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    Arquitectura

    ‘A resposta que o mercado precisa exige este tipo de formação’

    Em entrevista ao Construir, Vítor Rodrigues, Business Manager da TÜV Rheinland

    Ana Rita Sevilha
    Arquitectura

    ‘A resposta que o mercado precisa exige este tipo de formação’

    Em entrevista ao Construir, Vítor Rodrigues, Business Manager da TÜV Rheinland

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    Em entrevista ao Construir, Vítor Rodrigues, Business Manager da TÜV Rheinland e Manuel Carvalhosa, arquitecto e formador do novo curso da empresa, esplicaram o programa e os objectivos da nova formação

    O que vai abordar, de uma forma geral,o novo curso de Projecto Sustentável e RCCTE da Academia TUV?

    Vítor Rodrigues: Eu começava por fazer uma apresentação. Eu tenho a responsabilidade das áreas das energias na TUV, quer seja a nível técnico ou da academia para a formação. Este curso aparece por necessidades que sentimos no mercado, e o arquitecto Manuel Carvalhosa, que colabora connosco há imenso tempo em várias áreas, desde auditoria a formação e algum apoio técnico, foi a pessoa que nos ajudou a desenvolver este curso, porque ele próprio tem desenvolvido bastante trabalho nesta área, relacionada com os regulamentos e com as necessidades em termos de arquitectura bioclimática e suas novas soluções.

    Manuel Carvalhosa: O curso nasceu de facto um pouco por sentirmos que existia uma lacuna ao nível destas novas áreas, quer da parte térmica dos edifícios e da nova regulamentação do RCCTE, quer das novas exigências regulamentares da térmica, fazendo depois a ligação à segurança contra incêndios e à acústica, sempre numa perspectiva do que é a sustentabilidade e o projecto sustentável. Existe de facto um défice em termos de formação de base nas áreas de arquitectura relativamente a estes contextos regulamentares. A formação académica em termos de arquitectura é um pouco mais filosófica, virada para a prática projectual pura, e no fundo o que se pretende é que os profissionais que estão no activo tenham aqui a oportunidade de adaptar a sua prática profissional a estas novas problemáticas, quer regulamentares, quer às questões de sustentabilidade. Os regulamentos técnicos têm evoluído nesse sentido, a nova directiva dos edifícios está também a evoluir no sentido do projecto sustentável, e por isso há que fazer uma actualização dos profissionais que estão no activo no sentido de se adaptarem às novas exigências na sua prática do dia-a-dia.

    Então o grande objectivo do curso é colmatar uma falha académica e que por consequência existe no mercado?

    Vítor Rodrigues: Exactamente. E servir também como uma actualização profissional. Porque a evolução que tem havido ao longo dos últimos anos, quer dos regulamentos, quer destes paradigmas de sustentabilidade, obriga a que as pessoas que estão no activo tenham uma actualização em termos formativos para se adaptarem a estas novas circunstâncias. Para além das tecnologias emergentes, que o curso também aborda, e nós temos feito uma aposta muito grande em termos formativos à volta das energias renováveis, e dessas tecnologias, que neste curso em concreto também serão abordadas, porque existem várias soluções tecnológicas que devem ser aplicadas e que vai ao encontro do que estava a dizer o arquitecto Manuel Carvalhosa. A evolução tem sido tão rápida que a actualização sobretudo ao nível da arquitectura para conseguir adequar-se aos regulamentos, exigências e também a estas tecnologias, que são soluções para aumentar a sustentabilidade do próprio edifício, é precisa.

    E estamos a falar de um curso com quanto tempo de duração?

    Vítor Rodrigues: 40 horas. Normalmente os cursos são feitos de forma modular, em que os módulos são dados em regime pós-laboral e em módulos de quatro a oito horas. Neste caso concreto são 40 horas divididas neste sistema de módulos.

    Existem pré-requisitos, ou aconselham outros cursos antes de frequentar este?

