Investimento Imobiliário na Europa cresceu 12% no 1º semestre de 2013
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O investimento imobiliário na Europa alcançou os 58 mil milhões de euros na primeira metade de 2013, num crescimento de 12% face ao mesmo período de 2012, revela o relatório Global Capital Flows do 2º trimestre de 2013, emitido pela Jones Lang LaSalle.
Segundo a consultora, este crescimento reflete o interesse sustentado pelo imobiliário terciário nos maiores mercados europeus, mas tamb en﷽﷽﷽﷽﷽﷽﷽sponibilidade no acessém a melhoria significativa observada na Europa do Sul, onde a actividade cresceu 34% face ao 1º semestre do 2012.
Na base desta performance, continua a mesma fonte, esteve a duplicação do investimento estrangeiro, com aquisições pela Allianz e pela AXA em Itália, investimentos oriundos do Qatar em hotelaria em Itália e Espanha e, de forma mais notável, a aquisição do portfólio de escritórios Generalitat pela AXA em Espanha, assinalando a primeira compra por estrangeiros desde a crise da dívida soberana neste país.
De acordo com o relatório, o elevado volume de ofertas para activos prime na Europa do Sul é uma prova da melhoria da confiança dos investidores em toda a região. A comprovar está a prime yield em Madrid que também cresceu cerca de 30 pontos base, naquela que foi a primeira alteração deste indicador desde a crise da dívida soberana em Espanha.
A Irlanda foi o primeiro mercado periférico a entrar em recuperação. Alcançando os volumes de investimento em imobiliário terciário no 1º semestre de 2013 os 533 milhões de euros neste país, comparando com os 673 milhões milhões transacionados ao longo dos 12 meses do ano passado. A Jones Lang LaSalle lembra relativamente a este dado que, o sucesso do Green Property – o primeiro RIET irlandês, na captação de 310 milhões de euros face ao alvo inicial de 200 milhões de euros, além de um aumento do stock de produtos de investimento disponíveis, evidenciaram o regresso da confiança em todo o mercado irlandês.
Em Portugal, o volume de investimento durante o 1º semestre de 2013 foi de aproximadamente 155 milhões de euros, ultrapassando os 125 milhões de euros registados durante todo o ano 2012. Contudo, sublinha a mesma fonte, este incremento é bastante influenciado pela compra de 50% do CascaiShopping pelo Sierra Fund e, se excluirmos esta operação, verifica-se uma redução de cerca de 35% face aos primeiros seis meses de 2012.
Walter Fábrega, director de Capital Markets da Jones Lang LaSalle, comenta: “Temos assistido desde o início do ano a um manifesto interesse por parte dos investidores em comprar activos imobiliários em território nacional, motivados sobretudo pela redução dos preços, pelo que prevemos um aumento da actividade de investimento durante o segundo semestre, sobretudo no sector de escritórios, com várias possíveis operações a serem concretizadas até ao final do ano”. Nesta primeira metade do ano, porém, o comércio foi a classe de activos mais procurada pelos investidores, com 83% do volume de investimento registado.
No que toca à origem do investimento no mercado português, Walter Fábrega acrescenta: “Apesar das compras terem sido maioritariamente efectuadas por investidores nacionais, denota-se o interesse por parte de investidores estrangeiros, quer institucionais e fundos de investimento, quer privados e family offices e, como novidade, as seguradoras voltam a olhar para Portugal”.
Richard Bloxam, Head de European Capital Markets na Jones Lang LaSalle, explicou: “Os maiores mercados do Reino Unido, França e Alemanha continuam a ser atractivos para os investidores imobiliários internacionais. Contudo, e tal como tínhamos previsto, os volumes de investimento começam a crescer na Europa do Sul, refletindo a crescente apetência dos investidores ao longo dos últimos nove meses. O actual sentimento dos investidores sugere que a actividade irá acelerar à medida que o diferencial entre a oferta e a procura começa a estreitar-se”.
De acordo com o Global Capital Flows, o 1º semestre de 2013 marcou ainda um crescimento homólogo nos volumes de investimento em imobiliário de retalho, sobretudo devido à crescente disponibilidade de stock de produtos para investimento. Segundo o relatório, a joint-venture entre a SES Spar European Shopping Centres e a Allianz Real Estate para a compra de um portfólio de sete centros comerciais nas principais cidades da Áustria, Eslovénia e Itália confirma também o regresso da confiança e o crescente interesse em portfólios nacionais e internacionais, com os investidores a procurarem ganhar escala de forma rápida.
Outras transações destacadas incluem a venda do BelAir, Bruxelas, a uma joint-venture entre a Hannover Leasing e uma instituição Asiática por mais de 300 milhões de euros; a compra dos escritórios Gallileo em Frankfurt por um investidor Sul-Coreano por 262 milhões de euros; e a aquisição do Silesia City Center por um consórcio de investidores internacionais liderado pela Allianz por um valor de 412 milhões de euros.
Robert Stassen, Head de European Capital Market Research, acrescentou: “A meio do ano, a Europa está posicionada para alcançar um volume de investimento imobiliário anual na ordem dos 125 mil milhões de euros, nivelando com o volume anual registado em 2012. Apesar da falta de oportunidades prime ter constrangido a actividade em alguns mercados, esta situação foi contrabalançada pelo crescimento registado noutros mercados. Notamos que o sentimento de confiança está a melhorar, o que em associação com uma maior disponibilidade de financiamento, deu aos investidores maior segurança para investir cada vez mais fora das localizações prime. Isto deverá traduzir-se em volumes de investimento sólidos na segunda metade do ano e pode querer dizer que as nossas previsões para o total do ano possam ainda ser revistas em alta”.