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    Engenharia

    Pontes a funcionar como músculos

    O corpo humano serviu de inspiração a Pedro Pacheco, investigador da FEUP, para conceber uma nova técnica de construir pontes em que a rigidez é conseguida à custa de energia em vez de massa. A nova técnica, que promete revolucionar a forma de erigir pontes em todo o mundo, foi apresentada ao Construir pelo investigador… Continue reading Pontes a funcionar como músculos

    Maria João Morais
    Engenharia

    Pontes a funcionar como músculos

    O corpo humano serviu de inspiração a Pedro Pacheco, investigador da FEUP, para conceber uma nova técnica de construir pontes em que a rigidez é conseguida à custa de energia em vez de massa. A nova técnica, que promete revolucionar a forma de erigir pontes em todo o mundo, foi apresentada ao Construir pelo investigador… Continue reading Pontes a funcionar como músculos

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    O corpo humano serviu de inspiração a Pedro Pacheco, investigador da FEUP, para conceber uma nova técnica de construir pontes em que a rigidez é conseguida à custa de energia em vez de massa. A nova técnica, que promete revolucionar a forma de erigir pontes em todo o mundo, foi apresentada ao Construir pelo investigador

    Foi depois de estudar aprofundadamente o funcionamento do corpo humano que Pedro Pacheco, investigador da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), se centrou no músculo com o intuito de adaptar o desempenho deste às estruturas das pontes de betão. O resultado é um sistema construtivo que torna as travessias mais leves, mais seguras e mais económicas.

    A inovadora técnica, designada de pré-esforço orgânico (OPS), é empregada durante o processo de betonagem, durante a qual a quantidade de carga colocada nos cimbres autoportantes (usados na construção das pontes) consegue ser ajustada através de forças impelidas por cabos.

    A analogia com o corpo humano é constante. No sistema OPS, a estrutura é o esqueleto, e os sensores funcionam como os nervos, por sua vez ligados por cabos eléctricos a um autómato (o cérebro). Quando é detectada uma deformação na estrutura, os sensores informam o autómato, que ordena aos macacos hidráulicos (tendões) para esticarem os cabos. Ao esticarem, estes compensam a deformação. A estrutura volta ao sítio e a dor cessa.

    O objectivo é tornar as pontes estruturas “vivas”, capazes de responder a estímulos, ao contrário das habituais construções utilizadas na engenharia civil, que são fixas. O sistema OPS, tal como o músculo humano, quando é submetido à acção de uma carga, consegue manter-se imutável através do uso da força. A rigidez é conseguida à custa de energia e não de massa, “o que é uma enorme vantagem, porque a energia não pesa”, refere Pedro Pacheco.

    Outros benefícios do inovador sistema passam pela economia. Devido ao “músculo”, é possível que a estrutura comporte bastante menos quantidade de betão, conseguindo-se diminuir a necessidade de massa estrutural e pode reduzindo-se globalmente em 20 ou 30 por cento o custo do equipamento.

    A segurança é outra vantagem. Com os sensores, qualquer erro de fábrica ou qualquer defeito é imediatamente detectado. A estrutura está constantemente a ser medida, o que a torna mais segura.

    Soluções da Natureza

    Apesar de sempre ter sentido um apelo para a engenharia de estruturas, especialmente para projectar pontes, Pedro Pacheco desde cedo mostrou interesse também pela natureza, que descreve como “um valor supremo extremamente eficaz”.

    A tese de mestrado do investigador portuense, concluída em 1993, era já um indício do que se seguiria. Intitulado “Soluções da Natureza para problemas estruturais”, dedicava-se ao estudo dos três reinos da natureza: mineral, vegetal e animal, numa perspectiva de engenharia de estruturas. Inicialmente, o objectivo era simplesmente observar a natureza para perceber como se processa o desempenho estrutural de árvores ou raízes.

    A base científica é a Biomimética: designação recente para o estudo da natureza como fonte de inspiração para o desenvolvimento cientifico.

    Mas só mais tarde se apercebeu de que na natureza iria encontrar respostas para muitas das questões que diariamente o absorviam. Enigmático, começa por explicar: “Conhece aquela sensação de estar a pensar numa música e uma pessoa ao pé de si começar a cantar a mesma música?”.

