarve. Estamos a projectar parte do Tróia Resort para o grupo Sonae, a executar projectos de edifÃÂcios de habitação, comércio e escritórios, por todo o paÃÂs. Estamos também envolvidos nos trabalhos de ampliação do aeroporto de Lisboa. Em relação às obras de arte, ganhámos a construção da auto-estrada que liga a A8 àEriceira, estamos a desenvolver a SCUT do grande Porto, bem como a recuperação de cerca de trinta pontes pertencentes àEstradas de Portugal. Na área da energia temos também projectos, que estão relacionados com as redes de distribuição de energia nacionais, assim como alguns trabalhos na vertente das energias renováveis. Em termos de concursos públicos estamos envolvidos nas parcerias público-privadas na área da saúde – nos concursos para os novos hospitais, concorremos também a concursos públicos de projecto para o desenvolvimento de alguns edifÃÂcios hospitalares e laboratoriais nas regiões autónomas, bem como a concursos para projectos a nÃÂvel de obras de arte.
Tendo em conta que estão envolvidos no projecto de ampliação do aeroporto da Portela, no vosso entender quais são as expectativas face àOTA?
De facto, o projecto do aeroporto de Lisboa é muito relevante para nós porque é o maior investimento que se vai fazer a nÃÂvel do transporte aéreo em Lisboa e, porque prepara a empresa em termos de curriculares para podermos fazer o novo aeroporto – a OTA, possivelmente em consórcio, com outras empresas. Portanto, esperamos que a engenharia do novo aeroporto seja portuguesa porque existem capacidades suficientes em Portugal para o fazerem.
É mais fácil estabelecer parcerias com o cliente público ou privado?
A Quadrante trabalha essencialmente com clientes privados. Contudo, em termos públicos o caminho das entidades públicas vai cada vez mais no sentido das parcerias público-privadas, porque de facto na nossa sociedade há cada vez uma pressão maior para que as entidades públicas também actuem de uma forma mais racional, ou seja, mais próxima dos privados. Neste sentido é previsÃÂvel que a percentagem de trabalho que nós temos com entidades públicas venha a aumentar.
Qual é a vossa estratégia de negócio a nÃÂvel internacional?
Temos uma parceria com a empresa de engenharia americana Desimone, e através desta joint-venture o nosso objectivo é concorrer a projectos internacionais, sobretudo de grande dimensão. Esta parceria foi estabelecida há cerca de um ano, mas até ao momento ainda não conseguimos ganhar nenhum projecto internacional. A nossa estratégia tem sido crescer ao nÃÂvel nacional, não descurando obviamente a vertente internacional.
Actualmente, qual é área de maior aposta para a empresa?
É sem dúvida a área da energia. Começámos a apostar nesta vertente em 2001 e neste momento é uma das áreas mais importantes para a Quadrante. Só na área da remodelação das instalações de distribuição eléctrica temos cerca de trinta projectos em carteira, que vão avançar ainda este ano. Em termos de volume de obra os projectos nesta vertente representam cerca de 200 milhões de euros.
Quais são as perspectivas de negócio até ao final do ano?
A empresa tem traçado objectivos de crescimento de 20 por cento ao ano. Este ano, e mais uma vez, estamos a consegui-lo. Em termos de valor de obra projectado esperamos atingir os cerca de 800 milhões de euros.