UTIC transformada em empreendimento
A União de Transportadores para Importação e Comércio (UTIC), foi fundada em 1944 com sede em Cabo Ruivo e fechou portas em 1992. Agora vai voltar a ter utilidade como complexo residencial A antiga fábrica da UTIC vai ser reabilitada e transformada num empreendimento residencial. O imóvel localizado nos terrenos do Parque das Nações tem… Continue reading UTIC transformada em empreendimento
Joana Justo
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A União de Transportadores para Importação e Comércio (UTIC), foi fundada em 1944 com sede em Cabo Ruivo e fechou portas em 1992.
Agora vai voltar a ter utilidade como complexo residencial
A antiga fábrica da UTIC vai ser reabilitada e transformada num empreendimento residencial. O imóvel localizado nos terrenos do Parque das Nações tem uma área de 11.602 metros quadrados.
O investimento foi concretizado em operação conjunta entre a Edifer Imobiliária e Parquesol Imobiliária e ascende aos 30 milhões de euros.
O edifÃÂcio destinado a instalações da antiga unidade industrial UTIC em Lisboa tem hoje as instalações desactivadas e está localizado num dos principais eixos de acesso ao Parque das Nações, a Avenida de Pádua.
O espaço de arquitectura industrial do Estado Novo tem uma construção que remonta àprimeira metade do século XX.
O projecto de reconversão do espaço em empreendimento habitacional ficou àresponsabilidade do ateliê de arquitectura Ideias do Futuro, e vai designar-se de parque Metrocity. No projecto estão envolvidos o arquitecto Tiago da Fonseca, o arquitecto Mário Salgado Freire e o Engenheiro Pedro João.
Dois conceitos
As necessidades e as caracterÃÂsticas especÃÂficas do edifÃÂcio conduziram o projecto de forma a que este assentasse em dois conceitos fundamentais: o primeiro é o facto de todo o projecto respeitar a integração do edifÃÂcio no terreno e na situação urbana existente; o segundo conceito assenta na recuperação e manutenção do embasamento do edifÃÂcio e da sua filosofia.
Todo o programa arquitectónico prevê manter a relação que o edificado tem com a sua envolvente, a sua escala e a sua cor. São elementos que os arquitectos prevêem manter.
Os dois edifÃÂcios propostos vão gozar de uma boa exposição solar e de uma vista sobre o rio e sobre o Parque das Nações. Segundo os responsáveis pelo projecto, a boa localização do empreendimento fica também a dever-se àproximidade a uma boa rede de transportes públicos e a uma facilidade do acesso do transporte privado.
O conjunto edificado será usado como embasamento das novas construções e vai receber também parqueamentos enterrados. No que diz respeito aos alçados actuais, alguns sofreram demolições em certos planos mas vão manter-se parcialmente.
Os dois edifÃÂcios perpendiculares entre si constituem um todo, mas são autónomos na sua estrutura dispondo de acessos individuais.
As instalações da UTIC são um exemplo da arquitectura industrial, e o projecto das Ideias do Futuro passa pela recuperação parcial do imóvel e pela construção de uma zona habitacional sobre a cobertura do imóvel actual.
Proposta Arquitectónica
A proposta integra uma nova composição arquitectónica na envolvente, um conjunto edificado que assenta em dois volumes laminares, perpendiculares entre si e que criam «um efeito de onda». Ambos os edifÃÂcios vão funcionar com duas lâminas perpendiculares estreitas e elegantes assentes sobre um jardim.
A estrutura conta com um edifÃÂcio destinado àhabitação e outro destinado a Studios e Habitação.
O Bloco A situado a Sul será inteiramente destinado àhabitação, e o Bloco B situado a Norte terá utilidade de habitação nos pisos superiores, nomeadamente entre o 3 e 7 e nos pisos do -1 a 2 a utilidade será para Studios, por forma a garantir uma adaptação de qualquer actividade dentro destes usos.
O embasamento é constituÃÂdo por dois pisos enterrados, que serão destinados a estacionamento e arrumos.
Está prevista uma zona verde aberta que servirá de área de lazer / zona ajardinada com acessos a partir do arruamento, através de um sistema de escadas ou pelos elevadores ou ainda pelos Blocos.
Ambos os Blocos vão ser servidos por colunas de acesso vertical desde a zona de estacionamento até aos vários pisos, através de colunas de escadas e colunas de elevadores.
Todas as entradas nobres do edifÃÂcio vão gozar de materiais como as madeiras, o ferro e vidro e a reconversão da estrutura do edifÃÂcio utilizará materiais tradicionais como o betão armado.
No que concerne aos acabamentos na parte exterior do edifÃÂcio, ou seja, no embasamento, as suas partes reutilizáveis, serão recuperadas de acordo com os acabamentos existentes, como sejam a picagem de reboco e novos rebocos, pinturas e algum revestimento em pedra mármore igual àexistente. Na parte exterior dos edifÃÂcios os revestimentos das paredes serão com monomassas e reboco pintado. Para as paredes interiores das habitações e respectivos pavimentos serão utilizados materiais como a madeira exótica, pedra calcária, e vidro, todas as casas vão ter paredes duplas e vidros duplos.
Os edifÃÂcios propostos para o Metrocity vão constituir um todo, mas serão autónomos na sua estrutura, dispondo de acessos individuais.
A área onde o conjunto edificado está integrado tem sido predominantemente industrial mas está a mudar e a transformar-se numa das zonas mais importantes para a reconversão urbanÃÂstica.