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    Arquitectura

    Ateliê á Lupa – Ateliê de Santos

    Nascido como consequência de concursos ganhos, nomeadamente o da Biblioteca Central da Universidade dos Açores que foi nomeado para o Prémio Mies van der Rohe 2004, o Ateliê de Santos continua a apostar nos concursos por estes serem «grandes momentos de investigação» Metodologia sem preconceitos Como nasceu o «Ateliê de Santos»? Pedro Machado Costa (PMC):… Continue reading Ateliê á Lupa – Ateliê de Santos

    Ana Rita Sevilha
    Arquitectura

    Ateliê á Lupa – Ateliê de Santos

    Nascido como consequência de concursos ganhos, nomeadamente o da Biblioteca Central da Universidade dos Açores que foi nomeado para o Prémio Mies van der Rohe 2004, o Ateliê de Santos continua a apostar nos concursos por estes serem «grandes momentos de investigação» Metodologia sem preconceitos Como nasceu o «Ateliê de Santos»? Pedro Machado Costa (PMC):… Continue reading Ateliê á Lupa – Ateliê de Santos

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    Nascido como consequência de concursos ganhos, nomeadamente o da Biblioteca Central da Universidade dos Açores que foi nomeado para o Prémio Mies van der Rohe 2004, o Ateliê de Santos continua a apostar nos concursos por estes serem «grandes momentos de investigação»

    Metodologia sem preconceitos

    Como nasceu o «Ateliê de Santos»?

    Pedro Machado Costa (PMC): Basicamente foi uma espécie de coincidência. Tinhamos acabado o curso há um ano, metemo-nos nos concursos e ganhámos quatro seguidos. Fomos quase obrigados a montá-lo como consequência dos concursos ganhos.

    Ambos tiveram uma experiência na Holanda, ainda antes de formarem o ateliê.

    PMC: Sim, ainda estávamos no curso. A Célia estagiou na Holanda, o seu primeiro trabalho foi num ateliê holandês, enquanto que eu estive em Macau a estagiar com o arquitecto Manuel Vicente. Depois voltámos, eu fui trabalhar para o arquitecto Manuel Vicente no ateliê de Lisboa e passado um ano entrámos nos concursos, ganhámos e tivemos de nos divorciar dos ateliês onde estávamos e abrir o nosso. Foi uma consequência e não uma vontade consciente.

    São influênciados por essas experiências?

    Célia Gomes (CG): Eu acho que contribuí sempre. Uma experiência profissional quando corre bem contribuí sempre de uma forma positiva. Acho que a nível de pensamento ajudou muito e talvez se reflicta no trabalho mas não consigo dizer exactamente onde.

    PMC: O Manuel Vicente é um autor relativamente especial e que tem um universo muito próprio, e eu sinceramente não me revejo muito nesse universo conceptual e de imagens. Mas é curioso que a metodologia de abordagem ao projecto, e isso é o mais significativo no partilhar experiências com outros profissionais, aí adquirimos muito a maneira de ver a arquitectura. Ou seja, não é o objecto em si, do Manuel Vicente neste caso, mas genericamente a maneira de olhar o mundo. E curiosamente existem semelhanças, que podem ser aparentes ou não no trabalho.

    Estamos a falar de método de abordagem.

    PMC: Método de abordagem, metodologia de intervenção, pensamentos, eventualmente o significado que se dá à cidade, à maneira de pensar cidade que é um território muito complexo. A grande vantagem de passarmos por experiências diferentes é que adquirimos essa maneira de olhar o mundo, independentemente de os projectos serem parecidos ou não, que eu acho que não são nada.

    Na altura em que participaram na exposição «Metaflux», descreveram-vos como «a influência das novas tendências holandesas era clara». Querem comentar?

    PMC: Eu diria que é por termos uma abordagem muito pragmática e muito livre. Essa arquitectura holandesa que falam é uma arquitectura que sobreveio à cultura arquitectónica contemporânea por uma imensa liberdade em relação a constrangimentos disciplinares. Existe um conceito muito disciplinar em Portugal, e a ideia de vir fazer arquitectura sem ter as caracteristicas daquilo que deve ser a arquitectura portuguesa visto por fora implica uma espécie de exercício de liberdade, bem como o descolamento dessa imagem tipica da arquitectura branca de volumes encerrados sobre eles próprios que são altamente disciplinares no sentido da integração na cultura arquitectónica portuguesa mas que apesar de tudo estão muito presos a uma maneira de pensar.

    Existe alguma linha ou estilo que seja inerente a todas as vossas obras?

    PMC: No fundo os nossos projectos são todos muito parecidos embora se vistam de roupagens distintas que tem a ver com as condicionantes económicas, construtivas, financeiras, culturais, e do cliente. Agora o aspecto conceptual, todas as relações intrinsecas são sempre as mesmas, e isso é o mais interessante, perceber que no fundo olhando para os projectos e lendo-os de uma certa forma são todos parecidos, tem o mesmo estilo, mas não é um estilo formal, gráfico.

    A «Metaflux» serviu, entre outras coisas, para dar a conhecer duas novas gerações de arquitectos da qual fazem parte. O que é que a vossa geração trás de novo para a arquitectura portuguesa?

