AECOPS prevê que 2015 quebre um ciclo de 13 anos de quebras na construção
Construção deverá crescer 1,5% este ano, “pondo fim a um período durante o qual a produção da actividade se contraiu 58%”
Pedro Cristino
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A Associação de Empresas de Construção, Obras Públicas e Serviços (AECOPS) prevê que, ao fim de 13 anos, 2015 se perspective como o ano “da inversão do profundo e histórico ciclo de crise que tem devastado o sector da construção”.
Em comunicado de imprensa, a associação explica que, embora num enquadramento macroeconómico “ainda muito difícil e com grandes desafios pela frente, tanto no mercado externo, como no exterior”, a construção deverá crescer 1,5% este ano, “pondo fim a um período durante o qual a produção da actividade se contraiu 58%”.
As previsões da AECOPS agora divulgadas são acompanhadas do balanço da actividade do sector durante o ano passado (-4,5%) assentam numa conjuntura internacional cujos efeitos directos e indirectos em Portugal “favorecem o investimento em construção, seja no imobiliário, seja em infra-estruturas”.
Como pressupostos internacionais, a associação cita, a título de exemplo, o risco de deflação e o Plano de Investimentos Europeu. Relativamente aos factores nacionais, são destacados o pleno acesso do país aos mercados financeiros, o início de um novo ciclo de apoios comunitários e o investimento directo estrangeiro no imobiliário e na aquisição de empresas.
“Com este enquadramento, a AECOPS prevê que, após 13 anos de quebras excessivas que deverão ter atingido uma redução acumulada de 80%, a produção do segmento da Construção Residencial registe, em 2015, um crescimento em redor dos 1,3%, em contraste com a quebra de 10% com que terminou 2014”, refere o comunicado.
Para os trabalhos de manutenção/reabilitação, a AECOPS prevê um crescimento de 8,5% mas, dada a evolução ainda negativa do licenciamento, a associação prevê, novamente, uma redução do volume dos trabalhos de construção nova, na ordem dos 2,6% em termos reais, valor que é muito mais moderado do que o registado nos anos mais recentes – média de -22% nos últimos três anos.
O segmento da Construção Não Residencial “deverá expandir a sua produção em 2015 (0,9% face a cerca de -6% em 2014) devido ao desempenho favorável da sua componente privada (1,5% face a -2% em 2014), já que o nível de produção de edifícios não residenciais públicos, cujo desempenho em 2014 se traduziu numa redução de 11%, deverá continuar este ano fortemente condicionada pelo nível muito reduzido de investimento público, estabilizando ao nível de 2014”, quando se registou uma variação nula.
Neste campo, a AECOPS salienta “o forte dinamismo” observado nas aquisições de edifícios não residenciais, impulsionadas pela procura de estrangeiros, “e que tem conduzido a uma evolução muito positiva dos trabalhos de reabilitação, os quais, por si só, são suficientes para impor uma boa dinâmica a este segmento da construção de edifícios”.
A associação frisa ainda que, no subsector de Engenharia Civil, após cinco anos consecutivos de quebras na produção, a previsão aponta para um crescimento de 2% este ano, como resultado dos primeiros efeitos da entrada em vigor do Novo Programa de Fundos Estruturais Comunitário – Portugal 2020 e da conclusão das obras financiadas no âmbito do QREN 2007-2013.