    No início tratava-se sobretudo da postura científica aliada à curiosidade de observar, para aprender como as estruturas funcionavam. Depois de estudar o esforço nas árvores, chegou ao corpo humano: nomeadamente aos braços e aos músculos. Na altura ficou logo com a sensação de que poderia haver outras aplicações claramente inspiradas no músculo.

    Foi a partir deste momento que se decidiu a estudar a matéria mais a sério e assim nasce a tese de doutoramento, intitulada “Pré-Esforço Orgânico: Um exemplo de sistema efector”. Durante um ano dedicou-se ao estudo de anatomia com ajuda do professor Nuno Grande, do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS). Andou pelo teatro anatómico a analisar o corpo humano com profundidade até perceber na íntegra como o músculo funciona.

    Hoje, o engenheiro recorda o período em que estudou medicina como estimulante e enriquecedor, mas ao mesmo tempo estranho e surpreendente. “Lembro-me perfeitamente de estar com alunos de anatomia, de medicina ao lado no teatro anatómico e ter uma sensação estranha, porque não era o meu ambiente natural”, relata.

    O resultado foi um sistema totalmente original e inovador no seio da engenharia civil. A primeira apresentação científica que fez sobre este tema foi numa conferência de engenheiros de estruturas. “Lembro-me que se gerou um certo sorriso na sala quando ao segundo slide começaram a aparecer ossos e cartilagens”. Actualmente, a patente está registada em 68 países.

    Em 2001, Pedro Pacheco seria distinguido com o 2º prémio no concurso internacional de Teses de Doutoramento em Betão Estrutural do FIB (Féderation Internationale du Béton). Para o investigador, a importância desse momento passou pelo “factor de credibilização”, que gerou. O reconhecimento internacional, através da atribuição do prestigiante prémio, deu um empurrão à viabilização do projecto.

    Da teoria à prática

    O projecto-piloto para a aplicação do sistema de pré-esforço orgânico foi a Ponte sobre o rio Sousa (Lousada). Após 11 anos de estudos, a exequibilidade do OPS ficou finalmente comprovada com esta obra, feita em parceria com a construtora Mota-Engil e concluída em 2005. Pedro Pacheco afiança que a empreitada correu ainda melhor do que as expectativas: “foi excepcional. Estávamos à espera de alguns imprevistos, mas correu muito bem”. A nível financeiro, a solução ficou 15 por cento mais barata e em termos de prazos, terminou 35 dias mais cedo do que estava previsto.

    Durante o decorrer da obra, deu-se uma forte interacção entre os investigadores do grupo OPS e os técnicos da Mota-Engil, sempre na lógica da inovação. Daí o resultado ter sido «uma solução simples, exequível, funcional e segura».

    Pedro Pacheco destaca, contudo, que este é um “sistema que ainda está na sua infância”. A primeira aplicação trouxe uma aprendizagem enorme em termos científicos que se espera vir a ser cada vez mais desenvolvida.

    O dia mais marcante foi na construção da ponte sobre o Rio Sousa foi a 7 de Abril de 2005: o dia da primeira betonagem com o sistema OPS. Para o investigador foi «um dia muito especial por ter sido a primeira vez na história em que se fez uma coisa do género». O receio e as dúvidas eram grandes. Conta que um técnico foi ter com ele na véspera e interrogou: «Ó professor, isto está seguro? Acha que funciona mesmo?». Apesar dos vários anos de estudos, de testes e de verificações, era a primeira vez que se ia conferir se o sistema funcionava mesmo. Iam estar mais de trinta homens em cima da ponte, e nunca se tinha visto o sistema a trabalhar na prática. «A certa altura já se faziam apostas para ver se aquilo ia correr bem ou não», recorda. Só passadas cerca de oito horas de betonagem, quando já estavam colocadas 600 toneladas de betão é que as dúvidas principiaram a dissipar-se e os técnicos acreditaram na realidade do sistema. O entusiasmo de Pedro Pacheco é evidente quando fala neste momento: “foi extraordinário, uma grande aventura”.

