Túnel do Marão vai avançar oito metros por dia
A construção do maior túnel rodoviário da Península Ibérica, na Serra do Marão, vai avançar oito metros por dia nas quatro frentes de obra, disse hoje à Agência Lusa fonte da concessionária da obra. Javier Martinez Cañavate, director geral da concessionária Auto-Estradas do Marão, explicou que a escavação está a ser feita através do método… Continue reading Túnel do Marão vai avançar oito metros por dia
Lusa
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A construção do maior túnel rodoviário da Península Ibérica, na Serra do Marão, vai avançar oito metros por dia nas quatro frentes de obra, disse hoje à Agência Lusa fonte da concessionária da obra.
Javier Martinez Cañavate, director geral da concessionária Auto-Estradas do Marão, explicou que a escavação está a ser feita através do método austríaco, que consiste em aproveitar o próprio maciço da rocha para fazer o túnel.
Ou seja, através de uma máquina de grandes dimensões e com três braços, denominada “Jumbo”, são feitas mais de cem perfurações onde são colocados os explosivos que, depois de rebentados, fazem com que a rocha fique automaticamente com a forma do túnel.
Segundo o responsável, para aumentar a segurança são colocadas barras de aço de cinco metros na rocha que é ainda revestida com betão projectado, para ajudar a manter a forma e conter os blocos que possam ficar soltos.
Javier Cañavate referiu que, em cada ciclo de avanço (perfuração, explosivos, retirar escombros e betonagem) se avança quatro metros no túnel.
Por isso são feitos dois ciclos o que, segundo o responsável, faz com que a obra avance oito metros por dia em cada uma das quatro frentes (duas bocas de túnel na parte nascente e mais duas na poente).
Por dia são ainda retirados 800 metros cúbicos de rocha de cada uma das frentes de obra.
Depois da escavação, é preciso impermeabilizar o perímetro do túnel, montar armaduras e adicionar betão moldado, um revestimento secundário que serve para dar mais um grau de segurança, para deixar uma superfície regular, melhorar a visibilidade e a circulação de ar.
Javier Cañavate destacou ainda a instalação dos equipamentos de segurança como a ventilação, detecção de incêndios, medidores de qualidade do ar, câmaras de detecção automática de acidentes, postes SOS, painéis de mensagem variáveis, semáforos e iluminação.
Dos 5,6 quilómetros de cumprimento que vai ter o túnel, foram escavados até ao momento cerca de mil.
Quando a obra estiver terminada, terão sido escavados 11.200 metros de túnel, correspondentes a cada um dos corredores.
“Todas as obras têm riscos. Nos túneis é evidente que sendo um espaço fechado há uma componente de risco acrescida, mas as medidas de segurança minimizam o risco de acidentes e os eventuais efeitos de um acidente”, referiu o director geral.
O túnel tem um atraso de seis meses, por causa da suspensão imposta pelo Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) de Penafiel que aceitou a providência cautelar interposta pela empresa Água do Marão.
As obras neste espaço estão a decorrer 24 horas por dia e empregam atualmente 400 pessoas.
Em pico de obra, estarão a trabalhar no total da concessão – 30 quilómetros entre Vila Real e Amarante – 1300 trabalhadores e 89 empresas de pequena a média dimensão.
Com um investimento inicial de construção de 373 milhões de euros, esta concessão foi adjudicada ao consórcio Auto-Estradas do Marão, liderado pela Somague.
A Auto-Estrada do Marão vai juntar-se à Auto-Estrada Transmontana, entre Vila Real e Bragança, que permitirá reduzir a sinistralidade em 23 por cento.