Sócrates reforça aposta nas “renováveis”
“Com o desenvolvimento que tivemos na área eólica, já construímos capacidade instalada superior àquela que se construiria com uma central nuclear”
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O primeiro-ministro, José Sócrates, garantiu esta terça-feira que a aposta do Governo nas energias renováveis “veio para ficar”, exemplificando que, só na área eólica, o país já tem uma capacidade instalada “superior” à que permitiria uma central nuclear.
“Com o desenvolvimento que tivemos na área eólica, já construímos capacidade instalada superior àquela que se construiria com uma central nuclear”, destacou.
José Sócrates discursava, em Évora, na sessão de apresentação do InovCity, um projecto-piloto no qual serão instalados, naquela cidade alentejana, 31 mil contadores de electricidade inteligentes e mais de 300 centros de comunicação nos postos de transformação locais.
“A aposta para renováveis veio para ficar no nosso país”, afiançou, sublinhando que esta estratégia do Governo, nomeadamente na energia eólica, tem sido implementada sem ser “preciso nenhuma revolução”.
Segundo o Chefe do Governo, tratou-se “apenas” de recorrer a energias “que estavam ali mesmo à mão”, o que “exigia empresas, mas deu emprego a muita gente”.
“E permitiu que, hoje, Portugal fizesse aerogeradores e as torres eólicas, que antes importava e que agora fabrica e, o que é curioso, está até a exportá-las”, realçou.
O sector da Energia, além das mudanças que estão a ocorrer a nível mundial, é “vibrante também em Portugal”, disse, atribuindo isso ao facto de o país ter “uma estratégia e uma orientação clara”, mas também “as competências para aplicar essa estratégia”.
O primeiro-ministro afiançou que a estratégia do Governo em termos energéticos vai continuar a avançar, com a construção das novas barragens, um investimento adiado durante “décadas”, o que foi “um erro”.
“Este é o momento para corrigirmos esse erro e nos aproximarmos das taxas de utilização dos recursos hídricos próprias dos países europeus”, afirmou, salientando que Portugal, no seio da Europa, “é um dos países que menos aproveita os seus recursos hídricos”.
A aposta nas renováveis é outro dos pilares da política energética do Governo, o que está a permitir que, no país, surja “um novo cluster industrial de grande intensidade de saber e capacidade”.
“O desenvolvimento que fizemos na área da energia eólica, nestes últimos cinco anos, é extraordinário. Oiço dizer, aliás, que já ultrapassámos a Dinamarca em termos de potência instalada. Isso é muito boa notícia, mas devemos continuar nesse caminho”, disse.
Por isso, na cerimónia em Évora, o primeiro ministro deixou também um recado às empresas que têm investido na área da energia, sobretudo nas renováveis.
“Teremos, certamente, muito poucas certezas sobre qual a receita indicada para o crescimento económico, mas não há ninguém no mundo que duvide que umas das áreas que mais vai contribuir para o crescimento económico é a da Energia”.