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    Arquitectura

    ASPA nomeado para dois prémios internacionais

    O atelier está nomeado para os prémios The Great Indoor Awards e V Prémio Ascensores Enor

    Pedro Cristino
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    ASPA nomeado para dois prémios internacionais

    O atelier está nomeado para os prémios The Great Indoor Awards e V Prémio Ascensores Enor

    Pedro Cristino
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    O Atelier São Paulo Arquitectos – ASPA – anunciou que está nomeado para dois prémios internacionais com o projecto arquitectónico Bar do Jardim 9 de Abril. Os resultados das nomeações serão conhecidos durante o mês de Novembro.

    Segundo o comunicado de imprensa do ASPA, os arquitectos José Maria Cumbre e Nuno Sousa Caetano são os únicos portugueses no grupo de finalistas do The Great Indoor Awards 2011, na categoria de Relax & Consume, que “distingue projectos de design de interiores em espaços de lazer”. Este prémio bienal internacional é organizado pela Frame Magazine, pelo Marres, centro para a cultura contemporânea, e pela NAIM/Bureau Europa.

    “Para esta categoria concorrem nomes da arquitectura mundial com obras como o Hilton Pattaya Lobby&Bar, na Tailândia, o Niseko Look Out Café, no Japão, o The Merlion Hotel, em Singapura e The Waterhouse at South Bund, em Xangai”, refere o comunicado.

    O The Great Indoors Award divide-se nas categorias Show & Sell, Relax & Consume, Concentrate & Collaborate e Serve & Facilitate, com um total de 20 finalistas divididos pelas quatro distinções. O júri dará a conhecer a sua decisão no dia 4 de Novembro, em Maastricht, nos Países Baixos.

    O ASPA está também nomeado para o V Prémio Ascensores Enor, que visa “reconhecer e difundir a arquitectura mais diferenciada que se realiza na Península Ibéria, apoiado pela Ascensores Enor, que pretende complementar a sua actividade empresarial com actividades que contribuam para enriquecer a sociedade.

    O atelier está nomeado para as três categorias do prémio – Grande Prémio Enor, Prémios Enor Galiza, Portugal, Castela-Leão e Madrid e o Prémio Enor Arquitectura Jovem. Os vencedores serão conhecidos no próximo dia 14 de Novembro, numa cerimónia oficial em Vigo. O arquitecto português João Luís Carrilho da Graça é um dos membros do júri para este galardão.

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    Felgueiras Retail Park com investimento de 50M€

    Nas antigas instalações da Belcor irá nascer o Felgueiras Retail Park. O investimento de 50M€ é da Europar e, para além das zonas comerciais, o projecto compreende a construção de 104 apartamentos. O desenvolvimento, comercialização e masterplan do projecto estão a cargo da Retail Mind Group

    O Felgueiras Retail Park irá ocupar as antigas instalações da Belcor. As obras, a cargo da CS Construtora, já arrancaram e deverão estar concluídas no primeiro trimestre do próximo ano. O investimento, avaliado em 50 milhões de euros pertence à promotora brasileira Europar.

    O projecto de utilização mista, compreende além, do retail park com cerca de 7000 m2 de ABL, um posto de abastecimento, serviços, um stand alone, para além de uma zona residencial, prevendo-se a construção de 104 novos apartamentos, em condomínio privado.

    “O Felgueiras Retail Park será um projecto de singular importância para a cidade de Felgueiras e um ponto de referência e interesse para toda a região. Um empreendimento que trará nova vida às históricas instalações da Belcor, com uma abordagem inovadora, de utilização mista, com características de transversal interesse. Abrangendo uma componente fortemente comercial, com grandes marcas nacionais e internacionais de diferentes sectores, serviços e uma área residencial considerável. Será um destino de compras, trabalho, lazer e vida por excelência“, sublinha Marcos Matrowitz, CEO, Europar.

    O retail, que está já 100% comercializado, contará com um ALDI, uma Max Mat, uma Rádio Popular, o Espaço Casa e uma Fábrica dos Óculos, sendo que estão previstas outras marcas para os restantes espaços, que serão anunciadas mais à frente.

    A promotora sublinha a forte preocupação do projecto com a sustentabilidade, traduzida, entre outras medidas, com a incorporação de painéis fotovoltaicos para a geração de energia e postos de carregamento eléctrico. O Felgueiras Retail Park irá gerar 300 postos de trabalho, directos e indirectos.

