Recuperação dos mercados imobiliários continuará moderada
A Jones Lang LaSalle ressalva que a confiança “está a recuperar e os níveis de investimento imobiliário para 2012 deverão igualar a forte actividade registada no ano anterior”
Pedro Cristino
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Segundo o mais recente Global Market Perspective, da Jones Lang LaSalle (JLL) conclui que “o actual momento dos mercados imobiliários sugere uma desaceleração temporária na recuperação global em curso”.
No entanto, a consultora ressalva que a confiança “está a recuperar e os níveis de investimento imobiliário para 2012 deverão igualar a forte actividade registada no ano anterior”. Segundo o relatório da JLL, os volumes globais, tanto a nível de investimento como de arrendamento, caíram cerca de 20% no primeiro trimestre do ano, relativamente ao mesmo trimestre de 2011, “uma queda que poderá ser lida como uma resposta demorada à cautela exibida pelos investidores e ocupantes corporativos na recta final de 2011”.
“A falta de produto para investimento e a escassez de espaços de qualidade para arrendar, associados à ausência de transacções de grande dimensão, foram também responsáveis pela redução dos volumes”, continua o comunicado da JLL.
“Apesar da aparente volatilidade dos volumes de investimento, continua a haver um pipeline de negócios muito expressivo. O volume de capital canalizado para o imobiliário é sólido, esperando-se novos fluxos transferidos de outras classes de activos”, declarou Arthur de Haast, responsável do International Capital Group da JLL.
Segundo de Haast, “a confiança entre os investidores imobiliários está de regresso e, ainda que se mantenham cautelosos, muitos investidores continuam a concretizar as suas estratégias, embora com processos de transacção mais longos”.
“Com base neste cenário, estamos optimistas e prevemos que os níveis anuais de investimento imobiliário global se mantenham alinhados com os de 2011, isto é, em torno dos 400 mil milhões de dólares. A melhoria mais expressiva deverá ocorrer no continente americano, no qual os volumes poderão crescer entre 10 a 15% face a 2011”, concluiu de Haast.