Edição digital
Assine já
    PUB
    Edição Impressa

    TEKTÓNICA 2010 – Reabilitação e internacionalização são aposta de 2010

    O director da Tektónica, Jorge Oliveira, fala das potencialidades da edição deste ano, que além do mercado da reabilitação,

    Ricardo Batista
    Edição Impressa

    TEKTÓNICA 2010 – Reabilitação e internacionalização são aposta de 2010

    O director da Tektónica, Jorge Oliveira, fala das potencialidades da edição deste ano, que além do mercado da reabilitação,

    Ricardo Batista
    Sobre o autor
    Ricardo Batista
    Artigos relacionados
    Até Agosto serão lançados 253 concursos no valor de 2500M€
    Construção
    Greenvolt instala painéis solares nos hóteis Highgate
    Empresas
    “A participação da sociologia na arquitectura não se esgota na ‘humanização’ desta última”
    Arquitectura
    Gulbenkian recebe exposição sobre Siza Vieira
    Arquitectura
    AICCOPN aponta “evolução positiva” nos indicadores de actividade na Construção
    Construção
    NBS Summit no Porto, a reabilitação da Ponte Carmona, a Construmat de Barcelona e o Suplemento ReCONSTRUIR na edição 505
    Construção
    Arquitecto Costa Cabral dá nome a Escola do Castelo
    Arquitectura
    Savills/ Predibisa coloca Seven Principles no Porto
    Imobiliário
    AGEFE debate formas de ‘Acelerar Portugal’ e apresenta estudo sobre o mercado
    Empresas
    Corum capta 156 M€ no 1º trimestre e mantém interesse em activos comerciais
    Imobiliário

    O director da Tektónica, Jorge Oliveira, fala das potencialidades da edição deste ano, que além do mercado da reabilitação, vai centrar atenções na sustentabilidade e nas oportunidades em mercados como Angola, Moçambique, Líbia ou Polónia.

    Que expectativas tem para a edição deste ano da Tektónica?

    Embora o quadro económico do País seja um quadro de prudência, as nossas expectativas são bastante fortes para a Tektónica 2010 e por duas ordens de razões. Primeiro porque conseguimos manter a ocupação de todo o espaço, interior e exterior, o que é uma demonstração evidente da confiança das empresas no projecto e se revêem na Tektónica como ponto fundamental para o desenvolvimento de negócios no mundo da construção, obras públicas e imobiliário. E depois porque será um ano de muitas novidades no salão. Ao nível da área de exposição lançamos este ano o Tek Green que contempla as empresas da área da eficiência energética, construção sustentável e da responsabilidade social na construção que foi um sucesso muito grande em outras edições. Este tipo de empresas estava um pouco disperso pela Feira e criámos agora um salão específico para essa área que cresceu muito e que irá ocupar mais de meio pavilhão. Temos também uma nova área de desenvolvimento a crescer a um ritmo um pouco mais lento que é o Tek Máquinas. Haverá máquinas em exposição e haverá um grande leilão de máquinas industriais que tanto quanto nos chega a informação está a ter uma adesão bastante grande, coordenado pela BCA. Temos um conjunto de coisas novas, ao nível de Workgroups e conferências, entre as quais o Portugal Constrói em parceria com a AICEP e com a CPCI e que coloca na Tektónica uma discussão sobre cinco mercados importantes para as exportações portuguesas: Angola, Marrocos, Argélia, Líbia e Polónia serão os países em foco, vamos ter empresários destes países para dialogarem com os nossos empresários e entidades locais para se vislumbrar oportunidades de negócio entre estes países. Este Portugal Constrói vai também ter uma área de exposição alusiva às obras que as empresas portuguesas estão a desenvolver nestes países para demonstrar que não são oportunidades teóricas, que a presença portuguesa é forte mas que há muita margem para crescer. Vamos também ter, no dia 14, uma conferência que reúne representantes da Europa e Norte de África onde o tema é a questão da construção sustentável, um dos grandes temas da actualidade. E congratulamo-nos com o facto de ter havido uma grande adesão de empresas ao espaço Inovação. Temos 70 produtos seleccionados pelo júri, o que demonstra uma grande qualidade dos produtos a concurso que eram mais de 100. Há um excelente ratio de selecção o que quer dizer que os produtos enviados para selecção eram realmente bons e isso também traduz a vitalidade da Feira para a apresentação de produtos e novas soluções. Como pano de fundo de tudo isto, há realmente um apelo forte da própria Tektónica no sentido de apoiar o crescimento do mercado da reabilitação e isso é muito visível nos produtos inovadores que vão ser expostos. Uma boa parte desses produtos está voltado para este mercado. Há uma força grande das empresas para a certificação de materiais e produtos específicos para este mercado que todos esperamos que cresça muito, pois é importante para o sector que cresça significativamente. Mas no fundo, a Tektónica desde 2007 deixou de ser apenas uma feira que se faz em Portugal. È óbvio que o encontro em Lisboa é o epicentro de todo o projecto, mas a Tektónica já se espalha por vários pontos do Mundo e do mesmo modo que trazemos compradores internacionais, nós próprios também vamos a esses países participar em eventos com as nossas empresas. Em 2010 já estivemos em Tripoli e ainda vamos estar em Luanda e no SIB, em Casablanca, Marrocos. Nestes dois, temos acordos com as respectivas organizações onde a AIP/FIL é a responsável em exclusivo para levar empresas portuguesas a esses salões. Mais recentemente, por ocasião da Cimeira Portugal / Moçambique, assinámos um protocolo com a CTA de Moçambique no sentido de se desenvolver um conjunto de feiras sectoriais em Moçambique entre as quais a Tektonica Moçambique, além de um conjunto vasto de iniciativas. Neste momento ainda não há datas. Diria que, em princípio, em 2011 haverá a primeira edição, mas neste momento ainda não há datas definidas. O conjunto de eventos é vasto.