    Um dos sinais do bom desempenho foi a estrutura quase não se mexer. Ao carregar com betão um cimbre normal, este desce entre 6 a 8 centímetros, enquanto que com o OPS a funcionar, desce apenas 2 milímetros e meio. “Não é uma estrutura morta, é uma estrutura viva”, descreve.

    A empresa: BERD

    Neste momento, Pedro Pacheco está plenamente envolvido na criação de uma empresa que une as componentes industrial, de projecto e financeira em torno do desenvolvimento e internacionalização do OPS. Trata-se da recém-nascida BERD (Bridge Engineering Research and Design). Criada no triângulo FEUP, Mota-Engil e APICapital, está neste momento a começar a interagir com o mercado. Pedro Pacheco destaca o valor dos “investigadores excepcionais” que compõem a equipa e ainda na ligação com a Mota-Engil como a chave do sucesso da empresa. O investigador estima que os primeiros anos de penetração no mercado sejam duros. Mas à quota-parte de incerteza, soma-se uma determinação muito maior: “Estamos preparados para apanhar uma coça”, afirma, audacioso.

    Para Pedro Pacheco, a maior incógnita que se afigura à nova empresa é o tempo. Fora isso, não tem grandes dúvidas: “A solução é mais simples, mais segura, mais económica, funcional e vai vencer”. O mais difícil é saber quanto tempo vai levar até se implementar no mercado.

    Reconhece que fazer penetrar no mercado da engenharia civil uma tecnologia nova será bastante difícil: “a engenharia civil na sua generalidade é muito conservadora, demora muito tempo a mudar de soluções”. E este sistema contém uma componente tecnológica inovadora forte. Há um sistema de controlo activo, em que a estrutura depende de software. Daí que se afigure também um vasto trabalho de preparação da aceitação sociológica e psicológica. “Ultrapassado isso, é inevitável que isto seja usado em todo o mundo”.

    Sabendo que o seu projecto vai ser certamente alvo de cópias, algo que vê como «uma fatalidade», afirma que aquilo que o grupo OPS pode fazer é procurar ser também “beneficiado com a implementação do sistema”.

    O actual sistema de pré-esforço orgânico foi concebido exclusivamente para implementação em pontes de betão, mas a adaptação deste mecanismo a outro tipo de estruturas está também em cima da mesa. A BERD terá uma componente totalmente dedicada à elaboração de projectos de execução, e à construção, e outra parte focada constantemente na investigação. “A única forma de estar no mercado e ter benefícios de valor acrescentado é estar a inovar constantemente, estar à procura de novas soluções”, por isso, o aperfeiçoamento do OPS e o estudo de aplicações a outro tipo de estruturas vai continuar a ser desenvolvido.

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    Habitação: Câmara de Lagos aprova investimento de 9,4M€ na compra de terrenos

    Nos planos do município para estes terrenos está o desenvolvimento de empreendimentos destinados a oferta pública fora do Programa 1.º Direito, designadamente nas modalidades de arrendamento apoiado, arrendamento acessível e disponibilização de fogos para aquisição a custos controlados, mas também a criação de condições que fomentem a oferta privada acessível por parte do setor privado e cooperativo

    A Câmara de Lagos aprovou, na última reunião de câmara, a aquisição de dois grandes terrenos com capacidade edificativa, o que irá permitir ampliar decisivamente a resposta pública municipal e fazer face à complexa situação de carência habitacional que se vive no concelho. A proposta final, que resultou da negociação encetada com o Fundo de Investimento proprietário dos terrenos, ascende aos 9,4 milhões de euros. O processo de aquisição dos imóveis segue, agora, para apreciação e decisão da Assembleia Municipal.

    Trazer à posse do município dois prédios rústicos situados nas Caliças, localização muito próxima do centro da cidade, e com uma capacidade global edificativa na ordem dos 80 mil metros quadrados, para aí projectar um grande programa de construção habitacional que permita reequilibrar o mercado imobiliário do concelho e criar uma oferta diversificada, capaz de dar resposta à multiplicidade de perfis e de necessidades habitacionais que estão diagnosticadas, é o que se pretende alcançar com este investimento, de acordo com os responsáveis autárquicos.