    PMC: A geração X , dos anos 90, eram pessoas que tinham passado por ateliês de referência em Portugal, e portanto a obra deles era o culminar desse momento muito especial. Na chamada geração Y, da qual faziamos parte, a grande diferença era ser a primeira cuja experiência passou pela Europa, quer dizer que foi a primeira «gente» que saiu, que estudou e trabalhou fora. Quer isto dizer que, quer queiramos quer não, o mundo que nos rodeia é completamente distinto, e isso percebe-se. A única coisa que se pode trazer com isso é a vantagem de olhar para as coisas com alguma liberdade, ter a capacidade de dar resposta sem grandes preconceitos.

    CG: Dentro da geração Y somos todos muito diferentes, e na geração X essa diferença esbate-se muito.

    Ir para fora é actualmente uma moda?

    PMC: É mais uma necessidade, por se calhar não terem oportunidades cá que têm lá fora, mas outras vezes é por curiosidade, o mundo não acaba na fronteira com Espanha. E isso tem consequências na arquitectura, agora o que é que isso trás para a arquitectura portuguesa? Para já não sei se vale a pena continuar a falar de arquitectura portuguesa nesse sentido, estamos outra vez a falar de um «International Style», que é uma coisa um bocadinho violenta, porque contradiz muito a ideologia da arquitectura portuguesa que é uma arquitectura do lugar, e quando se fala de um estilo internacional é muito complicado porque cria choques ideológicos bastante grandes.

    Qual é o estado da arquitectura em Portugal?

    PMC: A arquitectura não depende só do autor, é uma espécie de reflexo condicionado de um conjunto de situações. Eu acho que temos bons arquitectos e escolas razoáveis, é mais ou menos igual a todo o lado. O que não é igual, e é ai que se nota o desequilíbrio, são as condições que fazem com que a arquitectura exista, e que são muito mais restritas em Portugal do que em qualquer parte da Europa. Quer dizer que a vontade de estabelecer arquitectura de alta qualidade, a criação de um conjunto de oportunidades ou de liberdades ou de maneiras de pensar que criam um campo passível de criar coisas novas não existe em Portugal. Ou temos o Estado que investe em arquitectura mas é uma arquitectura institucional com uma ideia pré-estabelecida, ou então existem privados que nem sequer percebem o que é uma arquitectura de qualidade. A arquitectura de qualidade é um luxo, mas não é um luxo financeiro, é uma espécie de luxo intelectual, ou seja, há pouca gente que se dá ao luxo de pensar que pode ter uma boa arquitectura.

    Em termos de encomenda do ateliêr, são mais os clientes privados ou mais os concursos?

    CG: Nós começamos com os concursos e no ateliêr investe-se muito em concursos, mas também temos alguns clientes privado.

    E qual o balanço que fazem desses concursos?

    CG: Investe-se muito, mas ainda é a melhor maneira de inicar um processo.

    PMC: Noventa por cento do nosso trabalho são concursos, e todos os trabalhos que temos com algum significado resultaram de concursos. Os projectos por concurso tem uma grande vantagem, permitem uma reflexão mais cuidada, e para além disso, na arquitectura os concursos são os grandes momentos de investigação dos ateliês, é uma oportunidade para experimentar coisas, e existe um confronto de ideias entre ateliês que é um processo curioso de criação.

    Ganharam o concurso da Biblioteca Central da Universidade dos Açores, e com ela foram nomeados para o Prémo Mies van der Rohe, e para o Prémio FAD, ambos em 2004. O que significaram estas nomeações?

    CG: Foi o primeiro projecto, o primeiro concurso e a primeira obra. Tinhamos terminado o curso há um ou dois anos, fizemos o concurso e ganhámos. Ganhámos de uma forma inconsciente e ficámos surpreendidos. O projecto surgiu através de um programa tipico de biblioteca, onde nos era dado um sitio e um problema, e o que é curioso é que nunca fomos ao local, o que se tornou numa mais valia, assim como no concurso para as residências universitárias, também nos Açores.

    O arquitecto Bernardo Rodrigues referiu numa entrevista que «os Açores estão em alta no mundo da arquitectura portuguesa como um dos sitios ideais para a nova geração se expressar». Sentem isso?

    PMC: Tudo o que aconteceu há dez anos atrás em Portugal Continental está a acontecer agora nos Açores, só que essa decalage é a de uma geração, quer isto dizer que as pessoas disponiveis para trabalhar são completamente diferentes. Num espaço muito pequeno, como os Açores, aconteceram muitas coisas em poucos metros quadrados e isso foi interessante. No entanto, o fazer dez anos depois não quer dizer que não se façam os mesmos erros. Na verdade o que o Bernardo fala é de uma coincidência feliz a determinada altura, não me parece que seja um laboratório fisico da arquitectura nacional.

    Do vosso percurso profissional conseguem eleger uma obra que tenha sido um maior desafio?

    PMC: Eu diria que é um projecto que estamos a fazer no Porto. Trata-se de dois edifícios de escritórios que o cliente quer transformar em edificios de habitação, o que tem sido muito complicado. Arranjar uma maneira de resolver isso através de um modelo tipológico que servisse melhor todos os atributos positivos do edificio e anulando os negativos tem sido muito curioso. Integra-se no tema da reabilitação da baixa do Porto, e será uma espécie de «testa de ferro» de política de intervenção. É portanto muito experimental, envolve arquitectos, artistas plásticos, designers, a própria tipologia é bastante especial.