    Manuel Carvalhosa: O curso é muito vocacionado para arquitectos e projectistas. Como é que em termos de conteúdo programático nós temos isto faseado? Começamos com uma introdução à térmica dos edifícios que está muito ligada aos consumos de energia e à sustentabilidade. Depois abordamos esta compatibilização com a parte térmica, segurança contra incêndios e acústica, porque tem implicações em termos da pormenorização construtiva. Temos depois a parte tecnológica com tudo o que é sistemas de energia renováveis, desde o solar térmico aos outros sistemas que estão a começar a aparecer para complementar. Porque é que temos esta parte dos sistemas renováveis e como é que se integram no projecto? Porque a nova directiva e a comunidade está a apontar para a obrigatoriedade por volta de 2020 de chegarmos a um conceito que são os “Near Zero Energy Buildings”, ou seja, chegou-se à conclusão que para ter um “Zero Energy Building”, em termos de preço é muito elevado, mas para ter o quase edifício de consumo zero, com a integração de algumas soluções tecnológicas existentes a nível das energias renováveis e com uma grande aposta na parte térmica dos edifícios, se calhar conseguimos lá chegar com alguma facilidade. Daí a integração desta parte das energias renováveis no curso. Por outro lado, antes desta parte tecnológica estão conceitos da arquitectura solar e bioclimática, que pode parecer um pouco desgarrada da prática projectual, mas que é precisamente o contrário, porque é o que os arquitectos fazem desde que existem, mas que se esqueceram um bocado nos últimos vinte ou trinta anos, e que é no fundo adaptar o projecto ao local, em termos não só de integração com a envolvente mas também especialmente com a integração em termos do ambiente local. São conceitos que sempre estiveram muito ligados à arquitectura, porque não são mais do que tirar partido do sol e do ambiente quando se está a fazer a concepção do projecto. É pensar como vamos tirar partido da radiação solar e da temperatura exterior dos locais, para de forma passiva reduzir ao máximo a necessidade de colocar equipamentos que consomem energia para atingirmos níveis de conforto no interior dos edifícios. Depois temos também uma última parte, do projecto sustentável, que fala do que é a sustentabilidade nos edifícios e de como temos que analisar um edifício para perceber se é sustentável ou não. Isto parte não só dos consumos imediatos e daquilo que se gasta na construção, mas também tem que ver com os próprios materiais e a sua origem. Para além disso devemos fazer a análise do ciclo de vida dos edifícios, desde a origem dos materiais, passando pela fase do projecto, da construção e também pela utilização que é a mais importante de todas. Quando projectamos um edifício fazemo-lo para durar 50 ou 100 anos e para analisar a sustentabilidade desse edifícios temos de analisar todo o seu ciclo de vida. Esta análise é muito importante, porque é durante a utilização que estão cerca de 80 a 85% dos consumos de energia e de água. Portanto, tudo o que for racionalizado na fase de projecto de forma a reduzir consumos de energia e de recursos durante a fase de utilização tem um impacto brutal no ciclo de vida dos edifícios, e a noção de sustentabilidade tem que abranger todo este ciclo, e portanto daí nós termos estas noções introduzidas no curso. Quando estamos a falar destes “Near Zero Energy Buildings”, falamos de edifícios que quase não precisam de energia para serem utilizados, e a aposta é realmente essa. Se um edifício em termos passivos estiver bem pensado, em termos de métodos construtivos, de adaptação ao local, ao clima, e à exposição solar, já conseguimos que seja um edifício pouco consumidor de energia. E se aí adicionarmos alguns sistemas de produção de energias renováveis, se calhar com alguma facilidade conseguimos que o edifício chegue a este “Near Zero Energy Buildings”, ou dependendo do que o cliente ou promotor quiser, ser um edifício que produz mais energia do que a que consome.

    No programa fazem também referência à parte de reabilitação e recuperação urbana. E se estivermos a falar de um edifício existente que não foi bem pensado tendo em conta os conceitos de que falou?

    Manuel Carvalhosa: A reabilitação e a recuperação urbana são muito importantes especialmente no contexto europeu em que nos inserimos, porque a população europeia está mais ou menos estabilizada e no nosso caso ainda mais. Portanto, nós não temos necessidade de expandir áreas urbanas, ou seja, não temos necessidade de construir novo, porque inclusivamente o que se fez nos últimos 15 anos foi inundar o mercado da habitação de novos edifícios, e o que temos hoje é excedentes em termos de necessidade. NO que diz respeito à construção nova, como se viu, tem de se cumprir novos regulamentos e novas exigências e por isso é fácil. Mas efectivamente o que temos mais são edifícios existentes, e precisamos de tratar esse património. E nesse sentido, a redução de energia a nível nacional só se consegue se intervirmos no património existente, porque o novo tem um impacto residual. Portanto, a especificidade desse património existente é muito importante, bem como a maneira como vamos tratá-lo, e esse é o nosso mercado em termos de futuro, os projectistas vão ter cada vez mais trabalho nesta área da reabilitação porque estivemos nos últimos vinte anos a deixar cair aquilo que existia, sem fazer manutenção e a ver edifícios a degradarem-se brutalmente. Aqui temos um campo de trabalho muito grande, que tem duas vertentes: a da recuperação que aborda os edifícios que ainda podem ser recuperados; e temos aqueles edifícios que não têm recuperação possível e que têm de ser demolidos. Portanto, esta área é muito mais ampla e importante do que à primeira vista pode parecer, e só pode ser estudada e intervencionada caso a caso, dependendo das patologias e utilizações a dar a cada edifício.

    E se estivermos diante de um edifício passível de ser recuperado, mas que está mal pensado em termos dos conceitos de que falámos até aqui. Qual é a solução?