    O desenvolvimento, comercialização e masterplan do projecto estão a cargo da consultora ibérica, especialista em retalho, Retail Mind Group. “É com grande satisfação que vejo este projecto sair do papel e começar a ganhar forma. Representa o culminar de mais de dois anos de trabalho, foco e dedicação de toda uma equipa, mas também a visão e confiança, que muito agradecemos, de investidores, parceiros e marcas que acreditam nestes projectos e que por si só são reveladores da grande dinâmica do mercado de retalho actual”, sublinha Vítor Rocha, CEO do grupo.

    Além do Felgueiras Retail Park, a empresa está a desenvolver três novos empreendimentos comerciais que serão desenvolvidos em Portugal continental e ilhas e que serão anunciados em breve.

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    Braga: Elaboração do Estudo Prévio para construção do sistema de BRT a concurso

    “O projecto de implementação do BRT em Braga vai entrar agora na sua fase decisiva. Braga está fortemente empenhada na transição da mobilidade urbana no sentido de assegurar a sustentabilidade ambiental no Concelho e contribuir para esse objectivo a nível nacional”

    O Município de Braga já lançou o concurso para a elaboração do Estudo Prévio à concepção e construção do sistema de BRT (BUS Rapid Transit). A medida foi anunciada hoje durante a reunião do Conselho Consultivo da Mobilidade de Braga, que decorreu na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva. Desta forma, a Autarquia dá continuidade ao plano de implementação do BRT em Braga, cujo início de construção está previsto para o primeiro semestre de 2025.

    “O projecto de implementação do BRT em Braga vai entrar agora na sua fase decisiva. Braga está fortemente empenhada na transição da mobilidade urbana no sentido de assegurar a sustentabilidade ambiental no Concelho e contribuir para esse objectivo a nível nacional. Nesse sentido, estamos a dar passos largos para a implementação de um projecto que, pela sua modernidade, fiabilidade, frequência e rapidez de circulação, vai garantir maior atractividade, sobretudo na malha urbana onde serve a maior parte da população”, garantiu Ricardo Rio.

    Durante a sessão, o presidente da Câmara Municipal de Braga, deixou uma palavra de reconhecimento ao Pelouro da Mobilidade “pelo excelente trabalho desenvolvido ao longo das diversas etapas”, manifestando “total confiança nos TUB – Transportes Urbano de Braga para, em articulação com o Município, levarem a bom porto o ambicioso projecto de implementação do BRT em Braga”.

    Teotónio dos Santos, administrador dos TUB apresentou ao detalhe o projecto de implementação do BRT, lembrando as diversas fases deste projecto desde o Estudo Preliminar de Apoio à Decisão, em Abril de 2021, da recolha dos Dados da Rede Móvel, em Fevereiro de 2022, o Estudo de Procura para a Implementação do BRT, em Novembro de 2022, da Contagem de Tráfego em 49 cruzamentos, em Dezembro de 2022, e o Estudo de Inserção Urbana entre 2023 e 2024.

    Recorde-se que a inclusão do projecto na última revisão do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), possibilitou alocar 100 milhões de euros no BRT de Braga, valor que corresponde a 66,6% do orçamento do projecto – no total, são 150 milhões de euros -, que financiará a construção de duas das quatro linhas do BRT. Numa fase inicial a rede terá as referidas duas linhas e a extensão de 12,2 KM, prevendo que se expanda posteriormente para quatro linhas numa extensão total de 22,5 KM.

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    Banco de jardim construído com areia resultante da trituração de lâmpadas incandescentes recolhidas no âmbito do sub-projecto LED

    Engenharia

    Prospectiva integra Sub-Projecto LED em São Tomé e Princípe

    Sob a alçada do “Power Sector Recovery Project”, co-financiado pelo Banco Mundial e pelo Banco Europeu de Investimento, este novo sistema visa a reciclagem ou destruição controlada de lâmpadas fluorescentes, incandescentes, de halogénio

    Contratada pela Agência Fiduciária de Administração de Projectos (AFAP) e pela Empresa de Água e Electricidade de São Tomé e Príncipe (EMAE), a Prospectiva, em consórcio com a TESE – Associação para o Desenvolvimento, será responsável pelo desenvolvimento, implementação e supervisão de um novo sistema de gestão de resíduos para lâmpadas usadas no País.

    Sob a alçada do “Power Sector Recovery Project”, co-financiado pelo Banco Mundial e pelo Banco Europeu de Investimento, este novo sistema visa a reciclagem ou destruição controlada de lâmpadas fluorescentes, incandescentes, de halogénio, entre outras, de São Tomé e Príncipe, e a sua substituição por cerca de 500 mil lâmpadas LED em casas particulares e em edifícios públicos.

    A implementação do sistema terá uma duração de 12 meses, com um investimento de 409.600€, e passará por diversas fases de estudo ambiental e social, de contratação e formação profissional, de sensibilização da população, de recolha e substituição das lâmpadas, e de armazenamento, transporte e reciclagem ou destruição das mesmas.