    Na apresentação do assunto em reunião de câmara, o presidente da autarquia sublinhou a importância desta decisão, que, no seu entender, “constitui um marco importante na política de solos, fomentando o início de uma nova realidade para toda a problemática da habitação na vertente da oferta e da própria regulação do mercado”, pelo facto do património municipal de terrenos disponíveis já não reunir as condições suficientes para sustentar um programa de construção dessa escala e dos 260 fogos previstos na Estratégia Local de Habitação (actualmente em execução) ficarem aquém das necessidades do concelho. “Uma data que ficará certamente na história do município de Lagos” foi, por isso, a forma como Hugo Pereira se referiu ao dia em que foi tomada esta decisão.

    Nos planos do município para estes terrenos está o desenvolvimento de empreendimentos destinados a oferta pública fora do Programa 1.º Direito, designadamente nas modalidades de arrendamento apoiado, arrendamento acessível e disponibilização de fogos para aquisição a custos controlados, mas também a criação de condições que fomentem a oferta privada acessível por parte do sector privado e cooperativo e a construção de habitações a afectar a casas de função ou a programas destinados aos jovens. Estima-se que a operação de loteamento dos dois terrenos, no seu conjunto, permita construir até 600 fogos, para além de equipamentos e serviços de apoio a essa nova área de expansão da cidade.

    De acordo com os dados oficiais da autarquia, entre 2020 e 2023 o número acumulado de pedidos de apoio habitacional aumentou de 653 para 1903, representando um acréscimo de 300%. Significativa foi, também, a afluência aos concursos que decorreram para atribuição dos primeiros 47 fogos (de um total de 260) a construir no âmbito da Estratégia Local de Habitação, onde foram recebidas 1260 candidaturas, sendo que uma percentagem significativa de agregados (34% – 426 agregados), apesar de se encontrar em situação de carência habitacional, não tem enquadramento no âmbito do Programa 1.º Direito, por não se encontrar em condição habitacional indigna ou por apresentar rendimentos médios mensais acima dos valores admitidos, mas, ainda assim, insuficientes para fazer face aos preços praticados no mercado habitacional privado. Nesta mesma reunião foi apresentado o Relatório Municipal da Habitação de Lagos relativo ao ano 2023, documento que compila toda a informação relevante sobre os pedidos de apoio, assim como sobre as respostas dadas pelo município no âmbito do Apoio ao Arrendamento Privado e da Estratégia Local de Habitação de Lagos, para fazer face a esta problemática da carência habitacional.

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    Vila Galé inaugura hotéis na Figueira da Foz e Isla Canela

    O grupo Vila Galé já soma mais dois hotéis à sua rede: o Vila Galé Collection Figueira da Foz e o Vila Galé Isla Canela, o primeiro em Espanha. É na Costa de la Luz, em Huelva, que a Vila Galé estreia a sua marca em terras espanholas. Com acesso direto à praia, o Vila… Continue reading Vila Galé inaugura hotéis na Figueira da Foz e Isla Canela

    O grupo Vila Galé já soma mais dois hotéis à sua rede: o Vila Galé Collection Figueira da Foz e o Vila Galé Isla Canela, o primeiro em Espanha.

    É na Costa de la Luz, em Huelva, que a Vila Galé estreia a sua marca em terras espanholas. Com acesso direto à praia, o Vila Galé Isla Canela instalou-se num edifício com arquitetura e decoração de influência árabe, que conta com 300 quartos com varanda, duas piscinas, dois restaurantes, três bares – incluindo um na piscina – Satsanga Spa & Wellness com piscina interior, Clube Nep para as crianças, salas de eventos e lojas.

    Após a renovação total das áreas públicas de clientes, aqui a elegância funde-se com o cenário deslumbrante da costa espanhola, mesmo ao lado do Algarve, com uma oferta gastronómica e de animação muito vocacionada para famílias e casais, onde se inclui a opção do regime ‘Tudo Incluído’.

    Já na Figueira da Foz, um destino turístico tradicional, a Vila Galé assumiu a gestão do emblemático Grande Hotel da Figueira. Com uma localização privilegiada, na marginal e na primeira linha da praia, esta unidade foi totalmente renovada e modernizada e é agora o Vila Galé Collection Figueira da Foz.