    Manuel Carvalhosa: No caso da reabilitação, e se falarmos dos materiais que vamos aplicar, temos de ter aqui várias noções. Primeiro temos de saber o que vamos retirar do edifício, se é passível de ser reciclado ou não e qual o destino que vamos dar a esses resíduos. Depois quais os materiais que vamos aplicar. Por outro lado temos de ter em conta quais as patologias que o edifício tem, as existentes e a maneira de as tratar para não as agravar, porque se a intervenção for mal feita podemos estar a agravar patologias existentes, e só depois desta análise partimos para o projecto. É claro que aqui há muita coisa a fazer e por vezes os edifícios mais antigos, em termos de comportamento térmico têm algumas vantagens ou desvantagens que a equipa projectista tem de saber tirar partido. Por exemplo, existem edifícios com 100 anos que tem um método construtivo de qualidade, por isso dizia que tem de ser visto caso a caso, e tem de ser visto de forma independente, não pode existir uma receita. Para além disso ainda temos o caso do património, de como intervir em edifícios classificados, em que não podemos fazer isolamentos pelo exterior, ou aplicar algumas das tecnologias que temos ao dispor. Embora exista no programa apenas um módulo referente a reabilitação e recuperação urbana, este é um assunto que é abordado ao longo de todo o curso.

    Vítor Rodrigues: Um pouco respondendo à sua questão de à pouco, as outras áreas que não sejam as de aplicação de energia solar térmica ou fotovoltaica e as afectas às questões regulamentares, aparecem aqui para dar o mote às soluções e obrigatoriedades que existem. Em relação a outras formações complementares, aconselhamos a frequentar, nós temos por exemplo uma formação em RCCTE que é direccionada para que o formando possa depois ir à Adene e se qualificar como perito. No âmbito das energias é exactamente a mesma situação, ou seja, damos aqui uma ideia daquilo que se pode fazer em termos de soluções mas temos outros cursos para aprofundar essas temáticas. Até porque, como dizia o arquitecto, se intervimos mal estamos a piorar as patologias que os edifícios já têm, e se não soubermos aplicar estas soluções temos o exemplo dos anos oitenta em que se aplicou muita sucata de solar térmico. Há aqui um misto, mas o enfoque não é nem nas soluções nem no regulamento, porque isso será uma formação mais específica, o enfoque é mesmo na reabilitação e nas soluções de arquitectura solar e bioclimática.

    O que esperam que um formando seja capaz de fazer no final do curso?

    Manuel Carvalhosa: Espero que saiam daqui despertos para estas novas realidades e para estes novos paradigmas. Nós pretendemos que o curso seja muito prático, para os formandos poderem aplicar no seu dia-a-dia de projecto. Portanto esperamos dar-lhes ferramentas para quando chegarem ao fim do curso, nos projectos que irão desenvolver tenham as noções de como é que devem pensar cada projecto dentro deste âmbito da térmica e da sustentabilidade.

    Que mais-valias retira a TUV da Academia e destes cursos?

    Vítor Rodrigues: Normalmente a TUV, e esta é uma prática que já vem da Alemanha, associa a Academia às áreas que desenvolve a nível técnico, e temos várias intervenções a esse nível. Desde serviços no âmbito do RCCTE a sistemas de certificações que andam à volta destas questões dos edifícios mais ecológicos e sustentáveis, nomeadamente no Eco-Turismo. Todo este know-how em sistemas de gestão que vamos desenvolvido a nível ambiental e a nível de sustentabilidade pode ser transposto para estes cursos e vice-versa. É uma forma de ter contacto com as turmas, os formandos e várias situações de projecto e de obtermos mais formação e conhecimento para depois aplicarmos nos serviços técnicos que temos vindo a oferecer aos nossos clientes. Uma das apostas fortes da TUV em Portugal é o turismo, já temos variadíssimos eco-hóteis, já temos alguns casos de sucesso, existem outros projectos a preparar.

    Esta é uma formação validade pela Ordem dos Arquitectos. Que importância tem isso?

    Manuel Carvalhosa: É bastante importante, e é uma coisa que queríamos desde o início. Para já é uma mais-valia para os formandos que estão inscritos na Ordem e para os que se querem acreditar na Ordem, e por outro lado é reconhecimento da mais-valia que este curso pode ter para os seus membros. Ao fazer esta validação do curso, a Ordem no fundo está a dar indicações aos seus membros que este curso como está montado é válido e importante.

    Essa validação juntamente com o início da conversa em que disse que o curso apareceu para colmatar uma falha no mercado, leva a crer que a vossa análise ao desempenho dos nossos técnicos nesta área não é a melhor…

    Manuel Carvalhosa: Aqui temos de ver o contexto dos últimos anos. Em Portugal, infelizmente até ao ano passado havia uma regulamentação que permitia que a maior parte dos projectos que foram feitos não fossem feitos por arquitectos. O 73/73 foi feito num contexto em que realmente havia falta de arquitectos, e fazia sentido para que o mercado pudesse dar resposta às solicitações. Mas isso deixou de fazer sentido e essa regulamentação continuou em vigor. Acontece que a maior parte dos projectos de arquitectura dos últimos vinte anos não foram feitos por arquitectos. Obviamente que parte dos problemas que temos ao nível da qualidade da construção deriva desse facto.