    Num ano marcadamente difícil como se constata pelos primeiros meses de 2010, como olha para estes sinais das empresas de apostarem na Tektónica?

    Eu acho que é por pelos dois factores principais que há pouco referi. Um é a internacionalização. Penso que é hoje comum pensar-se que as empresas portuguesas para estar no mercado têm de olhar para o mercado externo e ser competitivas em alguns desses mercados externos. Nós na AIP iremos abrir algumas portas onde consideramos que os resultados possam ser mais imediatos, porque hoje em dia é importante referir que as empresas querem crescer mas que esse crescimento aconteça com maior rapidez. O mercado não fica satisfeito por crescer a médio prazo, tem de haver algum retorno algum negócio rápido, daí a importância do critério na escolha dos países. Por outro lado, estamos numa fase de mudança no mercado da construção. A construção habitual, mais convencional a que todos estávamos habituados está com uma contracção muito grande e isso obviamente terá de ser compensado pela reabilitação, por outro tipo de habitação, por outro tipo de abordagem de mercado. É um novo mercado. Há imensas empresas a abrir nestas novas áreas de negócio que querem mostrar o seu know-how e entendem que a Tektónica é o palco privilegiado para isso e o evento vai beneficiar com esse novo tipo de negócio onde as empresas têm de estar envolvidas. É óbvio que se vai continuar a construir alguma coisa, mas não na dimensão de outros tempos e as empresas têm de estar preparadas para isso

    Há semelhança do que aconteceu em outros anos, há algum país convidado?

    Não propriamente. Estamos a criar enfoques mais globais, sem especificar nenhum país. Estamos a dar uma atenção especial aos países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, e depois a uma frente muito interessante para as empresas portuguesas que é todo o Norte de África, tocando o Médio Oriente. Temos uma faixa que toca Marrocos, Dubai e Arábia Saudita que é bastante importante para as empresas portuguesas e onde temos competitividade e é a estes mercados que estamos a dar atenção.

    E o mercado português? Como o avalia?

    Ainda há oportunidades em Portugal e estamos numa boa altura para isso. Um determinado modelo de construção tem de ser repensado mas temos uma coisa boa. Nós sabemos qual é a luz ao fundo do túnel. Todos sabemos que as questões da reabilitação e da sustentabilidade tem tudo para, em teoria, dar certo, mas no terreno anda tudo muito mais lento mas é claramente a linha de futuro. As empresas estão cientes disso, as nossas cidades estão super-carentes de uma intervenção nos seus espaços, nas habitações, no ordenamento e na requalificação dos espaços, acessibilidades, há um conjunto enorme de trabalhos a fazer e avançando-se por essa via as empresas terão muitas oportunidades de negócio. Não estamos num beco sem saída. Há algumas entidades que devem tomar medidas pois neste momento, no mercado da reabilitação, ainda há alguns entraves, ainda não é tão claro Deve haver um trabalho articulado entre o Estado, autarquias, e privados no sentido de ser mais catalisador deste negócio, de se fazer alguma desburocratização, alguma alteração de regulamentação porque o negócio tem tudo para crescer mas tem de ser evidente para os investidores que há potencial de retorno. Se em conjunto conseguirmos ultrapassar essa questão e tornar este negócio norma, como qualquer outro com capacidade de retorno, será um factor muito positivo para crescer rapidamente para bem das empresas e do próprio mercado.

    Esta é a terceira ou quarta edição da Tektónica segundo um modelo de não haver anualmente o encontro entre esta feira e a Concreta. Já é possível fazer algum balanço desse factor?

    São inquestionavelmente dois eventos que actuam no mercado da construção. Como há outros. Mas têm características de tal maneira distintas, objectivos diferentes, que eles já não são comparáveis. O seu raio de acção e intervenção são diferentes. Enquanto a Tektónica tem a preocupação máxima, de o nosso posicionamento em mercados competitivos e no mercado nacional estar na linha da frente daquilo que são os novos modelos de negócios, estes são objectivos que estão muito distantes de outro tipo de eventos que se realizam em Portugal. São respeitáveis, têm a sua razão de ser mas são na sua essência diferentes, a única semelhança é actuarem no mercado da construção. A filosofia, o objectivo onde pretendem chegar e mesmo a ambição já pouco ou nada têm de igual. Mesmo os nossos expositores, na grande maioria, já nem recorrem ao discurso da opção entre uma ou outra. Cada um tem a sua ambição, o seu posicionamento e as suas metas e elas já são muito diferentes. A Tektónica tem no mercado português uma responsabilidade grande e tem de saber arcar com ela.

    Nestes mercados que a Tektónica tenta explorar com mais enfoque, em que é que as empresas portuguesas conseguem ser competitivas?

    São mercados em que há muito para fazer neste momento. Nos países do norte de África, por manifesta inexistência de infra-estruturas, habitação, etc., há um caminho grande a percorrer e na Polónia há um conjunto de eventos que ajudam à impulsão do mercado da construção. Em qualquer um destes países há oportunidades de negócio no curto prazo e há um factor importante que deve ser registado. O produto português tem qualidade e é visto com qualidade seja em que parte do mundo for. Temos excelentes características até mesmo ao nível do design e somos competitivos ao nível do preço. Temos é de criar estruturas, que implicam alterações na mentalidade das empresas portuguesas. Para se ir para esses mercados, as empresas têm de iniciar uma actividade contínua nesses mercados, criar uma estrutura própria mais complexa, mais simples, com mais ou menos parceiros seja de que formato for mas não é possível abordar os mercados pontualmente. Tem de se criar uma linha contínua de actuação e eu espero que no futuro próximo venha a aparecer uma nova figura de apoio às empresas portuguesas instaladas localmente nesses países de grande potencial que fomente a ligação continua e diária com o mercado. Toda a criação destas estruturas é complexa e pesada do ponto de vista financeiro e por isso obriga ao estudo de modelos que pode levar a associações de empresas e à criação, por elas mesmas, de grupos de acção. Estamos numa fase de grandes crescimento a esse nível que nos vai levar a novos modelos de participação e a deitar para trás o isolamento de cada empresa, o egoísmo de cada empresa, a empresa ver-se somente a si mesma. Tem de haver a noção de um conjunto de empresas que podem ajudar e ser complementares a bem do sucesso em novos mercados. Importa ir, abrir portas e criar uma estrutura que permita às empresas portuguesas estar diariamente nesses mercados.

