GECoRPA critica exigências das associações do sector da Construção
e acordo com o presidente do GECoRPA “o imobiliário e a construção captam um volume excessivo de recursos financeiros” e acrescenta que “do total dos empréstimos concedidos pelo sector bancário em 2008, 78% foram direccionados para a construção
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O Grémio das Empresas de Conservação e Restauro do Património Arquitectónico (GECoRPA) criticou esta segunda-feira as exigências manifestadas pelas associações do sector da construção, defendendo que “o investimento em construção não é a solução para o País”.
De acordo com o presidente do GECoRPA, Vítor Cóias e Silva, “o imobiliário e a construção captam um volume excessivo de recursos financeiros” e acrescenta que “do total dos empréstimos concedidos pelo sector bancário em 2008, 78% foram direccionados para o cluster da construção”. “Tais aplicações não se traduzem no aumento da competitividade do País”, considera Vítor Cóias, citando um relatório apresentado pelo economista Eduardo Catroga e Manuel Pinho.
Segundo o presidente do GECoRPA, as exigências da FEPICOP e da AECOPS para se avançar com os grandes investimentos em infra-estruturas com recurso a parcerias com privados, “[resultam] no assumir de compromissos milionário para as próximas décadas, compromissos que, injustamente, vão recair sobre as gerações que vêm a seguir”. Cóias cita um estudo recente divulgado pelo jornal Público sobre as novas concessões da Estradas de Portugal (EP), que mostra que o primeiro impacto deverá ser sentido já em 2014, altura em que começam a chegar as facturas das 12 novas concessionárias entretanto criadas, o que vai elevar a factura das rendas a pagar pela EP para sete mil milhões de euros/ano.
Vítor Cóias vai ainda mais longe nas acusações às pretensões das associações representativas do sector da construção, nomeadamente em relação ao mercado da habitação. Segundo o representante das empresas de restauro, as construtoras apontam uma redução da produção deste segmento, em 2009,para 48% da que foi atingida em 2001. “Faltou dizer que, no início dos anos 2000, o volume de construção rondava as 110 mil habitações por ano, e que o sector da construção em Portugal crescia a uma taxa de mais de 10 vezes a média da EU”, recordando que “as necessidades de novos edifícios de habitação em Portugal seriam da ordem de apenas 40 mil por ano… se não dispuséssemos, em resultado dos excessos cometidos, de mais de 600 mil fogos devolutos, dos quais cerca de 200 mil são novos. A redução da produção de habitações é, portanto, uma correcção saudável dos excessos de construção do passado recente, que só peca por ser tardia”.
Contactada pelo Construir, a direcção da AECOPS entende que nada tem a comentar em relação a esta matéria.