    Com 102 quartos, dois restaurantes, bar, piscina exterior e Satsanga Spa & Wellness, trata-se um imóvel histórico, ex-libris da Figueira da Foz pela sua forte presença arquitetónica e estética pós-modernista dos anos 50. Assinado pelo arquiteto Inácio Peres Fernandes e com pinturas de Thomaz de Mello e outros artistas, foi inaugurado em junho de 1953 como Grande Hotel da Figueira e está classificado como imóvel de interesse público desde 2002.

    O Vila Galé Collection Figueira da Foz é o 32º hotel da rede em Portugal, que conta ainda com dez unidades no Brasil e um resort com regime ‘Tudo Incluído’ em Cuba, o Vila Galé Cayo Paredón.

    Sobre o autorRicardo Batista

    Ricardo Batista

    Director Editorial
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    Vencedores dos Prémios do Magazine Imobiliário

    Imobiliário

    Prémio Nacional do Imobiliário 2024 distingue empreendimentos do sector

    Organizado pela Magazine Imobiliário, a gala de entrega dos prémios teve lugar no Vila Galé Sintra Resort Hotel Conference & Spa

    Foram conhecidos esta quinta-feira, dia 18 de Abril, os vencedores do Prémio Nacional do Imobiliário 2024. Uma iniciativa da Magazine Imobiliário que se apresenta como um incentivo para que os players produzam “criações urbanas inovadoras e sustentáveis”. Com cerca de 230 convidados, a gala de entrega dos prémios teve lugar no Vila Galé Sintra Resort Hotel Conference & Spa.

    O Melhor Empreendimento do Ano 2024 foi entregue pela esmagadora maioria dos membros do júri, à Escola Básica nº1 + Jardim Infantil Arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles, promovido pela Lisboa Ocidental SRU – Sociedade de Reabilitação Urbana. Localizado no Bairro da Boavista, em Lisboa, o empreendimento foi distinguido, igualmente, na categoria de Empreendimentos Colectivos, esta escola oferece apoio educativo à comunidade local, além de ser um espaço inclusivo e ambientalmente responsável.

    A K-Tower Lisbon Business Centre, do promotor Krest Real Estate Investments, triunfou na categoria Escritórios e na categoria Turismo o prémio foi atribuído ao Verdelago Resort, do promotor Verdelago Sociedade Imobiliária. Já na categoria Habitação, a categoria mais concorrida dos prémios com 22 finalistas, triunfou o Antas Atrium, do promotor Quest Capital.

    Por ser a categoria com mais finalistas, a Habitação distinguiu quatro projectos, consoante a sua localização geográfica. Assim, o Prémio Habitação Norte foi para River Plaza do promotor Teixeira Duarte Real Estate, o Prémio Habitação Centro foi para Miraflores Park do promotor Solyd Property Developers, o Prémio Habitação Sul para o Bayline do promotor Vanguard Properties e Savoy Residence I Insular, do promotor Savoy Signature / AFA Real Estate, foi galardoado com o Prémio Habitação Sul.

    O Prémio Projecto de Interiores coube ao Legacy Hotel by Hilton, do promotor Reformosa e com assinatura do arquitecto Luís Rebelo de Andrade.

    O empreendimento Rodrigo da Fonseca Prime Residences, do promotor Mexto Property Investment recebeu o Prémio Reabilitação. Esta categoria contou, este ano, com novas distinções, abrangendo diferentes áreas geográficas. A Norte, o premio de Reabilitação foi para Grande Hotel Paris do promotor Just Stay Hotels, no Centro foi distinguido o Duke Residences Saldanha, do promotor Pujolinvest e o Prémio Reabilitação Ilhas foi para o Barceló Funchal Old Town do promotor Emeraldtown – Empreendimentos Imobiliários e Turísticos.

    O Prémio de Excelência em Eficiência & Sustentabilidade, atribuído em parceria com a ADENE – Agência para a Energia, não só aumentou o número de empreendimentos a concurso, como revelou uma maior preocupação ambiental e energética com o edificado por parte dos promotores. O laureado foi o edifício de escritórios K-Tower Lisbon Business Centre, do promotor Krest Real Estate Investments.

