Arquitectura norueguesa em exposição até 23 de Maio em Coimbra
“Nos últimos anos, a Noruega conseguiu lançar para o mundo a sua arquitectura e transformá-la numa indústria de exportação” através de políticas do Estado, explicou Nuno Grande, docente do Colégio das Artes e do Departamento de Arquitectura
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A exposição “Arquitectura Contemporânea Norueguesa” estará em Coimbra entre 24 de Abril e 23 de Maio e poderá ser “uma lição” para Portugal usar a arquitectura como uma forma de exportação, disse esta quarta-feira fonte da organização.
“Nos últimos anos, a Noruega conseguiu lançar para o mundo a sua arquitectura e transformá-la numa indústria de exportação” através de políticas do Estado, explicou Nuno Grande, docente do Colégio das Artes e do Departamento de Arquitectura da Universidade de Coimbra, as duas entidades que, em conjunto com a Embaixada da Noruega, organizam a exposição que irá estar presente no Colégio das Artes.
De acordo com o professor de Arquitectura, Portugal “tem grandes arquitectos, que fazem o seu trabalho lá fora apenas por iniciativa própria”, considerando que seria “importante o Governo português estabelecer parcerias e olhar para a arquitectura e para o seu potencial exportador”.
A “grande conquista da Noruega” na sua internacionalização foi possível porque o “país apoia a participação dos seus arquitectos em prémios, concursos e projectos internacionais”, realçou.
Nuno Grande aclarou que a exposição “circula por toda a Europa”, sendo a presente a sétima edição da mostra de arquitectura contemporânea, com as obras seleccionadas pelo Museu Nacional de Arte da Noruega, focando-se nos trabalhos realizados entre 2009 e 2012.
Na exposição, estarão presentes “planos técnicos, fotografias e maquetes” de 38 trabalhos da arquitectura norueguesa, que, segundo o docente, se caracteriza por uma “ligação muito forte com a paisagem”, havendo sempre “uma experimentação que liga o paisagismo, a arquitectura e a arte”.
Para além da ligação ao espaço natural, a arquitectura norueguesa “mostra uma grande mestria no uso dos materiais artificiais e utiliza, na construção das obras, uma mistura entre técnicas tradicionais e formas muito inovadoras”, referiu.
Das obras que estarão na exposição, o docente destaca a Ópera e Ballet da Noruega, em Oslo, do colectivo Snøhetta, que se “tornou o grande símbolo” da arquitectura daquele país.
“É um edifício em frente a um fiorde, que cria uma relação entre a água e a terra” e que se afirma como “um edifício democrático porque, apesar de ser uma ópera, que está ligada a uma cultura de elite, o seu telhado é um enorme espaço de deambulação que beneficia toda a cidade”.
A exposição é inaugurada a 24 de Abril, às 17:30, pelo embaixador da Noruega em Portugal, Ove Thorsheim, e pela curadora do Museu Nacional de Arte, Arquitectura e Design da Noruega, Eva Madshus.