João Pedro Falcão de Campos distinguido pela Associação Internacional de Críticos de Arte
O júri foi presidido pelo curador João Silvério e constituído pela arquitecta Ana Tostões, o artista plástico Bruno Marchand, a historiadora e crítica de arte Helena de Freitas e o arquitecto Luís Santiago Baptista
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Os Prémios da Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA), no valor de 10.000 euros, relativos a 2013, distinguiram o arquitecto João Pedro Falcão de Campos e o artista plástico Alexandre Estrela.
Em comunicado, a AICA afirma que “os Prémios AICA/SEC/Millennium bcp de Artes Visuais e Arquitectura relativos a 2013 foram, por decisão unânime do júri, atribuídos ao artista Alexandre Estrela e ao arquitecto João Pedro Falcão de Campos”.
O júri reuniu-se na quinta-feira, em Lisboa, e segundo o comunicado, que cita a ata da reunião, a distinção ao arquitecto João Pedro Falcão de Campos é “justificada pela consistência da sua obra e a abrangência da sua actuação”.
“O Prémio recai sobre um arquitecto que trabalha com o mesmo rigor obra nova, reabilitação, arquitectura ou espaço público”, exarou o júri em acta.
“A sua coerência construtiva, programática e conceptual ficou recentemente patente em intervenções exemplares conduzidas no coração de Lisboa – como o percurso pedonal assistido da Baixa ao Castelo ou a obra da sede do Banco de Portugal, realizada em parceria com Gonçalo Byrne, – que reforçaram a memória e a identidade da Baixa Pombalina, devolvendo-lhe centralidade institucional, representativa e cultural”, refere ainda o júri sobre a escolha de Falcão de Campos.
Na acta pode ainda ler-se que, “no percurso, assumindo sempre uma perspectiva integrada de actuação, a lógica dos espaços urbanos atravessados é valorizada e assegurado o conforto do cidadão”. “Na sede do Banco de Portugal gere um programa complexo, articulando a abertura do edifício-quarteirão à cidade, com exigentes soluções técnicas, e definindo as grandes decisões estratégicas que passaram pela realização de complexas demolições, pelo posicionamento das redes de infraestruturas, por um restauro cuidadoso e pela integração dos achados arqueológicos”.
Relativamente a Alexandre Estrela, que começou a expor na década de 1990, o júri afirma na ata que, “com a exposição ‘Meio Concreto’, realizada no Museu de Arte Contemporânea de Serralves, entre 29 de Junho e 29 de Setembro de 2013, confirmou-se a vitalidade e a relevância do trabalho” que o artista “tem vindo a desenvolver, nas últimas décadas”.
“Recorrendo sobretudo à imagem projectada e ao som, mas também a suportes e estruturas de carácter escultórico, as peças apresentadas nesta exposição colocaram o visitante no centro de uma experiência que aliou, de forma irrepreensível, um olhar crítico sobre os dispositivos museográficos e uma sofisticada reflexão sobre o estatuto da imagem, sobre o fenómeno perceptivo e sobre as suas possíveis somatizações”, afirma o júri.
“À apresentação deste conjunto de obras, produzidas entre 2007 e 2012, juntou-se um catálogo cuja singularidade soube ampliar e multiplicar os objectivos da exposição, constituindo-se como um documento decisivo para um mais completo conhecimento do universo autoral de Alexandre Estrela”, acrescenta o júri.
O júri foi presidido pelo curador João Silvério e constituído pela arquitecta Ana Tostões, o artista plástico Bruno Marchand, a historiadora e crítica de arte Helena de Freitas e o arquitecto Luís Santiago Baptista.
O prémio de artes visuais e o prémio de arquitectura da Secção Portuguesa da Associação Internacional de Críticos de Arte é atribuído em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura e a Fundação Millennium BCP.
Os galardões serão entregues “em cerimónia a realizar, em data que será oportunamente divulgada”, conclui a AICA.