’18 Steps’ vence prémio em Atenas
João Prates Ruivo e Raquel Maria Oliveira foram os vencedores do concurso internacional “Up to 35 Student Housing Competition”.
Ana Rita Sevilha
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João Prates Ruivo e Raquel Maria Oliveira foram os vencedores do concurso internacional “Up to 35 Student Housing Competition”. Com o projecto a que deram o nome de “18 Steps”, a dupla portuguesa foi distinguida no concurso lançado com o objectivo de construir uma residência para estudantes no centro de Atenas, e mais uma vez sublinharam que a arquitectura portuguesa “dá cartas” por esse mundo fora!
“18 Steps”
Lutando contra a sua própria identidade marginal, e enfrentando a crescente pressão do desenvolvimento, Kerameikos-Metaxourgeio, uma zona (bairro) de Atenas, não pode continuar a ser a zona mais degradada da capital Grega, explica a dupla de arquitectos na memória descritiva do projecto. Contudo, lembram, o “charme” da zona deriva em parte dos terrenos abandonados e vazios, que lhes confere uma certa “aura de renovação”, tornando esta zona numa área que emana grande potencial. Pensada para este contexto, a proposta de João Prates Ruivo e Raquel Maria Oliveira consiste numa tipologia que assenta “numa galeria em espiral, em torno de um pátio, para o qual abrem os quartos (individuais)”. Para atingir este objectivo programático, “os serviços foram deslocados para a periferia, no que resulta numa fachada de casas-de-banho”, refere a dupla de arquitectos. Relativamente às zonas comuns, a opção foi a de as distribuir pela zona de circulação, “culminando numa sucessão de terraços”, com diferentes orientações, que originam “uma nova paisagem”.
Geração cibernética
Como projectar uma habitação colectiva para a geração cibernética? Esta foi uma das perguntas que ecoou na mente dos dois arquitectos. Na proposta de João e Raquel foi eliminada a tradicional noção de “andar”, e desfeita a divisão típica entre tradicional e comunitário. Sendo assim, a zona de circulação expande-se e torna-se espaço compartilhado conquistando espaço da “esfera privada”, e abrindo em pontos precisos “plataformas de recolha”, como sendo espaços para cozinhar ou zonas para estudar. Na zona de cave, que são as maiores áreas comuns, é possível que os moradores se reúnam em torno “da luz que desce pelo vazio central”, explicam os arquitectos na sinopse do projecto, sublinhando que esse vazio, por sua vez, está ligado a um jardim nas traseiras, funcionando como um “espaço vivo ao ar livre”. Uma plataforma suspensa pode ser usada como zona de dormir, libertando assim espaço dos quartos que podem ser apropriados como espaços de estudo, atelier ou salas de jogos. Esta opção pode ser expandida para as zonas de circulação colectiva, mediante a utilização de painéis deslizantes, fazendo com que a experiência comunitária se possa tornar numa escolha individual. De acordo com o portal da Ordem dos Arquitectos, a proposta da dupla portuguesa foi escolhida por um júri de peso, composto por Bjarke Ingels, Marcel Meili, Yoshiaru Tsukamoto, Andreas Korkoulas, Iasson Tsakounas e Elia Zhengelis, que por sua vez “tinham já seleccionado a proposta dos portugueses para uma shortlist de cinco finalistas, escolhidos de entre as 245 propostas a concurso, oriundas de 45 países”. Os cinco trabalhos finalistas serão expostos no Benaki Museum, Pireos Street, em Atenas, Grécia, a partir do dia 24 de Março.