Mercados localizados fora da Zona Euro são considerados atractivos para investimento em 2012
De acordo com o mais recente estudo da CBRE, os investidores imobiliários na Europa consideram que o Reino Unido é o mercado mais atractivo para aquisições em 2012
Ana Rita Sevilha
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De acordo com o mais recente estudo da CBRE, os investidores imobiliários na Europa consideram que o Reino Unido é o mercado mais atractivo para aquisições em 2012. Quanto às cidades, Londres destaca-se entre as demais.
Lançado hoje no MIPIM 2012 – o evento anual do sector imobiliário realizado em Cannes, França – o mais recente inquérito da CBRE, ‘Real Estate Investor Intentions’*, realizado a mais de 340 dos principais investidores em imobiliário, disponibiliza uma visão geral do sentimento dos investidores face aos mercados imobiliários internacionais e perspectiva níveis de actividade para o restante ano.
O estudo da CBRE conclui que, “para quase um terço (31%) dos investidores, o Reino Unido é o mercado imobiliário mais atractivo para investimento na Europa. Esta posição encontra-se muito próxima da alcançada em 2010, mas subiu significativamente dos 16% registados em 2011. Selecionada por 27% dos investidores, a Alemanha figura como o segundo mercado mais atractivo, seguida pelos mercados da Europa Central e de Leste, com 19%”.
Segundo a consultora imobiliária, “França regista interesse de investimento inferior ao registado em 2011 e a proporção de investidores que escolheram Espanha como mercado mais atractivo caiu de 9% em 2011 para 3,5% este ano. Itália foi escolhida por apenas 2,5% dos inquiridos. Inversamente, a atração pelos mercados Nórdicos (maioritariamente fora da Zona Euro) aumentou, tendo sido escolhidos por 8% dos inquiridos como os mais atrativos para investimento imobiliário este ano, comparativamente a 5% no ano passado”.
Em comunicado de imprensa a CBRE revela que “Londres sobressaiu relativamente a outras cidades nomeadas como o destino prioritário dos investidores na Europa, identificada por 37% dos investidores como o principal destino na Europa em 2012. A segunda cidade mais popular foi Varsóvia (12%), reflectindo os fortes indicadores da economia polaca, com Paris na terceira posição (9%), na sequência dos elevados níveis de actividade de investimento registados em 2011, seguindo-se as cidades alemãs de Munique (8%) e Berlim (7%)”.
A consultora refere também que Londres, em particular, “sempre foi considerada pelos investidores globais como o principal destino europeu para investimento imobiliário, devido aos seus atributos como a liquidez, prestígio, dimensão, estabilidade e transparência, para além de funcionar como localização de partida para investir noutros mercados imobiliários da Europa”.
Peter Damesick, Chief Economist da região EMEA da CBRE, comenta: “o aumento da atracção dos investidores pelo Reino Unido em 2012 pode ser parcialmente entendido como uma reacção aos contínuos problemas e incertezas na Zona Euro. Neste contexto, os atributos de segurança e elevada liquidez do mercado do Reino Unido parecem ter-se tornado mais atractivos. Os outros mercados com maior popularidade para os investidores em 2012 são Alemanha e Europa Central e de Leste. Tal como sucedeu no ano passado, a atracção por estes mercados está relacionada com a perceção que os investidores têm dos seus fortes indicadores económicos.”
Segundo a CBRE, “as intenções dos investidores imobiliários para 2012 também revelam variações de atitude perante diferentes sectores imobiliários. Comparativamente a 2011, a proporção de investidores que privilegia imobiliário residencial e industrial/logístico em 2012 aumentou significativamente em relação ao ano passado, enquanto os escritórios, comércio de rua ou centros comerciais são considerados menos atractivos pelos investidores para aquisições.
Peter Damesick acrescenta: “Os sectores de escritórios e retail continuam a ser os mais populares para o investimento imobiliário na Europa, mas o nível de confiança em relação a estes sectores é mais moderado do que há um ano. Poderá ser um reflexo da perceção que os investidores têm destes sectores, considerando que estão mais expostos às fracas perspectivas económicas agora patentes numa multiplicidade de mercados europeus. As atitudes dos investidores face ao imobiliário de retail devem ser enquadradas no contexto das pressões sobre o consumo sentidas nas economias que enfrentam programas de austeridade.”