Taxa de ocupação de escritórios no sector bancário desce 80% no primeiro trimestre
"Prevê-se que muitos bancos recorrerão a operações de Sale & Leaseback para obter liquidez nos próximos 12 meses"
Ana Rita Sevilha
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"No primeiro trimestre de 2009, e devido à crise económica global, as empresas do sector bancário ocuparam menos 80% de espaço de escritórios do que no período homólogo de 2008. Os mercados mais afectados neste sector foram os de Londres, Moscovo e Varsóvia".
As conclusões foram retiradas do estudo European Banking Breifing, realizado pela consultora global Cushman & Wakefield (C&W).
De acordo com o mesmo documento, "prevê-se que muitos bancos recorrerão a operações de Sale & Leaseback para obter liquidez nos próximos 12 meses, especialmente os que receberam ajudas significativas do Estado nos últimos meses. Bancos como o Unicredit, HSBC e BBVA iniciaram recentemente operações deste tipo e prevê-se que outros façam o mesmo ao longo de 2009".
Tendo em conta o cenário de continuação de descida do valor das rendas e do capital, "prevê-se que os bancos reduzam os seus custos operacionais através da renegociação dos seus contratos de arrendamento. Muitos proprietários estão a renegociar os contratos com o intuito de manterem os seus ocupantes".
A maior queda na ocupação deste sector verificou-se em Londres "onde se registou uma contracção entre trimestres homólogos, de 45.057 m2 para apenas 2.599 m2. Em Moscovo decresceu de 66.442 m2 para 1.600 m2 (uma descida de 97%) e em Varsóvia de 11.670 m2 para 1.526 m2 (87% menos). Não se verificou no primeiro trimestre nenhuma transacção na área da banca nos outros principais mercados, como Bruxelas, Budapeste, Milão, Amesterdão, Barcelona, Glasgow e Edimburgo. Apenas em Paris, Frankfurt e Madrid se verificou um aumento na taxa de ocupação por parte do sector bancário".
Segundo Carlos Oliveira, Partner e Director do Departamento de Escritórios da Cushman & Wakefield em Portugal, " a crise bancária levou à fusão, aquisição e nacionalização de importantes bancos por toda a Europa. Estamos em terreno desconhecido e até sabermos a verdadeira extensão dos despedimentos do sector bancário e consequentemente, do excesso de escritórios que poderão ser colocados no mercado, é difícil prever com exactidão como é que o principais centros financeiros europeus serão afectados. Contudo, os imóveis são o maior centro de custos para todas as instituições financeiras e só os que estão bem preparados para gerir eficientemente os seus portfólios irão transpor a crise".
"A maioria dos bancos europeus necessitam de obter liquidez, mas pelas vias tradicionais é mais dispendioso. As principais operações europeias de Sale & Leaseback que os bancos Unicredit, HSBC e BBVA lançaram serão provavelmente a ponta do iceberg em 2009. Os bancos que estão parcialmente nacionalizados, oferecem excelentes condições para os investidores que pretendem garantir o retorno dos seus investimentos a longo prazo", conclui Carlos Oliveira.