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    Máquinas e Equipamentos de Construção – Aquelas máquinas

    Decréscimo na produção, dificuldades na actividade e incerteza quanto ao futuro são as expressões mais utilizadas pelos responsáveis das empresas do sector de máquinas e equipamentos de construção

    Pedro Cristino
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    Decréscimo na produção, dificuldades na actividade e incerteza quanto ao futuro são as expressões mais utilizadas pelos responsáveis das empresas do sector de máquinas e equipamentos de construção

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    Construção

    Decréscimo na produção, dificuldades na actividade e incerteza quanto ao futuro são as expressões mais utilizadas pelos responsáveis das empresas do sector de máquinas e equipamentos de construção para definir o actual momento deste segmento de negócio. O dedo é apontado à situação financeira que se tem feito sentir nestes últimos anos em várias áreas de negócio, que não se limitam à construção.

    Mercado que encolhe com a economia

    Trata-se, nas palavras de Vasco Santos, de uma “fase muito complicada e de bastante incerteza a curto prazo”, uma vez que “os últimos números de mercado são um indicador de que a tendência de queda não se inverteu”. O director comercial da STET assume mesmo a sua preocupação face à “situação financeira das empresas de construção”, especialmente no que concerne ao “segmento da construção civil”. Aparentemente, nem mesmo as empresas que tiveram a audácia de partir para o mercado internacional, “com o intuito de diminuir a dependência do nosso mercado”, encontram-se a atravessar “uma fase muito negativa, agravada pela situação de pagamentos no mercado Angolano”, explica Vasco Santos. A mesma opinião é manifestada por Júlio Fernandes, director-geral da Vendap, quanto à conjuntura neste mercado, uma vez que se assiste, “desde o final de 2009, a um decréscimo generalizado das obras e dos trabalhos em perspectiva”, fenómeno que tem vindo a gerar “um excesso de oferta ao nível do parque instalado de máquinas para alugar assim como do parque de máquinas dos próprios clientes”. Neste sentido, as construtoras tendem a usar os equipamentos “de que dispõem em parque, em vez de contratarem as empresas de aluguer”. Na Hilti, também o termo “decréscimo” é utilizado pela sua responsável de comunicação, Rita Vieira, que afirma que esta situação se tem registado “em todos os mercados europeus”, fruto da “instabilidade económica e do abrandamento do mercado da construção, sobretudo no mercado residencial”, o que tem levado a “uma contenção nas vendas de ferramentas”. O campo dos veículos pesados também não se encontra em grande forma, estando as empresas deste ramo a “passar por um período bastante difícil”, uma vez que, nas palavras de Alberto Neves e João Coelho, director comercial e administrador da ACXXI, respectivamente, “este mercado está fortemente dependente da actividade económica nacional”. Contudo, estes dois responsáveis têm alguma esperança, materializada no desbloqueamento, por parte do Governo, das “grandes obras agendadas”, que vêem como uma alavanca para a “aquisição de equipamentos”, conforme as informações dos seus clientes “deste sector de actividade”. Aqui também Vasco Santos revela algum optimismo, devido aos “valores de concursos adjudicados e lançados nos últimos dois anos”, que atingiram “montantes recorde”. Neste âmbito, o responsável da STET conta que tal acontecimento “venha a ter um impacto positivo a médio prazo”. Na Vendap a perspectiva não é tão sorridente, uma vez que, nas palavras de Júlio Fernandes, “o ano de 2010 não se avizinha particularmente melhor, não se perspectivando ainda uma retoma significativa para o mercado em geral”. Perante este cenário, Con­ceição Lima, gestora da EQP, refere que “o aluguer prevalece face à aquisição de equipamentos, uma vez que se trata de um intercâmbio cada vez mais interessante e proveitoso”, visto que suprime “os encargos e as preocupações inerentes à gestão de parque próprio”. Já Ignacio Bruyel, responsável da Scania, em Espanha, refere que existe “uma procura mínima, no fundo, mas é bastante limitada, neste momento”.

