OE critica fiscalização nas obras úblicas
Os trabalhos serão retomados após suspensão para a realização de novos estudos sob as directivas do LNEC As obras na ponte Eiffel em Viana do Castelo vão ser retomadas, de forma a estarem concluÃÂdas no último trimestre de 2007, assegurou recentemente o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino. O trânsito no tabuleiro… Continue reading OE critica fiscalização nas obras úblicas
Filipe Gil
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Os trabalhos serão retomados após suspensão para a realização de novos estudos sob as directivas do LNEC
As obras na ponte Eiffel em Viana do Castelo vão ser retomadas, de forma a estarem concluÃÂdas no último trimestre de 2007, assegurou recentemente o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino. O trânsito no tabuleiro deverá ser reaberto dentro de um ano.
A ponte está encerrada desde o dia 1 de Fevereiro, altura em que se iniciaram as obras de alargamento e recuperação. Contudo, os trabalhos foram entretanto suspensos devido a problemas de corrosão, que obrigaram àrealização de novos ensaios, análises e estudos «mais complexos e aprofundados», sob as directivas do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC).
Esses ensaios incidiram sobre as diversas peças da estrutura metálica da ponte, entre as quais peças não visÃÂveis e estruturalmente relevantes, de forma a poder-se definir as soluções a implementar face às contrariedades detectadas.
«Não há qualquer problema de segurança com a ponte, não há qualquer problema estrutural, não há qualquer problema com os pilares, não há nada que acarrete qualquer perigo. Há apenas peças sujeitas a fenómenos de corrosão e que, por isso, necessitam de ser reparadas», garantiu Mário Lino, citado pela agência Lusa.
O ministro referiu ainda que não vai haver «transcendência» de custos na empreitada, que tinha sido adjudicada por cinco milhões de euros.
Foram ainda postas em marcha algumas medidas com vista a minimizar os prejuÃÂzos e incómodos que o encerramento do tabuleiro rodoviário acarreta para os utentes. Neste sentido, foi assinado um protocolo entre a Câmara de Viana do Castelo e a Estradas de Portugal (EP), no qual esta última se compromete a comparticipar com um máximo de 35 mil euros mensais os custos adicionais que o fecho do tabuleiro da ponte Eiffel traz aos utentes.
Os desperdÃÂcios de fundos das obras pública são culpa do Estado e da sua desorganização e incompetência. Estas foram algumas das criticas que o Bastonário da Ordem dos Engenheiros (OE), Fernando Santo, teceu àforma como o Estado processa e fiscaliza as obras públicas em Portugal. As declarações foram proferidas num recente encontro com jornalistas em que a OE apresentou um conjunto de propostas para a redução nos desvios de custos e prazos nas empreitadas de obras públicas. Nas crÃÂticas lançadas, o Bastonário alertou que a fiscalização de algumas das importantes obras públicas nacionais são feitas por pessoas pouco «preparadas». Fernando Santo afirmou que «uma das principais razões para que tal suceda tem a ver com a forma como o Estado se desorganizou para dirigir obras públicas nos últimos 30 anos». Adiantando que as empreitadas são uma questão cada vez mais complexa, o Bastonário frisou que «quando se descentralizou as obras por vários ministérios não se tratou de ter pessoas qualificadas para gerir os processos». Para colmatar a falta de competências de alguns donos de obras públicas, a Ordem propõe um maior recurso àcontratação dos serviços de consultoria externa para as funções causadoras de desvios nas empreitadas.