    E em termos de legislação, como é que se contorna? PMC: Estamos a tentar contornar. Apesar de tudo existe uma grande vantagem e uma grande desvantagem em construir em Portugal que passa pela mesma questão, que é o facto de existir pouca legislação. Não há normativas, não existe nenhuma regra legal que impeça que os projectos e as obras sejam muito más, isso é a grande desvantagem. A grande vantagem é que podemos pegar nessa liberdade e fazer o que quisermos, por exemplo, existem mil maneiras de fazer uma janela, e quem diz uma janela diz outra coisa qualquer. Essa liberdade, única na Europa, dada pela ausência de regra permite-nos inventar muita coisa.

    ficha técnica

    Nome: Ateliê de Santos

    Morada: Rua de Santa Justa nº 60, 5ºpiso, 1100 – 485, Lisboa

    Telefone: 213 426 304

    Projectos: Residências de Estudantes de S. Miguel; sistema de construção para parqueamento automóvel para a sede da Vodafone; projecto de duas escolas para Bolzano (Itália); a sede da Ellipse Foundation; Biblioteca Central da Universidade dos Açores; Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental de Aveiro; projecto para dois edifícios no centro do Porto

    Sobre o autorAna Rita Sevilha

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    Engenharia

    Ordem dos Engenheiros lança ‘Prémios Nacionais’

    Uma iniciativa que tem por objectivo “reconhecer publicamente engenheiros de excelência e o ensino desta área do conhecimento”, assim como “promover o papel da engenharia na sociedade”

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    O Conselho Directivo Nacional da Ordem dos Engenheiros anunciou a criação dos Prémios Nacionais Ordem dos Engenheiros (PNOE). Uma iniciativa que tem por objectivo “reconhecer publicamente engenheiros de excelência e o ensino desta área do conhecimento”, que se tenham destacado no panorama nacional e/ou internacional e que, pela sua actividade tenham contribuído para a valorização da profissão, assim como “promover o papel da engenharia na sociedade, no seu progresso e bem-estar” e “incrementar a notoriedade externa” da profissão.

    Os PNOE encontram-se divididos em várias categorias, nomeadamente, Prémio Carreira, Prémio Engenheiro do Ano 2023, Prémio Mulher na Engenharia, Prémio Engenheiro Empresário ou Empreendedor, Prémio Especialidades, Prémio Internacionalização – Engenheiro Português no Estrangeiro e Engenheiro Estrangeiro em Portugal, Prémio Jovem Engenheiro, Prémio Ensino de Engenharia e Prémio Melhor Projecto Universitário de Estudante de Engenharia.

    As candidaturas apresentadas a concurso deverão ser submetidas até às 23h59 do dia 31 de Maio de 2024, sendo que a atribuição dos prémios nas categorias Carreira, Engenheiro do Ano e Internacionalização é feita mediante apresentação de candidaturas espontâneas, nos termos dos Regulamentos aplicáveis, sendo as restantes atribuídas mediante proposta de várias entidades parceiras.

    O Conselho Directivo Nacional da Ordem dos Engenheiros designará, após aprovação e validação, os vencedores em cada uma das categorias dos Prémios, sob proposta do Júri constituído para o efeito, órgão que liderará o processo de avaliação e verificação da conformidade das candidaturas concorrentes.

    O júri é composta por Carlos Matias Ramos, Sebastião Feyo de Azevedo, Rogério Colaço, Rui Calçada, Joana Mendonça, Manuel dos Matos Fernandes.

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    “Redução de custos ambientais e operacionais” justifica importância do Aqua+ Escritórios

    Esta nova metodologia foi calibrada através da aplicação a 18 edifícios de escritórios piloto, a partir da qual foi possível determinar um potencial de poupança médio de 1,5 milhões de litros por ano, por edifício

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    A necessidade de demonstração de alinhamento com critérios de sustentabilidade tem sido maior na área dos edifícios de escritórios dada a necessidade da redução dos custos ambientais e operacionais mantendo o conforto dos utilizadores. Neste sentido, após o lançamento do sistema de avaliação e classificação da eficiência hídrica Aqua+ Hotéis, a ADENE lançou no Dia Mundial da Água, o Aqua+ Escritórios.

    “Responder a estas necessidades e gerir de forma mais eficiente o recurso água, o que valoriza os edifícios”, são os principais objectivos do Aqua+ Escritórios. Adicionalmente, “a aplicação de medidas de sustentabilidade é uma oportunidade única para a promoção da regeneração das cidades e sua resiliência às alterações climáticas”, ressalva a Associação.

    Neste sentido, vão decorrer novos cursos Aqua+, ministrados pela Academia ADENE, nas vertentes Residencial (de 4 a 10 de Abril) e Comércio & Serviços, que inclui o Aqua+ Hotéis e o Aqua + Escritórios (de 4 a 22 de Abril)

    Este sistema permite a classificação da eficiência hídrica dos edifícios de escritórios de F (menos eficiente) a A+ (mais eficiente), através da avaliação das seguintes áreas: Origens e redes de água; Usos exteriores; Casas de banho e balneários; Cozinhas e copas; Lavagem de viaturas; Sistema de produção e distribuição de água quente; Acções para a eficiência hídrica e certificações.

