Cannatà&Fernandes “assinam” Tecnopolo
Resultado de um convite efectuado pela ABRANPOLIS, o ateliê Cannatà& Fernandes está a projectar o Tecnopolo do Vale do Tejo, um investimento que ronda os 4,5 milhões de euros. Após um processo de desenvolvimento que originou a elaboração de cinco propostas, esta última representa, segundo o ateliê e o cliente, «a solução óptima» e… Continue reading Cannatà&Fernandes “assinam” Tecnopolo
Ana Rita Sevilha
B. Prime coloca modelo “inovador” da Regus em Lisboa
Porcelanosa: “2024 será marcante para o desenvolvimento da construção offsite em Portugal”
Dstgroup integra laboratório vivo para a descarbonização “Afurada LL”
CIN investe 3,5M€ na automação do Centro de Distribuição de Tintas na Maia
Freeport Lisboa Fashion Outlet lança nova fase de remodelação
Kyndryl expande colaboração com a consultora EY
Museu do Biscainho e ICOMOS debatem reabilitação no património
Loures investe 22 M€ para novas habitações a custos controlados
A caminho da “Construção & Logística 5.0”
Projecto brasileiro ‘Moréias’ quer atrair compradores portugueses
Resultado de um convite efectuado pela ABRANPOLIS, o ateliê Cannatà& Fernandes está a projectar o Tecnopolo do Vale do Tejo, um investimento que ronda os 4,5 milhões de euros. Após um processo de desenvolvimento que originou a elaboração
de cinco propostas, esta última representa, segundo o ateliê e o cliente, «a solução óptima» e a que irá avançar para construção
Consequência de um convite efectuado pela ABRANPOLIS ao ateliê Cannatà& Fernandes, o projecto do Tecnopolo do Vale do Tejo resultou de um processo de desenvolvimento em que foram elaboradas cinco soluções em busca daquela a que ateliê e cliente classificaram de «óptima». Em termos de linhas de intervenção, o projecto iniciou-se com uma análise do programa preliminar bem como dos conteúdos do projecto no âmbito da tipologia da obra, após a qual foi feita uma visita ao lugar de forma a conhecer o contexto geográfico. Segundo a memória descritiva do projecto, o programa do Tecnopolo pedia a «readaptação de um armazém da antiga fábrica actualmente em desuso, com a inserção de um centro de exposições», constituÃÂdo por áreas de serviço, duas salas de exposições, com 3 mil metros quadrados e 400 metros quadrados respectivamente, bem como um centro de congressos com bar, cafetaria e restaurante, e ainda duas salas de reuniões, biblioteca e um auditório com capacidade para acolher 250 pessoas. Segundo os autores da proposta, nesta primeira fase de abordagem os critérios de projecto foram os seguintes, «estabelecer os valores das preexistências, verificar a compatibilidade entre o programa e a potencialidade do lote, testar soluções de organização funcional, realizar configurações de fácil utilização pelos utentes e trabalhadores e propor uma imagem identificável do Pólo». Tais objectivos foram concretizados através de um trabalho interdisciplinar e do qual resultaram cinco propostas para este equipamento.
Propostas
Foram assim elaboradas quatro soluções, sendo a quarta a que, segundo os arquitectos, representou a «solução óptima». De uma forma sintetizada, a primeira solução proponha a reabilitação do conjunto preexistente na sua totalidade e a inserção de todas as infraestruturas necessárias ao funcionamento do equipamento. A segunda solução propunha a preservação do corpo menor do conjunto preexistente para aplicação de parte do novo programa, e a demolição do corpo maior seguida da construção de um novo edifÃÂcio que albergaria a nave de exposições, centro de congressos e áreas administrativas. A terceira solução propunha a recuperação do corpo menor do conjunto preexistente no interior de um novo corpo que seria construÃÂdo. A quarta solução, que a determinada altura foi considerada a solução mais eficiente no que respeita ao investimento económico e àcapacidade funcional, previa a demolição total da preexistência e a construção de um edifÃÂcio novo. Esta proposta, configurava-se, segundo a memória descritiva «como um único volume caracterizado pelo movimento curvilÃÂneo» de uma fachada em vidro. A entrada principal do edifÃÂcio é assinalada «por uma maior acentuação desse movimento», que de certa forma indica o ponto de entrada para o público. Segundo os autores do projecto, o uso do vidro na fachada prende-se com o facto de que sendo um elemento transparente confere «uma dimensão pública ao edifÃÂcio», para além de que é «um material contemporâneo com elevadas prestações e de fácil manutenção», e ainda «pela capacidade de comunicação visual». Relativamente àcobertura, prevê-se que a mesma seja acessÃÂvel e que comporte um restaurante e um espelho de água, que seria benéfico «no comportamento térmico geral do edifÃÂcio». Esta proposta induziu o cliente na decisão de deslocar o equipamento correspondente ao Fórum Empresarial para o terreno contÃÂguo ao que seria implantado o Tecnopolo, levando àreestruturação da proposta apresentada.
A última solução
Com a decisão de levar o Fórum Empresarial para o terreno contÃÂguo ao do Tecnopolo, a solução teve de reequacionar as novas condições resultantes dessa deslocação. Assim, a proposta final visa a construção de dois volumes, um em betão «microperfurado por óculos de vidro», que albergará os eventos expositivos, e um outro volume de paredes curvilÃÂneas em vidro transparente. A fachada em vidro é composta por «duas membranas de vidro que permitem a ventilação de uma caixa-de-ar interior» e vai albergar um auditório, uma sala de exposições, uma zona de bar e restaurante e outra para serviços administrativos. A utilização do vidro, permite «uma transparência absoluta» de forma a que as actividades que se venham a executar no interior tenham «uma interacção com o transeunte da cidade», explica o documento da proposta. Em termos de organização, o edifÃÂcio articula-se em quatro nÃÂveis e assenta numa plataforma articulada com o nÃÂvel do estacionamento exterior.