    A preservação ambiental e a prevenção da contaminação do ar e do solo com mercúrio, vidro, metais e outros componentes presentes em lâmpadas antigas são o principal objectivo para o desenvolvimento deste sistema, o qual terá capacidade de reciclar até três mil lâmpadas por dia.

    Ainda no âmbito desta acção, foi desenvolvido o sub-projecto LED, que visa uma utilização sustentável e a nível local dos resíduos das lâmpadas incandescentes recolhidas. Em colaboração com a Santa Casa da Misericórdia, após a recolha, o tratamento e a trituração das lâmpadas, com a areia resultante foram construídos diversos bancos de jardim, actualmente já em uso pela população no seu dia a dia.

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    Sonae Arauco investe 5M€ em dois novos centros de reciclagem de madeira

    Sonae Arauco anuncia o investimento de 5M€ na abertura de dois novos centros de reciclagem. Com este investimento, cresce para cinco o número de unidades de reciclagem da empresa. O investimento é parte integrante do PRR e ficará concluído até ao final de 2025

    A Sonae Arauco anuncia o investimento em dois novos centros de reciclagem em Portugal, num total de mais de cinco milhões de euros. Localizados estrategicamente na região do Minho e a norte de Lisboa, estes centros vão complementar a actividade dos três já em operação no país. Este investimento, parte integrante do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), será concluído até final de 2025.

    De acordo com os dados divulgados, no total, a Sonae Arauco incorporou 734 mil toneladas de madeira reciclada em 2023, sendo a reciclagem de madeira a base do seu modelo de negócio de bioeconomia circular. Neste âmbito, a empresa assegura actualmente uma integração de madeira reciclada superior a 70% em algumas das suas gamas de produto, e prevê alcançar os 85% em determinadas geografias, nos próximos três anos. Se considerado o portefólio completo da empresa, a madeira reciclada representa 30% do total usado, o que compara favoravelmente com a média de 21% da indústria europeia de painéis derivados de madeira.

    Nos próximos dois anos, a Sonae Arauco tem previsto um investimento de cerca de 13 milhões de euros para assegurar os seus objectivos de integrar mais madeira reciclada. Esta aposta incluirá a aquisição de equipamentos para os centros de reciclagem e para as unidades industriais, garantindo maior eficiência no processamento de resíduos de madeira e aumentando a capacidade de incorporar uma quantidade superior de madeira reciclada nas soluções de aglomerado de partículas. Em simultâneo, a empresa está a desenvolver tecnologias inovadoras para possibilitar a incorporação de fibras de madeira recicladas em soluções MDF.

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    João Sales, director KEO Europe

    Engenharia

    KEO abre segundo escritório em Portugal e prepara expansão europeia

    Actuam nas diferentes áreas de projecto e engenharia e entraram em Portugal em plena pandemia, com confinamentos um pouco por todo o lado. Quatro anos depois, já têm clientes em Portugal para projectos noutras geografias. Depois do primeiro passo da internacionalização, o objectivo passa por estar presente em mais países europeus

    Em entrevista exclusiva ao CONSTRUIR, João Sales, director da KEO Europe, revela como tem sido o percurso da empresa em Portugal, que não só abriu portas à internacionalização do Grupo, como à possibilidade de expansão para outras geografias. Mais do que definir valores ou metas de facturação, o objectivo passa por criar raízes e mostrar a dinâmica de trabalho daquela que é a mais antiga empresa no Médio Oriente, com origens no Kuwait e que conta com cerca de 2500 colaboradores de mais de 60 países.

    Primeiro com um escritório no Porto, abriram este ano a delegação em Lisboa, no Parque das Nações, por uma questão de proximidade dos clientes e do mercado. É expectável, por isso, que, ainda este ano, atinjam os 150 colaboradores em Portugal.

    Há quanto tempo é que estão em Portugal?

    Há quatro anos. Portanto, abrimos a nossa sede primeiramente no Porto, em Campanhã e agora estamos na Trindade, perto da Câmara Municipal, e há seis meses em Lisboa. Estamos a crescer, a expandir a nossa actividade e o, portanto, o edifício onde estávamos já não tinha capacidade. Em Lisboa, estamos no Parque das Nações. E Portugal é o primeiro país da empresa fora do Médio Oriente.

    Sendo uma empresa internacional e com uma actuação muito especifica no Médio Oriente, como é que surge a estratégia de vir para Portugal?