    Vítor Rodrigues: As exigências são também completamente diferentes. Hoje em dia aquilo que os regulamentos para a construção exigem é talvez do mais exigente a nível europeu, coisa que não se passava aqui há uns anos atrás, e daí a necessidade de dar esta formação e de a Ordem dos Arquitectos a validar e reconhecer a sua importância.

    Em termos de formação faz mais sentido introduzir estas temáticas na formação académica, ou serem feitas neste modelo, posteriormente à componente universitária?

    Vítor Rodrigues: Penso que neste momento a resposta que o mercado precisa exige este tipo de soluções, mas com certeza que devem ser enquadradas no âmbito académico para que evoluam naturalmente. No entanto, a exigência actual não permite que o mercado esteja à espera que as universidades dêem a resposta no seu tempo. Portanto, nesta fase acho que este tipo de formação é mais importante do que a académica, não descurando que as academias deverão começar desde já a considerá-las.

    Manuel Carvalhosa: E depois, para além disso tudo, é fundamental seja em que profissão for, que uma pessoa se esteja sempre a actualizar, não podemos pensar que quando acabamos a formação superior saímos a saber tudo. A evolução é muito grande, e as exigências são cada vez maiores.

    Sobre o autorAna Rita Sevilha

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    Habitação: Mais de 200 ideias integram nova versão da Carta Municipal

    Com este documento, a prioridade da CML para os próximos 10 anos é “garantir que a propriedade pública esteja toda a uso ao serviço do aumento da oferta de habitação acessível”. Relatório da consulta pública será submetida, em conjunto com a nova versão da Carta Municipal, à apreciação da Câmara e da Assembleia Municipal

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    “A nossa prioridade para os próximos 10 anos é garantir que a propriedade pública esteja toda a uso ao serviço do aumento da oferta de habitação acessível”. Foi desta forma que Filipa Roseta, vereadora da Habitação da Câmara Municipal de Lisboa (CML) resume a última versão da Carta Municipal de Habitação, cujos resultados da última consulta pública foram apresentados no Conselho Municipal de Habitação de Lisboa.

    Medidas de discriminação positiva nos programas de renda acessível para residentes de longo prazo em freguesias fortemente afectadas pela pressão habitacional, a par de concursos abertos a todos foram algumas das mais de 200 ideias apresentadas durante o período de consulta pública da Carta Municipal de Habitação de Lisboa, que decorreu entre 7 de Novembro de 2023 e 2 de Fevereiro de 2024.

    “Iremos propor programas de renda acessível em que 50% das casas em concurso sejam destinadas exclusivamente a quem vive ou trabalha em Lisboa e as restantes destinadas a todos os candidatos”, avançou Filipa Roseta, naquela que foi a sétima reunião do Conselho.

    Nas cinco freguesias do centro histórico, que sofrem maior pressão habitacional, “a percentagem aumenta para 75% para quem aí vive ou trabalha”, propôs Filipa Roseta, sublinhando que esta resposta se destina a dar solução a muitos que se veem obrigados a abandonar a cidade e aos profissionais deslocados de profissões essenciais, como os enfermeiros, professores e polícias, que, por falta de habitação acessível, são forçados a recusar propostas de trabalho em Lisboa.

    Ao longo do período de consulta pública foram recebidas 73 participações individuais e 15 participações de entidades, entre as quais quatro juntas de freguesia e uma cooperativa. Destas participações resultaram mais de duzentas ideias para a Carta Municipal de Habitação, com maior destaque para os temas do alojamento local, arrendamento acessível, população idosa e cooperativas.

    Relativamente às regras do alojamento local, que deverão ser definidas em regulamento próprio após a aprovação da Carta, foi debatido o rácio médio de 5% como tecto para o AL na cidade, considerando-se que o mesmo não salvaguarda os equilíbrios entre freguesias.

    No âmbito urbanístico, foi acolhida a proposta para incorporar a delimitação de mais instrumentos de gestão territorial nos mapas da Carta, como por exemplo a representação de Unidades de Execução, Planos Urbanísticos e Área de Reabilitação Urbana.

    Mereceram, ainda, maior atenção por parte dos participantes a reabilitação de habitações municipais vagas, a construção de edifícios de habitação em terrenos municipais, a reabilitação, reconstrução e reconversão de edifícios municipais para uso habitacional e a reabilitação de edifícios degradados em bairros municipais.

    Concluído o relatório da consulta pública, o mesmo será submetido à apreciação da Câmara e da Assembleia Municipal de Lisboa em conjunto com a nova versão da Carta Municipal de Habitação resultante da inclusão das propostas acolhidas.

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    Bison Bank lança solução de crédito à habitação para não residentes

    Em parceria com a Unión de Créditos Inmobiliários (UCI), o Bison Bank tem, pela primeira vez, uma solução de crédito à habitação para clientes portugueses e internacionais, seja para aquisição própria, seja para investimento

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    O Bison Bank, banco português especializado em serviços de gestão de património, lança uma solução de crédito à habitação para quem pretende comprar casa em Portugal, seja para habitação própria ou para investimento. A solução apresentada, disponível para clientes portugueses e internacionais, será garantida através de uma parceria com a UCI, instituição especializada neste tipo de financiamento.

