Evoluir, desenvolver e inovar as soluções
por Andreia Gonçalves e Pedro Cristino, Actualmente, a domótica oferece soluções que, pelo seu cariz inovador e tecnológico, transformam cada vez mais as casas dos consumidores em verdadeiros bastiões da automação e do conforto. O caminho é continuar essa evolução As características tecnológicas e a necessidade de adaptabilidade presentes no mercado da domótica moldam a… Continue reading Evoluir, desenvolver e inovar as soluções
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por Andreia Gonçalves e Pedro Cristino,
Actualmente, a domótica oferece soluções que, pelo seu cariz inovador e tecnológico, transformam cada vez mais as casas dos consumidores em verdadeiros bastiões da automação e do conforto.
O caminho é continuar essa evolução
As características tecnológicas e a necessidade de adaptabilidade presentes no mercado da domótica moldam a dinâmica deste segmento, que se caracteriza pelo seu desenvolvimento contínuo, na procura de soluções cada vez mais modernas e eficientes, que abrangem todos os aspectos técnicos dos edifícios.
Mercado em constante evolução
"O mercado da Domótica em Portugal é um sector em constante evolução caracterizado pela oferta de sistemas com protocolos abertos (KNX – casa inteligente) ou fechados (sistemas proprietários). Estes sistemas são aplicados na automação de complexos residenciais, comerciais, hospitalares e hoteleiros", declara o director comercial da TEV2, Miguel Oliveira Dias, destacando o desenvolvimento do sistema KNX "e da sua consequente aceitação, sendo hoje adoptado por mais de 250 fabricantes europeus". Contudo, segundo o mesmo responsável, este sector é afectado pelas "dificuldades que atravessam as vendas do imobiliário em Portugal" o que não é obrigatoriamente negativo, pois "a necessidade de valorizar os apartamentos através de uma diferenciação qualitativa tem sido uma das alavancas destas novas tecnologias". Opinião semelhante sobre este sector tem Filipa Pouzada, responsável de marketing da Central Casa , que considera também que "a domótica, pela automatização e integração dos diferentes sistemas domésticos, assume um papel muito importante na gestão das habitações e empresas: pela gestão racional da energia (funcionamento de acordo com os horários, presença, luminosidade ou temperatura exterior); pelo aumento do conforto no local; pelo sistema de segurança; pela oferta de serviços de comunicação que contribuem para o aumento da qualidade de vida". A análise que é feita por Ricardo Lopes, revela boas perspectivas de consistência. "Temos notado um crescimento da procura. Sem dúvida que os clientes têm apostado cada vez mais na domótica", explica o sócio-gerente da Linkuti, que conclui que esta procura se deve "ao facto de cada vez mais clientes procurarem altos níveis de segurança, conforto, flexibilidade, eficiência e expansibilidade". Esta perspectiva é complementada pelos dados da Ioline: "Cada vez mais notamos que a domótica é uma exigência dos clientes, e não só dos mais abonados, mas também dos ecologicamente mais preocupados, e como tal vemos aí a justificação para o acréscimo de 150% em relação ao ano de 2007", afiança Luís Pinto, director de laboratório da empresa que comercializa a solução Mordomus.
Balanço positivo na generalidade
Como resultado da sólida situação que o mercado vive, estes grupos empresariais apresentam resultados positivos relativamente ao último exercício. Na Central Casa, o balanço feito é classificado como "muito positivo", pelos seus responsáveis. "Atingimos quase o milhão de euros de facturação, mais de metade do ano anterior", congratula-se Filipa Pouzada, da Central Casa, enquanto que na TEV2 a preferência é dada à aplicação dos seus sistemas. "Foi bastante positivo e ficou assinalado por dois importantes projectos na área hospitalar com a aplicação da tecnologia KNX", declara o director comercial do grupo. Neste âmbito, a Linkuti apresenta também um balanço risonho, sendo, nas palavras de Ricardo Lopes, a única empresa do país nomeada para o KNW award. "Devido ao facto de ter aumentado significativamente a procura por parte dos clientes, a Linkuti está a ter um crescimento positivo." Na Ioline, o sucesso da sua solução não é medido através da facturação ou do volume de negócios, mas sim da quantidade de sistemas que são aplicados, como explica Luís Pinto: "consideramos que o nosso melhor volume não é o de facturação, pois o Mordomus custa, em media, um terço dos sistemas concorrentes. Como tal, anunciamos um volume muito mais indicativo, que é o facto de estarmos a ultrapassar, nesta fase, as 500 casas instaladas com Mordomus". Na JG Domótica o balanço abrange o mercado no seu geral. Jorge Leite, o director comercial, para "as dificuldades que esta área de actividade tem tido em impor-se no mercado em parte devido à relação das empresas com os meios de comunicação social, a obstinação dos construtores e a forma como a domótica tem sido aplicada". Na sua opinião, "não há nenhuma explicação, nos dias de hoje, do porquê da casa, que é o bem de maior envergadura e mais dispendioso, continuar a ser o bem menos tecnológico". Na Dinis Coelho, a avaliação da actividade do último período é feita com base nos recursos humanos: "o mercado tem estado a crescer e como consequência temos já 13 colaboradores e escritórios em espinho, Lisboa e Algarve. Há 10 anos, quando a empresa foi criada, éramos apenas duas pessoas", lembra Dinis Coelho.