    Foi uma oportunidade, foi um objectivo, um passo estratégico nosso. A KEO, que quer dizer Kuwait Engineering Office, nasceu no Kuwait há 60 anos, é uma das mais antigas do Médio Oriente. O nosso fundador ainda é o Chairman e por isso ainda se mantém um negócio familiar.

    No Médio Oriente somos praticamente líderes de mercado, se não formos, estamos no Top 3 e competimos com os grandes internacionais que têm operações no Médio Oriente.

    A nossa vinda para Portugal está relacionada com uma estratégia de médio e longo prazo de alargar o reach geográfico. Talvez nestes 60 anos da KEO, que celebramos este ano, 99,5% dos projectos que fizemos foram lá.

    Como tem estado a ser a experiência de trabalhar num mercado tão diferente?

    Se por um lado, no Médio Oriente somos uma empresa que não dispensa apresentações toda, a gente no ramo sabe quem somos e o que fazemos, aqui é completamente diferente. Muito poucos sabem quem somos.

    Estou na KEO há 13 anos, sendo que 11 foram vividos em Abu Dhabi, primeiro a trabalhar para uma empresa inglesa e depois nove anos já a trabalhar para a KEO. Há quatro anos vim para Portugal abrir a KEO. E só aí é que comecei a ter que explicar o que era KEO.

    Como tem sido o vosso percurso no Médio Oriente?

    O histórico da empresa está muito ligado, infelizmente, a situações traumáticas de guerras. Não há bela sem senão e depois de uma guerra há toda uma necessidade de infraestruturas e de construção. Ou seja, as crises criam oportunidade.

    Primeiro com a reconstrução do Kuwait, depois nos anos 90 houve um crescimento muito grande quando fomos para os Emirados Unidos, com todo o crescimento do Dubai, Abu Dhabi. Em 2010 o Mundial é atribuído ao Qatar e este, rapidamente, se transformou no nosso maior mercado, tendo estado envolvidos em quatro dos oito estádios construídos. E não só os estádios, mas toda a infraestrutura que é necessário desenvolver, as autoestradas, edifícios, hotéis. Doha sofreu uma transformação enorme com estas obras.

    Nós temos 2500 funcionários e cerca de metade estavam a trabalhar em projectos no Qatar, para ter uma ideia da dimensão do mercado.

    E mais recentemente, de 2020 para cá, e principalmente no pós-pandemia, a Arábia Saudita, com uma pujança que faz lembrar o Dubai dos anos 90, mas com um volume ainda maior.

    Portanto, não há nenhum projecto grande do Medio Oriente em que a KEO não esteja envolvida, de uma maneira ou de outra. O nosso scope é muito abrangente, desde o projecto, à consultoria, passando pela fiscalização.

    Em que aspecto é que Portugal representa, então, uma mais-valia nesta estratégia?

    Além de ser um mercado em crescimento, Portugal pode ser encarado como uma porta para novas geografias. Portugal não deixa de ser um hub, não só para a Europa, como para a África, para os PALOP’s, como para a América Latina. Pois, está aqui num eixo muito importante.

    Por outro lado, a perfomance de trabalho com a pandemia mudou muito. Durante muitos anos a filosofia era atrair talento para o Médio Oriente. Hoje em dia, com tudo ligado todos trabalhos remotamente, na cloud, tudo online, é possível trabalhar à distância. Por isso quando se monta um escritório em Portugal, podemos estar a entregar projectos em qualquer lado. Actualmente, temos 10 escritórios em oito países e todos trabalham colaborativamente, o que significa que fazemos projectos para qualquer sítio e em equipa.

    Inclusive os que são cá em Portugal?

    Exatamente. Neste momento, a maior parte do trabalho que é feito pelas nossas equipas em Portugal não é para Portugal, ainda é para o Médio Oriente, para os grandes projectos que temos lá.

    Seja um arranha-céus no Dubai, ou um Campo de Golfe, na Arábia Saudita, ou um hotel no Qatar, as equipas dos vários escritórios colaboram. Não tem tanto a ver com o escritório que está perto, mas sim onde estão os nossos especialistas e que têm o currículo mais próprio para determinado projecto.

    Ainda sobre a vinda para Portugal, já havia uma vontade dos responsáveis?

    Sim, quando a proposta é feita, esta já estava alinhada com uma estratégia. Nós trabalhamos muito por departamentos, temos várias áreas de actuação. Na altura abrimos no Porto com infraestruturas, ou seja, projectistas de estradas, de redes de abastecimento. E muito rapidamente vimos que havia oportunidade e, entretanto, já temos equipas de arquitectura, de paisagismo, de ambiente.

