Luís Guimarães vence concurso internacional Prologis 2013 Design Awards
O júri destacou que se distingue por ser “um edifício que é único na sua concepção arquitectónica e pouco usual no contexto dos edifícios logísticos, e que entra em diálogo com o seu meio e é pleno de urbanidade”
Ana Rita Sevilha
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A Arquitectura portuguesa voltou a ser distinguida. Desta vez foi Luís Guimarães, arquitecto da FLUXO interactive architecture, que venceu o primeiro prémio no Concurso Internacional “Prologis 2013 Design-Design the future for Logistics Buildings”. Natural do Porto, o arquitecto fundou e lidera o gabinete de arquitectura com sede em Düsseldorf, na Alemanha, e conquistou o galardão em colaboração com os escritórios Kruschina e DE VISU (Sébastien Bernard).
O Concurso, aberto a empresas de arquitectura com sede na Europa do Norte, é uma iniciativa do grupo internacional de logística PROLOGIS sobre o tema “Think out of the Box”, lançando desta forma o desafio de projectar imobiliário de uso logístico inovador.
Relativamente à proposta de Luís Guimarães, o júri destacou que se distingue por ser “um edifício que é único na sua concepção arquitectónica e pouco usual no contexto dos edifícios logísticos, e que entra em diálogo com o seu meio e é pleno de urbanidade”.
Segundo a organização do prémio, a proposta distingue-se ainda por ser convincente e bem conseguida, integrando edifícios logísticos no contexto urbano e paisagístico. De acordo com a mesma fonte, “o projecto vencedor apresenta uma solução arquitectónica que recorre à implantação do corpo do edifício sobre colunas e sobre a auto-estrada, fazendo com que a nave pareça não apenas maior como também dando uma resposta à falta de terrenos para novas infra-estruturas na proximidade dos aglomerados urbanos. Uma vantagem adicional nesta solução é permitir a redução dos ruídos, ao mesmo tempo que tira partido da grande exposição que advém da sua localização, já que toda a gente passa na autoestrada”.
Sobre o seu projecto, Luís Guimarães refere que “a sua ligeireza e elegância resultante da utilização de materiais inteligentes e inovadores, como fibras de carbono e membranas plurifuncionais insufláveis, fazem desta construção um caso especial dentro do mundo da logística. A transparência destes materiais permite a utilização da luz solar no interior. A fachada multimédia é um elemento que interliga a empresa no seu contexto e que pode ser utilizada com fins comerciais e para publicidade”
O “potencial e flexibilidade de usos” e “as excelentes acessibilidade” são outros aspectos destacados e que contribuíram para a singularidade desta proposta, “que aproveita uma perfeita ligação a toda a rede viária e funciona como intercâmbio entra o transporte global e o local”, revela a organização.
“Os resultados são muito esclarecedores”, diz o presidente do Júri, Mike Schlaich, sócio principal da Schlaich bergemann und partner, acrescentando que estes “comprovam que os edifícios da indústria logística também podem contribuir para o futuro da arquitectura.”
Gudmund Stokke, sócio principal da Nordic – Gabinete de Arquitectura, e um dos membros do Júri sublinha ainda que, “em geral, foram apresentadas ideias muito interessantes sobre onde e como continuaremos a desenvolver propriedades para o sector logístico, ambientalmente e socialmente sustentáveis”.