    Que modelo é defendido pela AIP/FIL?

    Estamos a estudar com as empresas e de país para país as soluções são diferentes. Estamos disponíveis para apoiar as empresas nesse sentido, junto das entidades oficiais, para a criação desses pontos de apoio mais fixos e mais diários nos mercados que se revelem bons para as empresas portuguesas. Vamos caminhar nesse sentido. Mas o modelo não será sempre igual para todos os países, uns estão mais desenvolvidos, outros mais atrasados na adopção destes modelos de actuação. Mas cada vez se assistirá mais a associações de empresas para actuarem em conjunto. Não haverá no entanto um modelo único.

    Como é que olha para a evolução da Tektónica? Como é que antevê a feira num futuro próximo?

    O papel da Tektónica é estar atenta e servir de ferramenta para as empresas portuguesas a actuarem no mercado, é essa a sua função fundamental, sobretudo para as empresas portuguesas que têm capacidade de concepção de produto. A partir daí, o princípio é simples a execução é que é mais complexa. A Tektónica deve ser o espelho do que o mercado necessita e como tal deve desenvolver iniciativas de acordo com o que o mercado necessita no momento e não ser uma iniciativa estática. Deve responder aos desafios do mercado interno, daí as alterações que a Tektónica tem sofrido, para responder a isso mesmo. E olhando para o mercado externo, deve estar atenta às oportunidades mais rápidas em termos de retorno das apostas.

    Sobre o autorRicardo Batista

    Ricardo Batista

    Director Editorial
    Mais artigos
    Artigos relacionados
    Até Agosto serão lançados 253 concursos no valor de 2500M€
    Construção
    Greenvolt instala painéis solares nos hóteis Highgate
    Empresas
    “A participação da sociologia na arquitectura não se esgota na ‘humanização’ desta última”
    Arquitectura
    Gulbenkian recebe exposição sobre Siza Vieira
    Arquitectura
    AICCOPN aponta “evolução positiva” nos indicadores de actividade na Construção
    Construção
    NBS Summit no Porto, a reabilitação da Ponte Carmona, a Construmat de Barcelona e o Suplemento ReCONSTRUIR na edição 505
    Construção
    Arquitecto Costa Cabral dá nome a Escola do Castelo
    Arquitectura
    Savills/ Predibisa coloca Seven Principles no Porto
    Imobiliário
    AGEFE debate formas de ‘Acelerar Portugal’ e apresenta estudo sobre o mercado
    Empresas
    Corum capta 156 M€ no 1º trimestre e mantém interesse em activos comerciais
    Imobiliário
    PUB
    Construção

    Até Agosto serão lançados 253 concursos no valor de 2500M€

    A Comissão Interministerial de Coordenação do programa de fundos europeus PT2030 aprovou o Plano Anual de Avisos até Abril de 2025, agendando 459 avisos que serão abertos em 11 meses. Nós próximos três meses serão lançados 253 concursos

    CONSTRUIR

    A Comissão Interministerial de Coordenação do programa de fundos europeus Portugal2030 (PT2030) aprovou o Plano Anual de Avisos até Abril de 2025, agendando 459 avisos que serão abertos em 11 meses, com uma dotação de 4 500 milhões de euros

    Nos próximos três meses serão lançados 253 avisos, com uma dotação disponível de 2 500 milhões de euros, distribuídos por vários objectivos de política e pelas várias regiões do país, nas áreas sociais, da economia, do ambiente, do mar e do território.

    O Portugal 2030 fixa os grandes objectivos estratégicos para aplicação, entre 2021 e 2027, do montante global de 23 mil milhões de euros.

    A Comissão Interministerial aprovou ainda o regulamento específico de Valorização Territorial e Infraestruturas Sociais, concluindo assim a principal regulamentação do Portugal 2030.

    Entre os vários projectos de desenvolvimento e coesão territorial que podem ser financiados, destacam-se centros de saúde, ensino pré-escolar, básico e secundário, património cultural e natural, e reabilitação urbana. A dotação disponível é de 1,809 milhões de euros que ficam disponíveis para os municípios portugueses, através das Comunidades Intermunicipais e das Áreas Metropolitanas.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    Empresas

    Greenvolt instala painéis solares nos hóteis Highgate

    No total, cerca de dois mil painéis solares, com uma capacidade de produção de 1 MWp, que serão instalados nos hotéis NAU no Algarve. Esta será a primeira fase da parceria, estando previsto desenvolver projectos solares no restante portfolio

    CONSTRUIR

    O Grupo Greenvolt, através da Greenvolt Next Portugal, reforça o seu papel enquanto promotor da sustentabilidade do turismo nacional através de um acordo com a Highgate para a instalação de painéis solares em seis das várias unidades hoteleiras geridas pelo grupo internacional em Portugal.

    No total, cerca de dois mil painéis solares, com uma capacidade de produção de 1 MWp, que serão instalados nos hotéis NAU no Algarve. Esta será a primeira fase da parceria, estando previsto desenvolver projectos solares no restante portfolio.

    O hotel NAU São Rafael Atlântico, futuro Kimpton São Rafael Atlântico, é o maior projecto que a Greenvolt Next Portugal está a realizar no âmbito deste acordo. Nesta unidade, localizada em Albufeira, estão a ser instalados 813 painéis solares, enquanto no hotel NAU São Rafael Suites, junto à Praia de São Rafael, vai contar com 281 painéis, perfazendo mais de metade do total contratualizado com a gestora hoteleira.