    No Porto já somos 60 e em Lisboa 12. O nosso objectivo é duplicar este número ainda este ano, com o desafio que é sabido em Portugal da contratação. Portanto, há falta de mão de obra em Portugal e somos muito selectivos, já que é a única maneira de mantermos os nossos standards.

    E porquê a escolha pela cidade do Porto?

    Tínhamos algumas parcerias com empresas com que colaborávamos no Porto e foi um processo natural e uma agradável surpresa. O Porto recebeu-nos muito bem e não fica minimamente atrás em termos de mão de obra disponível e de qualidade. E vemos cada vez mais empresas que estão em Lisboa a abrir escritório no Porto, e vejo isso a acontecer com as grandes consultoras, com os grandes gabinetes de projecto, que aqui em Portugal são a nossa concorrência directa. Não só porque permite estar mais perto dos clientes, como alargar a talent pool. E acaba, também, por facilitar no recrutamento de profissionais ao darmos a possibilidade de trabalharem num dos dois espaços.

    Sendo a questão da mão de obra um tema importante e sensível, de que forma abordam esse recrutamento, junto das universidades, por exemplo?

    Sim, sim, junto das universidades e também junto das feiras de emprego organizadas pelas próprias faculdades. Para nós este trabalho é muito importante, porque sabemos que ainda estamos longe de ter o reconhecimento em Portugal que as empresas nossas concorrentes têm, mas temos todo um portfólio, uma experiência e áreas de actuação e de projecto que chama muito o interesse.

    E um aluno quando vê o tipo de projectos que fazemos, a dimensão, que são coisas que em Portugal não se fazem, nem nunca se fizeram. Nós fazemos cidades de raiz.

    Talvez em termos de comparação temos a Expo’98…

    Sim, sem dúvida. Mas isso é o tipo de projecto que acontece uma vez e não haverá, provavelmente, uma nova oportunidade do género em Portugal.

    E relativamente a projectos, o que é que têm em carteira actualmente?

    Nós em Portugal ainda não temos nada de substancial. É preciso não esquecer que trabalhar em rede e que os nossos escritórios têm muito trabalho mas, para já, ainda para projectos no estrangeiro.

    Lá está, chegámos em pleno covid, em pleno lockdown. No primeiro ano e meio não nos conseguíamos dar a conhecer. Portanto, nos primeiros dois anos não foi possível reunir com ninguém, nem estar presente em eventos deste género. Só de há dois anos para cá é que estamos a investir em marketing.

    Por isso, em relação a projectos, não é algo que surja de um momento para o outro, leva o seu tempo que também está relacionado com todo o processo que envolve a participação e o concurso de projectos. É um desafio entrar em que mercado for.

    Só em 2023 é que assinamos os primeiros contratos em Portugal, numa escala mais reduzida, mas que ainda assim abrangeram três continentes diferentes, a partir de Portugal, ou seja, Europa, África e Ásia.

    O que também vem demonstrar que a nossa aposta em Portugal enquanto hub estava correcta e que as empresas estão cada vez mais a internacionalizar-se e precisam de alguém com experiência nesses mercados.

    Em 2024 contamos que seja o ano em que vá surgir contratos a uma escala a que a KEO está habituada e que estão neste momento ainda em fase de concurso e por isso não é possível revelar.

    O facto de sermos uma empresa internacional que veio para Portugal, o que de certa forma é o percurso ao contrário, tem, também gerado muito interesse por parte dos players com quem interagimos, principalmente quando falamos com potenciais parceiros, e geram-se, neste âmbito, sinergias interessantes.

    Nós nunca olhamos para a competição apenas como concorrência, mas sempre como potenciais parceiros. E isso tem sido, também, um veículo para oportunidades.

    O vosso background acaba por ser a vossa mais-valia…

    Exacto, porque o que temos para vender é realmente diferenciador, portanto, quando andamos a vender uma empresa como a nossa, não é ver realmente a maneira como somos recebidos com entusiasmo, não só pela quantidade de coisas que fazemos, pela dimensão dos projectos, pelo portfólio da experiência, como as pessoas podem imaginar que a indústria do projecto e da construção do sítio de onde vimos não está desenvolvido, mas é o contrário.

    Em sítios como o Dubai, já há muitos anos que se fazem coisas que em Portugal só recentemente se começaram a fazer. Portanto, são países que já têm exigências em termos de sustentabilidade, por exemplo, de implementação de certificação de sustentabilidade, toda a parte de digitalização. Portanto, o BIM, por exemplo, enquanto que, em Portugal, se fala agora de em 2030 ser obrigatório entregar em BIM, nós no Dubai já é obrigatório entregar em BIM desde há cerca de 10 anos.

    Qual é então o vosso plano de investimento em termos de médio e longo prazo aqui em Portugal?