    Para aquisição de habitação própria permanente, refinanciamento de hipoteca ou investimento em imóveis com outras finalidades, a solução apresentada é adaptada às necessidades e perfil de cada cliente, assim como às suas garantias.

    Bison Bank e UCI disponibilizam soluções de crédito à habitação para não residentes, incluindo financiamento até 70% do preço da compra da casa, gestor de crédito disponível no fuso horário e agenda e crédito habitação green, uma solução de crédito à habitação direccionada a imóveis com um nível elevado de eficiência energética.

    António Henriques, CEO do Bison Bank, refere que “este é mais um passo do Bison Bank com o intuito de fornecer serviços adaptados quer ao mercado nacional quer ao internacional. Assim, decidimos aliar-nos à UCI para disponibilizarmos uma solução de crédito à habitação simples e acessível a todos os clientes do Bison Bank, estejam eles onde estiverem”.

    No caso de aquisição de habitação própria permanente, o financiamento pode ir até 90% do valor de aquisição ou do valor de avaliação do imóvel (o menor dos valores); para aquisição de habitação para outras finalidades até 80% do valor de aquisição ou do valor de avaliação do imóvel.

    Com um prazo de financiamento flexível e diversos tipos de taxas – fixa, mista e variável -, este crédito à habitação pressupõe um acompanhamento personalizado ao longo de todo o processo, tanto por um gestor do Bison Bank, como por um gestor da UCI.

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    Projecto “Baterias 2030” concluído

    O projecto que envolveu 23 entidades empresariais e do sistema científico, respondeu aos desafios da descarbonização e da implementação de CER’s com recurso a Baterias, de nova geração e de segunda vida, num investimento de 8,3 M€

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    A Dstsolar, empresa do Dstgroup, concluiu o projecto “Baterias 2030”, que visou responder aos desafios da descarbonização e da implementação de Comunidades de Energia Renovável com recurso a Baterias, de nova geração e de segunda vida, de forma a ultrapassar o problema da inconstância das energias renováveis, promovendo assim a transição para uma matriz energética mais sustentável

    O projecto, que reuniu 23 entidades empresariais e do sistema científico, e que contribuiu para o desenvolvimento de tecnologias inovadoras que irão promover a descarbonização e a criação de valor para a sociedade, focou-se no desenvolvimento do conceito de comunidades de energia, antes mesmo da criação de legislação para estas Comunidades em Portugal.

    Liderado pela Dstsolar, o projecto iniciado em meados de 2021 contou com a participação de nove entidades do sistema científico, em colaboração com mais 13 empresas (bysteel fs, innovationpoint, dst, Amnispura, Visblue, Efacec, C2C NewCap, Addvolt, Evolution, Secil, Omniflow, WattlS e 3drivers).

    O projecto contou ainda com a cooperação do município de Braga, uma vez que dado o seu carácter demonstrador culminou no desenvolvimento de um Living lab, no edifício generation, onde todas as tecnologias desenvolvidas foram implementadas em contexto real.

    O laboratório vivo está concluído, tendo ainda algumas faces visíveis para o público. Contempla a central fotovoltaica, estrutura de fachada de painéis fotovoltaicos, mupi digital com carregamento de veículos elétricos e SmartPole para iluminação autossuficiente com baterias de 2ª vida, um armazenamento de segunda vida de 54 kWh, baterias de escoamento Redox de 50 kWh, pilha de hidrogénio de 10 kWh, entre outros.

    De entre as tecnologias desenvolvidas e aplicadas no Laboratório Vivo existem novas tecnologias de armazenamento, tais como: baterias de escoamento Redox, pilhas de hidrogénio, supercondensadores assimétricos e baterias de segunda vida provenientes da indústria automóvel. Há, ainda, pisos termo eléctricos, capazes de produzir energia através do diferencial térmico e também na criação de plataformas de gestão de energia que permitam uma distribuição inteligente da mesma no âmbito das comunidades de energia.

    Este projecto contou com um investimento total de 8,3 milhões de euros, gerou 33 novas contratações, desenvolveu 11 demonstradores em escala real e 21 protótipos laboratoriais. Gerou ainda 50 publicações científicas em revistas internacionais, 17 teses de mestrado e 11 teses de doutoramento.

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    Escritórios em Lisboa e Porto aceleram face a 2023

    O report Office Flashpoint, da JLL, aponta um take-up de 73.700 m2 em Lisboa e de 18.000 m2 no Porto no 1º trimestre de 2024. Estes níveis de actividade disparam na comparação com o período homólogo

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    No 1º trimestre de 2024 foram ocupados 73.700 m2 de área de escritórios em Lisboa, volume que supera em quase quatro vezes os 19.300 m2 negociados no mesmo período de 2023. No Porto, a ocupação nos primeiros três meses deste ano ascendeu a 18.000 m2, mais que duplicando os cerca de 7.700 m2 tomados no trimestre homólogo. Em termos trimestrais, a ocupação cresceu 82% em Lisboa e 91% no Porto.

