«Crescimento do SIL2006 é espectacular»
O Salão Imobiliário de Lisboa já começou a mexer. Habitação, turismo residencial e reabilitação urbana são os vértices de um triângulo que começa a dar bons resultados. Gilberto Jordan explica como Construir: Como é que surge àfrente do Salão Imobiliário de Lisboa? Gilberto Jordan: A edição 2003 do SIL foi a pior dos últimos… Continue reading «Crescimento do SIL2006 é espectacular»
Ruben Obadia
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O Salão Imobiliário de Lisboa já começou a mexer. Habitação, turismo residencial e reabilitação urbana são os vértices de um triângulo que começa a dar bons resultados. Gilberto Jordan explica como
Construir: Como é que surge àfrente do Salão Imobiliário de Lisboa?
Gilberto Jordan: A edição 2003 do SIL foi a pior dos últimos anos e a Associação Industrial Portuguesa (AIP) resolveu actuar. Chamou uma série de pessoas do meio e entre estas pessoas estava eu. Além do mais reforçaram muito substancialmente e profissionalmente a equipa comercial do SIL. Esta estrutura revelou-se bastante dinâmica. Este ano convidaram-me para presidente da comissão organizadora. O sector está bem representado e este ano foi reforçado com pessoas como Rui Meneses Ferreira, Leonel Fadigas, João Charters, para além do Pedro Seabra, Rolando Borges Martins, João Pessoa e Costa, etc.
E qual é a estratégia desta nova equipa?
É uma estratégia de curto, médio prazo, mas assente numa visão a longo prazo, de transformar o Salão em algo que traga valor acrescentado para o sector, para a cidade e para o paÃÂs. O mercado nacional não tem dimensão para sustentar uma feira para competir neste campeonato, daàtermos ido àprocura do mercado internacional, onde grande parte dos membros da comissão tem competências. Em termos estratégicos temos o mercado residencial nacional, com Lisboa a ser ainda a região mais representada, a oferta turÃÂstica nacional, brasileira e espanhola (e outros ainda a confirmar) e a reabilitação urbana. Neste último aspecto a cidade de Lisboa tem cartas a dar devido àboa experiência na zona da Expo, que é um bom exemplo europeu de regeneração urbana. Não vale a pena fazer um Salão que não case com a imagem de Portugal. Temos uma boa imagem turÃÂstica e que tem de ser devidamente explorada, juntando a boa oferta nacional e internacional no SIL.
Onde é que entra a reabilitação urbana no SIL?
Temos de debater o tema de uma forma séria no âmbito do próprio Salão. O poder público não pode ser tão passivo como é, tem que apostar mais nas parcerias com os privados; não pode aceitar que um prédio rua, ou bairros fiquem degradados durante anos.
Que leitura faz dos PIN – Projectos de Interesse Nacional?
Acho que são úteis, uma vez que, teoricamente, agilizam os processos. Mas eu acho que os PIN deveriam poder ultrapassar as leis, é por isso é que se chamam “Projectos de Interesse Nacionalâ€Â. A legislação nacional é uma só mas o território nacional tem especificidades e é necessário capacidade de adaptação, seja ao território, seja ao mercado, seja no tempo. Projectos com caracterÃÂsticas estruturantes e dimensão sempre rompem com o status quo. Mas não deixo de considerar que os PIN são a declaração mais cabal da derrota perante a burocracia, assim como as SRUs. É uma declaração da nossa incapacidade. Por exemplo, a Expo só foi feita porque tinha um regime especial e não se vergou aos tempos da burocracia. Mas vamos voltar ao Salão, que é o que interessa!
Interessa tudo… O que é que o promotor nacional tem a ganhar se marcar presença no SIL?
Para já vai ser visitado por milhares de pessoas, e a promoção este ano vai ter um reforço muito grande, tanto em verba como em acção. A promoção do SIL vai começar mais cedo. É um evento para vender um andar a uma casal novo, a uma famÃÂlia, ou uma casa de férias, ou os serviços de arquitectura ou de manutenção de edifÃÂcios, ou de segurança. Creio que será bom para o expositor criar valor àsua marca, a sua imagem, o tal branding.
Mas será que as pessoas estão sensibilizadas para irem procurar casas numa feira?
Acho que sim, começa a haver uma cultura nesse sentido. O cliente não pode visitar 100 fogos em 100 locais diferentes, mas pode ir ao SIL!
O que está planeado ao nÃÂvel de eventos paralelos?
Queremos ter três dias de conferências, com outras iniciativas em paralelo. Queremos ter uma conferência âncora dedicada ao turismo residencial nacional e internacional, com oradores nacionais e estrangeiros. Pensamos que ela tem capacidade para ser uma conferência internacional. Veremos.
Falou-se no lançamento de um concurso de ideias para a Praça Sony. Em que fase está essa iniciativa?
Vai para a frente. Mas não com este lote. Pensamos que é preciso contribuir para o desenvolvimento nacional e um concurso de ideias para jovens arquitectos até 35 anos é um contributo. A Praça Sony era um exemplo ideal para tentar criar algo que tivesse fantasia mas uma ligação àrealidade, que fosse exequÃÂvel. Mas afinal a Parque Expo e a AIP vão avançar para um concurso de concepção e construção do hotel de congressos, e o lote ficou sem efeito. Andamos a procurar terrenos e pensamos que já está encontrado. Só falta protocolar o mesmo com o dono, o que penso será conseguido nos próximos dias. Quais as expectativas quanto àparticipação na edição de 2006?
São as melhores. A área de exposição vai ser bem maior. A seis meses da feira estamos já 160% acima do registado em igual perÃÂodo do ano passado. Temos 45 expositores novos, três vezes acima da cifra do ano passado por esta altura. Dos expositores que marcaram presença no SIL 2005, mais de dois terços já confirmou presença para este ano. Com aumento de área. No meu caso particular duplicámos a área.
Também lhe ficaria mal como presidente do SIL…
(risos) Não, não é nessa perspectiva. Aumentámos porque queremos manter uma presença mais condizente com a dimensão do projecto.
Começou esta entrevista por dizer que tinham uma visão a longo prazo. Que visão é essa?
Habitação, reabilitação e residencial turÃÂstico internacional são as três grandes âncoras que podemos desenvolver no SIL. O sector dos serviços está em crescimento.