Empresas nacionais consideram pagar mais por rendas em edifícios sustentáveis
Neste estudo, a CBRE examinou a visão de executivos de 80 empresas multinacionais e 60% revelaram que estariam dispostos a pagar rendas mais altas por edifícios sustentáveis

Pedro Cristino
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De acordo com o mais recente estudo da CBRE, “ViewPoint: Valuing Sustainable Buildings”, mais de metade das empresas multinacionais estão preparadas para pagar um preço mais elevado por edifícios ecológicos.
Neste estudo, a CBRE examinou a visão de executivos de 80 empresas multinacionais e 60% revelaram que estariam dispostos a pagar rendas mais altas por edifícios sustentáveis. Mais de 90% das empresas em análise consideram que as especificações ambientais são factores “bastante importantes” ou “muito importantes” na escolha de espaço.
O estudo indica que há cada vez mais ocupantes “corporate” a reconhecer que os edifícios sustentáveis ou ‘verdes’ podem trazer poupanças significativas nos custos de ocupação. Mais de 90% das empresas em análise revelaram que nos últimos dois anos tinham levado a cabo medidas de controlo de custos imobiliários. O papel de destaque do controlo de custos reflete-se no facto de 43% dos executivos inquiridos reportarem agora directamente ao Departamento Financeiro.
Darren Berman, Diretor do Departamento de Energy and Sustainability da CBRE, afirmou: “tem-se considerado que, em virtude da recessão, as questões de sustentabilidade têm vindo a perder importância, contudo, estes estudos indicam o contrário. Tal deve-se em parte à evolução no modo como as empresas encaram os ‘edifícios verdes’: há alguns anos, ao escolher espaços ecológicos, uma empresa era considerada moderna; agora, os edifícios verdes são vistos como forma de redução dos custos de ocupação. O custo continua a ser um factor determinante na escolha das localizações e os edifícios verdes são alvo de crescente interesse, uma vez que, apesar de implicarem rendas mais elevadas, ajudam a gerar economias de custos.”
Como resposta a esta tendência, a CBRE lançou agora a Checklist da Sustentabilidade que visa criar bases que permitam aos avaliadores imobiliários estabelecer uma relação directa entre o impacto das inovações, as características da construção sustentável e o valor do ativo. Esta Checklist passará agora a integrar as avaliações imobiliárias de 15.000 imóveis comerciais, com um valor global de cerca de 116 mil milhões de euros.
Frederico Borges de Castro, Director de Avaliações da CBRE Portugal, comenta: “A sustentabilidade e a sua promoção fazem parte da evolução natural do mercado imobiliário. O nosso papel é responder de forma credível ao desafio de avaliar o efeito directo das iniciativas de sustentabilidade no valor dos activos – uma questão que envolve investidores e avaliadores. A importância de uma abordagem baseada em factos é inequívoca, e por isso lançámos o Checklist de Sustentabilidade. A implementação deste “checklist” numa amostra tão significativa disponibilizará um referencial a partir do qual se poderão efectuar avaliações com dados futuros.”