    Os dados são divulgados pela JLL no âmbito do seu relatório mensal de análise a este sector, o Office Flashpoint. A consultora contribuiu para a elevada dinâmica destes mercados, tendo actuado em operações que correspondem a 42% em termos de número de negócios no trimestre em Lisboa e a 50% no Porto em termos de área ocupada.

    A actividade de Lisboa no trimestre foi marcada pela realização de duas operações de grande dimensão, as quais, em conjunto, correspondem a 59% da área ocupada. Designadamente a aquisição de 26.700 m2 pela Caixa Geral de Depósitos no edifício Well Be, no Parque das Nações, e de 17.000 m2 por uma entidade não divulgada no edifício Álvaro Pais 2, na Novas Áreas de Escritórios. Sem prejuízo, retirado o efeito destas operações, o mercado teria crescido 55% face ao ano passado, assinalando-se o regresso das transacções de grande dimensão. De facto, no trimestre em análise, concretizaram-se 41 operações de ocupação de escritórios em Lisboa, das quais 9 envolveram áreas superiores a 1.000 m2, incluindo a tomada de 1.860 m2 na Torre Oriente do Colombo, pela Advance Care, numa operação concretizada em março e assessorada pela JLL. No 1º trimestre, o Parque das Nações, com 39% do take-up, foi a zona mais dinâmica, seguida pela Novas Áreas de Escritórios, com 35% do total. Em termos de procura, há uma clara evidência das empresas de Serviços Financeiros, em reflexo de algumas das maiores operações do trimestre, ao gerarem 65% de toda a actividade.

    No Porto, assinala-se também a reactivação das operações de grande dimensão este ano, com 6 das 22 transacções do trimestre a envolverem áreas superiores a 1.000 m2. Mais recentemente, em Março, evidenciam-se as transacções de 4.000 m2 ocupados por uma empresa no Matosinhos Office Center, bem como de outros 3.000 m2 pela Alten no Sousa Aroso 959, este último um negócio também mediado pela JLL. No trimestre em questão, foi a zona de Matosinhos que mais se evidenciou, com uma quota de 43% da ocupação registada no Porto. Do lado da procura, foram as empresas de TMT’s & Utilities a grande alavanca do mercado de escritórios no Porto, com 59% do take-up acumulado.

    “Os resultados do 1º trimestre deixam-nos bastante animados para as projecções do ano. O Porto, mantendo níveis de actividade inferiores a Lisboa, tem uma dinâmica saudável e bons índices de procura. Em Lisboa, mesmo se anularmos o efeito das duas grandes transacções, que naturalmente não constituem um padrão habitual do mercado, teríamos uma ocupação do trimestre à volta dos 30.000 m2. Isso traduz um crescimento homólogo superior a 50%, o que é um excelente indicador da actividade da procura. Se mantivermos este ritmo, vamos repor a actividade para os níveis médios de transacção habituais do mercado, invertendo a quebra do ano passado”, refere Sofia Tavares, head of office Leasing, da JLL.

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    O Wolf Group e a Penosil estarão presentes na TEKTÓNICA 2024

    A inovação e a excelência na construção unem-se numa das feiras de maior destaque do setor da construção: a Tektónica 2024. Este evento, que é uma referência na indústria, reunirá as principais marcas, oferecendo uma oportunidade única para que os participantes descubram as últimas tendências e tecnologias

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    O Wolf Group, líder em produtos de construção para profissionais, tem o prazer de anunciar a sua participação na próxima feira Tektónica 2024, marcando a sua presença no Pavilhão 3 > Stand 3A23 da Penosil, a marca principal do Wolf Group.

    A Penosil oferece uma ampla gama de produtos que satisfazem as necessidades mais exigentes do setor, destacando-se no mercado por oferecer soluções avançadas em selantes, adesivos e espumas de poliuretano.  Em 2024, a Penosil celebra 50 anos no fabrico de selantes e está prestes a inaugurar a primeira fábrica de espumas de poliuretano em aerossol da Península Ibérica.

    Entre os próximos dias 2 e 5 de maio, a equipa da Penosil recebê-lo-á com o enorme prazer de partilhar consigo informação detalhada sobre a sua linha de produtos, as inovações mais recentes, os produtos de vanguarda, prestando assessoria especializada e personalizada para os seus próximos projetos.

    Não perca a oportunidade de visitar a Tektónica e de descobrir como a Penosil pode ajudá-lo a elevar a qualidade e o rendimento dos seus projetos de construção.

    No stand 3A23, encontrará um espaço dedicado à qualidade, eficiência e sustentabilidade

    Encontramo-nos na Tektónica 2024!

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    CBRE Portugal lança programa para “jovens talentos”

    O Junior Development Program é direccionado a jovens universitários, recém licenciados ou em início de carreira, com perfil multicultural e internacional e que, durante um período de 12 meses, possibilita que os candidatos possam realizar três rotações com uma duração estimada de quatro meses cada

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    A consultora CBRE acaba de lançar em Portugal o Junior Development Program. Trata-se de um programa de formação e desenvolvimento em que os participantes terão a oportunidade de passar por diferentes áreas da CBRE, numa lógica de rotação e que tem como objectivo “identificar os melhores talentos jovens e desenvolver, de forma transversal, potenciais profissionais do sector de Real Estate”.