    Na Praia dos Salgados, onde a Highgate Portugal detém o hotel NAU Salgados Dunas Suites, o hotel NAU Salgados Palm Village e o hotel NAU Salgados Palace, serão implementados mais de 800 painéis solares fotovoltaicos, aos quais se juntam mais 85 no Club House dos campos de golfe do Morgado e dos Álamos, em Portimão.

    “Este é um projecto de grandes dimensões, repartido por seis unidades hoteleiras, numa região em que é óbvia a aposta na geração de energia solar”, refere Pedro Ramalhosa. “Agradecemos à Highgate Portugal a confiança depositada em nós, certos de que temos a capacidade para entregar uma solução ambientalmente responsável, mas, ao mesmo tempo, financeiramente inteligente, que poderá ser replicada nas restantes unidades que tem no País”, acrescenta o partner cofundador da Greenvolt Next Portugal.

    Os painéis que estão a ser instalados nestes seis hotéis terão uma capacidade de produção de energia de 1 MWp, permitindo gerar 1.898 MWh/ano de energia limpa, mas também mais competitiva. Ao mesmo tempo que a Highgate Portugal evita emissões de mais de 790 toneladas de CO2 todos os anos, consegue também obter uma redução expressiva de custos comparativamente à energia da rede. A poupança estimada será de, pelo menos, 30%.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos

    Curadores Open House Lisboa 2024 (Sandra Marques Pereira e Alexandre Marques Pereira ©Hugo David)

    Arquitectura

    “A participação da sociologia na arquitectura não se esgota na ‘humanização’ desta última”

    Arranca este fim-de-semana, 11 e 12 de Maio, a 13ª edição do Open House Lisboa. Perceber as transições do edificado e a forma como se interligam com o espaço urbano é o tema deste ano que, através de 74 espaços, percursos por diferentes bairros e passeios sonoros convidam a conhecer a cidade

    Cidália Lopes

    Sandra e Alexandre, irmãos, socióloga e arquitecto, são os curadores desta edição. A partir dos ‘Híbridos das Transições’ propõem-se a evidenciar esta dinâmica quanto à arquitectura dos edifícios, dos seus materiais, estilos, modos de construção, da organização e tipo de espaços, como das pessoas que os ocupam e que percorre diferentes épocas e correntes

    O programa deste Open House é eclético e também abrange diferentes épocas e correntes, da arquitectura barroca, ilustrada pela imponente igreja conventual de Santa Catarina implantada na calçada do Combro, a exemplos neo-clássicos como o Palácio do Grilo, ao contemporâneo, que é um dos pratos fortes desta iniciativa anual.

    Em suma, é a oportunidade de explorar desde reabilitações a construções novas como é o caso do edifício The One do Eduardo Souto Moura, entre muitas outras estreias.

    Como comissários do Open House Lisboa como surgiu o tema deste ano?
    Os Híbridos das Transições é o conceito que dá a conhecer uma característica das transformações – sociais, urbanas, arquitectónicas, entre outras – que não é facilmente percebida, ou valorizada pelas pessoas. Normalmente pensamos nas transformações como cortes entre um antes e um depois, entre uma coisa e outra, e não é bem assim.

    A mudança faz-se de misturas múltiplas de elementos novos e de outros que lhe são anteriores e portanto, o objectivo é despertar a sensibilidade das pessoas para perceber a complexidade das mudanças, contextualizar e pensar sociologicamente as mudanças na arquitectura e na cidade e vice-versa.

    A participação da sociologia na arquitectura não se esgota na “humanização” desta última, prende-se com o entendimento das condições sociais de produção, humanização e consumo/apropriação da arquitectura e do urbanismo.

    De certa forma, este tema é um olhar complementar e mais abrangente ao tema da Revolução que seria o tema mais óbvio em 2024. A Revolução mudou o regime político de um dia para o outro, trouxe a liberdade e um conjunto de debates e questões até então silenciados. Mas, a generalidade das mudanças, dos valores às condições de vida, demoraram outro tempo e portanto houve um longo período de maturação e, claro, de transições, intrinsecamente híbridas.

    “O objectivo é despertar a sensibilidade das pessoas para perceber a complexidade das mudanças, contextualizar e pensar sociologicamente as mudanças na arquitectura e na cidade e vice-versa”

    Enquanto dupla relacionada com a Sociologia e Arquitectura consideram que conseguem dotar a iniciativa de uma perspectiva mais humanizada?

    Na realidade a arquitectura, apenas existe, enquanto obra para abrir diversas possibilidades, para tentar melhorar a vida dos homens e mulheres, seja nos seus sonhos, vidas e aspirações, seja enquanto seres únicos e individuais, ou seja enquanto comunidades de pequena e grande escala, num qualquer espaço e território.

    A arquitectura sempre funcionou como uma resposta às mudanças do tempo e da sociedade, e por vezes, dentro da sua natureza e limitações, abriu outras possibilidades, para a vida colectiva e privada, sempre foi assim, com diversos tempos e modos e, sempre haverá de ser algo assim.

    De que forma estas ‘transições’ são uma forma de expressão das próprias cidades? De que ‘transições’ falamos?

    Nesta 13ª edição do Open House, propomos evidenciar as transições em múltiplas dimensões: primeiro na dimensão física, ao nível da arquitectura dos edifícios, dos seus materiais, estilos, modos de construção, da organização e tipo de espaços/compartimentos, em segundo nas suas funções e apropriações; ao nível dos espaços públicos e das ruas, das actividades económicas (comércio, serviços, etc.), dos seus pavimentos, da vegetação ou da sua ausência, do equipamento, das formas de mobilidade; e, por fim, ao nível das vivências de ambos, do tipo de pessoas que os ocupam, usam, habitam, frequentam, como e quando o fazem.