    Aquando da emissão da classificação Aqua+ Escritórios inicial, o Auditor Aqua+ Comércio & Serviços elabora uma proposta de plano de acção para a eficiência hídrica, a implementar nos três anos seguintes, com base nas medidas de melhoria identificadas no momento da auditoria.

    Esta nova metodologia foi calibrada através da aplicação a 18 edifícios de escritórios piloto, a partir da qual foi possível determinar um potencial de poupança médio de 1,5 milhões de litros por ano, por edifício.

    A apresentação do novo sistema de avaliação decorreu no BPI All in One Lisboa , sob o tema “A importância da eficiência hídrica nos edifícios e nas cidades”, a que se seguiu a apresentação do Aqua+ Escritórios. Ocorreu, ainda, um debate em torno do tema “Oportunidades e desafios da eficiência hídrica nos edifícios” e foram entregues as primeiras Classificações Aqua+ Escritórios e os Certificados de Qualificação de Auditores.

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    João Nuno Serra, ACEMEL

    Empresas

    ACEMEL atinge os 20 associados com entrada da Nabalia e EZU Energia

    Com a entrada destas duas novas empresas, a ACEMEL integra cerca de 50% dos players do mercado

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    tagsACEMEL

    A Associação dos Comercializadores de Energia no Mercado Liberalizado, ACEMEL, alargou o total dos seus associados, que agora são vinte, com a entrada da EZU Energia e da Nabalia. Este alargamento é um passo importante na concretização do seu objectivo estratégico de assegurar a representatividade dos associados no sector, sendo que actualmente metade das empresas no mercado integram a associação.

    Desde 2018 que a ACEMEL contribui para a dinamização do mercado e consolidação do papel das comercializadoras de energia no mercado liberalizado, bem como para um mercado energético cada vez mais transparente.

    Para João Nuno Serra, Presidente da ACEMEL, “a entrada destas novas empresas é um testemunho da consistência do trabalho que temos vindo a fazer ao longo dos anos, para permitir um mercado mais dinâmico, competitivo, e que traga claros benefícios a todos – comercializadores, clientes empresariais e residenciais, e reguladores. Procurámos também, desde o início, contribuir para o processo de transição energética fundamental para a competitividade da nossa economia, e também para os objectivos fundamentais da sustentabilidade. Agradecemos a todos os nossos associados que confiam no trabalho desenvolvido”.

    A associação tem vindo a promover e divulgar melhores práticas e processos inovadores desenvolvidos pelos seus associados ao serviço dos seus clientes, de que são exemplo os projectos pioneiros na compra de energia excedente de instalações de autoconsumo, a criação de cooperativas de energias renováveis, a abordagem low-cost à comercialização e os gases renováveis, nomeadamente o biometano. Em todas estas áreas de inovação, os associados da ACEMEL têm assumido um papel de destaque.

    Em Fevereiro, e em conjunto com a Entidade Reguladora do Sistema Eléctrico, ERSE, foi acordada a criação da figura do Focal Point, com o objectivo de melhorar a gestão dos diferentes processos entre os associados e o regulador, o qual é responsável pela coordenação dos processos para aceleração e simplificação da interacção dos comercializadores com o regulador. Com esta gestão integrada de todos os processos solicitados pelos comercializadores é possível assegurar um acompanhamento mais célere e eficaz.

    Perfil heterogéneo dos associados
    Os associados da ACEMEL operam nas áreas da electricidade e gás natural, e a associação tem promovido activamente a criação da figura do comercializador de hidrogénio, respondendo a uma necessidade identificada numa área de investimento estratégico no nosso país para assegurar a transição energética. Os associados têm um perfil heterogéneo, incluindo empresas de grande dimensão internacional, empresas de dimensão média (mas com outras actividades como produção, mobilidade eléctrica ou eficiência energética) ou start-ups, que têm no seu ADN uma forte componente de inovação.

    Esta heterogeneidade de áreas de actuação, dimensão e localização, tem permitido à ACEMEL fazer propostas de grande abrangência e profundidade no sentido de ajudar ao desenvolvimento e democratização do sector em Portugal.

    A associação pretende contribuir para uma interacção construtiva que permita criar um mercado de energia cada vez mais transparente, mais equitativo e principalmente mais próximo dos consumidores, reforçando a mensagem junto dos principais stakeholders do sector e contribuindo para o reposicionamento dos comercializadores neste novo paradigma da transição energética.

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    Casa da Arquitectura
    (créditos: Romullo Baratto Fontenelle)

    Arquitectura

    Casa da Arquitectura abre concurso para bolsas de doutoramento

    A decorrer até 3 de Junho 2024, as candidaturas destinam-se às áreas de Arquitectura, Urbanismo, Território, com especial relação aos acervos, espólios e colecções da Casa da Arquitectura

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    A Casa da Arquitectura abriu concurso para a atribuição de 10 bolsas de investigação para doutoramento, financiadas pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), ao abrigo do protocolo de Cooperação para Financiamento do Plano Plurianual de Bolsas de Investigação para estudantes de doutoramento celebrado entre as duas entidades.