    O programa é direccionado a jovens universitários, recém licenciados ou em início de carreira, com perfil multicultural e internacional e que tenham a ambição de desenvolver as suas competências no âmbito da consultoria imobiliária. Durante um período de 12 meses, os candidatos seleccionados irão realizar três rotações com uma duração estimada de quatro meses cada. As rotações terão em conta o perfil dos candidatos bem como a sua formação, experiência e interesses.

    “Pretendemos dar aos participantes a oportunidade de conhecer diferentes áreas de negócio e de se desenvolverem e crescerem enquanto profissionais do sector de Real Estate. Ao participarem no Junior Development Program, os jovens profissionais terão a possibilidade de evoluir numa empresa multinacional, trabalhando directamente com clientes em projectos de grande impacto para o sector. Irão trabalhar de forma colaborativa e transversal com equipas multidisciplinares e com escritórios da CBRE em diferentes geografias”, comentou Catarina Coutinho, directora de People na CBRE Portugal.

    Os candidatos poderão consultar toda a informação sobre o programa e candidatar-se no site de Carreiras da CBRE Portugal.

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    APT IIN prevê crescer 13% face a 2023

    Em 2023, a APT IIN cresceu 11% em volume de vendas e a previsão em 2024 é alcançar 3,5 milhões de euros em volume de vendas, ou seja, pretende “manter o ritmo de crescimento em dois dígitos” e, simultaneamente, desenvolver novos projectos

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    A empresa APT IIN, que actua na oferta de alojamentos nos conceitos Housing, Studios & Suites e Boutique House, registou em 2023 o seu melhor ano com 3,1 milhões de euros de volume de vendas, correspondente a um crescimento de 11% relativamente a 2022.

    Para 2024, a empresa prevê novo crescimento e aponta para um volume de vendas na ordem dos 3,5 milhões de euros, ou seja, equivalente a um crescimento de 13%, permitindo, desta forma, “o desenvolvimento sustentável do alojamento existente”.

    Até final do ano, a empresa conta anunciar a abertura de uma nova operação. Também para 2025 e 2026 tem em desenvolvimento projectos nos conceitos premium com a marca “B”, à semelhança do BCascais, Studios & Suites com a marca LX51 e um investimento em turismo de natureza, respectivamente. “Todos os projetos serão localizados em Lisboa ou no raio de uma hora de distância”, indica a empresa.

    Actualmente, a APT IIN anteriormente designada “APT in Lisbon”, dispõe de aproximadamente 100 camas em todos os segmentos de alojamentos. Assinala-se um ano da abertura do BCascais, que representou o investimento no conceito boutique house e a expansão da empresa para fora da cidade Lisboa.

    “O objectivo é crescer em conceitos que nos permitam oferecer aos nossos hospedes, estadias exclusivas e diferenciadoras”, reforça Filipe Costa, owner & CEO da APT IIN.

    A APT IIN iniciou a sua actividade em 2016 e conta, actualmente, com 30 colaboradores. Aposta em locais privilegiados que proporcionam diferentes experiências aos hóspedes que procuram Lisboa como destino.

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    (@ Paularte)

    Arquitectura

    Exposição “Objetos por Arquitetos” regressa à Casa da Arquitectura

    A segunda edição da exposição mostra uma selecção de peças de autor que carregam consigo assinaturas de “prestigiados” arquitectos e que se encontra patente no Espaço Luís Ferreira Alves, da Casa da Arquitectura

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    Abriu ao público esta sexta-feira, dia 19 de Abril a segunda edição da exposição “Objetos por Arquitetos”, uma montra selectiva de peças de autor que carregam consigo assinaturas de “prestigiados arquitectos” e que se encontra patente no Espaço Luís Ferreira Alves, da Casa da Arquitectura.

    Através desta mostra, que estará patente até 12 de Maio, a Casa da Arquitectura presta homenagem ao “talento multifacetado” de um grande número de arquitectos.

    A mostra reúne um conjunto de objectos demonstrativos do melhor que o talento arquitectónico tem para oferecer quando colocado ao serviço das várias dimensões da vida mundana, criando objectos de culto e de desejo que é possível levar para casa, como mobiliário, obra gráfica, iluminação, entre outros.

    Uma pequena montra selectiva de cerca de meia centena de peças de autor com assinatura de nomes como Adalberto Dias, Aires Mateus, Álvaro Siza, Eduardo Souto de Moura, João Pedro Pereira, Marta Vilarinho de Freitas e Pedro Guedes de Oliveira.

    A arquitectura e o design são disciplinas próximas que partilham o objectivo comum de resolver problemas da sociedade aliando a funcionalidade à estética.

    Através desta mostra, a Casa da Arquitectura presta homenagem ao talento multifacetado de um grande número de arquitetos cujo talento e originalidade está agora ao alcance de todos.