    Nós somos uma empresa com 2500 pessoas, sendo que até ao final do ano temos como objectivo chegar às 150 em Portugal. Temos a noção de que Portugal é apenas uma pequena parte do que é a KEO, e por isso, muito mais importante do que estabelecer uma meta de facturação a dois, três ou quatro anos é muito mais relevante para nós estabelecermo-nos, criar uma pegada, criar raízes nestas geografias.

    Portanto, divulgar a marca, atrair clientes, e manter esses clientes. Uma coisa que nos orgulha é que dos poucos clientes que assinámos o ano passado e que realmente foram para este três Continentes que falei há pouco, já todos nos deram um segundo projecto.

    Na sua opinião e do conhecimento que têm, qual é o mercado que está com mais dinâmica?

    Vive-se um período de muito incerteza geopolítica em diferentes países da Europa e por seu lado, o investimento estrangeiro em Portugal não sentimos que tenha abrandado e por isso mantém-se alguma dinâmica.

    Uma vez que estão agora em Portugal e com todas as sinergias que se geram haverá aqui uma possibilidade de expandirem para outro país europeu?

    Sim, sem dúvida. Nós sendo uma empresa do Médio Oriente que está lá estabelecida há muitos anos, portanto, estamos em sete países do Médio Oriente e o oitavo é Portugal, o objectivo é, sem dúvida, crescer e alargar para outras geografias.

    Não temos necessariamente um plano definido, mas há localizações que estão com mais dinâmica e mais propicias para fazer negócios, que estão mais receptivos ao tipo de empresa como a KEO. Julgo que será, de alguma, um crescimento onde surgirem as oportunidades, onde surjam projectos interessantes e que estes se materializem e que justifique abrir nesse local uma delegação para começar e uma pessoa uma vez pondo o pé, o resto vai aparecendo.

    Portanto, não colocamos nada de parte. E, até nestas sinergias, nas parcerias que fazemos, no tipo de negócios que fazemos, nas geografias para onde vamos, no tipo de projetos que fazemos, nós não colocamos nada necessariamente de parte. Estamos sempre disponíveis para ouvir os potenciais parceiros.

    Sobre o autorCidália Lopes

    Cidália Lopes

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    Câmara de Viana vai investir 2,7M€ na construção de Centro de Saúde de Alvarães

    Actualmente a freguesia conta com as instalações provisórias da Extensão de Saúde de Alvarães, que implicou um investimento do município de 120 mil euros por ano

    A Câmara de Viana do Castelo aprovou, esta quarta-feira, a adjudicação dos trabalhos de construção do Centro de Saúde de Alvarães, um investimento estimado em 2,7 milhões de euros que deverá estar concluído num prazo de 540 dias.

    O presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, já tinha indicado que esta seria uma obra dividida em três partes, dividindo-se entre arruamento principal, edifício e arranjos exteriores/ parque de estacionamento, estando o Município a tentar obter financiamento para a empreitada através de fundos comunitários. Para a construção do futuro Centro de Saúde, a autarquia cedeu o terreno, na envolvente do cemitério da freguesia.

    Recorde-se que actualmente a freguesia conta com as instalações provisórias da Extensão de Saúde de Alvarães, que implicou um investimento do município de 120 mil euros por ano. As instalações actuais permitem dar resposta aos anseios da população, numa solução encontrada para a freguesia que incluiu a instalação de uma unidade provisória, para a qual foram delineados circuitos de entrada e saída, dois gabinetes médicos, dois gabinetes de enfermagem, uma sala de tratamento, duas salas de apoio e ainda uma área administrativa.

    No Plano de Actividades e Orçamento de 2024 para Câmara Municipal de Viana do Castelo, a rubrica de Saúde garantiu um aumento superior a 118 mil euros relativamente a 2023, representando 2,4 M milhões de euros (2,6%) nas GOP’s – Grandes Opções do Plano.

    Na rubrica de Saúde são definidos como objectivos implementar a Estratégia Municipal da Saúde, com destaque para a temática da saúde mental; qualificar as instalações e os equipamentos de saúde existentes, adaptando estes equipamentos aos novos modelos de prestação de cuidados de saúde, assegurando melhores condições de acessibilidade, qualidade, conforto e segurança para utentes e profissionais, incluindo, em articulação com a ULSAM, um programa para requalificação e ampliação do hospital distrital, que garanta ganhos na qualidade dos serviços prestados e a implementação de novas valências/serviços de saúde; aumentar a capacidade de resposta na prestação de cuidados de saúde de proximidade com a construção de 3 novas Unidades de Saúde (Unidade de Saúde da Meadela, Alvarães e Litoral Norte – Afife, Carreço e Areosa); implementar um conjunto de projectos que visem a promoção de estilos de vida saudáveis; criar, em parceria com os cuidados primários da ULSAM, uma unidade de investigação, inovação e desenvolvimento para os cuidados de saúde na comunidade.