    A decorrer até 3 de Junho 2024, as candidaturas destinam-se às áreas de Arquitetura, Urbanismo, Território, com especial relação aos acervos, espólios e colecções da Casa da   Arquitectura e conteúdos relacionados com a teoria, história e prática da arquitectura, tecnologia construtiva, sustentabilidade e economia energética ao abrigo do Regulamento de Bolsas de Investigação da FCT (RBI) e do Estatuto do Bolseiro de Investigação (EBI).

    A Casa da Arquitectura é também entidade de acolhimento dos bolseiros, sendo que actividade se enquadra no compromisso de “promover e fomentar a investigação em torno da arquitectura e dos acervos à sua guarda, abrindo assim a possibilidade de produção de novo conhecimento científico a cidadãos portugueses e estrangeiros”.

    O Arquivo da Casa da Arquitectura conta, actualmente, com 14 acervos/espólios e três coleções de arquitetura com mais de 240 autores e doadores envolvidos, cerca de 3700 projetos e, aproximadamente, 135 mil documentos analógicos e 180 mil documentos digitais.

    No que toca a acervos individuais de autores nacionais com relevância internacional, o Arquivo da Casa tem ao seu cuidado os de Eduardo Souto de Moura, Pedro Ramalho, João Luís Carrilho da Graça, Manuel Correia Fernandes e Teresa Fonseca, entre outros, a que soma, numa esfera internacional, os espólios dos brasileiros Lucio Costa e Paulo Mendes da Rocha.

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    Arquitectura

    Fundão recebe o New European Bauhaus Festival

    O festival decorre nos dias 9 e 10 de Abril, com o tema The Future is now: Redesigning Priorities e que junta convidados das mais diversas áreas multidisciplinares, como o mundo académico, o tecido empresarial, tecnológico e inovador e jovens arquitectos

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    Nos dias 9 e 10 de Abril, a cidade do Fundão recebe o New European Bauhaus Festival, uma iniciativa satélite do The Festival of the New European Bauhaus, que decorrerá entre 9 e 13 de Abril, em Bruxelas, com transmissão online para todo o mundo. O evento terá lugar na Sala Multisusos da Incubadora do Fundão.

    A Ordem dos Arquitectos e os seus parceiros propõe um Programa de uma representatividade interdisciplinar, com participantes de áreas disciplinares distintas, como Masslab e Carrilho da Graça, entre tantos outros oradores convidados.

    The Future is now: Redesigning Priorities é o tema central do programa que, através da realização de quatro mesas, junta convidados das mais diversas áreas multidisciplinares, como o mundo académico, o tecido empresarial, tecnológico e inovador, não descurando as perspetivas mais jovens, seja na visão ainda académica e estudantil, ou a partir da prática de jovens arquitectos.

    Esta iniciativa é uma parceria entre a Ordem dos Arquitectos, a Câmara Municipal do Fundão e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro e a Secção Regional Centro da Ordem dos Arquitectos.  A participação é livre, contudo sujeita a inscrição.

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    Segurança de trabalhos em altura no sector da construção

    O Instituto Electrotécnico Português (IEP) promove no próximo dia 4 de Abril de 2024, no Porto, uma formação em ‘Segurança de Trabalhos em Altura’. Estes continuam a ser um dos principais riscos do sector responsáveis pelo maior número de mortes e feridos graves 

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    Este curso teórico-prático, direccionado a trabalhadores que tenham a seu cargo a realização de trabalhos em altura, tem como objectivos “dotar os participantes dos conhecimentos que lhes permitam efectuar com segurança trabalhos em altura; conhecer o enquadramento legal na área de segurança e saúde no trabalho; utilizar correctamente os EPI e proceder à respectiva verificação; conhecer a sinalização de segurança e a sua correcta utilização; saber avaliar as condições envolventes da obra (traçados de energia, telecomunicações etc)”.

    Os trabalhos em altura representam um risco significativo no sector da construção, com as “quedas” a representarem uma das principais causas de acidentes graves e fatais.

    De acordo com dados da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) em 2023 morreram 119 mortes em acidentes de trabalho, dos quais 25% (29 casos) foram causados por quedas em altura. Registaram-se 449 acidentes de trabalho graves, dos quais 18% (81 casos) envolveram quedas em altura.

    Entre 2020 e 2023, houve uma redução de 10% no número total de mortes por acidentes de trabalho; e uma redução de 15% no número de acidentes de trabalho graves. Apesar da redução, as quedas em altura continuam a ser uma das principais causas de morte e de acidentes graves no trabalho. Um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), com o objectivo de analisar os exames médico-legais de vítimas de acidentes de trabalho graves na região Norte de Portugal, concluiu que as quedas em altura, a par dos acidentes de viação foram as principais causas de acidentes graves e as principais vítimas são Homens, entre 25 e 45 anos, que trabalham na construção, operação de máquinas, serviços gerais e no comércio, são as principais vítimas.

    O planeamento e a avaliação de riscos são preponderantes para evitar acidente, nomeadamente, elaborando um plano de trabalho específico para cada actividade em altura, incluindo a identificação de todos os riscos potenciais e as medidas de controlo a serem implementadas. É ainda importante a realização de uma análise de segurança do trabalho antes do início da actividade, considerando as condições climáticas, o estado dos equipamentos e a qualificação dos trabalhadores. Os Equipamentos de Protecção Individual/Coletiva (EPIs e EPCs) são também elementos cruciais para a prevenção e segurança de trabalhos em altura.