    De que período retrata a Open House e que edifícios são mais exemplificativos desta transição?
    O programa deste Open House é eclético e também abrange diferentes épocas e correntes, da arquitectura barroca, ilustrada pela imponente igreja conventual de Santa Catarina implantada na calçada do Combro, a exemplos neo-clássicos como o Palácio do Grilo, ao contemporâneo, que é um dos pratos fortes desta iniciativa anual.

    Em suma, é a oportunidade de explorar desde reabilitações a construções novas como é o caso do edifício The One do Eduardo Souto Moura, entre muitas outras estreias.

    A nossa selecção mostra diferentes abordagens nesta transição, desde habitações reabilitadas ou construídas em espaços que já foram outra coisa, a edifícios obsoletos com múltiplos destinos possíveis, a novos conjuntos habitacionais construídos em vazios urbanos centrais, a edifícios e equipamentos públicos reabilitados para novas actividades, a conventos, mosteiros e palácios que ao longo da sua existência tiveram inúmeras utilizações, mostrando a plasticidade funcional destas construções e a sua adaptabilidade às necessidades, mais ou menos espontâneas, do tempo e por fim percursos por zonas escondidas e expectantes que mantêm vestígios de uma Lisboa muito pouco urbana ou pelas “traseiras” de bairros que concentravam manufacturas e pequena indústria e que hoje compatibilizam habitação, ateliers, galerias, espaços de culto, entre outros.

    “A selecção mostra diferentes abordagens nesta transição (…) mostrando a plasticidade funcional das construções e a sua adaptabilidade às necessidades, mais ou menos espontâneas (…) de uma Lisboa muito pouco urbana ou pelas “traseiras” de bairros que concentravam manufacturas e pequena indústria e que hoje compatibilizam habitação, ateliers, galerias, espaços de culto, entre outros”

    Continuamos a assistir todos os dias a estas mudanças. De que forma  podemos enquanto sociedade aprender com essas transições que já aconteceram?
    Desde que a Humanidade e as diversas comunidades, deixaram a sua condição nómada, e começaram a fixar-se  num qualquer lugar, criando as suas raízes, misturando-se com outros povos e culturas. Com o passar do tempo a sociedade, as suas aspirações, desejos e motivações se foram alterando e se modificando, também de vários modos e tempos os seus habitats e cidades, refletiram essas transformações e transições, cada uma à sua própria maneira, no seu tempo e espaço.

    Mas o nosso foco é sobretudo as transições em curso ou em potencial, o que já está em processo de mudança ou que está na iminência de mudar e que estimula sentimentos variados, por vezes mistos: da antecipação da nostalgia à antevisão de cenários futuros face aos quais podemos sentir apreensão, entusiasmo, curiosidade.

    Além da componente do edificado, de que forma o conceito apresentado se relaciona com os espaços públicos?
    Na realidade, os factos arquitectónicos estão sempre relacionados directa, ou indirectamente com os factos urbanos, na medida em que, mesmo uma pequena obra particular, afecta o espaço público onde está inserida e vice-versa, seja uma rua, uma praça, um jardim ou um largo,  formando uma identidade própria, nem que seja pelo conjunto do seu impacto visual, estético, funcional, e aberto a diversas formas e possibilidades de relacionamentos, económicos, sociais e outros, ao serviço de uma qualquer comunidade.

    O conceito do Open House Lisboa 2024 é muito visível no edificado, nos conjuntos urbanos e espaços públicos, como ilustrado nos percursos urbanos e no percurso sonoro em que a Filomena Silvano nos guia por ruas e praças de uma das zonas mais cosmopolitas da cidade. Não escolhemos espaços públicos específicos, mas o conceito é ainda mais aplicável a esses contextos: um exemplo muito bom é a Alameda, um espaço lúdico para os mais diversos tipos de pessoas (nacionais e estrangeiras) como actividades (espectáculos, piqueniques, jogos, etc.) e um espaço político, por excelência, onde ocorrem inúmeras manifestações.

    De que forma vai ser estruturada a iniciativa em termos de percursos e quantos edifícios vão constar na iniciativa?

    Participam generosamente 74 espaços, das quais 39 são estreias, o que é uma percentagem elevada. No festival, mantém-se três tipos de visitas: livres em que as pessoas descobrem os espaços à sua maneira, sem um percurso delineado; as visitas acompanhadas pelo voluntariado formado para esta missão, tendo uma forte participação de estudantes de arquitectura e as visitas por especialistas que se convidam dado a sua afinidade com o lugar.

    Adicionalmente, temos cinco percursos pela cidade, feitos ao ar livre. A pé, convidamos a explorar Alvalade, Telheiras, Arroios, Beato e Marvila tendo diversas distâncias. Criou-se também um passeio sonoro que as pessoas podem fazer quando bem entenderem, e que enriquece a colecção de 11 episódios.

    Depois há, ainda, o programa paralelo que inclui actividades ludico-pedagógicas para as famílias, visitas sensoriais apoiadas por maquetas 3D, entre outros eventos.

    Destaca-se, também, a call de visual stories que pretende reunir uma diversidade de olhares sobre a acessibilidade e a inclusividade dos exemplos de arquitectura que se incluíram. Podem ser fotografias, desenhos, vídeos, ilustrações, animações. As candidaturas estão abertas até 11 de Junho e das propostas seleccionadas nascerá uma exposição e uma publicação que revela um conjunto de visões de quem visita os Open House pela Europa fora.