    2009 poderá ter servido de vacina

    O ano transacto revelou-se um desafio avassalador para as empresas, uma vez que “o mercado de máquinas industriais apresentou, em alguns equipamentos, quedas superiores a 50%”, segundo Vasco Santos, que adianta que a STET “conseguiu manter os resultados bastante positivos”, através do crescimento da sua quota de mercado, algo que não surgiu sem sacrifício. “Claro que foram necessários reajustes nas nossas estruturas e foram feitos alguns sacrifícios, mas o balanço é bastante positivo”, refere o responsável. A Scania sofreu uma quebra semelhante “quase na ordem dos 50%”, o que não impediu o grupo de manter a sua presença e aproveitar “o ano para melhorar os processos internos, de modo a servir o cliente ainda melhor”, refere Bruyel. As vicissitudes que advêm de uma conjuntura económica de parca disponibilidade financeira têm tendência a deixar marcas assinaláveis nos agentes de mercado e a ACXXI não foi excepção e os dois responsáveis do grupo que responderam ao Construir não vacilam em considerar o 2009 como um ano “particularmente difícil”, não só para a empresa que representam, como também “para a maioria das empresas nacionais”. Contudo, há que retirar aspectos positivos do fundo do poço. “Serviu, no nosso caso, para nos reorganizarmos e implementarmos uma série de medidas que servem, neste momento, não só para fazer face à actual situação, mas também para nos colocar mais próximos dos nossos clientes”, rematam Alberto Neves e João Coelho. Na Vendap, 2009 foi também um ano onde se registou um “decréscimo da actividade em geral”, resultante da “quebra do número de obras, assim como da dimensão destas”. Este factor aumentou a pressão sobre a actividade de aluguer, uma vez que se verificou uma maior disponibilidade de equipamentos, traduzindo-se “na diminuição dos preços finais ao cliente, que atingem níveis mínimos, difíceis de prever há algum tempo atrás”. Por sua vez, a Hilti declara-se como “uma empresa optimista” que, mesmo com “consciência da realidade actual, mantém a sua forte aposta no desenvolvimento de ferramentas e soluções para os profissionais de construção”, segundo Rita Vieira. Soluções essas que “cada vez mais, respondam às várias necessidades em obra”. Os responsáveis desta empresa acreditam “numa melhoria gradual e lenta, tal como tem acontecido noutros ciclos económicos”. Também na EQP, apesar da quebra que reinou no ano transacto, foram registados “bons resultados no modelo de gestão implementado”, verificando-se um aumento dos postos de trabalhos e o cumprimento “dos objectivos estabelecidos para 2009”.

    Ninguém escapa à crise

    De que forma foram então afectadas estas empresas que navegam nas águas turbulentas de uma crise económica? A Hilti “tem sentido este decréscimo de investimento dos profissionais”, embora os resultados do grupo “se mantenham em terreno positivo”. A Vendap foi outra empresa que não se manteve imune às investidas de uma economia em fase de convalescença. A quebra “originou uma desadequação da oferta de equipamento face à procura, com a consequente diminuição da taxa de ocupação e uma forte pressão do lado dos preços no sentido da baixa”, explicam os seus representantes. Trata-se de um mercado que “está totalmente dependente da actividade económica”, declaram João Coelho e Alberto Neves, que revelam sentir “efectivamente os efeitos nefastos da crise mundial, principalmente neste sector”, que consideram ter sido um dos “mais prejudicados”, apontando uma “quebra de vendas na ordem dos 40%”. Por sua vez, Vasco Santos, da STET, menciona que, “naturalmente, não existem empresas deste sector que tenham ficado imunes à conjuntura económica”, uma vez que se trata de um mercado no qual os resultados das empresas “estão muito interligados à performance das empresas de construção”. Todavia, a empresa luta com as “armas” de que dispõe e tem conseguido aumentar a sua “penetração em quase todos os segmentos de mercado”, reforçando a sua posição “de liderança”, de uma forma que lhe permite “ser menos afectada pela actual situação”.

    As receitas para a consolidação

    Para contornar esta situação poderá ser uma boa solução “a procura activa de mercados alternativos, quer internos, quer externos, para poder operar de forma a minimizar os ciclos económicos adversos”, explica o responsável da Vendap. Já Vasco Santos é da opinião de que “as empresas devem manter uma vigilância permanente sobre as suas próprias estruturas, de forma a responder, de forma conveniente e rápida, às grandes oscilações do mercado”. É muito importante, para o representante da STET, que as empresas “procurem ser especialistas no seu core business, e que evitem manter custos fixos elevados em áreas não especializadas”. Neste sentido, “os contratos de serviço têm sido uma importante ferramenta”, que a STET coloca ao dispor dos seus clientes, para que “lhes seja possível um melhor dimensionamento das suas estruturas”. Vasco Santos revela também que a sua empresa tem actualmente “mais de mil equipamentos sob contrato”. Na Hilti, a estratégia adoptada passou, sobretudo, “pela reorganização de processos”. Contudo, Rita Vieira declara que a empresa manter-se-á a “forte aposta na investigação e no desenvolvimento”, uma vez que considera importante continuar a oferecer aos seus clientes “as mais avançadas tecnologias e soluções, que lhes permitam resultados com maior produtividade”. Para Conceição Lima, a solução para minimizar danos reside na “extensa e diversa amplitude de meios de trabalho disponibilizados para o aluguer”, enquanto que Ignacio Bruyel é da opinião de que “as soluções passam por adequar o tamanho da empresa em si”, sem descurar a eficiência.