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    Câmara de Setúbal vai reabilitar Palácio do Quebedo por valor superior a 2 M€

    A empreitada “tem por objecto a requalificação profunda de um único edifício vetusto”, com a criação de aprtamentos T0 e T1, devendo “as soluções arquitectónicas e o desenvolvimento das diferentes especialidades de projecto” ser “executadas por um único empreiteiro

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    A Câmara Municipal de Setúbal vai avançar com a reabilitação do Palácio do Quebedo, tendo aprovado, na última reunião pública, a abertura de um concurso público. Com um preço base que ultrapassa os dois milhões de euros (acrescido de IVA à taxa legal em vigor), a obra tem como objectivo “proporcionar habitação temporária a pessoas em situação de sem-abrigo”.

    A proposta aprovada refere que o Palácio do Quebedo vai ser reabilitado no âmbito da Estratégia Local de Habitação (ELH) para “proporcionar uma habitação temporária à pessoa em situação de sem-abrigo, apoiada por um conjunto diversificado de serviços básicos e de apoio social, em estreita ligação com outros recursos da comunidade e com o apoio técnico adequado, no sentido de promover a inserção social e a autonomização”.

    Vão ser criados apartamentos de tipologias T1 e T0 para serem utilizados como alojamento temporário, sendo a integração ou a permanência das pessoas em situação de sem-abrigo definida em função da avaliação técnica de cada situação em concreto”, embora “tendencialmente” aconteça por um período de entre três e seis meses.

    Os apartamentos vão poder acolher “entre o mínimo de uma pessoa e o máximo de duas pessoas, considerando o número de quartos disponíveis, mediante avaliação fundamentada da situação, e respeitando as normas de habitação e as condições de higiene e segurança em vigor”.

    Além da abertura do concurso público, fundamentado na impossibilidade de satisfação da necessidade com recursos próprios da autarquia, foram ainda aprovados o programa do procedimento, o caderno de encargos e o projecto, bem como a fixação em 30 dias do prazo para a apresentação das propostas.

    A não adjudicação por lotes tem como fundamentos, entre outros, o facto de a separação das prestações causar “graves inconvenientes para a entidade adjudicante” e para a segurança de veículos e de peões, além de a gestão de um único contrato ser “mais eficiente” para a autarquia e de beneficiar da “redução de preços decorrente da economia de escala, que no valor da empreitada em causa já será relevante”.

    É ainda sublinhado que a empreitada “tem por objecto a requalificação profunda de um único edifício vetusto”, devendo “as soluções arquitectónicas e o desenvolvimento das diferentes especialidades de projecto” ser “executadas por um único empreiteiro, dadas as condições do edifício em causa e a extensão da reabilitação prevista”.

    A adjudicação da empreitada tem como critério a proposta economicamente mais vantajosa, determinada através da modalidade multifactor, na qual o preço da proposta tem um peso de 60 por cento e o prazo da proposta de 40.

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    Preços de escritórios e lojas aumentaram em média +20% durante a pandemia

    A Casafari, plataforma europeia de dados imobiliários, revela as conclusões de uma análise sobre o mercado de lojas e escritórios em Portugal no período compreendido entre 2019 e 2023, procurando avaliar o impacto da pandemia neste segmento e o comportamento mais recente destes activos quer ao nível do arrendamento quer ao nível da venda

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    De acordo com os dados analisados, os preços de arrendamento e venda de ambos os segmentos cresceram, em média, +20% nos últimos cinco anos. A oferta de escritórios e lojas, tanto para venda como para arrendamento, também subiu a nível nacional, destacando-se o segmento de escritórios cuja oferta para arrendamento mais do que duplicou desde 2019, com os preços (+25,58%) a sustentarem este crescimento. Entre 2019 e 2023 o valor médio do m2 passou de 7,8€/m2 em 2019 para 9,8€/m2 em 2023, com Évora a registar o maior crescimento (+160%), seguido de Bragança (+50%) e Beja (+42,9%). Em termos de oferta no mesmo período, o número de escritórios para arrendar mais do que duplicou (+136%) em todo o país durante o período em analise.

    O crescimento foi menos acentuado de 2022 a 2023 com o preço médio de escritórios para arrendamento a registarem uma subida de +9,6% em relação ao ano anterior, evoluindo de 8,9€ em 2022 para 9,8€ em 2023. As maiores subidas nos valores de arrendamento registaram-se em Évora (+44.4%), Bragança (+28,6%) e Porto (+20%). A maior queda do preço de arrendamento verificou-se na Guarda (-16.7%) e em Faro (-7.1%). 2023 foi ano em que a oferta de arrendamento mais aumentou desde a pandemia, com o número de anúncios a crescer +44.6% face a 2022, a nível nacional, com Faro e Leiria e a Grande Lisboa a serem os distritos com maiores subidas na oferta de escritórios para arrendamento.