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    CICCOPN e ICS com protocolo de cooperação nas áreas da sustentabilidade e inovação

    O acordo assinado esta semana prevê o desenvolvimento conjunto de iniciativas na área da construção civil e obras públicas

    O Instituto para a Construção Sustentável (ICS) e o Centro de Formação Profissional da Indústria da Construção Civil e Obras Públicas do Norte (CICCOPN) firmaram um protocolo de parceria para fomentar a colaboração e o desenvolvimento de projectos conjuntos.

    O acordo estabelece as bases para uma parceria estratégica entre o ICS e o CICCOPN, segundo a qual as entidades irão unir esforços para o desenvolvimento e a promoção de acções no sector da Construção Civil e Obras Públicas.

    O protocolo agora assinado destina-se a definir os objectivos da parceria, incluindo a implementação de acções de promoção, a partilha de dados e resultados, bem como a realização de trabalhos de consultoria técnica especializada. Também está prevista a colaboração em projectos de transferência e outras iniciativas que possam surgir.

    O acordo entra em vigor imediatamente e tem duração inicial de 12 meses, com renovação automática. Com este acordo, o ICS e o CICCOPN reforçam a colaboração institucional, promovendo a sustentabilidade e a inovação no sector da Construção Civil em Portugal.

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    JLL coloca empresa de transformação de aço em Palmela

    O complexo W1, na Quinta do Anjo, desenvolvido pela Wealimit, é composto por quatro naves logísticas. Com esta transacção, o imóvel atingiu os 100% de ocupação, evidenciando o “contínuo dinamismo do mercado imobiliário na região”

    O departamento de Industrial & Logística da JLL colocou a recém-criada NCS Steel Service Center num edifício localizado na zona de Palmela. Com esta transacção, o imóvel atingiu os 100% de ocupação, evidenciando o “contínuo dinamismo do mercado imobiliário na região”.

    O complexo W1, desenvolvido pela promotora imobiliária Wealimit, é composto por quatro naves logísticas, destaca-se pela sua localização “privilegiada”, mais especificamente, na Quinta do Anjo e situando-se apenas a oito minutos da A2.

    A NCS Steel Service Center fica assim com 7.234 metros quadrados (m2) de armazém, que oferece uma variedade de comodidades, complementadas com seis cais/portões e um espaço de estacionamento para veículos ligeiros e pesados. 

    “Estamos muito satisfeitos por termos desempenhado um papel fundamental ao colocar os 7 200 m2 do Edifício W1 em Palmela à NCS. Esta colocação não só fortalece a posição das empresas accionistas e da nova empresa no mercado, mas também impulsiona o desenvolvimento económico da região de Palmela, que tem vindo a verificar uma forte dinâmica, justamente na Quinta do Anjo. Isto acontece especialmente numa altura em que se verifica elevada escassez de oferta e um crescimento significativo de procura e investimento no sector industrial e logístico”, explica Mariana Rosa, head of Markets Advisory na JLL.

    A NCS Steel Service Center, empresa detida por reconhecidos actores do mercado nacional no que toca à distribuição de produtos siderúrgicos (J. Justino das Neves, Metalofarense e Nordesfer), nasce com o propósito de “acrescentar valor” ao mercado, onde a carência de mão de obra na construção civil é cada vez mais um desafio diário.

    “Apostar na transformação de aço, nomeadamente no corte e moldagem de armaduras de varão é dar resposta a um serviço cada vez mais solicitado pelos nossos clientes”, referem os membros do Conselho de administração da NCS Steel Service Center. “Portanto, o passo dado pelas nossas três empresas, de cariz familiar, dimensão, reputação e valores semelhantes (J. Justino das Neves, Metalofarense e Nordesfer) foi óbvio numa consolidação de conhecimento, experiência e capacidade de resposta em todo o território nacional”, acrescentam.

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    Habitacão recuperada SRU Porto Vivo (@ Miguel Nogueira)

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    Câmara do Porto já colocou no mercado 300 habitações para renda acessível

    Através desta ferramenta, e por via da reabilitação, a SRU Porto Vivo prevê mais 21 novos fogos em 2024, 59 em 2025 e, no ano de conclusão do programa, 178, a maior fatia do triénio considerado

    Ciente da importância de criar soluções habitacionais que abranjam a classe média, o Município do Porto criou, no final de 2020, o programa Porto com Sentido, com o propósito de captar fogos no mercado privado, para disponibilização, por via de subarrendamento, a valores acessíveis. Até ao momento, já entraram neste mercado três centenas de casas.