    Bio

    Sandra Marques Pereira é doutorada em Sociologia pelo ISCTE (2010) com a tese “Casa e mudança social: uma leitura das transformações da sociedade portuguesa a partir da casa” que teve dois prémios de melhor tese de doutoramento (IHRU 2011 e André Jordan 2012) e foi publicada pela Caleidoscópio (2012, 2016). Também o livro “Visite o andar modelo. 30 anos de publicidade de imobiliário” resultou da tese. Investigadora do ISCTE, DINÂMIA’CET, no grupo de pesquisa Cidades e Territórios. Entre 2013 e 2023 foi Professora convidada do Mestrado Integrado de Arquitectura (disciplina Sociedade e Arquitetura) do ISCTE. Colaborou como docente no Doutoramento Arquitectura dos Territórios Metropolitanos Contemporâneos (ISCTE-IUL). Entre 2013 e 2019 foi oradora convidada do Master in Collective Housing da Universidad Politecnica de Madrid – Escuela Tecnica Superior de Arquitectura. É co-coordenadora do WG Southern European Housing do European Network for Housing Research. Participou em vários projectos FCT sobre habitação. Actualmente é investigadora responsável do projecto “SIZA_3CITY – A habitação colectiva de Álvaro Siza: projetos, contextos e vivências (Porto-Lisboa-Nova Iorque)” financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

    Alexandre Marques Pereira, entra em 1981 para a ESBAP (Escola Superior de Belas Artes do Porto), licenciado em Arquitectura pela Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa em 1986. Trabalhou no atelier do arquitecto Manuel Tainha de 1986 até 1996, altura em que abre um atelier próprio, sendo que em 2009 abre a empresa Alexandre Marques Pereira – Arquitectura, que entre 2017 e 2022 esteve associada ao gabinete Saraiva + Associados, com diversos projectos e obras construídas e em construção como arquitecto responsável e coordenador, nas áreas da habitação individual e colectiva, dos equipamentos públicos, bibliotecas, escolas, galerias de arte, ou da reabilitação em geral.

    Participou desde 1998 até 2002 como representante da O.A. na organização Europan Europe para concursos de Arquitectura para jovens arquitectos europeus.

    É docente na Universidade Lusíada de Lisboa, desde 1993, como Professor de Projecto. Foi Visiting Professor em 2006 na Universidade de Auburn, Alabama, nos EUA. Em Julho de 2012 termina o Doutoramento em Arquitectura (na área de Projecto) na Universidade Lusíada de Lisboa, sobre “As relações e contaminações, entre a Arquitectura Moderna do Norte e do Sul da Europa”. Desde 2012 é o representante da Universidade Lusíada no Concurso Pladur, concurso internacional para estudantes universitários de Arquitectura da Península Ibérica.

    Sobre o autorCidália Lopes

    Cidália Lopes

    Jornalista
    Mais artigos
    Arquitectura

    Gulbenkian recebe exposição sobre Siza Vieira

    Com curadoria do espanhol Carlos Quintáns Eiras, a mostra, que reúne material original, desenhos, plantas de trabalho e plantas finais, fotografias, peças de design, estará patente de 17 de Maio a 26 de Agosto

    CONSTRUIR

    A Fundação Gulbenkian recebe, de 17 de Maio a 26 de Agosto, uma exposição dedicada a Álvaro Siza Vieira. Tendo como centro da reflexão o papel do desenho na obra de Siza Vieira, a exposição ‘Siza’ reúne material original, desenhos, plantas de trabalho e plantas finais, fotografias, peças de design, bem como obras de artistas que compõem a “constelação de referências pessoais, artísticas e profissionais daquela que é uma das mais importantes figuras da história da arquitectura em Portugal e um dos grandes nomes vivos da arquitectura e urbanismo moderno no mundo”.

    Com a curadoria do também arquitecto, crítico e curador espanhol Carlos Quintáns Eiras, responsável pelo Pavilhão de Espanha na Bienal de Veneza em 2016 e vencedor do Leão de Ouro, a exposição ambiciona “cobrir todos os aspectos criativos da carreira de Siza”, destaca.

    Para o efeito, o curador irá recorrer aos arquivos depositados na Fundação de Serralves, no CCA – Canadian Centre for Architecture, no centro britânico Drawing Matter, bem como na Fundação Calouste Gulbenkian e no próprio atelier do arquitecto.

    A realização da mostra conta, ainda, com Zaida García-Requejo, como curadora assistente e com o apoio de Lorena Fernández Pabst e Noemí Cuba Alvariño, assim como projecto gráfico de José Albergaria.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    Construção

    AICCOPN aponta “evolução positiva” nos indicadores de actividade na Construção

    No mercado das obras públicas, até ao final do mês de Março de 2024, observou-se um acréscimo de 32,9%, em termos de variação homóloga temporalmente comparável, no montante dos contratos de empreitadas, celebrados e registados no Portal Base, que totalizaram 794,4 milhões de euros.

    CONSTRUIR

    De acordo com a estimativa rápida divulgada pelo INE, no primeiro trimestre de 2024, e que constam da Análise de Conjuntura da Construção divulgada pela Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), o PIB registou um aumento de 1,4%, em termos homólogos, reflectindo uma desaceleração do investimento e do consumo privado. No que concerne ao Sector da Construção, assiste-se, também, a um incremento da maioria dos indicadores relativos à actividade. No consumo de cimento no mercado nacional, verificou-se um crescimento homólogo de 2,1%, no primeiro trimestre do ano, para 965,3 milhares de toneladas.

    No mercado das obras públicas, até ao final do mês de Março de 2024, observou-se um acréscimo de 32,9%, em termos de variação homóloga temporalmente comparável, no montante dos contratos de empreitadas, celebrados e registados no Portal Base, que totalizaram 794,4 milhões de euros.