    A realização desta iniciativa conta com patrocinadores, apoios e parceiros, como a Victoria Seguros como Patrocinador Principal, o Santander, o Banco Oficial. Juntam-se também os sponsers, Savills, ERA Portugal, Grohe, AEG, JUNG e Avila Spaces. Cocktail sponsored by LG Portugal.

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    Adriano Nogueira Pinto, director coordenador nacional da DS Private

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    DS Private reforça rede

    Entre Janeiro e Março a empresa especializada na compra e venda de imóveis de luxo no norte e centro do país reforçou a sua rede com a abertura de quatro novas lojas, tendo registado no primeiro trimestre do ano um crescimento na sua facturação de 29%, face ao período homólogo

    A DS Private, marca do Grupo Decisões e Soluções especializada na compra e venda de imóveis de luxo e do segmento premium, registou um crescimento na facturação de 29% no primeiro trimestre de 2024, em comparação com o período homólogo.

    Durante os primeiros três meses deste ano, a Ds Private reforçou a sua rede com abertura de quatro novas lojas, Ponte de Lima, Vila do Conde, Póvoa de Varzim e Oliveira de Azeméis, com especial enfoque na zona Norte e Centro do país.

    Os resultados do primeiro trimestre de 2024 acompanham a tendência de crescimento da marca, que em 2023 registou um crescimento de 96% na facturação da sua rede de lojas e abriu cinco novas lojas no país.

    “Os resultados obtidos nestes primeiros meses do ano reflectem o caminho de consolidação que temos vindo a fazer desde que chegámos ao mercado, em 2020. Este crescimento significativo na facturação deve-se ao empenho e à entrega de todos os profissionais que trabalham na rede DS Private e que asseguram um serviço de excelência para com os nossos clientes. Continuaremos focados na expansão da nossa rede de lojas em todo o território nacional, em reforçarmos o nosso posicionamento na vanguarda do aconselhamento premium para o imobiliário de alta qualidade e em oferecermos um serviço personalizado e exclusivo a quem nos procura”, sublinhou Adriano Nogueira Pinto, director coordenador nacional da DS Private.

     

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    Salto Studio ganha concurso para antiga Colónia Balnear da Areia Branca

    A proposta apresentada pelo atelier Salto Studio, venceu o concurso público de concepção para a elaboração do projecto de recuperação da antiga Colónia Balnear da Areia Branca, na Lourinhã

    O concurso lançado pela Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa recebeu um total de 24 proposta, tendo a proposta com a assinatura de André Nave, do Salto Studio, ficado em primeiro lugar. O projecto vencedor valoriza a estrutura já edificada, acrescentando elementos que remetem para a arquitectura da Beira Baixa. “Desde o início decidimos adicionar varandas, porque nos quisemos inspirar nos balcões da Beira Baixa. Queríamos replicar essa experiência”, explicou o arquitecto na apresentação pública da projecto realizada esta semana”.

    Para além do espaço hoteleiro, o projecto de André Nave prevê um piso térreo aberto à comunidade local, com um espaço de co-work, restaurantes, um bar de praia e um ginásio.
    O júri foi composto por um representante da CIM Beira Baixa, um representante do Município da Lourinhã e um da Secção Regional de Lisboa e Vale do Tejo da Ordem dos Arquitectos.

    A Colónia Balnear da Areia Branca recebeu milhares de crianças e jovens do distrito de Castelo Branco entre 1974 e 2007. Está inactiva desde 2009, altura em que uma tempestade causou vários danos ao edifício.

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    Município de Esposende investe 3,6M€ na construção de residência de estudantes

    Em reunião do executivo, a Câmara Municipal aprovou, por unanimidade, a abertura do procedimento para o lançamento do concurso público da empreitada, que já candidatou ao Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), na expetativa de obter financiamento na ordem dos 75%

    O Município de Esposende pretende avançar com a construção de uma Residência de Estudantes, em Fão, com capacidade para 82 camas, num investimento estimado de 3 milhões 680 mil euros.

