‘A entrada nas obras grandes depende da perspicácia’
O director administrativo da Monofásica, Carlos Lopes,
Pedro Cristino
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O director administrativo da Monofásica, Carlos Lopes, acredita que a qualidade da empresa na área das instalações eléctricas e da climatização é uma mais valia que lhe permite alcançar um currículo pleno de trabalho com grandes empresas portuguesas.
Em que área actua a Monofásica?
Estivemos sempre na área das instalações eléctricas. Criámos, mais tarde, um departamento de AVAC, dentro da Monofásica. E depois, decidimos autonomizá-lo, mediante a constituição de uma empresa especificamente para esta área que é a Monoclima, detida em 60% pela Monofásica.
Já têm um currículo de peso, com obras realizadas para a Mota-Engil e para a Somague. Captaram logo a atenção para os trabalhos mais relevantes?
Não. Os primeiros trabalhos de maior dimensão começaram a surgir na década de 90, com a aposta da Teixeira Duarte, e assim sucessivamente. Hoje trabalhamos para todas as empresas do ramo.
Como conseguiram encaminhar a empresa para grandes projectos?
Basicamente consistiu numa aposta na vertente comercial. O nosso departamento comercial estava dotado de forma a responder a todas as consultas que lhe eram feitas e fizemos uma aposta muito grande. Não é fácil entrar nas obras das grandes empresas e isto é feito pela via da perspicácia e de conseguir, comercialmente, marcar uma posição.
Hoje em dia já são uma empresa de know-how reconhecido…
Sim. A nossa experiência é reconhecida basicamente por todos os empreiteiros e donos de obra que trabalham nos mercados nacional e internacional. No mercado nacional não assumimos uma posição de liderança, somos uma empresa de média dimensão que executa muito trabalho, mas que não tem o mesmo protagonismo que tem no mercado externo. Em Angola, por exemplo, penso que teremos uma posição de destaque.
A que se deve esse destaque em Angola e não em Portugal?
Os níveis concorrenciais são diferentes. Estrategicamente não somos competitivos por via do preço. Diferenciamo-nos pela nossa capacidade de mobilizar meios e, basicamente, pela capacidade de resposta que temos face às tarefas, e ainda pelos elevados níveis de qualidade que temos nas nossas instalações.
O facto de não serem competitivos a nível de preço tem prejudicado a vossa actividade em Portugal?
O factor preço é um factor predominante neste mercado. Se tivéssemos melhores condições de preço, teríamos, com certeza, uma maior capacidade de ganhar obras. Se o único critério fosse a qualidade, a Monofásica teria mais trabalhos do que tem hoje.
O critério do preço pode colocar em causa a qualidade das obras?
É importante que todos nós saibamos assumir quais as responsabilidades que temos no mercado. A empresa não abdica dos níveis e dos padrões de qualidade que tem a qualquer preço. Até porque achamos que o mercado irá fazer uma selecção natural. Todas as empresas que prestarem um mau serviço, correm o risco de já não terem um próximo serviço. A estratégia não é o combate pelo preço, mas sim elevar os níveis de qualidade das nossas instalações.
Essa estratégica tem resultado?
Sim, na medida em que a empresa tem consolidado a sua posição no mercado, tem realizado obras muito importantes, quer nacional, quer internacionalmente.
Trabalham mais na área privada ou pública?
Basicamente trabalhamos na obra privada, o que não significa que o dono de obra não possa ser uma entidade pública, em determinado tipo de trabalhos. Neste momento, em termos de obras públicas, temos os hospitais de Cascais e da Terceira. Contudo, o grosso dos nossos trabalhos é feito para entidades privadas.
O mercado nacional continua a ter trabalho para a vossa área?
Hoje não se vislumbra o desenvolvimento de grandes projectos novos. É um mercado que tem uma continuidade de trabalho e que assegura, no fundo, a manutenção de uma estrutura efectiva de trabalho. Pensamos que, com o arranque destas novas obras estruturais que o país pretende fazer, serão criadas outras condicionantes que permitirão avolumar o trabalho.
A carteira de encomendas é mais significativa em Angola ou em Portugal?
Em 2008 facturámos 30 milhões de euros, valor que duplicámos em 2009. O peso relativo do mercado externo tem vindo a crescer. Em 2008, 60% da nossa facturação provinha do mercado nacional, enquanto que 40% resultava do mercado externo. Em 2009, apenas 33% era proveniente do mercado interno, e 63% provinha do mercado externo.
Estão presentes em mais algum mercado estrangeiro?
Em Moçambique, que é um mercado que não tem a mesma dimensão do angolano. Houve uma condicionante, durante cinco ou seis anos, ao nível dos investimentos, por parte das autoridades moçambicanas. Hoje em dia, por via do bom comportamento que eles tiveram, o Fundo Monetário Internacional tem vindo a libertar mais tranches de financiamento, o que lhes permite realizar mais obra. O problema é que a competitividade em Moçambique é feroz. Em Angola é diferente, porque a oferta é muito superior à procura.
Depois de Moçambique e de Angola, há mais algum país que se afigure atractivo para a Monofásica?
Vislumbramos a possibilidade de nos deslocarmos para São Tomé, mediante a gestão feita pela Monofásica Angola. Está previsto, durante os próximos dois ou três anos, deslocarmo-nos para esse país.
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