Administração da EPUL apresenta renúncia ao cargo à CML
O anúncio foi feito pelo presidente do conselho de administração da EPUL, Luís Sequeira, na apresentação pública das contas da empresa municipal de 2012, que a autarquia liderada por António Costa pretende extinguir
Lusa
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O conselho de administração da Empresa Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL) apresentou a renúncia ao cargo ao presidente da Câmara de Lisboa, única accionista da empresa.
O anúncio foi feito pelo presidente do conselho de administração da EPUL, Luís Sequeira, na apresentação pública das contas da empresa municipal de 2012, que a autarquia liderada por António Costa pretende extinguir.
“Com o envio das contas ao Tribunal de Contas e à Câmara termina o compromisso da administração com o município e por isso foi apresentada hoje de manhã a renúncia ao cargo de administração deste conselho”, disse Luís Sequeira.
Aos jornalistas, no final da apresentação, Luís Sequeira afirmou que a administração, composta por ele próprio e a vogal Conceição Nunes, está “disponível para continuar em funções até ao último dia de Fevereiro”.
Perante esta renúncia, a Câmara de Lisboa terá até ao início de Março para “encontrar soluções alternativas” para a gestão da EPUL.
O presidente da EPUL salientou hoje que desde a data da aprovação da proposta de extinção – a 5 de Dezembro – que a administração “não toma medidas e decisões fora da gestão corrente”.
A extinção da empresa depende ainda da aprovação da proposta pela Assembleia Municipal de Lisboa, mas Luís Sequeira afirmou que, mesmo que aquele órgão (onde o PS não tem maioria) não decida em conformidade com o executivo, não volta atrás.
“Tem de haver uma coerência da minha parte. Nunca ficaria na empresa para liderar uma comissão liquidatária”, disse.
O gestor reafirmou que considera a extinção da empresa um “desperdício de quatro anos de viabilização de uma empresa que estava em falência técnica” em 2009.
Segundo o relatório e contas de 2012 da EPUL, a empresa encerrou o ano com resultados líquidos de 5,19 milhões de euros, os capitais próprios a ascenderem a 23,37 milhões de euros e um valor patrimonial, a preços comerciais, superior a 277 milhões de euros. Do lado da despesa, a EPUL apresentava um endividamento bancário de 64 milhões e um passivo total de cerca de 180 milhões.
A Câmara de Lisboa aprovou em Dezembro a proposta de extinção da EPUL, medida justificada com a necessidade de preservar o património da empresa e de garantir os direitos de credores e trabalhadores.
Luís Sequeira admitiu, em entrevista à agência Lusa publicada este fim-de-semana, desconhecer os “verdadeiros motivos” que levam à proposta de dissolução e afirma que, dada a sua situação económico-financeira, este é um processo “muito vantajoso” para a autarquia.