    A criação desta residência passará pela reabilitação do edifício da antiga sede da Junta de Freguesia de Fão, localizado na Av. António Veiga, em terrenos propriedade do Município, próximo da Estrada Nacional 13.

    Em reunião do executivo, a Câmara Municipal aprovou, por unanimidade, a abertura do procedimento para o lançamento do concurso público da empreitada, que já candidatou ao Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), na expetativa de obter financiamento na ordem dos 75%.

    O Presidente da Câmara Municipal, Benjamim Pereira, refere que “dado o volume de investimento em causa, a concretização da obra está condicionada à obtenção de financiamento”. Mostra-se, contudo, confiante de que o projeto será contemplado pelos fundos financeiros do PRR, tanto mais porque “pretende suprir uma necessidade sentida há muito de disponibilizar alojamento para os estudantes em condições de preço e conforto compatíveis com as suas capacidades económico-financeiras, permitindo-lhes concentrar o foco e a atenção para o desempenho académico”.

    O autarca lembra que já no próximo ano letivo, o Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA) inicia a atividade nas novas instalações que o Município está a construir e, no futuro, também a Universidade do Minho estará instalada no concelho, na antiga Estação Radionaval de Apúlia, pelo que urge criar respostas de alojamento para esses estudantes.

    “Através deste investimento, a Câmara Municipal irá contribuir de uma forma ainda mais expressiva para a efetiva igualdade de oportunidades no acesso ao ensino superior e à sociedade do conhecimento, respondendo mais eficazmente às necessidades e expectativas dos estudantes, das instituições e da sociedade e contribuindo de forma significativa para o alargamento da base social do ensino superior, a integração social e académica, o sucesso escolar e a transição para o mercado de trabalho de uma população académica cada vez mais diversa”, frisa o Presidente da Câmara Municipal.

    Benjamim Pereira sublinha, ainda que “o projeto, sendo orientado pelos princípios da sustentabilidade ambiental, social e económica, fortalecerá o compromisso para o desenvolvimento sustentável, em todas as suas dimensões, alinhado com os objetivos da Agenda 2030.

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    Weber lança novo acabamento para fachadas

    A restante gama de fachadas vai ser atualizada ao longo do ano, sendo que as propriedades dos restantes produtos não se alteram, passando a existir apenas uma uniformização dos nomes para weberdecor

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    A Weber apresenta uma nova solução de acabamento para complementar a sua alargada gama de produtos para fachadas. O weberdecor liso é um acabamento extrafino texturado, à base de siloxanos. Disponível em 110 cores do Grupo A, o weberdecor liso é uma solução durável, possível de aplicar em sistemas de isolamento térmico pelo exterior – ETICS.

    Outra novidade é a evolução dos acabamentos weberplast decor F e M, que passam a designar-se weberdecor F+ e M+. Foi realizada uma melhoria dos produtos atuais, que passam a apresentar maior resistência ao desenvolvimento de fungos e algas, são mais hidrófugos e mais duráveis esteticamente.

    A restante gama de fachadas vai ser atualizada ao longo do ano, sendo que as propriedades dos restantes produtos não se alteram, passando a existir apenas uma uniformização dos nomes para weberdecor. As atualizações serão feitas ao longo do ano, de acordo com escoamento de stock de embalagens atuais, por motivos de sustentabilidade.

    Importa realçar que os baldes da gama de fachadas passam a ser comercializados em embalagens de plástico reciclado.

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    Prospectiva e H3P supervisionam construção da Barragem do Calucuve, em Angola

    Actualmente a 31% da sua execução, a construção daquela infraestrutura visa “mitigar os impactos da seca no Sul de Angola”

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    A Prospectiva e a H3P – Engenharia e Gestão encontram-se a supervisonar a Barragem do Encontra-se do Calucave, em Angola. Actualmente a 31% da sua execução, a construção daquela infraestrutura visa “mitigar os impactos da seca no Sul de Angola”.

    A Barragem de Calucuve é uma barragem em terra com construção prevista a uma altura máxima de cerca de 24 metros. O nível máximo de armazenamento é determinado pelo nível da crista do vertedouro, tendo este sido fixado a uma altitude de 1.249 metros. Este nível corresponde a uma capacidade total de armazenamento de 140 hm3.

