Posto 9 cria complexo de piscinas de volumetria poliédrica
André Ferreira e Joana Castanheira são a dupla de arquitectos que lideram o gabinete Posto 9.
Ana Rita Sevilha
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André Ferreira e Joana Castanheira são a dupla de arquitectos que lideram o gabinete Posto 9. Em resposta a um concurso municipal lançado pela autarquia da Marinha Grande, que tinha como objectivo a criação do complexo municipal de piscinas do município, o gabinete arregaçou as mangas e criou um objecto arquitectónico que contribui para a valorização enquanto equipamento público mas também enquanto espaço de referência urbano. O concurso foi entretanto anulado, mas o Construir dá-lhe a conhecer a proposta.
Enquadramento
O complexo municipal de piscinas da Marinha Grande faz parte do Plano de Pormenor da zona desportiva da cidade, e integrava-se num programa de desporto e lazer, que contempla outros equipamentos tais como um estádio municipal, um pavilhão multi-usos, núcleos de ténis e actividades radicais, circuito de manutenção e campos de treino. O lote que o município tinha destinado à implantação do complexo de piscinas situa-se no interior de uma zona arborizada, “envolvida por um complexo de campos desportivos de reduzida presença volumétrica”, pode ler-se na memória descritiva do projecto. Posto isto, para a equipa projectista a integração harmoniosa das piscinas neste contexto levava a uma proposta de reduzido impacto físico.
Elemento água
“Este equipamento distingue-se pela presença da água, e neste sentido, a sua caracterização deve resultar da valorização desse elemento – entendido não só como necessidade programática mas sobretudo como participante na memória colectiva da cidade”, explicam os autores da proposta. A necessidade de reduzir a escala da proposta levou a uma organização funcional do programa que se desenvolve do piso de entrada para baixo, deixando visível apenas o corpo de acessos e nave central das piscinas. “Este espaço é caracterizado por uma volumetria poliédrica compacta, de aproximadamente 70 metros por 44 metros por 6 metros de altura, com uma presença simples e uma forma clara – facilmente identificável na memória urbana dos cidadãos”, sustentam. Desta forma, a localização das restantes funções do complexo permite que sejam cobertas por um espelho de água contínuo que envolve todo o volume exterior do equipamento. “O resultado obtido potencia a dimensão cénica do edifício, solto do terreno e colocado em posição de evidência, garantindo-lhe a escala urbana própria de um equipamento público”. Nesta proposta a importância da água é evidente, nomeadamente como elemento enriquecedor da área desportiva envolvente às piscinas, “não só em termos estéticos mas também pela sua função ‘ecológica’ de elemento equalizador da temperatura e humidade ambientes”.
Presença escultórica
“O volume exterior das piscinas apresentauma presença escultórica, na medida em que se molda em diferentes ângulos”., lê-se no documento que descreve a proposta. Contudo, garantem os arquitectos, “este resultado não se justifica por simples motivos estéticos, mas antes por uma eficaz adaptação às diferentes necessidades funcionais: os dois planos de vidro nos lados de maior dimensão elevam-se da água para permitir que a luz solar penetre em profundidade no interior do volume, banhando uniformemente todo o espaço das piscinas. Pelo contrário, nos dois lados opostos, os planos de vidro encostam-se ao nível da superfície exterior, garantindo as acessibilidades”.