Cidades alemãs lideram ranking de destinos europeus para investimento imobiliário
o elevado nível de interesse de investidores imobiliários internacionais e nacionais gerou um aumento da actividade em várias cidades alemãs, com Dusseldorf (+210%), Frankfurt (+72%), Hamburgo (+52%) e Berlim (+24%) a registarem crescimento significa
Ana Rita Sevilha
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Segundo o mais recente estudo da CBRE, a Alemanha apresenta, pela primeira vez, cinco cidades no ranking dos dez principais destinos da Europa para investimento em imobiliário comercial.
De acordo com uma nota de imprensa enviada ao Construir pela consultora, “embora a actividade dos compradores não europeus tenha aumentado no primeiro semestre de 2013, o investimento em imobiliário comercial mantém-se concentrado num reduzido número de cidades europeias”. Segundo a mesma fonte, “os mercados maduros de Londres e Paris continuam a liderar em termos de quota do mercado Europeu e classificam-se em primeiro e segundo lugar, respetivamente, com Moscovo agora em terceiro”.
O estudo levado a cabo pela CBRE apurou também que o elevado nível de interesse de investidores imobiliários internacionais e nacionais gerou um aumento da actividade em várias cidades alemãs, com Dusseldorf (+210%), Frankfurt (+72%), Hamburgo (+52%) e Berlim (+24%) a registarem crescimento significativo por comparação ao período homólogo de 2012. Munique (+2%) continua a ser o destino preferencial para investimento na Alemanha e um dos preferenciais na Europa em termos gerais.
A consultora explica ainda que nos últimos anos, os investidores alemães têm-se concentrado fortemente no seu mercado doméstico, tendo intensificado o interesse no primeiro semestre de 2013, com 76% das aquisições de investidores alemães na Europa realizadas nos seus mercados domésticos (face a 53% em 2007-2009). O número de compradores estrangeiros com interesse no mercado alemão também aumentou, com investidores internacionais de 21 países diferentes a fazer aquisições na Alemanha em 2013 até ao momento. Frankfurt, em particular, registou uma percentagem considerável de investimento de fora da Europa (39% do total).
Fabian Klein, director do Departamento de Investment da CBRE Alemanha, comenta: “no seguimento de grandes volumes de investimento realizados por investidores norte-americanos e coreanos em imobiliário na Alemanha, o interesse internacional deverá continuar com os investidores institucionais e os fundos soberanos asiáticos a procurarem activamente novas oportunidades além-fronteiras, com especial interesse por parte de fundos de seguros chineses. O imobiliário alemão é uma proposta atractiva para os investidores, visto que procuram mercados internacionais que possam combinar atractivos níveis das yields com estabilidade e transparência para satisfazer os requisitos em termos de riscos para a distribuição dos seus activos”.
Segundo a CBRE, Londres e Moscovo destacam-se por ter captado a maior percentagem de investimento inter-regional, com mais de 60% das transações concluídas por compradores não europeus em ambas as cidades. Este aumento de investimento de fora da Europa, explica a consultora, é um importante impulsionador do mercado, dado que os compradores não europeus foram responsáveis por 28% das transações no primeiro semestre de 2013, uma subida face a 22% no primeiro semestre de 2012.
Sendo uma das três maiores cidades europeias em termos populacionais (Londres e Paris são as maiores, respectivamente), a subida de Moscovo enquanto destino de investimento imobiliário “era esperada há muito, com um acréscimo de actividade de 63% relativamente ao primeiro semestre de 2012, que levou a cidade à terceira posição nos rankings”. De acordo com a CBRE, “a população por si não é, obviamente, um motor da actividade de investimento, mas serve como um valor de substituição da importância económica das cidades. A elevada entrada de capital internacional, predominantemente norte-americano, foi a principal razão por detrás da subida de Moscovo no ranking de investimento do primeiro semestre de 2013”.
Os primeiros seis meses de 2013 registaram também um ligeiro decréscimo de actividade em Paris, “embora a cidade se mantenha um destino de investimento muito atractivo, classificando-se em segundo lugar na lista geral”, revela a consultora, sublinhando que, “embora o investimento em Paris com origem fora da região se tenha mantido em geral consistente, o investimento internacional de dentro da Europa foi muito mais baixo do que o normal, representando 17% do investimento total no primeiro semestre, face a uma média de longo prazo de 30%, ainda que tal tenha sido contrariado por uma elevada percentagem de investimento por parte de investidores franceses locais”.