Conselho dos Arquitectos lusófonos aprova inclusão de Goa no âmbito da sua “refundação”
A assembleia geral de Macau marcou o “ponto de partida para a refundação do CIALP”, disse o presidente da organização, acrescentando que se pretende “congregar grupos de trabalho temáticos em relação às distintas realidades dos países e territórios
Lusa
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O Conselho Internacional dos Arquitectos de Língua Portuguesa aprovou este fim-de-semana, em Macau, a inclusão de Goa como seu membro efectivo no âmbito de uma revisão dos estatutos que abre caminho a uma refundação da organização sediada em Portugal.
A assembleia geral do Conselho, que decorreu em Macau, teve como “objectivo principal a aprovação de um ajustamento dos estatutos em função das dinâmicas próprias de cada um dos países membros”, disse à agência Lusa o presidente da organização e da Ordem dos Arquitectos de Angola, António Gameiro.
A primeira revisão dos estatutos do Conselho dos Arquitectos de Língua Portuguesa (CIALP) desde a sua fundação em 1991 prevê a criação de um conselho fiscal e de um conselho técnico e a participação das regiões (além dos países) onde se fala português e existem associações ligadas à problemática da arquitectura e do urbanismo, como Macau.
Neste contexto, o CIALP aprovou a inclusão de Goa, antiga colónia portuguesa que é hoje um estado da Índia, como seu membro efectivo, já que era o único membro observador da organização, por proposta da Associação dos Arquitectos de Macau.
“Estamos a integrar uma região onde a filosofia do desenho urbano e da arquitectura difere das outras regiões e que interessa conhecer melhor”, justificou António Gameiro, sublinhando que o CIALP pretende que a arquitectura portuguesa seja um “elemento cultural importante naquilo que é o desenvolvimento arquitectónico no futuro”.
O presidente do capítulo de Goa do Instituto Indiano de Arquitectos, Bryan Soares, disse à Lusa que a inclusão no CIALP será benéfica para a “troca de experiências entre territórios com arquitectura de influência portuguesa” e que em Goa, apesar de “muito deste património ter sido destruído, ainda existe a oportunidade de se preservar o que restou”.
A assembleia geral de Macau marcou o “ponto de partida para a refundação do CIALP”, disse o presidente da organização, acrescentando que se pretende “congregar grupos de trabalho temáticos em relação às distintas realidades dos países e territórios (membros) com o objectivo de enaltecer a arquitectura”.
A arquitectura portuguesa, o habitat e a melhoria das condições de vida são algumas das temáticas que o presidente do CIALP referiu como potenciais para serem desenvolvidas por grupos de trabalho para depois darem origem a exposições, seminários e outras iniciativas.
O CIALP é uma “associação profissional, mas também cultural, técnica e científica”, sublinhou António Gameiro, acrescentando que se pretende “voltar à tradição de se transformarem os encontros (da organização) em grandes festas da arquitectura”.
Depois de Macau, o próximo encontro do CIALP “será provavelmente” em Cabo Verde, em Dezembro de 2011, mas antes, em maio, o Conselho realiza uma assembleia geral em Angola para eleger uma nova direcção, disse António Gameiro.