    Os preços de escritórios para venda em Portugal aumentaram +18,2%, passando de um valor médio de 1.108,60€/m2 em 2019 para 1.310,40€/m2 em 2023, com as maiores subidas a verificarem-se na Madeira (+50%), Setúbal (+44,5%) e Portalegre (+42,9%). No polo oposto, Bragança (-19,5%), Évora (-16,7%) e Castelo Branco (-14,3%) destacaram-se pelas quebras registadas neste indicador. No que diz respeito à oferta de escritórios para venda, o crescimento foi mais expressivo, +35,7%. Os distritos que mais cresceram a este nível foram Bragança (+375%), Açores (+233,1%) e Viana do Castelo (+175%).

    No período entre 2022 e 2023, o preço de venda por m2 Portugal subiu +11,7%, evoluindo de um valor médio de 1.173,10€/m2 em 2022 para 1.310,40€/m2 em 2023, com os maiores aumentos a serem registados na Guarda (+40%), Vila Real (+33.7%) e Bragança (+29,8%). As maiores quedas de preço em 2023 registaram-se nos Açores (-10,5%).

    A oferta em 2023 registou o maior crescimento (+17%). Contudo, este foi também o ano em que houve mais distritos a verem o número de escritórios para venda a reduzir (9). Destaque para a Madeira (-36.6%), Portalegre (-25%) e Bragança (-20.8%). O maior aumento de oferta foi registado nos distritos de Vila Real (+42.9%), Lisboa (+34.6%) e Leiria (+33.6%).

    Comércio em crescendo

    Ao nível do arrendamento de lojas a oferta mais do que duplicou no período entre 2019 e 2023. À semelhança do que aconteceu com os escritórios os preços acompanharam a subida tendo aumentado +18,8%, passando de um valor médio de 7,7€/m2 em 2019 para 9,2€/m2 em 2023, com o maior aumento a ocorrer em Beja (+83,3%). Em sentido contrário, Portalegre foi o único distrito a sofrer uma quebra de preço (-10%). A oferta a nível nacional subiu +74,1%, com Vila Real (+204,5%), Açores (+126%) e Santarém (+119%) a sobressaírem com os maiores crescimentos. De enaltecer ainda que nenhum distrito registou quebras neste indicador.

    O preço de arrendamento em todo o país apenas cresceu apenas +2,8 no período de um ano, ao passar de um valor médio de 8,9€/m2 em 2022 para 9,2€/m2 em 2023. Também aqui Beja (+37,5%) se destaca com a maior subida, acompanhada por Coimbra (+25%) e Évora (+22,2%). Por outro lado, Santarém (-22,2%), Bragança (-14,3%), Viseu (-14%) e Faro (-7%) foram os únicos distritos com descida do preço. A oferta para arrendamento, por seu lado, aumentou +25,9%, com Faro (+75,2%), Lisboa (+68,3%) e Porto (+45,9%) a evidenciarem-se. Já Braganga (-14,6%) e Viana do Castelo (-12,9%) apresentaram as maiores quebras a nível de escritórios disponíveis no mercado.

    Do lado da Venda o preço médio a nível nacional cresceu +19,1%, entre 2019 e 2023, passando de um valor médio de 1.018,30€/m2 em 2019 para 1.213,20€/m2 em 2023, com a Madeira (+41,6%), Faro (+36,7%) e Lisboa (+30,5%) a registarem as maiores subidas. Faro foi aliás a grande surpresa desta análise, dado que o preço das lojas para venda já é superior ao da Grande Lisboa (2.386€/m2 vs 2.356€/m2).

    Em sentido inverso, Portalegre foi a única região do país na qual o preço por m2 desceu (-15,9%). A nível de oferta, registou-se um crescimento de +33,5% em Portugal, com Vila Real, Bragança e Beja a serem os distritos em destaque no número de lojas para venda.
    No período entre 2022 e 2023 as maiores variações de preço registaram-se nos distritos de Madeira (+28.4%), Setúbal (+17.8%) e Faro (+14.5%). Beja foi o único distrito a verificar quebras (-1.9%). Já a oferta de lojas para venda subiu +11,3% em todo o país, com Leiria (+30,2%) a ser o distrito sobressair em termos de aumento e a Madeira (-14,9%) do lado das quebras.

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    TdC dá luz verde ao prolongamento da Linha Vermelha

    O contrato referente à execução da Empreitada de concepção e Construção da Extensão da linha Vermelha entre São Sebastião e Alcântara do Metropolitano de Lisboa recebeu visto prévio por parte do Tribunal de Contas

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    Este contrato, assinado a 22 de Dezembro de 2023 com o Agrupamento Complementar de Empresas METRO S. SEBASTIÃO ALCÂNTARA, ACE, constituído pelas agrupadas Mota-Engil  Engenharia e Construção e SPIE Batignolles Internacional, Sucursal em Portugal, com o preço contratual de 321.888.000,00€ (trezentos e vinte e um milhões, oitocentos e oitenta e oito mil euros), acrescido de IVA à taxa legal em vigor, aguardava decisão do Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa quanto ao levantamento do efeito suspensivo automático decorrente da acção interposta por um dos concorrentes no concurso (FCC Construcción, Contratas Y Ventas, SAU e Alberto Couto Alves).

    O contrato foi assinado no estrito cumprimento e respeito pelo regime fixado no Código dos Contratos Públicos, decorridos os prazos legais e a tramitação subsequente legalmente estabelecida. Com a decisão agora conhecida do Tribunal de Contas, o contrato estaria em condições de iniciar a sua vigência.

