Inovar é o caminho
Já dizia a sabedoria popular que "a casa não se começa a construir pelo telhado". Tal como tantas outras, esta é a mais pura das verdades. É pelas bases, pelos esqueletos e pelas espinhas dorsais que se começa, são estes que têm de ter a força, a técnica e a capacidade de suportar. No universo… Continue reading Inovar é o caminho
Ana Rita Sevilha
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Já dizia a sabedoria popular que "a casa não se começa a construir pelo telhado". Tal como tantas outras, esta é a mais pura das verdades. É pelas bases, pelos esqueletos e pelas espinhas dorsais que se começa, são estes que têm de ter a força, a técnica e a capacidade de suportar. No universo construtivo, falamos de estruturas e cofragens, e de forma a dar-lhe a conhecer as últimas técnicas, novidades e tendências, o Construir foi ao encontro de empresas e profissionais deste nicho de mercado, e partilha o que ouviu.
As tendências
Desengane-se quem acha que este é um nicho de mercado "cinzento", pautado pela monotonia, onde pouco há que diferencie uma solução, abordagem ou percepção de outra.
Basta olhar para as tendências que cada uma das empresas enumerou como sendo a que neste momento reina neste segmento de mercado, e percebe-se a diversidade de temas.
De acordo com a marketing manager da Doka, Patrícia Gomes, a tendência passa por "uma preocupação crescente no que diz respeito à segurança em obra e tudo o que isso implica", e para dar resposta a isso a empresa tem para oferecer "soluções de cofragem altamente seguras que vão ao encontro dos requisitos mínimos de segurança exigidos em obra". Patrícia Gomes sublinha ainda que, "a tendência na área das cofragens é para apresentar sistemas e produtos cada vez mais seguros, rápidos, fáceis de manusear e que permitam grandes vantagens em termos de custo-benefício". Já para Rui Almeida, director da RMDKwikform Ibérica em Portugal, a tendência é outra, e passa pela "oferta de serviços mais abrangentes, com diversas actividades integradas". A requalificação de edifícios foi outra das tendências apontadas, desta feita pelo director geral/manager da Tecniwood, Joel Ferreira: "a requalificação de edifícios nos maiores centros urbanos do nosso país, que se encontram num elevado estado de degradação, e as estruturas de grandes vãos" foram as tendências enumeradas por este responsável. Ao Construir, Joel Ferreira refere ainda que, no caso dos grandes vãos "as estruturas de madeira lamelada colada são as mais aconselhadas, devido à facilidade de produção das vigas através de ligações denteadas 'finger-joint' que proporcionam uma escolha criteriosa das peças de madeira eliminando os maiores defeitos das lamelas".
Outra visão o Construir foi encontrar na Prefame, para quem, de acordo com o seu gerente, Pais Pereira, "o que se verifica neste nicho de mercado é uma forte tendência de conciliação da rentabilidade do investimento com imagem de mercado do cliente/utilizador e uma crescente preocupação de protecção ambiental". Por último, Jorge Milne e Carmo, presidente do Grupo Carmo os projectos em madeira em detrimento de outras soluções como a tendência, nomeadamente porque: "a madeira maciça ou lamelada provém de matéria prima renovável e ecológica o que os prescritores e clientes não estão alheios". Para Sandra Silveiro, directora técnica da Artebel, empresa que fabrica elementos em betão para aplicação ao nível estrutural, nomeadamente lajes, a tendência passa pela "capacidade de propor soluções que respondam às necessidades dos utilizadores dos espaços e dos projectistas que cada vez mais necessitam arquitectar de forma coerente. É necessário inverter por vezes tradições construtivas". A mesma responsável sublinha ainda que na Artebel, foram reforçadas as "soluções com ensaios e caracterizações que suportam as nossas propostas e as fundamentam, ética e normalizadamente".
O que há de novo?
Existe um traço comum a todas as empresas, a vontade e o objectivo de estar sempre um passo à frente, de oferecer o mais inovador, de dar a conhecer a novidade, de oferecer o que de melhor está no mercado. É nesse sentido que todas trabalham diariamente, sustentadas por departamentos de investigação e estando atentas às últimas tecnologias. Ao Construir, Patrícia Gomes, marketing manager da Doka revelou que a empresa tem vindo "a introduzir no mercado nacional alguns sistemas de cofragem que se adaptam à realidade da construção em Portugal, nomeadamente o sistema de mesas Dokaflex para a cofragem de lajes de grandes superfícies, recentemente utilizado no projecto do Ria Shopping em Olhão". A mesma responsável explica ainda que as mesas de cofragem Doka "permitem maiores rendimentos na obra, segurança a todos os níveis e qualidade no trabalho final". Contudo, a empresa não se fica por aqui: "está neste momento em obra, no Atravessamento Ferroviário do rio Sado em Alcácer do Sal, um sistema pioneiro da Doka para a cofragem de tabuleiros mistos. Este sistema permite uma construção segura, rápida e eficiente de pontes e viadutos combinando aplicações estruturais de betão e aço". Para breve, Patrícia Gomes assegura que irão aparecer novidades, contudo, as mesmas serão lançadas em Abril de 2010 na Bauma, na Alemanha. De forma a ir ao encontro do que acreditam ser a tendência actual – oferta de serviços mais abrangentes – a RMDKwikform aposta em oferecer "novos serviços com os quais é criada uma solução integrada de várias actividades para a obra", revela Rui Almeida, director da RMDKwikform Ibérica em Portugal, sublinhando que o factor novidade é para a empresa um conceito contínuo, que "está em permanente desenvolvimento". Soluções pensadas à medida é o que tem para oferecer o Grupo Madeicavado. De acordo com o director geral/manager da Tecniwood, "as soluções usadas na Tecniwood são sempre em função da arquitectura do edifício em questão e das necessidades dos nossos clientes. Estudamos ao pormenor os melhores sistemas construtivos de forma a obter uma melhor relação qualidade/preço", o que, garante o mesmo responsável, proporciona "soluções à medida e competitivas com a construção tradicional". Como explicou Pais Pereira, gerente da Prefame, "as soluções mais inovadoras passaram pela introdução no desenvolvimento dos projectos em que participámos da aplicação das mais recentes tecnologias que garantam ao cliente uma utilização em segurança e respeitadora do ambiente", nesse sentido, sublinha o mesmo responsável, "prosseguimos no desenvolvimento da aplicação de painéis solares de aquecimento de água e fotovoltaicos de produção de energia para que os projectos sejam cada vez mais auto sustentáveis e amigos do ambiente". No que diz respeito a novidades, o Grupo Carmo elege a linha Art Golf que contempla palas para campos de bate bolas e estacionamento, garagens para buggies, pontes, casas de banho de campo e sinalética, bem como a linha equestre "Horservice" e as barreiras de som "Silent Wood". Para breve o mesmo responsável adianta ainda que terão concluído um "sistema de construção modular inovador e a integração de madeiras termo modificadas "Platwood" nos projectos a cargo do Grupo Carmo.