Oito em cada dez novos desempregados oriundos da Construção
“O comportamento do emprego só poderá evoluir favoravelmente com uma actuação forte e determinada sobre um sector que, à semelhança do que sucede em todas as economias europeias, é essencial para garantir o crescimento económico e coesão social”
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A Confederação Portuguesa da Construção e Imobiliário (CPCI) alertou esta sexta-feira que 84 mil dos 103 mil empregos perdidos no último ano são oriundos da construção e imobiliário, defendendo “políticas de incentivo ao investimento e emprego” focadas no sector.
“O comportamento do emprego só poderá evoluir favoravelmente com uma actuação forte e determinada sobre um sector que, à semelhança do que sucede em todas as economias europeias, é essencial para garantir o crescimento económico e a coesão social”, sustenta a CPCI em comunicado.
Para a confederação, numa altura em que “se eleva para 435 mil a perda total de empregos na construção e imobiliário desde 2002 – ano em que se iniciou a mais longa e prolongada crise do sector” – impõe-se uma “aposta centrada em políticas activas de incentivo ao investimento e ao emprego, com um papel preponderante” da actividade.
Reagindo aos números relativos ao desemprego do terceiro trimestre divulgados na quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a CPCI considera que “reforçam a necessidade e urgência da implementação das medidas consagradas no `Compromisso para a Competitividade Sustentável do Sector da Construção e do Imobiliário` assinado com o Governo e recentemente reafirmado pelo actual ministro da Economia”.
“O próprio executivo, ao reiterar as metas de concretização até ao final do ano das soluções previstas no `Compromisso para a Competitividade Sustentável do Sector da Construção e do Imobiliário`, tem seguramente consciência da necessidade de inverter um cenário em que, em termos líquidos, o sector é afectado com a destruição de oito em cada 10 empregos nacionais, situação que é incompatível com o cenário de retoma que se pretende ver materializado nos próximos meses”, sustenta.
Para a confederação, o actual “peso do défice de investimento público e privado em Portugal traduz-se num incomportável fardo para o país”, quer pelas “implicações em termos de sustentabilidade futura” que representa, mas também pela “factura com encargos sociais”.
“Comparando o terceiro trimestre do ano com o anterior, e não obstante o aumento da população total empregada e a consequente melhoria da taxa de desemprego, as condições do mercado de trabalho no sector deterioraram-se, assistindo-se a uma perda de 22.245 empregos nos últimos noventa dias, o que traduz uma média diária de 247 postos de trabalho destruídos”, conclui.
O INE divulgou na quinta-feira que a taxa de desemprego em Portugal foi de 15,6% no terceiro trimestre, 0,8 pontos percentuais abaixo do trimestre anterior e menos 0,2 pontos que no mesmo período de 2012.
Segundo os resultados do Inquérito ao Emprego do INE, entre Julho e Setembro, a população desempregada foi de 838,6 mil pessoas, o que representa uma diminuição homóloga de 3,7% e uma diminuição trimestral de 5,3% (menos 32,3 mil e menos 47,4 mil pessoas, respectivamente).