    A inovação como diferenciador

    Este é um ramo onde se assiste a uma importância forte no que concerne à inovação, uma vez que se trata de um “campo de batalha que tem muitos concorrentes, muitos produtos e onde é cada vez mais difícil marcar presença”, declara Vasco Santos, referindo que “a inovação é, muitas vezes, esse factor diferenciador”. Nesse sentido, “a Caterpillar tem gasto quantias bastante avultadas em investigação, o que lhe permite estar à frente da concorrência em inovações tecnológicas”. Por outro lado, “também na área de suporte ao produto”, o grupo continua a “apresentar soluções diferenciadoras, que vão desde a consultoria especializada para certas aplicações, até ao simples acesso a informação de valor”, na sua página de Internet. O termo “inovação” é quase mencionado em uníssono pelos responsáveis das empresas contactadas pelo Construir. Na Hilti, esta categoria é considerada “fundamental” nesta área de negócios. “Anualmente, são vários os produtos novos Hilti que têm merecido prémios internacionais, que valorizam este factor”, refere o responsável do grupo, acrescentando que “as tecnologias e os mecanismos introduzidos nas ferramentas e nas várias soluções desenvolvidas, garantem, cada vez mais, um trabalho fiável e produtivo”. Neste sentido, irão ser lançados, pela empresa, “mais de 30 novos produtos” durante este ano, dos quais se destacam os “novos demolidores TE 1000-AVR e TE 1500-AVR que, pela sua classe de peso, de 10 e 15 quilos, respectivamente, garantem trabalhos fiáveis de demolição com fácil mobilidade e uma performance excepcional”. Estes demolidores estão equipados com AVR (redução activa da vibração) que permite “máxima produtividade”. Na Vendap, as novidades são outras, como explica o seu director-geral. “Adquirimos recentemente uma plataforma de 70 metros de altura, que é a mais alta plataforma existente em Portugal”, refere Júlio Fernandes, esclarecendo que esta ferramenta permite “fazer trabalhos de exterior em grande altura onde, até aqui, não era possível com este tipo de equipamentos”. Neste sentido, esta plataforma está vocacionado para “diversos tipos de trabalho a grande altura”, como manutenção de moinhos eólicos ou manutenção industrial. Há também empresas cujas principais novidades são ao nível dos serviços, como no caso da ACXXI, que destaca os seus serviços de aluguer de viaturas e equipamentos a longo e curto prazos, o serviço personalizado de pós-venda, a viatura de substituição, a formação de motoristas e a assistência 24 horas. Por sua vez, na STET, está a ser construído um “caminho de parceria com os clientes”, através do programa de “soluções 360º”, como afirma Vasco Santos. “Continuamos a marcar a diferença com este programa, pois a capacidade da nossa representada Caterpillar permite-nos apresentar o leque de soluções mais completo”, que consiste em “financiamento em condições únicas através da Caterpillar Financial, uma assistência técnica de qualidade e uma garantia especial” que é prestada por uma grande estrutura de técnicos do país. O director comercial do grupo destaca também o “canal de vendas de produto usado certificado, cujas características de garantia, financiamento e assistência são únicas no mercado”. A Série-R, “um camião mais orientado ao longo curso, que foi eleito camião do ano 2010”, é a aposta inovadora da Scania para este ano, conforme menciona o responsável do grupo, acrescentando que a empresa procura garantir “que o cliente tenha sempre o camião mais actualizado”.

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    Prospectiva fiscaliza empreitadas no hospital de Vila Nova e Gaia e Espinho  

    As novas empreitadas contam com um prazo de execução previsto de 150 dias, sendo que caberá à Prospectiva a coordenação de empreitadas, o controlo do planeamento e do desenvolvimento dos trabalhos, o controlo e a fiscalização da qualidade de execução de cada obra e do planeamento e execução do plano de gestão de RCD

    CONSTRUIR

    A construção do Heliporto, da Unidade de Cuidados Intensivos Neurocríticos do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho e da recuperação da cobertura do Pavilhão Feminino da mesma unidade de saúde contam com fiscalização da Prospectiva.

    As três novas empreitadas contam com um prazo de execução previsto de 150 dias, sendo que caberá à Prospectiva a prestação de serviços inclui a coordenação de empreitadas, o controlo do planeamento e do desenvolvimento dos trabalhos, o controlo e a fiscalização da qualidade de execução de cada obra e do planeamento e execução do plano de gestão de resíduos de construção e demolição.

