«CondomÃÂnio-Jardim» nasce no Porto
O ateliê estúdio Adn é o responsável pelo projecto de um conjunto habitacional na freguesia de Ramalde, Porto, em que o conceito se alicerça na criação de um condomÃÂnio-jardim. Com um investimento estimado em 4,8 milhões de euros, e data de inÃÂcio de obra prevista para Novembro, este conjunto pretende manter e reforçar a relação… Continue reading «CondomÃÂnio-Jardim» nasce no Porto
Ana Rita Sevilha
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O ateliê estúdio Adn é o responsável pelo projecto de um conjunto habitacional na freguesia de Ramalde, Porto, em que o conceito se alicerça na criação de um condomÃÂnio-jardim. Com um investimento estimado em 4,8 milhões de euros, e data de inÃÂcio de obra prevista para Novembro, este conjunto pretende manter e reforçar a relação entre interior e exterior
A criação de um condomÃÂnio-jardim, é o conceito base do projecto a nascer na freguesia de Ramalde, Porto, que está a ser projectado pelo ateliê Adn, sediado em Vila Nova de Gaia. Partindo de uma análise da situação actual e do terreno onde seria implantado o conjunto habitacional, este era o conceito que melhor traduzia as relações de interior/exterior existentes e que segundo a memória descritiva do projecto deveriam ser «mantidas e reforçadas». Situado num local com caracterÃÂsticas rurais e industriais, resultantes da existência de quintas agrÃÂcolas a conviverem com fábricas e oficinas, o uso habitacional é uma actividade recente naquele lugar, onde já existem alguns «edifÃÂcios de grande altura» e de «implantação dispersa», refere o mesmo documento. No entanto, a rua Requesende, onde será implantado o conjunto, caracteriza-se por uma continuidade do edificado, mantida pelas novas construções que foram surgindo. O terreno, «que ocupa a maior parte do quarteirão», com cerca de quatro mil metros quadrados, está interiormente livre e é delimitado por muros em pedra de granito em que as aberturas compreendem portões, dando ao conjunto «uma imagem de quinta». A existência de vegetação na zona periférica é outra das caracterÃÂsticas do lote, originando o sombreamento do mesmo através de uma cortina verde. Desta forma, e segundo o documento do projecto, existe naquele lugar uma forma de relação entre interior/exterior que é de «manter e reforçar», através de um conceito de condomÃÂnio-jardim.
Traços da proposta
O conjunto habitacional desenvolve-se longitudinalmente ao longo da rua de Requesende, e também ele procura «dar uma leitura de continuidade» já existente na rua. A criação de um condomÃÂnio-jardim nasce da ideia de estabelecer relações, «onde a vivência se traduz numa relação estreita com a mancha verde, onde os espaços exteriores reflecterm uma orgânica natural e o próprio edifÃÂcio parece desmaterializar-se como construção para surgir como um objecto inserido na paisagem», refere a memória descritiva. Em termos de organização espacial do conjunto, as entradas para os diferentes apartamentos localizam-se no «logradouro-jardim interior», e são articuladas através de um percurso pavimentado. Ao nÃÂvel do piso térreo, existem acessos directos para os T4 e T3, ambos duplex, tipologias estas que tem uma filosofia espacial próxima àde uma moradia uni-familiar, compreendendo as zonas comuns no piso baixo e os quartos no piso superior. Os T4, desenvolvem-se alinhados ao longo da rua Requesende, com entradas independentes e um logradouro privado, contemplando ainda um jardim do lado sul, em frente da sala. Os T3 também compreendem um logradouro em frente da sala, sendo este, no entanto, orientado para norte-poente. Os dois pisos correspondentes aos duplex, piso térreo e 1º piso estão recuados face aos pisos superiores, o que permite, segundo o autor do projecto, um ganho de luminosidade. Os restantes apartamentos localizam-se nos três últimos pisos superiores e o seu acesso é feito através das caixas de acessos verticais, exteriores e localizadas àface da fachada virada a norte, «de forma a libertar a zona de maior insolação» explica Óscar Santos, autor do projecto. Estes acessos verticais, que compreendem escadas e elevadores, são revestidos com lâminas sombreadoras, de forma a permitirem ventilação e alguma protecção. Conjunto uniforme
Os dois alçados virados para a rua Requesende, para sul e nascente, são revestidos nos três últimos pisos com uma grelha, a que o autor da proposta chama de «pele», e que permite para além do sombreamento alguma privacidade, criando «um plano uniforme, ondulante e semi-transparente». Esta grelha é constituÃÂda por elementos verticais em madeira, com um sistema de abertura, que poderá ser de abrir ou de correr, e que segundo Oscar Santos, funciona em módulos permitindo alternar zonas de sombreamento com zonas de transparência. No entanto, segundo o documento da proposta não está colocada de parte a utilização de outro material que não madeira, estando dentro dos materiais possÃÂveis, perfis em alumÃÂnio lacado ou PVC. No entanto, qualquer que seja o material a adoptar, terá de obedecer às seguintes caracterÃÂsticas, conferir uma imagem estética uniforme e semi-transparente onde se perde a noção dos pisos e das alturas, e um aspecto orgânico e natural assegurado pela cor do material. Uma vez que esta «pele» é permeável, a ventilação fica desta forma assegurada, e quando necessário, a mesma poderá ser aberta de forma a criar vãos livres para o exterior mantendo apenas uma guarda de protecção. Pontualmente neste alçado, aparecem «caixas salientes», que correspondem às varandas de algumas tipologias, escolhidas aleatoriamente, e onde, segundo a memória descritiva do projecto, se optou por um conceito diferente de relação entre interior e exterior, permitindo desta forma criar «um ritmo àmedida que se rompe a continuidade do alçado», explica o autor do projecto, Óscar Santos.