‘As empresas associadas têm consciência da necessidade de apostarem em qualidade’
Que tipo de serviços prestam às empresas associadas?
Ana Rita Sevilha
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Que tipo de serviços prestam às empresas associadas?
Representação institucional, elaboração de referenciais e directrizes de qualidade de serviço que incentivem a certificação, definição de perfis profissionais e competências técnicas, oferta de cursos de formação profissional, divulgação de informação legal e técnica e prestação de esclarecimentos, são alguns exemplos dos serviços que prestamos às empresas associadas.
Para além da missão que nos compete enquanto associação empresarial, a APSEI sempre chamou a si a responsabilidade de sensibilizar, não apenas os profissionais da segurança, mas também a população em geral, relativamente às questões da prevenção e segurança. Esta preocupação é visível em várias acções que levamos a efeito: promoção de eventos e seminários, divulgação de informação sobre os equipamentos de segurança na óptica do utilizador, lançamento do portal Segurança Online e da revista PROTEGER, várias participações institucionais tais como membro da Comissão de Acompanhamento da implementação do RJ-SCIE (regime jurídico de segurança contra incêndio em edifícios) e organismos de normalização sectorial da Comissão Técnica 46 “Segurança contra Incêndio”.
Que análise fazem à regulamentação que existe?
Falemos da segurança contra incêndio que é a actividade de segurança mais regulamentada. O novo quadro regulamentar que entrou em vigor em Janeiro de 2009 parece responder, em termos teóricos, ao objectivo de elevar os parâmetros de segurança das pessoas nos edifícios e equaciona uma pirâmide de responsabilidades dos vários intervenientes na cadeira de valor da segurança.
O problema está na sua falta de implementação. Não existe ainda uma fiscalização activa das condições de SCIE e o registo das entidades na Autoridade Nacional da Protecção Civil (ANPC) (Portaria n.º 773/2009) está longe de ser uma realidade nos meses mais próximos.
A APSEI teve a oportunidade de apresentar à ANPC uma proposta que visa converter o Registo numa ferramenta de qualificação das empresas e dos técnicos responsáveis pelo comércio, instalação e manutenção de equipamentos e sistemas de segurança contra incêndio.
No entanto, a ANPC tem demonstrado não estar receptiva às propostas do sector. Se esta postura não for contrariada, o Registo das Entidades, no qual se depositava tantas esperanças para moralizar o mercado empresarial, irá certamente converter-se num mero directório de empresas de segurança no website da ANPC, ao invés de constituir uma relação das empresas especializadas em segurança e com a competência técnica necessária para levar a cabo essa actividade.
Que tipo de dúvidas e problemas vos são mais vezes colocados pelos associados?
As questões que mais frequentemente nos são colocadas relacionam-se com a legislação e regulamentação aplicáveis ao sector.
Que análise fazem deste sector ao longo dos últimos anos?
É um sector económico que tem vindo a crescer em taxas superiores ao crescimento da economia nacional precisamente porque a sociedade reconheceu o seu carácter estratégico para a garantia da estabilidade, da continuação das actividades económico-sociais e da qualidade de vida das populações.
O que se pode esperar do mercado da Segurança Electrónica e de Protecção contra incêndio num futuro próximo?
O mercado da segurança tem um potencial de crescimento elevado nos próximos anos. A concretização deste potencial dependerá da actuação da fiscalização e da maior sensibilização das pessoas relativamente aos factores de segurança. Naturalmente que a actividade de segurança que está mais directamente ligada à actividade de construção, contará com constrangimentos adicionais em resultado do desinvestimento naquele sector de actividade. A procura de mercados externos e a aposta na diferenciação pela qualidade e competência técnica serão certamente estratégias a eleger pelos empresários nos tempos mais próximos.
Quais os maiores desafios que o futuro vos coloca?
Os desafios da APSEI são principalmente mais externos do que internos porque as empresas associadas já têm uma elevada consciência relativamente à necessidade de apostarem em factores de qualidade, desde logo a formação dos seus técnicos e certificação de produto e serviço. O desafio tem principalmente a ver com o incremento da sensibilização dos responsáveis pela segurança mas também da população em geral relativamente à prevenção dos riscos e à implementação de medidas de segurança a vários níveis.