    Planta cobertura Pavilhão Feminino

    No caso concreto da substituição da cobertura do Pavilhão Feminino a obra incidirá, primeiramente, na demolição do telhado existente, passando-se, em seguida, para a construção da estrutura metálica do telhado, assim como a execução do novo telhado e colocação de caleiras e tubos de queda de águas pluviais.

    Planta implantação Heliporto

    Para a construção do Heliporto e das Escadas de Emergência, a empreitada passará pela construção de estruturas metálicas, a ampliação de núcleos de escadas e elevadores em betão armado, assim como as instalações hidráulicas, eléctricas e mecânicas, passando, depois para as infraestruturas aeronáuticas.

    Planta UCI Neurocriticos

    Já a construção da nova UCI para Neurocríticos, o processo envolve a fase de arquitectura, com as estruturas, instalações eléctricas, telecomunicações, instalações mecânicas e infraestruturas hidráulicas, assim como todas as valências necessárias para a segurança contra incêndios.

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    Grupo IPG coloca no mercado 51 mil m2 de activos logísticos e industriais

    Os activos localizados em Vila Nova da Rainha/Azambuja e na Trofa contam com a comercialização, em co-exclusividade, da CBRE e da JLL

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    As consultoras imobiliárias CBRE e JLL comercializam em regime de co exclusividade os dois activos industriais/logísticos do Grupo IPG localizados em Vila Nova da Rainha/Azambuja e na Trofa e que em conjunto totalizam 51 mil metros quadrados (m2).

    O activo em Vila Nova da Rainha/ Azambuja, com uma infraestrutura completa e pronta a usar, dispõe de uma área total de 36.289 m2, e cerca de 1.500 m2  de área bruta de construção existente,  contando ainda com sete mil m2 de telheiros. Este imóvel encontra-se estrategicamente localizado na zona prime da logística da Grande Lisboa.

    Já o activo de logística localizado na Trofa, sendo igualmente uma oportunidade de investimento altamente vantajosa na zona Norte, conta com uma área de 14.300 m2 de terreno e 3.250 m2 de área bruta de construção existente, e possui ainda um logradouro que permite uma possível conversão tanto numa área de estacionamento, como num espaço de armazenamento ao ar livre.

    A localização deste imóvel destaca-se, também, pela proximidade aos transportes públicos, bons acessos e proximidade às áreas industriais de Santo Tirso, Trofa e Maia.

    Para Nuno Torcato, director da Industrial e Logística na CBRE Portugal, a chegada destes dois activos ao mercado representa uma oportunidade de negócio “excepcional” para operadores logísticos na região Centro e Norte do País, “considerando a falta de produto disponível com tamanho considerável e excelente localização, bem como com características desta qualidade”.

    Também Mariana Rosa, head of Markets Advisory na JLL, destaca a “localização estratégica e características de qualidade” destes dois imóveis, considerando tratar-se de “uma oportunidade única para os operadores logísticos”.

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    Ordem dos Arquitectos debate cinco décadas de habitação em democracia

    ‘O que se fez e o que falta fazer?’ são as perguntas que lançam a a conversa entre os arquitectos António Baptista Coelho, Inês Lobo e o engenheiro Fernando Santo. Este evento decorre simbolicamente a 24 de Abril e nele será também lançado o programa Habitar Portugal 74/24

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    As cinco décadas de democracia vão estar em destaque, esta quarta-feira, dia 24 de Abril, na Ordem dos Arquitectos e que visa abordar a temática da habitação durante este período.

    ‘O que se fez e o que falta fazer?’ são as perguntas que lançam a a conversa entre os arquitectos António Baptista Coelho, Inês Lobo, e o engenheiro Fernando Santo. Foi também convidada a secretária de Estado da Habitação, Patrícia Machado Santos (presença a confirmar).

    Este será a primeira de uma serie de iniciativas que a Ordem dos Arquitectura organizar com o objectivo de “pensar e mostrar como evoluiu a habitação em Portugal nas últimas cinco décadas e o que falta fazer”.

    Este evento decorre simbolicamente a 24 de Abril e nele será também lançado o programa Habitar Portugal 74/24, celebrando em simultâneo os 25 anos da Ordem dos Arquitectos e os 50 do Portugal democrático.

     O programa Habitar Portugal 74/24 vai, durante os próximos meses, continuar a analisar as questões da habitação em Portugal, através de uma equipa de comissários, que coordenada pelo arquitecto César Lima Costa, seleccionará obras emblemáticas neste período, pela sua arquitectura e também pela relevância estratégica para o País.

    Prevê-se, também, uma exposição itinerante, que terminará em 2026 na Capital Mundial da Arquitectura, em Barcelona.