    Três anos depois do lançamento do programa, a aposta revela uma “elevada procura”, o que valida a “necessidade de continuar a reforçar este mercado habitacional” dedicado à classe média.

    Das 300 habitações disponíveis, 188 surgem pela via do Porto com Sentido, ou seja, são arrendadas ao Município, que, por sua vez, as subarrenda a valores acessíveis. Deste, 81 são fogos que integram o património municipal e, em crescimento, encontra-se a resposta promovida no âmbito do Programa de Apoio ao Acesso à Habitação – 1.º Direito (com apoio do Plano de Recuperação e Resiliência), com 32 residências a serem integradas na resposta autárquica.

    Prevê-se, ainda que, através desta ferramenta, e por via da reabilitação conduzida pela Porto Vivo, SRU, existam 21 novos fogos em 2024, 59 em 2025 e, no ano de conclusão do programa, 178, a maior fatia do triénio considerado (para além dos 300 já mencionados).

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    Adene apresenta em Paris as vantagens de investir no mercado nacional das energias renováveis

    O presidente da Agência para a Energia, Nelson Lage, apresentou, a cerca de meia centena de investidores, as vantagens de investimento nas energias renováveis em Portugal. a iniciativa esteve a cardo da empresa financeira RGreen Invest

    “Portugal é um país pioneiro no desenvolvimento de energias renováveis, que nos últimos três anos reforçou a aposta no solar fotovoltaico.” Foi desta forma que o presidente da Adene, Nelson Lage, encerrou o Investor Day, um evento promovido pela empresa financeira RGreen Invest, que se realizou esta terça-feira, 14 de Maio, em Paris.

    O presidente da Agência para a Energia apresentou, a cerca de meia centena de investidores, as vantagens de investimento nas energias renováveis em Portugal, assinalando que em 2023, o país atingiu um “ano recorde em novas instalações de painéis solares, com a capacidade fotovoltaica do país a subir 46% face a 2022”. Nelson Lage, sublinhou que estes investimentos não foram apenas realizados “em centrais fotovoltaicas de grande dimensão, mas também em unidades de produção para autoconsumo colectivo e em instalações solares próximas de pontos de consumo”, o que mostra a multiplicidade de oportunidades de investimento em Portugal.

    O presidente da Adene, lembrou que, apesar destes bons resultados, a transição energética não pode limitar-se apenas à produção de electricidade, sendo necessários “investimentos noutras áreas cruciais, como a mobilidade eléctrica, a eficiência energética, a produção de biocombustíveis, mas também a formação nos chamados empregos verdes”.

    A abertura do Investor Day esteve a cargo de Dominique Ristori, ex-director-geral da direcção-geral de Energia da Comissão Europeia, que falou sobre os desenvolvimentos políticos, económicos e energéticos do sector. Ristori, actual conselheiro estratégico para a área da energia, afirmou que os novos desafios da política energética na Europa são três: “segurança,  neutralidade carbónica e competitividade, com prioridade reforçada à inovação e às tecnologias emergentes para o desenvolvimento da soberania europeia”.

    Perspectivando as grandes apostas para os próximos anos, Nelson Lage, referiu a necessidade de a Europa apostar nas redes inteligentes e num sistema energético mais descentralizado. “A produção descentralizada é crucial para permitir o acesso à energia para todos e para garantir que a transição energética seja justa e não deixe ninguém para trás”, afirmou o Presidente da ADENE.

    Portugal é hoje um exemplo na produção de energias renováveis e para continuar na liderança europeia é necessária, segundo Nelson Lage, “uma visão estratégica e ambiciosa, que passe pela expansão da capacidade solar fotovoltaica, através de parques solares de grande escala e projectos de autoconsumo.”

    Para o responsável da Agência para a Energia, é igualmente necessário “reforçar o investimento em energia eólica onshore e offshore, sem esquecer o potencial de outras fontes renováveis, em particular do hidrogénio verde, que se destaca como uma fonte energética promissora com grande potencial para Portugal atingir os seus objectivos de descarbonização e com capacidade de exportação”.

    Nelson Lage encerrou a sua intervenção lembrando que “a transição energética não se faz sem investimentos e Portugal é hoje um polo de excelência nas energias renováveis, aberto a novos investimentos”.

    A RGreen Invest é uma sociedade de gestão francesa que apoia os investidores em projectos que visam a transição energética e a mitigação e adaptação às alterações climáticas e que todos os anos realiza um Investor Day.

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