Mota-Engil atinge lucros de 71,7 milhões em 2009
A construtora ressalvou o crescimento da carteira de encomendas para os 3,6 mil milhões de euros
Pedro Cristino
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A Mota-Engil obteve um resultado líquido de 71,7 milhões de euros em 2009, valor que revela um crescimento comparativamente ao período homólogo de 2008, quando o valor registado se cifrou nos 30,5 milhões de euros.
No comunicado enviado à CMVM, a construtora ressalvou o crescimento da carteira de encomendas para os 3,6 mil milhões de euros e também o aumento de 14% nas vendas e prestações de serviços.
Por sua vez, o endividamento líquido ascende a 2.288 milhões de euros, dos quais 1.107 milhões são relativos a endividamento sem recurso.
Na nota consta também uma mensagem de António Mota onde o presidente do Conselho de Administração da Mota-Engil menciona que o grupo “conseguiu, neste mundo em recessão, assegurar níveis de rentabilidade idênticos aos de anos anteriores e continuou a sua política de espansão internacional de diversificação”. Desta forma, a empresa cumpre, “na generalidade, os objectivos a que se tinha proposto no Plano Ambição 2013”.
António Mota adiantou também que durante este ano a empresa irá concluir a parceria em Angola, “com a constituição da Mota-Engil Angola, tendo como principal parceiro o grupo Sonangol”, esperando, também, adquirir “uma empresa na área do ambiente, no Brasil”, e “uma empresa de construção no México”, para além de encerrar “algumas actividades nos países não estratégicos”.
Expectativas para 2010
Num outro comunicado enviado ao regulador do mercado, os responsáveis da Mota-Engil expõem as suas expectativas para o ano corrente, declarando que esperam atingir um crescimento de um dígito no volume de negócios consolodidado. Na área de Engenharia & Construção está previsto um crescimento superior a 5% no volume de negócios, “com tendência de estabilização de margens”.
Na área de concessões de transportes, os responsáveis esperam uma evolução positiva nos níveis de tráfego e margens recorrentes estáveis, para além de uma carteira de encomendas acima de três mil milhões de euros, “suportada na actividade internacional”.