Número de visitantes sobe face àedição de 2005
A nona edição do Salão Imobiliário de Lisboa 2006 foi visitada por 23 mil pessoas, mais 15 por cento do que na edição anterior, e teve a participação de 293 expositores, mais 17 por cento comparando com o ano passado O Salão Imobiliário de Lisboa (SIL) encerrou as portas da edição de 2006 com um… Continue reading Número de visitantes sobe face àedição de 2005
Joana Justo
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A nona edição do Salão Imobiliário de Lisboa 2006 foi visitada por 23 mil pessoas, mais 15 por cento do que na edição anterior, e teve a participação de 293 expositores, mais 17 por cento comparando com o ano passado
O Salão Imobiliário de Lisboa (SIL) encerrou as portas da edição de 2006 com um crescimento de 15 por cento no número de visitantes face àedição do ano passado, tendo-se registado durante o perÃÂodo do evento mais de 23 mil pessoas. O evento contou com a participação de 293 expositores distribuÃÂdos por uma área bruta de 39 mil metros quadrados. O certame que decorreu entre os dias 22 e 26 de Novembro na Feira Internacional de Lisboa (FIL), ocupou três pavilhões de exposição, mais um espaço do que no ano anterior. Segundo o responsável da feira, Manuel Nobre, «o balanço é extremamente positivo», pois houve um crescimento significativo «na qualidade dos projectos apresentados pelos expositores».
A cidade convidada para participar na nona edição do SIL foi Luanda. O convite foi feito por Manuel Nobre, gestor da feira durante a visita da equipa do SIL àFILDA 2006 – Feira Internacional de Luanda.
A capital angolana foi representada com um stand de 144 metros quadrados no qual estiveram os mais recentes projectos imobiliários e de infra-estruturas previstos para aquela cidade.
Houve uma forte presença do Nordeste brasileiro nesta feira, desde promotores, construtoras e imobiliárias que quiseram promover novos projectos em Portugal.
Foi o caso da Odebrecht Sauipe que já vai na terceira participação no Salão Imobiliário de Lisboa. A construtora tem sempre «as melhores expectativas» em relação àSIL, explicou ao Construir MaurÃÂzio Pondé Bastianelli, director de Contrato da Odebrecht.
O responsável da empresa afirmou que a aposta na feira se deve ao facto de a cada ano que passa a feira estar maior em áreas, stands, e de haver um interesse muito forte de empresários portugueses em investirem no nordeste brasileiro.
A empresa esteve presente no SIL pela terceira vez pois é sempre um ponto onde concretizam vendas efectivas, e fazem «contactos importantes, para o desenvolvimento de outros negócios», explicou MaurÃÂzio Bastianelli.
Segundo o responsável, as áreas de imobiliário que têm maior potencial ainda são os novos empreendimentos, por isso a Odebrecht promoveu na SIL o empreendimento «Quintas de SauÃÂpe», na BahÃÂa e o «SauÃÂpe Golf Terraces».
«Eu acredito que as pessoas gostam mais de ter um apartamento novo e de qualidade, do que um imóvel usado», conclui o responsável.
Para o futuro, a Odebrecht Sauipe conta estar novamente presente no Salão Imobiliário de Lisboa, pois para além de dar a conhecer os empreendimentos ao público, conseguem sempre concretizar bons negócios.
Noutra perspectiva, os responsáveis pelo Empreendimento Bom Sucesso, afirmam que o certame é importante na medida em que dá visibilidade ao complexo residencial.
Segundo David Sacramento, consultor de vendas do Bom Sucesso, o mercado imobiliário em Portugal e o público-alvo mostra sinais de estagnação, e por esta razão os clientes desta promotora são em grande parte estrangeiros.
O potencial do mercado imobiliário segundo este responsável está em «empreendimentos novos e na qualidade dos mesmos».
Este foi o terceiro ano que o Bom Sucesso marcou presença no SIL, e vão continuar a apostar nesta feira pois «tem dado frutos», concluiu David Sacramento.
Na opinião do arquitecto Nuno Malheiro, do Focus Group o Salão Imobiliário de Lisboa é um bom evento para dar a conhecer o grupo ao público, e estabelecer contactos com vários clientes.
Ao contrário das opiniões de alguns expositores presentes no SIL, o arquitecto Nuno Malheiro afirma que no final do primeiro trimestre deste ano, o mercado imobiliário tem vindo a evoluir positivamente, «tem havido mais procura» factor que leva a crer o arquitecto numa possÃÂvel recuperação do mercado. Nuno Malheiro aposta que o potencial do imobiliário está nas áreas do turismo e hotelaria, onde se verifica «o boom do investimento no nosso paÃÂs». Uma das formas apontadas pelo arquitecto para se continuar a evoluir no mercado imobiliário, é que o Governo e todos os outros intervenientes do mercado criem sinais positivos no sector imobiliário. O arquitecto explicou ao Construir que «temos de deixar de pensar negativamente, temos de pensar em coisas positivas, pois atraem mais coisas positivas». O Focus Group deverá voltar a marcar presença na próxima edição do SIL, pois tem sido «um evento em franco crescimento».