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    Pestana Hotel Group com resultado líquido superior a 100M€

    O desempenho do Pestana Hotel Group em 2023 acontece num contexto de investimento de 85 milhões de euros na renovação e aquisição de novos hotéis e na aposta em empreendimentos turísticos

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    O Pestana Hotel Group divulgou esta terça-feira os resultados financeiros de 2023. A receita do grupo atingiu os 557 milhões de euros, representando um aumento de 23% face ao ano anterior. O grupo apresentou ainda um EBITDA de 189 milhões de euros e registou um resultado líquido de 105 milhões de euros em 2023.

    O crescimento das receitas foi impulsionado pela hotelaria, que representa 67% da receita total do grupo, mas também pela área imobiliária, que opera sob a marca Pestana Residences, e que conta com um peso de 16%. As outras actividades do grupo, incluindo golfe, Pestana Vacation Club e Empresa de Cervejas da Madeira, contribuíram com 17% da receita.

    Além do desempenho financeiro sólido que tem vindo a consolidar ao longo de décadas, o Pestana Hotel Group registou, em 2023, um nível de satisfação de clientes de 87,8%, reflectindo a qualidade do serviço e o compromisso do grupo com a experiência do cliente.

    De acordo com o CEO do Pestana Hotel Group, José Theotónio, “Os resultados de 2023 reflectem a forte aposta que temos vindo a fazer nas nossas pessoas, mas também na redução da pegada de carbono e na melhoria da eficiência energética assim como no elevado investimento na transformação digital. Estamos comprometidos em continuar a crescer de forma sustentável, melhorando continuamente as condições das nossas pessoas e a qualidade dos serviços, proporcionando experiências únicas aos nossos clientes”.

    Crescimento de 20% nas remunerações e encargos

    De destacar, em 2023, o investimento realizado nas pessoas, que reflecte a política do grupo em reconhecer e recompensar o empenho dos seus colaboradores, com um crescimento de 20% nas remunerações e encargos, representando um aumento de mais de 19 milhões de euros face a 2022.

    A política salarial do Pestana Hotel Group tem sido historicamente de reforço da remuneração e dos benefícios dos seus colaboradores, tendo-se registado em 2023 um aumento médio de 12% nas remunerações base. A participação nos resultados resultou ainda numa média de dois salários extra por colaborador, totalizando 7,5 milhões de euros.

    A importância da sustentabilidade no sector da hotelaria

    Com um investimento de 12 milhões de euros previsto até 2025, o grupo está empenhado em reduzir o impacto das suas operações no meio ambiente, e desenvolver uma estratégia integrada e assente em cinco pilares – energia, água, resíduos, fornecedores e mobilidade.

    Nesse âmbito, o Pestana Hotel Group tem vindo a implementar o projecto Carbono Zero com resultados muito positivos, reflectindo-se numa diminuição de 11% nas emissões de carbono nos últimos três anos.

    Até 2030, a meta do grupo é de redução de emissões de carbono em 37% face a 2019, objectivos ambiciosos que envolvem vários projectos, tais como a implementação de um sistema de monitorização dos consumos em todos as unidades Pestana, a instalação de painéis fotovoltaicos ou os projectos de circularidade da água, como a dessalinizadora localizada em Alvor e a utilização de águas residuais da ETAR da Boavista no Algarve para rega de campos de golfe.

    Renovação e novos projectos

    A renovação de hotéis ou a aquisição de empreendimentos representou, em 2023, um investimento do grupo de 85 milhões de euros. O Pestana Hotel Group renovou os hotéis Pestana Vila Lido Madeira e Pestana Blue Alvor Beach, e adquiriu o empreendimento turístico Vila Sol, em Vilamoura, no qual já detinha a gestão operacional do hotel e do respectivo campo de golfe. Em Lisboa, o grupo concluiu a construção e abriu a Pousada Alfama e o Pestana Rua Augusta. Para este valor de investimento contribuíram ainda vários projectos na área imobiliária nas regiões do Algarve, Costa Alentejana e Madeira.

    A sustentabilidade do negócio tem sido uma prioridade do grupo ao longo dos mais de 50 anos da sua História. Ao longo de 2023, tendo em conta a volatilidade das taxas de juro, o grupo optou por amortizar antecipadamente empréstimos com taxas variáveis, mantendo a estratégia de taxas fixas, com impacto muito positivo na sua posição financeira que resultou numa evolução favorável do rácio de Dívida Líquida/EBITDA, actualmente com um valor inferior a 1, contribuindo assim para a solidez financeira do Pestana Hotel Group.

    Resultados que permitiram, já no início de 2024, prosseguir com a expansão do Pestana Hotel Group, fortalecendo a presença do grupo nos Estados Unidos, com a aquisição do Pestana Orlando Suites – Lake Buena Vista e prosseguir com o desenvolvimento dos projectos em curso, nomeadamente a construção do eco-resort Pestana Dunas, em Porto Santo e do Pestana CR7 Paris.

