Galeria da Ordem dos Arquitectos recebe “The Process Of Believe”
Esta iniciativa representa “a vontade e persistência de um crescente número de jovens profissionais, que não tendo acesso ao mercado de trabalho pela falta de cliente, investe o seu conhecimento, formação e capacidade de iniciativa”
Ana Rita Sevilha
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A galeria da Ordem dos Arquitectos recebe até 24 de Janeiro algumas das reflexões do projecto “The Process Of Believe” – uma iniciativa levada a cabo por João Inácio e que pretende combater a estagnação dos tecidos urbanos por meio da reflexão e da experimentação na arquitetura sob a forma de exercícios de interpretação.
De acordo com o portal da Ordem dos Arquitectos, “esta é uma iniciativa que acontece na ausência de encomenda e revela-se fundamental para que o panorama construído deixe de ser maioritariamente o resultado de interesses financeiros e passe a ser sinónimo de planeamento” e representa “a vontade e persistência de um crescente número de jovens profissionais, que não tendo acesso ao mercado de trabalho pela falta de cliente, investe o seu conhecimento, formação e capacidade de iniciativa na construção de novos cenários urbanos comunicados através de ferramentas gráficas, potenciando dessa forma a cidade nas suas mais variadas escalas”.
Algumas destas reflexões integram a mostra através de simulações tridimensionais impressas ou através de registos fotográficos. A Ordem dos Arquitectos sublinha ainda que “este é um processo que não obedece a nenhuma fórmula em particular, apresenta-se apenas como uma consequência natural dos tempos e dos espaços em que vivemos”.
João Inácio nasce em Torres Vedras, em 1979. Completa o Mestrado Integrado em Arquitectura pela Universidade Moderna de Lisboa em 2008 e inicia estágio profissional com José Rafael Jesuíta, arquitecto. Em 2010 torna-se membro efectivo da Ordem dos Arquitectos e cria o seu próprio espaço de trabalho tendo como objectivo principal interpretar e reinterpretar situações no domínio da Arquitectura e do Planeamento Urbano a fim de dar sequência e consequência à vida, dentro e fora das cidades. Ainda durante este ano participa em diversos concursos e exposições de arquitectura tendo obtido o 6º lugar no concurso internacional de ideias “Crisis, what crisis?”. Dois anos depois acolhe os primeiros estágios académicos e é juri convidado para a apresentação das provas de aptidão profissional da Escola Gustave Eiffel. No mesmo ano colabora em eventos no âmbito da Trienal de Arquitectura de Lisboa e inicia actividade como Perito Avaliador Local pela Autoridade Tributária e Aduaneira, enquanto continua a projectar. É desde 2013 membro do SNEET (Sindicato Nacional dos Engenheiros, Engenheiros Técnicos e Arquitetos).