Internacionalização como estratégia nacional
Rita Vieira Fernando Santo sublinha a importância da engenharia para os desafios nacionais que se colocam. Na semana em que a Ordem completa 70 anos de existência, o bastonário traça as prioridades para o futuro Numa altura em que uma das apostas do executivo passa pelo investimento no conhecimento, inovação e desenvolvimento de produtos de… Continue reading Internacionalização como estratégia nacional
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Rita Vieira
Fernando Santo sublinha a importância da engenharia para os desafios nacionais que se colocam. Na semana em que a Ordem completa 70 anos de existência, o bastonário traça as prioridades para o futuro
Numa altura em que uma das apostas do executivo passa pelo investimento no conhecimento, inovação e desenvolvimento de produtos de valor acrescentado, a engenharia tem um papel preponderante a desempenhar. A convicção é do bastonário da Ordem dos Engenheiros (OE), Fernando Santo.
Setenta anos depois da criação da ordem, os desafios que se colocam são mais que muitos. A formação adequada dos técnicos, a redefinição do conceito de desenvolvimento sustentável e, sobretudo, a internacionalização da engenharia são apenas alguns.
«Sempre que Portugal teve pela frente discussões de estratégia quanto ao modelo de desenvolvimento acabou por colocar a engenharia em primeiro plano, como a grande capacidade de aplicação de conhecimento que é indispensável para estes desafios», sublinha Fernando Santo. Para o bastonário, a engenharia deu sempre resposta a todas as obras públicas que os sucessivos governos quiseram levar a cabo, desde os anos 40, pelo menos. E dá como exemplo, em meados do século XIX, o desenvolvimento liderado por Fontes Pereira de Melo e, no segundo quartel do século XX, as obras de engenharia do Estado Novo.
Quanto ao futuro, no que diz respeito àformação dos engenheiros, os nÃÂveis de exigência nas áreas da fÃÂsica e da matemática, devem começar logo no ensino básico, de forma a que as universidades recebam alunos preparados para poderem vir a ser engenheiros. Caso contrário, refere Fernando Santo, «temos aqui um problema de matéria-prima não adequada».
Mas, para além da necessidade de ter nÃÂveis de exigência e de formação superiores, é preciso «criar condições para que essa grande capacidade interna possa ser utilizada para a exportação e para a intervenção noutros mercados». Segundo o bastonário, esta estratégia de internacionalização já se verifica pontualmente, em algumas empresas. No entanto, essa aposta tem de ser encarada como uma «estratégia nacional».
O bastonário da Ordem dos Engenheiros salienta ainda a o facto da construção ser vista, actualmente, sempre pelo lado negativo. É que, se até há alguns anos, não estava condicionada pela defesa de valores de carácter ambiental, agora caÃÂmos «no reverso da medalha», ou seja, as condicionantes, produzidas por um monstro de protecção, dita ambiental, estão a inviabilizar toda a actividade do paÃÂs, ou então está a ser feita com custos tão elevados que as pessoas acabam por investir noutro lado.
De acordo com o bastonário Fernando Santo, os 70 anos mostram hoje «que a ordem tem vindo a cumprir o seu desafio ao serviço do paÃÂs» e está hoje com uma «dinâmica crescente».