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    Empresas

    Associação Empresarial da Feira organiza HabitaFeira

    A primeira edição do certame sobre construção, imobiliário e sustentabilidade tem lugar de 7 a 9 de Junho no centro de congressos Europarque, em Santa Maria da Feira

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    O evento é uma iniciativa da Associação Empresarial da Feira, AEF, e pretende reunir “empresas dos sectores imobiliário, construção e eficiência energética” e estará aberto “a profissionais e público em geral, propondo-se divulgar a oferta mais actual de produtos e práticas relativos não apenas ao segmento prioritário da habitação, mas também ao do edificado de vocação empresarial, industrial e social”, refere nota da organização.

    “Seja uma casa, uma escola ou um pavilhão industrial, os requisitos da construção são cada vez mais exigentes ao nível da durabilidade, do conforto e da eficiência energética e ambiental, portanto é preciso que tanto técnicos como consumidores finais estejam muito bem informados sobre a oferta disponível e as consequências das suas escolhas”, afirma Alferes Pereira, presidente de AEF, citado na mesma nota. O responsável justifica, assim, o novo projecto da instituição, que tem perto de um milhar de associados de diferentes sectores.

    O HabitaFeira que se realiza-se de 7 a 9 de Junho pretende reunir no Europarque dezenas de expositores que operem em áreas como arquitectura, engenharia, materiais de construção, revestimentos, mobiliário, decoração de interiores, alarmes, jardinagem, paisagismo, energia, domótica, serviços de manutenção, limpeza, segurança, seguros, financiamento bancário, etc..
    A área ocupada pelos stands dessas marcas só ficará definida quando terminar o prazo de inscrição no evento, que aceita participações até 30 de Maio, mas Alferes Pereira diz que “a AEF já tem reservados dois pavilhões” para o efeito, assim como espaço para eventos paralelos, apresentações de produtos e conferências temáticas e sectoriais.

    “Santa Maria da Feira e a região envolvente, por um lado metropolitana e muito urbana, com forte ligação ao Porto, e, por outro, propícia à qualidade de vida e ao turismo, pela componente florestal e balnear que se estende de Aveiro até Arouca, têm registado um crescimento muito grande e esse não se vai ficar por aqui”, afirma o presidente da AEF. “Por isso é que se sentiu necessidade de avançar para este projecto, que quer reunir no mesmo local todos os ramos de actividade envolvidos na nossa paisagem edificada, incentivando marcas e empresas a mostrarem no HabitaFeira o que de melhor fazem no seu segmento e como é que se distinguem umas das outras”, acrescenta.

    Alferes Pereira realça que o evento está aberto a expositores de todo o país, representantes de multinacionais e distribuidores de marcas globais. A ocupação dos stands será paga, mas a entrada dos visitantes gratuita. “E quanto mais inovador for o produto de uns, maior será a curiosidade dos outros”, diz o presidente da AEF.

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    AM|48 lança investimento de 25M€ em Oeiras

    O projecto Quinta do Alverde, em Carnaxide, irá criar 61 fracções habitacionais, em condomínio privado. O empreendimento, que representa um investimento de 25M€, será comercializado pela Castelhana Real Estate e pela Sotheby’s

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    O novo empreendimento com 4.600 m2 e cerca de 10 000 m2 de construção total, divididos por dois edifícios residenciais e um conjunto exclusivo de serviços em condomínio privado, representa um investimento de 25M€. A conclusão está prevista até o primeiro semestre de 2027.

    “O novo projecto que estamos agora a lançar é um perfeito exemplo do posicionamento da AM48, onde os pilares da inovação, sustentabilidade e qualidade estão perfeitamente visíveis num resultado final de altíssima qualidade”, explica Alejandro Martins, CEO da AM48. “Como sempre, quisemos ir além do óbvio, e a Quinta do Alverde demonstra este posicionamento, conjugado com uma localização estratégica.”

    O condomínio destaca-se pelas áreas generosas das frações e varandas, numa arquitetura moderna e sustentável sobre um amplo manto verde, que privilegia a ligação e vivência com a natureza. Possui extensos jardins, estacionamento privativo subterrâneo com zonas de carregamento eléctrico e áreas exclusivas de lazer e serviços de conveniência e bem-estar, como ginásio, piscinas, sauna, lavandaria ou espaço pet care.
    A AM48 desenvolveu uma acção de reabilitação nos edifícios circundantes ao projecto Quinta do Alverde, através da limpeza, tratamento e pintura de fachadas e outras estruturas como chaminés, caleiras, estendais e espaços comuns de edifícios, com a reabilitação da praceta. Foi uma acção com um investimento exclusivo da AM48 e impacto em 20 fogos em quatro edifícios.

    O projecto tem ainda certificação LEED, a creditação mais valorizada internacionalmente no âmbito da sustentabilidade, com características que permitem reaproveitar 50% a água, reduzir em -75% os resíduos de construção, aumentar em +10% a economia energética e ter apartamentos com classificação energética A/A+.

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