    O custo total elegível previsto para o prolongamento da linha Vermelha da estação São Sebastião a Alcântara, é de 405,4 milhões de euros. Encontra-se previsto no Plano de Recuperação Resiliência 2021-2026, e conta com um investimento europeu de 304 milhões de euros e um apoio financeiro nacional de 101,4 milhões de euros.

    O prolongamento da linha Vermelha a Alcântara irá servir zonas com forte atracção e geração de viagens, com significativa densidade habitacional e de emprego, escolas, comércio e serviços, assim como alvo de grande reabilitação urbanística, como é exemplo a zona de Alcântara. Terá uma extensão de cerca de 4 km e quatro novas estações: Campolide/Amoreiras, Campo de Ourique, Infante Santo e Alcântara, esta última fará a ligação à futura Linha Intermodal Sustentável, promovendo a ligação ao Concelho de Oeiras (LIOS Ocidental).

    Estima-se que a procura diária captada nas quatro estações que integram este prolongamento corresponderá a um acréscimo de 4,7% de clientes em toda a rede, cerca de 87,8% do acréscimo de procura estimado corresponde aos actuais utilizadores do transporte colectivo. A procura captada ao segmento dos actuais utilizadores de transporte individual representa 11,8%, correspondendo a menos 3,7 mil viaturas individuais a circular diariamente, com ganhos de tempos de 72%, dos quais 53,2% correspondem aos actuais utilizadores. Considerando a análise a 30 anos, as emissões evitadas ascenderão a 175,6 mil toneladas de CO2, as poupanças energéticas ascenderão a 29,2 mil tep (Toneladas equivalentes de Petróleo).

    Estima-se, ainda, que a transferência de passageiros dos modos rodoviários para o Metro de Lisboa permitirá evitar a emissão de 6,2 mil t de CO2 equivalente (CO2) no 1º ano de operação.

     

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    Century 21 Portugal espera “crescimento” nos próximos anos

    “Com a expectativa de estabilização das taxas de juro e a continuação da dinâmica positiva no mercado de trabalho, antecipamos um aumento nas transações imobiliárias em Portugal ao longo de 2024. Esta visão sustenta a nossa confiança no crescimento sustentável do sector”, destaca Ricardo Sousa, CEO Century21 Portugal

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    No ano passado, a Century 21 Portugal registou, ao longo do ano, um desempenho positivo em vários indicadores-chave. “Apesar da incerteza no mercado imobiliário português ter marcado o primeiro trimestre de 2023 e assombrado grande parte do ano – com as taxas de juro e a instabilidade económica global a afectar a confiança dos consumidores, os restantes trimestres foram de recuperação, com vários dos principais indicadores a acelerar”, indica a rede imobiliária em comunicado.

    A partir do segundo trimestre, a Century 21 observou uma recuperação, com um aumento consistente nas vendas e no preço dos imóveis. Este aumento foi impulsionado por uma série de factores, como a forte procura de imóveis em território nacional. 

    A Century 21 Portugal está confiante que o mercado imobiliário português continuará a crescer nos próximos anos, “mantendo o ritmo de crescimento e o aumento a quota de mercado”.

    “Estamos confiantes quanto ao futuro do mercado imobiliário português e a posição estratégica da Century 21 para maximizar as oportunidades que surgem. Com a expectativa de estabilização das taxas de juro e a continuação da dinâmica positiva no mercado de trabalho, antecipamos um aumento nas transações imobiliárias em Portugal ao longo de 2024. Esta visão sustenta a nossa confiança no crescimento sustentável do sector”, destaca Ricardo Sousa, CEO Century21 Portugal.

    Os indicadores da marca Century 21 Portugal projectam uma estabilização dos preços das casas, pelo que “não são expectáveis descidas”. Contudo, “é fundamental ter em atenção a evolução do mercado de emprego em Portugal e os factores geopolíticos internacionais, tendo em conta que são variáveis que podem rapidamente alterar as tendências do mercado residencial e da economia portuguesa”. 

    É igualmente importante ter em conta a análise de quatro dinâmicas, que passamos a destacar. A primeira é a estabilidade no mercado de trabalho, onde a taxa de desemprego se mantém em torno de 7%, o que proporciona uma base sólida para que famílias e jovens possam participar activamente do mercado imobiliário, tanto na compra como no arrendamento.

    A segunda dinâmica prende-se com as condições de acesso a crédito habitação. A perspectiva de estabilização e descida das taxas de juros já está a ter impacto desde o final do ano passado nas Euribor, assim como a revisão da regra macroprudencia. 

    Quanto à terceira dinâmica, referente ao programa Simplex para licenciamento urbano, apesar de ainda precisar de ajustes, tem potencial para aumentar a oferta habitacional a curto e médio prazo. O que acontece tanto através da regularização de imóveis antes indisponíveis para venda como pela agilização de novos projectos de construção. Contudo, é essencial clarificar e ajustar este processo para assegurar a segurança jurídica e a proteção do consumidor.

    Por último, a procura internacional mantém-se dinâmica, com Portugal a consolidar-se como destino de eleição, mesmo face às alterações nos programas de incentivo à residência.

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