    Ao nível da área licenciada pelas autarquias, nos primeiros dois meses de 2024, registaram-se variações de -8% nos edifícios habitacionais, e de -21,5% nos edifícios não residenciais, em termos homólogos. No que concerne ao licenciamento de fogos em construções novas verifica-se, neste período, uma redução de 12,4%, em termos homólogos, para um total de 4.811 habitações. No que respeita à avaliação da habitação para efeitos de crédito bancário, no mês de Fevereiro de 2024, apurou-se uma valorização de 5,5%, em termos homólogos, para 1560€/m2. Já no que diz respeito ao índice de custos de construção de habitação nova, naquele mês, registou-se um crescimento de 2,2%, em termos homólogos, em face de variações de -0,7% na componente dos materiais e de +6% na componente referente à mão de obra.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    Construção

    NBS Summit no Porto, a reabilitação da Ponte Carmona, a Construmat de Barcelona e o Suplemento ReCONSTRUIR na edição 505

    Abrimos-lhe as portas do NBS Summit Urban Edition que se realiza no final de Maio, no Porto, numa edição em que lhe contamos o que propôs o gabinete A2P para a recuperação da ponte de Vila Franca de Xira (um investimento em torno dos 22M€), numa edição acompanhada do suplemento de Reabilitação Urbana que será distribuída na CONSTRUMAT, em Barcelona

    CONSTRUIR

    Nature Based Solutions
    em conferência

    NBS Summit Urban Edition realiza-se a 23 e 24 de Maio, e trará ao Porto especialistas, investigadores e profissionais. Durante dois dias o debate e a partilha irão centrar-se nas soluções baseadas na natureza (Nature Based Solutions, NBS) e a sua importância no desenvolvimento urbano sustentável e no combate às alterações climáticas. A organização é da Associação Nacional de Coberturas Verdes, com o apoio do município através da Águas e Energia do Porto

    A2P assina intervenção na Ponte Carmona
    A Infraestruturas de Portugal vai investir 22 milhões de euros na reabilitação e reforço estrutural da histórica ponte de Vila Franca de Xira, além de uma melhoria da resistência sísmica

    Casa do Meco pelo traço de Fábio Neves
    O projecto da Aldeia do Meco assenta numa reinterpretação da arquitectura mediterrânea tradicional e de como a mesma pode ser reformulada para acomodar um estilo mais contemporâneo

    Construmat 2024 aposta forte em Inovação e Sustentabilidade
    ocupada por mais de 300 empresas e organizações interessadas em fazer parte de um contexto de mercado mais inovador e sustentável. Portugal é um dos países convidados numa edição em que o País convidado é Marrocos, num piscar de olho ao Mundial de 2030

    Ten Brinke abre escritório em Lisboa
    Com obra feita já em Portugal, este passo marca o início de uma nova expansão “estratégica”, com o objectivo de reforçar a presença da empresa no mercado português

    Suplemento ReCONSTRUIR
    Posto 9: Os desafios da Reabilitação Urbana

    Bairro C é
    exemplo europeu

    EastBanc recupera Palacete no Príncipe Real com projecto de Souto Moura

    “É fundamental meter o PRR a funcionar”

    Reabilitação respeita estrutura e linguagem de antigo edifício ‘art déco’

    A versão completa desta edição é exclusiva para subscritores do CONSTRUIR. Pode comprar apenas esta edição ou efectuar uma assinatura do CONSTRUIR aqui obtendo o acesso imediato.

    Para mais informações contacte: Graça Dias | gdias@workmedia.pt | 215 825 436

    Nota: Se já é subscritor do CONSTRUIR entre no site com o seu Login de assinante, dirija-se à secção PLUS – Edição Digital e escolha a edição que deseja ler

    ACEDA AQUI À VERSÃO DIGITAL DA EDIÇÃO IMPRESSA DO CONSTRUIR 505

    ACEDA AQUI À VERSÃO DIGITAL DA EDIÇÃO IMPRESSA DO SUPLEMENTO ReCONSTRUIR

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos

    Credito: DR

    Arquitectura

    Arquitecto Costa Cabral dá nome a Escola do Castelo

    Proposta foi apresentada pelo executivo camarário que, assim, pretende homenagear aquele que foi o autor da Escola Básica do Castelo, construída entre 1970 e 1972

    CONSTRUIR

    A Câmara Municipal de Lisboa vai propor a classificação como património municipal da Escola Básica do Castelo, bem como a alteração da sua denominação para Escola Arquiteto Bartolomeu da Costa Cabral, em homenagem a uma das mais importantes referências da arquitectura portuguesa, que morreu no passado dia 20 de Abril, em Lisboa. A iniciativa, apresentada pelo executivo, foi anunciada na última reunião pública do Município.

    Bartolomeu d’Albuquerque da Costa Cabral, nascido em Lisboa a 8 de Fevereiro de 1929, diplomou-se na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa (actual Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa), onde foi professor, tendo desenvolvido uma carreira que ficou ligada ao designado ‘movimento moderno’ da arquitectura portuguesa.

    Foi autor do projecto da Escola Básica do Castelo, construída entre 1970 e 1972, uma das suas primeiras obras, revelando uma “arquitectura para a vida moderna”, motivada por uma “constante preocupação funcional”.

    Aquando da sua morte, Bartolomeu Costa Cabral estava plenamente envolvido na requalificação desta escola municipal, integrando a equipa vencedora do recente concurso público de projecto em conjunto com o arquitecto Gonçalo Byrne.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    Imobiliário

    Savills/ Predibisa coloca Seven Principles no Porto

    Para supervisionar e fomentar o crescimento da empresa alemã de IT em Portugal, foi nomeado um director da Unidade do Porto, Marco Lizardo. O imóvel encontra-se, actualmente, em fase de reabilitação, de modo a ficar dotado de meios para garantir um “elevado nível de qualidade” dos espaços de trabalho

    CONSTRUIR

    A Savills/Predibisa anuncia a abertura do novo escritório da Seven Principles, uma empresa alemã da área de IT, especializada em Managed Services e Desenvolvimento de Software, no “Edifício Bridge”, no número 819 da Rua Sá da Bandeira, no Porto.

    O imóvel encontra-se, actualmente, em fase de reabilitação, de modo a ficar dotado de meios para garantir um “elevado nível de qualidade” de espaços de trabalho, numa área de cerca de seis mil metros quadrados.

    Segundo Reiner Moser, director-geral da Seven Principles Portugal, a escolha de Portugal para a expansão da tecnológica, teve em conta as “excelentes oportunidades” aqui encontradas, nomeadamente, o “profissionalismo” dos especialistas locais em IT, aliado à sua “mentalidade cosmopolita” o que facilita a colaboração com equipas internacionais.

