Sócrates garante que conclusão das ligações do Alqueva preparam País para futuras secas
“Agora, todo o País tem infra-estruturas hídricas capazes de responder a qualquer período de seca”
Lusa
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O primeiro ministro, José Sócrates, garantiu que, com a conclusão das ligações do Alqueva às restantes albufeiras de abastecimento público do empreendimento, todo o País ficou coberto por infra-estruturas capazes de responder a qualquer período de seca.
“Agora, todo o País tem infra-estruturas hídricas capazes de responder a qualquer período de seca, o que só acontece porque o Alqueva chega ao fim, na sua dimensão de abastecimento público”, frisou.
O primeiro ministro falava, na barragem do Roxo, no concelho de Aljustrel (distrito de Beja), durante a cerimónia de inauguração da ligação entre Alqueva e aquela albufeira.
Esta inauguração “marca a conclusão” das obras de “toda a rede primária” do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA) responsável pelo reforço de água para abastecimento público, segundo a empresa gestora do projecto.
A Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva (EDIA) anunciou terça-feira ter terminado a construção de todas as ligações entre a albufeira “mãe” e as albufeiras de abastecimento público abrangidas pelo projecto.
O EFMA fica, assim, pronto para abastecer quase 200 mil habitantes nos distritos de Beja e Évora, “sempre que as respectivas albufeiras apresentem necessidade de água”, revelou a EDIA.
Na cerimónia de hoje, o primeiro ministro lembrou que integrou o Governo que, em 1995, tomou a decisão de retomar a construção da barragem do Alqueva e invocou as críticas feitas, na altura, ao projecto.
“Diziam que era um projecto megalómano e que [a barragem de Alqueva] nunca iria encher”, recordou, realçando que, afinal “foi mais um projecto impossível que se tornou possível”.
“E é isto que eu chamo um bom trabalho”, congratulou-se José Sócrates.
Para realçar a importância do Alqueva para o reforço do abastecimento público de água, o Chefe do Governo aludiu às secas sentidas, ciclicamente, no Alentejo.
“Esta era a região mais crítica do País e quem foi ministro do Ambiente sabe bem a importância que isto tem”, disse, acrescentando que “esta dor de cabeça já não a terá” a actual ministra dessa pasta, Dulce Pássaro, presente na cerimónia.
A barragem do Roxo, além de servir para o abastecimento público aos concelhos de Beja e Aljustrel, é usada para o regadio, tendo Sócrates sublinhado hoje que, embora a albufeira exista há 40 anos, só durante 10 anos foi usada “sem restrições” para esse fim.
Ao estar agora ligada a Alqueva, essas restrições para uso agrícola deixam de existir, frisou, afirmando: “Não tenho dúvidas de que este projecto permite um novo dinamismo da agricultura no Alqueva”.
Acompanhado também pelo ministro da Agricultura, António Serrano, o primeiro ministro lembrou que o Governo decidiu antecipar para 2013 a conclusão do projecto global do Alqueva, inicialmente prevista para 2025, até para estimular o investimento privado.
“Já tínhamos gasto tanto dinheiro público que o que restava de investimento era fundamental para que ocorresse investimento privado”, disse, escusando-se a abordar, em declarações aos jornalistas, outras questões não ligadas a Alqueva.
Na estrada de acesso ao local da cerimónia, um grupo de habitantes locais aproveitou a presença de José Sócrates para manifestar-se contra o encerramento de escolas e do Serviço de Atendimento Complementar (SAC) do centro de saúde de Aljustrel.