Novas acessibilidades em Abrantes dependem dos impactos económicos, diz António Mendonça
O ministro afirmou estar “atento” às necessidades de infra-estruturas rodoviárias
Lusa
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O ministro das Obras Públicas, António Mendonça, afirmou em Abrantes que o investimento em novas acessibilidades e modernização das infra-estruturas rodoviárias “deve ser encarado do ponto de vista dos seus impactos económicos”.
António Mendonça, que foi conhecer a “realidade económica e de acessibilidades” de duas empresas exportadoras sediadas no parque industrial de Tramagal, Abrantes, – a fábrica da Mistubishi e a Quinta do Casal da Coelheira, que produz vinhos para todo o mundo -, afirmou estar “atento” às necessidades de infra-estruturas rodoviárias, tendo sublinhado a importância da “selectividade e exigência” relativamente às prioridades de investimento.
A visita de trabalho do governante decorreu de um pedido de reavaliação de empresários e autarcas da região, após o anúncio da suspensão do lançamento de novas concessões rodoviárias que estavam previstas no Orçamento do Estado para 2010, entre elas o IC9 e a construção de uma nova travessia no rio Tejo, na zona de Tramagal.
O presidente de Câmara de Abrantes e o tecido empresarial regional afirma vir “contra as expectativas e compromissos assumidos”.
“Dado o avanço em que já se encontrava o processo e sendo esta uma antiga necessidade e aspiração dos abrantinos” – com estudo de impacte ambiental concluído e previsão de lançamento de concurso para o primeiro semestre do ano – Maria do Céu Albuquerque, presidente da autarquia, afirmou esperar ainda “conseguir sensibilizar o Governo para a importância da concretização” deste troço.
O administrador da Mitsubishi, Jorge Rosa, afirmou à Lusa que a fábrica vive “essencialmente” da exportação e que está “encravada” entre o rio Tejo e estradas municipais, sem acesso directo à A23.
“A rede viária deve ser repensada, há 25 anos que o dizemos”, afirmou, tendo acrescentado que a necessidade de melhorar as acessibilidades à fábrica de Tramagal “já foi reconhecida pelo Governo”.
A continuação da Mitsubishi no Tramagal “não está dependente” da construção da nova ponte mas os maus acessos “são mais uma dificuldade”, disse Jorge Rosa, tendo afirmado que a inexistência de uma ligação directa à auto estrada é um factor que “não favorece a competitividade da empresa”.
Em declarações aos jornalistas, o ministro afirmou que a “visita ao terreno” permitiu “constatar” as dificuldades das empresas, tendo acrescentado ter ficado “sensibilizado” para o problema.
O governante, que não se comprometeu com a construção da travessia, disse que as empresas exportadoras “precisam de chegar às vias de comunicação, uma condição essencial para que cumpram o seu papel e sejam competitivas”.
“Tivemos a necessidade de repensar e reavaliar tudo o que estava a ser programado em termos de concessões rodoviárias mas isso não significa que as in-fraestruturas consideradas fundamentais não possam ser encaradas noutra perspectiva”.
“Temos é de ser mais selectivos e mais exigentes relativamente às prioridades”, concluiu.