    Administrativamente, a província é composta por seis municípios – Cuanhama (capital), Ombadja, Cahama, Namacunde, Cuvelai e Curoca, e 20 comunas –, sendo que o local da barragem se situa no rio Cuvelai, na comuna de Mukolongondja, a aproximadamente 33 km a montante da cidade de Cuvelai.

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    Ferran Baldirà, CEO Grupo Eurofred

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    Grupo Eurofred formaliza venda da sua filial Horeca Global Solutions

    Uma decisão que se prende com o plano estratégico do Grupo em concentrar os seus esforços nas unidades de negócio de climatização e refrigeração

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    O Grupo Eurofred, holding multinacional especializada em soluções integrais de climatização, refrigeração e serviços, formalizou a venda da sua filial Horeca Global Solutions à Tefcold Group, especialista na distribuição de equipamentos de refrigeração comercial e com sede em Viborg, Dinamarca.

    Uma decisão que se prende com o plano estratégico do Grupo em concentrar os seus esforços nas unidades de negócio de climatização e refrigeração.

    “Este acordo responde à implantação de nosso Plano Estratégico e que nos permitirá centrar a atenção no nosso negócio ‘core’ de confort térmico e refrigeração, reforçando ainda mais a nossa posição no mercado”, afirma Ferran Baldirà, CEO do Grupo Eurofred.

    E acrescenta: “A Horeca Global Solutions conta com um catálogo de marcas de prestígio, um ‘expertise’ e uma equipa de profissionais que estou certo que permitirão continuar a crescer sob a direcção do Tefcold Group”.

    A Eurofred Group criou a empresa Horeca Global Solutions em 2022 a partir de sua unidade de negócio de equipamentos para restauração com o objectivo de impulsionar seu crescimento e dar resposta especializada às necessidades dos clientes do sector Horeca. A relação entre as duas empresas começou em 2006 com o desenvolvimento, por parte de Tefcold, da marca própria de produto da Horeca Global Solutions.

    Nascida em 1966, a Eurofred é uma holding multinacional, que conta, actualmente, com 11 empresas na Espanha, França, Portugal, Itália e Chile, além de joint ventures no Reino Unido e Irlanda.

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    KEO inaugura escritório em Lisboa e duplica número de colaboradores

    A KEO, arquitectura, design e engenharia, vai inaugurar os novos escritórios em Lisboa, no Parque das Nações, dando seguimento à estratégia de crescimento da marca na Europa. Presente em oito países e contando com 2600 profissionais, a KEO celebra este ano 60 anos de existência

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    Em Portugal desde 2020, iniciou as suas operações na cidade do Porto, onde conta actualmente com mais de 70 colaboradores. A abertura do novo escritório em Lisboa visa ampliar a capacidade da empresa para responder à crescente procura pelos seus serviços.

    João Sales, director da empresa em Portugal, sublinha a importância da retenção de jovens talentos no país. “O facto de sermos uma grande empresa internacional, que oferece a possibilidade de desenvolver uma carreira aliciante e trabalhar em projectos ambiciosos, é fundamental para atrair e reter os melhores profissionais”, afirma.

    “A abertura deste novo espaço irá permitir a expansão da nossa equipa e continuar a desenvolver projectos de grande relevância internacional. Para alcançarmos esse objectivo, pretendemos atingir ainda este ano os 150 colaboradores em Portugal”, refere o responsável.

    Donna Sultan, presidente e CEO, destaca a qualidade dos profissionais nos escritórios da empresa em Portugal. “Os nossos escritórios em Portugal são um centro de excelência na concepção e execução de projectos”, afirma. “A experiência global da KEO permite-nos oferecer aos nossos clientes soluções inovadoras e personalizadas que atendem às suas necessidades específicas.”

    Em Portugal, a empresa procura arquitectos e engenheiros que irão desenvolver projectos nas suas várias áreas de actuação: arquitectura e design de interiores, planeamento urbano, arquitectura paisagista, infraestruturas e vias de comunicação, sustentabilidade e ambiente.

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