A Parque Expo esteve presente no SIL, evento ao qual nunca faltaram desde que teve inicio há nove anos.
À semelhança de outros expositores a Parque Expo marca presença no sentido de poder promover os seus serviços, e os seus projectos nacionais e internacionais.
Segundo o arquitecto Nuno Martins Correia, houve um «boom» no crescimento imobiliário nos últimos anos e «por várias vezes construiu-se sem qualidade». Para o responsável de palneamento urbanÃÂstico da Parque Expo «a solução passa por fazer produtos mais especÃÂficos e com melhor qualidade». No futuro, a Parque Expo pretende continuar a apostar neste evento que promove não só o mercado imobiliário, mas como todas as áreas adjacentes da ele.
A Orchidea, empresa imobiliária que se apresentou na feira com um projecto para Almada, o «Almada Business Center» que é constituÃÂdo por escritórios e comércio, recebeu o prémio de melhor stand do Salão Imobiliário de Lisboa.
A importância do SIL para a Orchidea deve-se ao facto de promover os produtos da imobiliária e porque esta feira mostra este ano «alguns stands que não desmerecem daquilo que se vê em feiras de Madrid ou em Barcelona», explicou António Martins, administrador delegado da empresa.
Também o administrador da Orchidea sente que o mercado «devagarinho está a entrar numa fase ascendente», em particular este ano, o responsável fala mesmo numa recuperação em relação ao últimos dois, três anos.
Para que o mercado continue a melhorar progressivamente, António Martins, atribui àbanca um papel preponderante, no que diz respeito ao financiamento a projectos novos e àaquisição de habitação ou escritórios.
O mais importante de estar da SIL para além de promover os projectos «é aprendermos uns com os outros», conclui o administrador.
Outro factor que parece ter peso na opinião destes expositores, é que existe um espirito negativo em relação ao mercado que precisa de ser alterado.
O fundo imobiliário Imolux também esteve presente no SIL com o projecto «Jardins de São Lourenço» (que já está em construção) e com o lançamento do projecto de Gonçalo Byrne, o empreendimento «Jade», dois complexos residenciais que vão localizar-se na Avenida dos Combatentes.
Teresa Pereira, procuradora do fundo Imolux explicou que cada vez mais é prestigiante para os promotores participarem no Salão Imobiliário de Lisboa».
Na opinião de Teresa Pereira, «o SIL brevemente estará no roteiro das grandes feiras internacionais, àsemelhança do que já existe em Madrid e em Barcelona». A responsável acredita que Portugal está a caminhar nesse sentido, e que o Salão deste comprova esta ideia.
Este é o segundo ano que a Imolux esteve presente no evento, fruto do facto deste fundo também ter «apenas dois anos de vida».
Teresa Pereira acredita que o potencial do imobiliário está na habitação de luxo, «aliada a áreas grandes e ao extremo cuidado nos acabamentos», a importância da qualidade é a «imagem de marca dos projectos Imolux».
Quem ainda não deixou de participar no SIL desde que o evento se realiza há nove anos foi a EPUL – Empresa Pública de Urbanização de Lisboa, este ano não foi excepção.
O mote do stand da EPUL são os 35 anos de vida da empresa, e nesta edição da feira, a empresa pública aproveitou para promover a sua vertente imobiliária com os projectos para a Praça de Entrecampos e para o Martin Moniz.
Um dos administradores da empresa explicou ao Construir que também acredita estar a entrar «no perÃÂodo de relançamento do produto imobiliário».
Para a empresa pública um dos elementos fundamentais que é desenvolvido pelo departamento de inovação, são as soluções sustentáveis para os edifÃÂcios da EPUL. É neste sentido que a empresa pública trabalha, tenta descobrir as melhores soluções para encontrar «o produto imobiliário do futuro», explicou o responsável.
Projecto SIL 2006
O Salão Imobiliário de Lisboa 2006 adoptou pela primeira vez uma iniciativa para destacar o melhor projecto imobiliário exposto no certame. Na opinião de alguns expositores é uma iniciativa que motiva todos os participantes a trazerem o que de melhor têm na sua carteira de projectos. Este ano o prémio foi para a RAR imobiliária com o projecto do empreendimento Monchique, localizado na margem norte do rio Douro. Trata-se da recuperação da primeira refinaria mecânica de açúcar e é fruto do trabalho do arquitecto Victor Carvalho Araújo.