Câmara de Matosinhos quer receber Museu Nacional da Arquitectura
A futura Casa da Arquitectura em Matosinhos irá contar com uma área de cerca de 2000 m2 para “recolher, tratar e expor publicamente os espólios dos arquitectos portugueses”
CONSTRUIR
BOMO Arquitectos assinam reconversão de casa rural em Silves (c/ galeria de imagens)
O expectável aumento do volume de investimento na hotelaria europeia
Roca apresenta “Sparking Change” na Fuorisalone
Habitação: Câmara de Lagos aprova investimento de 9,4M€ na compra de terrenos
Vila Galé inaugura hotéis na Figueira da Foz e Isla Canela
Prémio Nacional do Imobiliário 2024 distingue empreendimentos do sector
DS Private reforça rede
Salto Studio ganha concurso para antiga Colónia Balnear da Areia Branca
Município de Esposende investe 3,6M€ na construção de residência de estudantes
Weber lança novo acabamento para fachadas
A Câmara Municipal de Matosinhos, quer transformar o primeiro grande complexo industrial construído na viragem dos séculos XIX-XX na cidade, na Casa da Arquitectura e também no Museu Nacional dedicado à disciplina.
O anúncio foi feito pelo presidente da autarquia, Guilherme Pinto, no decorrer de uma visita guiada às instalações daquela unidade fabril que, entre 1901 e 1930, foi a Real Companhia Vinícola, da sociedade Meneres & Cª., e após a assinatura de um protocolo entre a associação Casa da Arquitectura e a Ordem dos Arquitectos que visa estreitar as relações de cooperação e intercâmbio entre as duas instituições.
Segundo o jornal Público, para Guilhermo Pinto, “se há uma cidade no país com a ousadia de encontrar um lugar onde deva ser feito o Museu Nacional da Arquitectura, é Matosinhos”, reivindicou o autarca, invocando os nomes de Álvaro Siza e de Eduardo Souto de Moura, sublinhando que “a arquitectura é parte da identidade de Matosinhos”
O Presidente da OA, João Santa-Rita, lembrou na altura, o facto de Portugal ser “um dos raros países da Europa que não tem uma instituição nacional para a arquitectura”. Contudo, referiu também a importância de iniciar uma discussão alargada a todo o País.
Segundo o jornal Público, no decorrer da visita, João Santa-Rita especificou aos jornalistas que a assinatura do presente protocolo “não compromete a OA” com a defesa de Matosinhos como sede obrigatória dum futuro Museu Nacional da Arquitectura, antes abre um caminho para um debate que venha a envolver as várias instituições que em diferentes lugares têm trabalho realizado, ou projectos, nessa área.
Nuno Sampaio, actual director executivo da associação Casa da Arquitectura, acrescentou ainda que esse projecto nacional “só será verdadeiramente possível se contar com o envolvimento do Estado”.
A futura Casa da Arquitectura em Matosinhos irá contar, dentro da propriedade da Real Vinícola que a autarquia adquiriu e classificou como património municipal, com uma área de cerca de 2000 m2 para “recolher, tratar e expor publicamente os espólios dos arquitectos portugueses”, disse Nuno Sampaio. O projecto de intervenção é da autoria de Guilherme Vaz, e contempla também espaços para ateliers, biblioteca e auditório. Além da arquitectura, o edifício vai também acolher a Orquestra de Jazz de Matosinhos, vai ter uma praça ao ar livre para restauração e ainda lojas que serão concessionadas em busca do retorno para um investimento que a câmara orçamenta em 3,180 milhões de euros.