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    ‘The Nine’ em Vilamoura comercializado a 50%

    O ‘The Nine’ é o terceiro projecto imobiliário lançado por Vilamoura, que deverá estar concluído no início de 2025. Até ao final do ano está previsto o lançamento de mais três empreendimentos

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    O condomínio ‘The Nine’, localizado em Vilamoura, abre portas ao andar modelo, numa altura em que a comercialização atinge os 50%. Nuno Banha, director da Vilamoura Properties, explica que “O The Nine junta-se ao Natura Village, vendido em quase 50%, e ao Vilamoura Parque, que neste momento tem apenas cinco unidades para venda. Estes projectos são muito diferentes entre si, em termos de localizações, tipologias, dimensões e preços, mas todos reflectem a qualidade da oferta de habitação que existe em Vilamoura, seja para viver, passar férias ou investir”.

    Promovido pela Norfin, sociedade gestora da Vilamoura Lusotur, o empreendimento foi projectado a pensar no “máximo aproveitamento solar”, todas as salas são viradas a Sul e prolongam-se para o exterior em jardins, varandas e rooftops privados, com áreas amplas, entre os 19 metros quadrados (m2) e os 166 m2.

    Próximo do campo de golfe, da praia e da marina e a apenas quatro minutos de distância do centro, o ‘The Nine’ conta com 48 apartamentos, dos quais 39 são T2 e nove T3. Os quartos são maioritariamente em suite, com roupeiros e closets generosos e o condomínio oferece, ainda, duas piscinas e uma zona lounge exclusiva, além de estacionamento subterrâneo privado, com postos para carregamento de veículos eléctricos.

    “Neste condomínio, cada detalhe foi cuidadosamente concebido para elevar a experiência dos ocupantes. Trata-se da fusão perfeita entre design contemporâneo e funcionalidade, oferecendo um estilo de vida dinâmico e espaços meticulosamente planeados para maximizar o conforto e a conveniência”, considera Henrique Rodrigues da Silva, COO da Norfin SGOIC.

    O ‘The Nine’ é o terceiro projecto imobiliário lançado por Vilamoura, sendo que até ao final do ano está previsto o lançamento de mais três. Ainda em fase de construção, o projecto deverá estar concluído nos primeiros meses de 2025.

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    ‘Rethinking Organizations: as diferentes visões sobre o Futuro das Organizações no QSP SUMMIT 2024

    Um dos maiores eventos de Management e Marketing da Europa reunirá mais de 3.500 quadros médios e superiores para refletir sobre o Futuro das Organizações

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    De 2 a 4 de julho de 2024, o QSP SUMMIT está de volta sob o mote ‘Rethinking Organizations’. Com foco nas organizações e no futuro do trabalho, mais do que nunca, é tempo das organizações refletirem sobre inovação, adaptação e transformação.

    Mediante um leque abrangente de tópicos a serem explorados em torno da temática principal ‘Rethinking Organizations’, desde a importância crescente da agilidade, liderança, gestão de talento e cultura organizacional, até a questões de inovação, o impacto da IA no mundo do trabalho e as grandes tendências do futuro em certas áreas de negócio. Serão ainda alvo de debate alguns tópicos essenciais, entre eles: a importância da estratégia e da data, as tecnologias de integração de equipas, o reskilling e upskilling das equipas, o bem-estar organizacional, e outras matérias de interesse.

    Entre as primeiras novidades está Linda Hill, professora da Harvard Business School e etnógrafa americana com uma carreira distinta, especialista em desenvolvimento de liderança e inovação, mas mais nomes como Costas Markides – Professor de de Estratégia e Empreendedorismo, o especialista em tendências Rohit Bhargava, a data expert Christina Stathopoulos, entre outros, já foram anunciados. No total, o evento contará com aproximadamente 98 gurus, especialistas e profissionais das mais diversas áreas.

    O QSP SUMMIT conta também com uma área de exposição com mais de 130 marcas envolvidas e apresenta novos palcos este ano, adicionando mais sessões e novas áreas de partilha de conhecimento.

    Para mais informações ou aquisições de passes, pode consultar o website oficial do evento, em www.qspsummit.pt.

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    Sindicato dos Arquitectos reúne com objectivo de aprovar “primeiras tabelas salariais”

    Do inquérito realizado aos profissionais destaca-se a exigência de 1300 euros de salário de entrada, a redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais, melhor retribuição às horas-extra e ao estabelecimento de carreiras, com propostas distintas para projectistas e para técnicos especializados

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    Com o objectivo de “discutir e aprovar as primeiras tabelas salariais” para a arquitectura, o sindicato do sector convoca os profissionais para uma assembleia geral a realizar no dia 1 de Maio na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Arquitectura (SINTARQ) no Porto.

