Investimento imobiliário global atingiu 133 mil milhões no quarto trimestre de 2013
O resultado contribuiu para que os volumes anuais transaccionados durante o ano passado se fixassem em 549 mil milhões de dólares (400 mil milhões de euros), exibindo um crescimento de 18% face a 2012
Pedro Cristino
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A melhoria da conjuntura económica global e o aumento da liquidez impulsionaram os volumes de investimento imobiliário global no quarto trimestre de 2013 para os 183 mil milhões de dólares (133 mil milhões de euros).
Segundo a Jones Lang LaSalle (JLL), que revelou este resultado, o mesmo contribuiu para que os volumes anuais transaccionados durante o ano passado se fixassem em 549 mil milhões de dólares (400 mil milhões de euros), exibindo um crescimento de 18% face a 2012.
Segundo o comunicado da consultora, os mercados imobiliários “mantiveram a sua dinâmica de crescimento nos últimos 12 meses, mesmo em comparação com um final de 2012 já bastante activo”. A juntar a isto, os volumes de investimento registados no quarto trimestre de 2013 “superaram a boa performance do trimestre anterior em cerca de 31%, registando ainda um crescimento de 13% face ao mesmo período do ano anterior”.
O maior crescimento regional verificou-se na Ásia-Pacífico, onde os volumes globais de investimento em imobiliário terciário aumentaram 26%, traduzindo um valor de 124 mil milhões de dólares (90 mil milhões de euros) transaccionados em 2013, que equipara aos níveis recorde registados em 2007.
A consultora destaca, nesta região, o Japão, que cresceu 63%, assumindo a posição de terceiro mercado mundial mais activo, depois do Reino Unido e dos Estados Unidos. Os volumes de investimento atingiram níveis recorde na China e na Austrália, que registaram crescimentos de 66% e 30%, respectivamente.
No continente americano, observou-se “uma melhoria sustentada nas condições do mercado e na confiança”. Os volumes transaccionados nesta região alcançaram os 240 mil milhões de dólares (175 mil milhões de euros), mais 18% face a 2012. Em termos trimestrais, no último trimestre, o crescimento foi de 17%, para os 87 mil milhões de dólares (63 mil milhões de euros). Os EUA e o Canadá, principais mercados, cresceram cerca de 20%. Na América Latina, o Brasil registou “um ano claramente abaixo do esperado”.
Na Europa, foram registados “alguns dos melhores resultados desde 2007, com um crescimento europeu agregado de 14% para os 184 mil milhões de dólares” (134 mil milhões de euros). O Reino Unido e a Alemanha cresceram 19% e 17%, respectivamente.
A Jones Lang LaSalle estima ainda que os volumes de investimento imobiliário a nível global superem a marca dos 600 mil milhões de dólares (437 mil milhões de euros) durante este ano, alcançando os 625 mil milhões (456 mil milhões de euros), num aumento anual de 14% face a 2013.
Segundo a consultora imobiliária, o crescimento mais expressivo deverá ocorrer no continente americano, onde o investimento deverá aumentar cerca de 20%, considerando o crescimento da economia, a existência de “menor ruído político” e uma crescente liquidez por via dos mercados de dívida e de capitais.
A LaSalle estima também que, na Europa, o primeiro trimestre deste ano seja “excepcionalmente forte”, sustentando um crescimento anual de 10%. Este crescimento “dever-se-á sobretudo à expansão da actividade, quer em termos geográficos, quer sectoriais, suportada pelo crescente fluxo de capital destinado a este sector e pela melhoria da confiança”.
Segundo Arthur de Haast, os mercados globais de investimento imobiliário “continuam a melhorar, influenciados por perspectivas mais optimistas em relação à economia global e ao sentimento dos investidores”.
O director o grupo de International Capital da JLL explicou que “o imobiliário está, sem dúvida, a beneficiar do desejo dos investidores em deter activos que gerem rendimentos sólidos, em paralelo ou mesmo, em alguns casos, em alternativa a oportunidades de investimento de maior liquidez”.