    “Hoje, estamos confiantes de que tomámos a decisão certa ao encontrar um edifício como este, com excelente exposição solar, que garante a presença da luz natural durante todo o dia, além de todas as comodidades existentes nas zonas adjacentes ao “Edifício Bridge”, afirma.

    De salientar que, para supervisionar e fomentar o crescimento da empresa em Portugal, foi nomeado um director da Unidade do Porto, Marco Lizardo, com conhecimento abrangente do mercado local, da legislação e de redes estabelecidas em universidades na região Norte do País.

    Os futuros projetos com origem na Alemanha serão maioritariamente desenvolvidos e suportados com talentos baseados em Portugal. Com operações desenvolvidas maioritariamente em trabalho remoto, o escritório está equipado para apoiar um crescimento da equipa em Portugal até 120 pessoas, tendo 25% de presença diária nas instalações.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    Empresas

    AGEFE debate formas de ‘Acelerar Portugal’ e apresenta estudo sobre o mercado

    Com um crescimento global em linha com a evolução nominal do PIB e uma forte dinâmica nas áreas associadas à transição energética, este mercado reflecte a “solidez e resiliência que de longa data definem as relações entre os diferentes operadores da cadeia de valor”, refere Daniel Ribeiro, director-geral da Associação

    CONSTRUIR

    A AGEFE, a associação empresarial que representa em Portugal a indústria eletrodigital, organiza a 9 e 10 de Maio, em Ílhavo, o Encontro anual de Material Eléctrico, no qual,  além da entrega do Prémio Fornecedor do Ano 2023, irá apresentar as conclusões de um estudo sobre o Mercado de Material Eléctrico em 2023. O Encontro conta, ainda, no dia 10, com dois espaços de debate.

    O primeiro foi dedicado aos desafios e oportunidades para ‘Acelerar Portugal’, procurando um enquadramento à temática da agenda proposta pela AGEFE, e terá um Keynote Speech do ex-ministro da Economia, António Costa Silva. Os desafios da geopolítica, da demografia e das alterações climáticas juntam-se aos desafios da competitividade, naquele que será o mote para discutir os problemas e perspetivas de uma pequena economia aberta como a portuguesa e das empresas deste sector.

    O segundo vai explorar perspectivas sobre ‘Descentralização, Eficiência Energética e Mobilidade Eléctrica’, que constituem a base de um dos eixos daquela Agenda, num painel que conta com a participação de Jerónimo Cunha, director-geral da Direcção de Energia e Geologia, que será responsável pelo enquadramento do tema.

    Para Daniel Ribeiro, director-geral da AGEFE, “uma das principais ideias do evento e da Agenda é a necessidade de sermos todos mais ambiciosos e eficazes, desde o Governo às empresas. Iremos debater neste evento as diferentes opções para concretizar essa ambição, e também perceber, a partir dos resultados do Estudo anual, que o mercado de material eléctrico em 2023 se mostrou bastante dinâmico”.

    Com um crescimento global em linha com a evolução nominal do PIB e uma forte dinâmica nas áreas associadas à transição energética, este mercado também reflecte a solidez e resiliência que de longa data definem as relações entre os diferentes operadores da cadeia de valor.

    “Não tenho dúvidas de que a indústria electrodigital contribui de forma significativa para a economia nacional e faz parte da vida das pessoas. Um contributo que queremos ainda maior e que permita fazer da Transição Energética e da Transição Digital fatores de competitividade para Acelerar Portugal”, acrescentou Daniel Ribeiro.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos

    Miguel Costa Santos, Country Manager da Corum Portugal

    Imobiliário

    Corum capta 156 M€ no 1º trimestre e mantém interesse em activos comerciais

    Com este volume de novas subscrições, o Grupo elevou o valor sob gestão para cerca de 7,8 MM€, dos quais 6,20 MM€ estão aplicados em activos como supermercados, armazéns, hotéis ou escritórios

    CONSTRUIR

    A Corum Investments manteve um elevado ritmo de captação de poupanças durante os primeiros três meses de 2024, tendo “atraído” mais 156 milhões de euros de pequenos e grandes aforradores.

    Depois do recorde de um pouco mais de mil milhões de euros captados em 2023, a Sociedade de Investimento Imobiliário, de origem francesa, manteve um forte volume de novas entradas no arranque deste ano, atraindo 64 milhões de euros para aquele que foi o produto de lançamento no mercado em 2012, o Corum Origin, dividindo-se os restantes 92 milhões entre o Corum XL e o Corum Eurion.

    Com este volume de novas subscrições, o Grupo elevou o valor sob gestão para cerca de 7,8 mil milhões de euros, dos quais 6,20 mil milhões estão aplicados em activos imobiliários comerciais, que continuam a ser a estratégia de investimento, nomeadamente, supermercados, armazéns, hotéis ou escritórios.

    “Sentimos a enorme confiança que os aforradores europeus, muitos deles portugueses, têm na gestão que fazemos para rentabilizar as suas poupanças”, refere Miguel Costa Santos, country manager da Corum Portugal, salientando que a captação no mercado nacional está a crescer, mas tenderá a ser reforçada com o objectivo já anunciado de abrir a distribuição dos fundos à rede das instituições financeiras nacionais.

    “A abertura de novos canais de distribuição contribuirá para a democratização do acesso a novos instrumentos de poupança com retornos potenciais atractivos por parte dos portugueses”, acrescenta o Country Manager, lembrando que é possível investir nos fundos da Corum por apenas 1.135 euros, no caso do Origin, ou mesmo 195 euros, no caso do XL, com a possibilidade de realizar reforços mensais de apenas 50 euros. O objectivo da gestora é o de alcançar rendibilidades de 6% e 5%, no Origin e no XL, respectivamente.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB

    Navegue

    Sobre nós

    Grupo Workmedia

    Mantenha-se informado

    ©2021 CONSTRUIR. Todos os direitos reservados.