A segmentaçãodas tecnologias
Embora esteja direccionada para edifícios e habitações, a domótica segmenta-se em diversos géneros de soluções que vão desde gestão técnica de consumos energéticos, até ao conforto, passando pela segurança. Neste sentido, muitas empresas optam por se especializar num determinado campo operacional. "A TEV2 distribui produtos e soluções para a gestão técnica de edifícios. O nosso conhecimento em KNX, adquirido ao longo dos últimos 10 anos, permite-nos ter uma posição de destaque no que concerne a obras de média e grande dimensão, com uma forte componente de engenharia", revela Miguel Oliveira Dias. É também nesta área que a Ioline exerce a sua actividade, comercializando única e exclusivamente a sua solução Mordomus cuja abrangência "é total na habitação, controlando estores, iluminação, rega, som ambiente, campainha, vídeo-porteiro, vídeo vigilância, gestão energética", entre outras funcionalidades que Luís Pinto destacou ao Construir. No caso da Dinis Coelho, a sua actividade abrange vários segmentos da domótica através da comercialização de muitas soluções, estando cada uma destinada a uma função específica. Este distribuidor dispõe de controladores de iluminação, blackouts e cortinados, painéis tácteis, produtos na área da segurança interior e exterior das habitações, sistemas de distribuição de som e cinema em casa, soluções de segurança CCTV, elementos de protecção de crianças para piscinas e até servidores para áudio, vídeo e fotografia. Por outro lado, esta empresa opera tanto no sector residencial, como industrial, apresentando uma diversidade ainda maior das suas soluções A Central Casa, por sua vez, dirigiu a sua aposta para a área de automação de estores, luz e aparelhos, tal como a Linkuti que "comercializa essencialmente sistemas de KNX e LonWorks, devido à fiabilidade destes sistemas", justifica Ricardo Lopes. A JG Domótica apresenta várias soluções, mas é o seu sistema de base que serve de cartão de visita à empresa. "Em termos de sucesso devemos falar logo à partida do nosso Sistema Domus, um sistema base, capaz de evoluir por si só, garantindo, à partida, as funcionalidades principais de uma instalação domótica numa habitação" explica Jorge Leite. Esta solução caracteriza-se pela sua interacção manual e automatizada, devido ao facto de funcionar paralelamente ao sistema eléctrico da casa, e também pela possibilidade de ser ligado a um computador para daí se partir para a configuração de todo o sistema.
Um futuro repleto de inovações…
"As grandes novidades vêm no sentido de facilitar a utilização das novas tecnologias ao cliente final." É assim que o director comercial da TEV2 resume a filosofia de inovação na sua empresa, destacando o "lançamento da série TS Sensor, com termóstato incorporado", que consiste num "produto totalmente em vidro operado com toque sensitivo e com a aplicação da tecnologia KNX". Na Ioline, o sistema Mordomus mantém-se como a pedra basilar para a qual são direccionados todos os esforços de desenvolvimento do grupo. "A única actividade da nossa empresa é o desenvolvimento Mordomus e, como tal, a nossa missão consiste na constante melhoria do sistema, sob compromisso de poder sempre compatibilizá-lo com as suas versões anteriores", afirma Luís Pinto, que aponta para o próximo elemento a ser adicionado a esta solução: "estamos a finalizar um Anemómetro que permite medir velocidade do vento, chuva, temperatura exterior e medição crepuscular para integrar nas várias funções existentes". Já a Linkuti faz questão de demarcar a personalização, para cada cliente, do seu HomeServer, "que não é mais que um interface de visualização e controle de todo o sistema domótico", expõe Luís Pinto. Também a JG Domótica propõe aos seus clientes sistemas que "possibilitam a gestão optimizada do consumo de energia: a climatização (aquecimento diverso e ar condicionado) é activada apenas nos compartimentos e horários desejados; o funcionamento da caldeira é optimizado por forma a proporcionar a poupança de combustíveis (gasóleo ou gás); o sistema de rega automático, ligado a uma estação meteorológica é informado da quantidade de precipitação prevista, regando apenas se necessário, o que possibilita um consumo de água optimizado", explica o director comercial da empresa.
…e de perspectivas de crescimento
r falam, na sua generalidade, em tom positivo quando mencionam as perspectivas que o sector lhes proporciona. "Acreditamos que vai continuar a crescer", confessa Dinis Coelho, gerente da empresa com o seu nome, assinalando a importância dos clientes que "vão querer saber se a empresa vendedora é certificada pelos comerciantes". Também a Ioline tem confiança no aumento de influência deste segmento e Luís Pinto acredita que "daqui a dez anos já não se irão construir habitações sem domótica". Desta forma, o grupo propõe-se a actualizar o seu sistema a cada um dos seus clientes. Miguel Oliveira Dias, da TEV2, também acredita no futuro da domótica, considerando que "no sector imobiliário existe uma necessidade de oferecer um valor acrescentado nos empreendimentos e, nesta área, o potencial de crescimento é enorme. De um "extra", a domótica passará certamente a ser um componente obrigatório nos novos empreendimentos". Esta opinião é partilhada por Jorge Leite, da JG Domótica que acredita que "este sector tem a obrigatoriedade de crescer, cada vez mais há a necessidade pertinente de uma maior e melhor tecnologia associada ao conforto dentro da casa" e, neste sentido, prossegue, em jeito de conclusão que "o consumidor caminha a passos largos para a seguinte situação: procura uma casa, não tem Domótica? Não serve". Para os diversos grupos empresariais deste segmento, a domótica é um dado adquirido no futuro, um factor que ganhará cada vez mais importância e que se tornará quase tão natural como água canalizada, gás, ou electricidade. Esta visão traz-lhes perspectivas favoráveis, e demarca-lhes um caminho que cheio de potencialidades para explorarem, inovarem e desenvolverem.