Processo do novo aeroporto tem de avançar em 2010
Os prazos apertam e é fundamental que o processo para a construção do Novo Aeroporto de Lisboa seja iniciado ainda este ano, isto para que seja respeitado o ano de 2017 como data para a entrada em funcionamento.
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Os prazos apertam e é fundamental que o processo para a construção do Novo Aeroporto de Lisboa seja iniciado ainda este ano, isto para que seja respeitado o ano de 2017 como data para a entrada em funcionamento. Esta é pelo menos uma das conclusões da conferência “O Novo Aeroporto de Lisboa”, organizada pelo Diário Económico, e que serviu para discussão do modelo de negócio associado à infra-estrutura. Uma das personalidades que defende a aceleração do processo é o presidente do consórcio Asterion, agrupamento composto pela Brisa, Mota-Engil, Somague, Caixa Geral de Depósitos, Millennium BCP e Banco Espírito Santo, MSF e Lena Construções. Para Rui Horta e Costa, “são necessários quatro a cinco anos para concluir a construção”, números que acrescem à fase de projecto e à fase de concurso, pelo que os trabalhos devem arrancar em 2013. Rui Horta e Costa defende que não é necessário esperar pela emissão da Declaração de Impacto Ambiental (DIA) para avançar com os trabalhos do novo aeroporto, afirmando que “muita coisa pode ser feita sem a DIA”. Recorde-se que o Estudo de Impacte Ambiental está ainda em fase de avaliação de conformidades, de modo a se perceber se cumpre as exigências para este tipo de trabalhos, passando à fase de consulta pública o mais tardar no início de Junho, para que possa ser emitida no último trimestre do ano.
Portela para fechar
Depois de em Março o presidente da câmara de Lisboa, António Costa, ter reiterado a intenção de fazer dos terrenos da Portela um “segundo pulmão verde” da cidade, como já acontece com o Parque de Monsanto, durante a conferência o presidente da NAER, Carlos Madeira, defendeu também esta opção, sublinhando que “não faz sentido nem é rentável ter operações em dois aeroportos tão próximos com menos de 14 milhões de passageiros de origem”. O presidente executivo da empresa responsável pelo projecto do novo aeroporto, entende que a Portela deve encerrar quando entrar em funcionamento a nova infra-estrutura em Alcochete, acrescentando que o actual aeroporto “é uma manta de retalhos e um produto de 60 anos de decisões a curto prazo”. Durante a sua intervenção, Carlos Madeira, voltou a apresentar o plano da proposta de privatização da ANA -Aeroportos de Portugal feita pela NAER ao Governo, que prevê três fases: pré-qualificação, qualificação e selecção da melhor das três propostas.
Carlos Madeira disse que os concorrentes à privatização da ANA terão, segundo a proposta da NAER, de apresentar duas propostas: uma com o valor a pagar pela gestora dos aeroportos nacionais e outra com o preço fixo pelo qual se propõem a construir o aeroporto. O presidente da NAER afirmou ainda que serão os privados que terão a responsabilidade de “arranjar e estruturar o financiamento”. *com Lusa
Edifer aguarda modelo de negócio
Durante a conferência, o director da Bento Pedroso, Gustavo Fontes, disse que a empresa já “tem alinhamento com empresas especialistas”, como a Edifer, a Alves Ribeiro e um fundo de investimento do Crédit Suisse, para formar um consórcio para concorrer ao novo aeroporto. Contactada pelo Construir, fonte da Edifer garante que “não há ainda nada formalizado, não há qualquer negociação de momento”, e que “qualquer avanço neste domínio vai depender da clarificação do modelo de negócio do Novo Aeroporto, que o Governo ainda não definiu”. No encerramento da conferência, o secretário de Estado das Obras Públicas, Paulo Campos, anunciou que o “processo do novo aeroporto”, que será construído na zona do Campo de Tiro de Alcochete, vai avançar até ao final do ano. “Em 2010, haverá uma decisão por parte do Governo relativamente a todas essas questões”, disse, escusando-se a confirmar se será lançado um concurso público e qual a percentagem de capital da ANA que será entregue a privados. Durante a sua intervenção na conferência, Paulo Campos salientou as vantagens de adopção de um modelo conjunto de gestão dos aeroportos. De acordo com o governante, a gestão em separado dos aeroportos tem “um conjunto de implicações”, nomeadamente ao nível da diferença de preços cobrados por passageiro, referindo que os preços cobrados no aeroporto do Porto poderiam aumentar “165%”. “Os aeroportos mais pequenos ficam mais fragilizados, porque as grandes companhias aéreas tendem a concentrar-se nos aeroportos maiores”, referiu.