    Para a concretização e aplicação deste seu caderno reivindicativo, o SINTARQ lançou duas iniciativas. Desde Junho de 2023, uma campanha de entrada em empresas para contactar trabalhadores e criar as primeiras estruturas sindicais nesses locais de trabalho. E no final do ano passado, um inquérito que permitiu aferir as expectativas profissionais de quem trabalha em arquitectura e confirmar, uma vez mais, o retrato de precariedade e indignidade transversal no sector, cujos resultados definitivos serão divulgados em breve.

    Da campanha de entrada em empresas, resultou a criação de doze estruturas sindicais em locais de trabalho, algumas das quais com processos reivindicativos em curso. A expectativa é a de que a aprovação do Caderno Reivindicativo agora em Maio sirva de sustentação a esses processos e ao surgimento dos primeiros Acordos de Empresa em Arquitectura.

    Do Inquérito às expectativas profissionais destacamos a ampla adesão dos trabalhadores inquiridos à exigência de 1300 euros de salário de entrada, à redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais, a horas-extra com melhor retribuição e maiores restrições, e ao estabelecimento de carreiras como instrumento central à elevação dos salários e ao combate à discriminação e ao assédio.

    A título de exemplo, 94% dos inquiridos defende uma carga horária semanal até 35 horas; a expectativa salarial mediana de um trabalhador com cinco a dez anos de experiência é de 1800 euros e 80% dos inquiridos declara fazer horas extra, metade dos quais sem receber qualquer compensação por isso. Segundo dados preliminares deste Inquérito, um trabalhador em arquitectura vê-se espoliado, no mínimo, em 500 a 800 euros por ano em horas extra não compensadas.

    O Caderno Reivindicativo que será submetido à discussão propõe duas tabelas salariais: uma para projectistas e outra para técnicos especializados, dividindo-se em carreiras profissionais de assistente, júnior e sénior. A progressão atende aos anos de experiência ou às funções efectivamente desempenhadas, independentemente da antiguidade. Estarão também em discussão os critérios que determinam essa progressão e que servirão para contrariar a transversal estagnação de carreiras.

    Além dos salários, carreiras e horário laboral, propõem-se reivindicações-base noutros vectores tais como: direitos na parentalidade, regulação do teletrabalho, dias de férias, garantias de segurança e saúde no trabalho e formação profissional certificada.

    É o culminar de um processo com cerca de um ano e que contou com dez reuniões abertas de discussão realizadas em Braga, Coimbra, Porto, Lisboa e Setúbal, e que agora se encerra neste último Plenário Nacional no Porto.

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    FEP traz a Portugal economista David D. Friedman

    Um dos mais “reconhecidos” economistas do mundo, David D. Friedman, apresenta a palestra “Market Failures: An argument for or against government?” no dia 29 de Abril

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    A Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP), em parceria com a FEP Economics Society e a Students for Liberty Portugal, vai realizar no próximo dia 29 de Abril, uma palestra com um dos mais “reconhecidos” economistas do mundo, David D. Friedman.

    Analisando o tema “Market Failures: An argument for or against government?”, David D. Friedman irá abordar os “argumentos comuns” sobre falhas de mercado, incluindo a teoria de “bens públicos”, aplicando a mesma lógica às acções e incentivos do Governo, vistos, geralmente, como a solução para estes desafios do mercado livre.

    Friedman é um dos “maiores nomes” da escola de economia de Chicago e é autor de inúmeros livros de economia e de direito. No seu livro mais famoso – “The Machinery of Freedom” – defende o sistema capitalista, apresentando a visão de como as funções que um Estado desempenha na sociedade conseguem ser desempenhadas voluntariamente pelo mercado livre, incluindo o sistema legal.

    A iniciativa faz parte do Programa de Seminários da FEP.

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    Imobiliário

    António Fragateiro assume direcção de Real Estate para Portugal do Numa Group

    A nomeação surge no âmbito da estratégia de expansão ibérica do que pretende aumentar a sua presença no país, nomeadamente em Lisboa, Porto e Funchal

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    O NUMA Group, operador europeu de uma plataforma de hotelaria totalmente digitalizada, anunciou a nomeação de António Fragateiro para a sua equipa de imobiliário. Enquanto director de Real Estate para Portugal, Fragateiro irá reforçar a presença do Grupo em Portugal e liderar a expansão do NUMA no país.

    Aliando os benefícios dos hotéis tradicionais com a conveniência e a flexibilidade dos alugueres de curta duração, como o Airbnb e o Abritel, o NUMA Group disponibiliza quartos, estúdios e apartamentos com serviços concebidos de forma revolucionária para o viajante moderno. Tirando partido das suas soluções tecnológicas inovadoras, o NUMA proporciona uma experiência de excelência aos seus hóspedes. Os alojamentos boutique do NUMA são, também, ideais para estadias prolongadas e trabalho remoto, através da disponibilização de WiFi super-rápido.

    Sediado no Porto, António Fragateiro será responsável por dinamizar o crescimento do NUMA em Portugal, país que recebeu mais de 30 milhões de visitantes só em 2023. Fragateiro tem formação em administração de empresas, finanças e vendas, bem como um vasto conhecimento do sector de turismo português. Antes de se juntar ao NUMA, António Fragateiro assumiu o cargo de director global de vendas do GuestReady Group, no qual liderou os esforços da empresa de gestão de curto prazo de propriedades na Europa e no Médio Oriente.

    Fragateiro ficará responsável por impulsionar o crescimento do NUMA no mercado português. Em Lisboa, o primeiro hotel do NUMA, o NUMA Voga será inaugurado este Verão. A propriedade, que anteriormente dava lugar à sede da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) representará, agora, um novo e icónico hotel na cidade. A segunda e futura localização do NUMA em Lisboa será em Alcântara, na rua dos Lusíadas, com abertura prevista para o segundo semestre de 2025.

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    Habitação: Mais de 200 ideias integram nova versão da Carta Municipal

    Com este documento, a prioridade da CML para os próximos 10 anos é “garantir que a propriedade pública esteja toda a uso ao serviço do aumento da oferta de habitação acessível”. Relatório da consulta pública será submetida, em conjunto com a nova versão da Carta Municipal, à apreciação da Câmara e da Assembleia Municipal

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    “A nossa prioridade para os próximos 10 anos é garantir que a propriedade pública esteja toda a uso ao serviço do aumento da oferta de habitação acessível”. Foi desta forma que Filipa Roseta, vereadora da Habitação da Câmara Municipal de Lisboa (CML) resume a última versão da Carta Municipal de Habitação, cujos resultados da última consulta pública foram apresentados no Conselho Municipal de Habitação de Lisboa.

    Medidas de discriminação positiva nos programas de renda acessível para residentes de longo prazo em freguesias fortemente afectadas pela pressão habitacional, a par de concursos abertos a todos foram algumas das mais de 200 ideias apresentadas durante o período de consulta pública da Carta Municipal de Habitação de Lisboa, que decorreu entre 7 de Novembro de 2023 e 2 de Fevereiro de 2024.

    “Iremos propor programas de renda acessível em que 50% das casas em concurso sejam destinadas exclusivamente a quem vive ou trabalha em Lisboa e as restantes destinadas a todos os candidatos”, avançou Filipa Roseta, naquela que foi a sétima reunião do Conselho.

    Nas cinco freguesias do centro histórico, que sofrem maior pressão habitacional, “a percentagem aumenta para 75% para quem aí vive ou trabalha”, propôs Filipa Roseta, sublinhando que esta resposta se destina a dar solução a muitos que se veem obrigados a abandonar a cidade e aos profissionais deslocados de profissões essenciais, como os enfermeiros, professores e polícias, que, por falta de habitação acessível, são forçados a recusar propostas de trabalho em Lisboa.

    Ao longo do período de consulta pública foram recebidas 73 participações individuais e 15 participações de entidades, entre as quais quatro juntas de freguesia e uma cooperativa. Destas participações resultaram mais de duzentas ideias para a Carta Municipal de Habitação, com maior destaque para os temas do alojamento local, arrendamento acessível, população idosa e cooperativas.

    Relativamente às regras do alojamento local, que deverão ser definidas em regulamento próprio após a aprovação da Carta, foi debatido o rácio médio de 5% como tecto para o AL na cidade, considerando-se que o mesmo não salvaguarda os equilíbrios entre freguesias.

    No âmbito urbanístico, foi acolhida a proposta para incorporar a delimitação de mais instrumentos de gestão territorial nos mapas da Carta, como por exemplo a representação de Unidades de Execução, Planos Urbanísticos e Área de Reabilitação Urbana.

    Mereceram, ainda, maior atenção por parte dos participantes a reabilitação de habitações municipais vagas, a construção de edifícios de habitação em terrenos municipais, a reabilitação, reconstrução e reconversão de edifícios municipais para uso habitacional e a reabilitação de edifícios degradados em bairros municipais.

    Concluído o relatório da consulta pública, o mesmo será submetido à apreciação da Câmara e da Assembleia Municipal de Lisboa em conjunto com a nova versão da Carta Municipal de Habitação resultante da inclusão das propostas acolhidas.

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