A formação como base fundamental para a internacionalização das empresas
PROFª. LUÍSA COUTINHO EXECUTIVE DIRECTOR, EWF A formação profissional é, de forma transversal, um pilar essencial para a competitividade das organizações a diferentes níveis, independentemente da sua área de actuação. Esta realidade aplica-se tanto à capacitação para a utilização das mais recentes tecnologias, como ao potencial de internacionalização de profissionais e empresas proporcionado por estas… Continue reading A formação como base fundamental para a internacionalização das empresas
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PROFª. LUÍSA COUTINHO
EXECUTIVE DIRECTOR, EWF
A formação profissional é, de forma transversal, um pilar essencial para a competitividade das organizações a diferentes níveis, independentemente da sua área de actuação. Esta realidade aplica-se tanto à capacitação para a utilização das mais recentes tecnologias, como ao potencial de internacionalização de profissionais e empresas proporcionado por estas certificações, reconhecidas em diferentes países. Um desses exemplos é o das tecnologias relativas à área da soldadura e tecnologias de ligação utilizadas nas empresas de metalomecânica a nível nacional
Em primeiro lugar, ao criar uma base de conhecimento que permite que os processos decorram com maior eficiência e que as mais recentes tecnologias de produção ou de processos possam ser implementadas, a formação e consequente capacitação dos profissionais conduz a uma redução dos custos associados. Ou seja, as organizações podem potenciar as mais modernas e eficientes tecnologias por forma a operar com elevados níveis de excelência. E esta realidade tanto se aplica numa linha de produção como na gestão ou mesmo em processos administrativos.
Existe no entanto, um aspecto de grande relevância em sectores mais específicos, como é o caso da indústria de fabrico dos mais diversos materiais ou de construção, que impliquem a certificação de processos, e que se prende com o potencial de internacionalização das empresas. Neste caso, a qualificação dos profissionais permite a validação de processos de construção de acordo com normativos instituídos e, dessa forma, aumenta o potencial de internacionalização da oferta das organizações. No caso das estruturas soldadas, a formação vem permitir que todas as empresas saibam como devem agir para salvaguardar que todos os seus colaboradores executam as funções que lhes são confiadas em conformidade com as regras internacionalmente aceites e que permitem a certificação dos mesmos processos. Nesse sentido, a qualificação EWF de soldadores segue os princípios das normas relativas à aprovação/certificação de soldadores (Ex EN 287-1, EN ISO 9606-1, etc). No final do curso o soldador recebe o Diploma EWF, o Diploma IIW e o Certificado de Soldador de acordo com a respetiva norma. No caso dos Coordenadores de Soldadura a qualificação responde aos requisitos da norma EN ISO 14731 que define as responsabilidades e funções dos coordenadores de soldadura.
A internacionalização é, para as empresas nacionais, uma oportunidade relevante de crescimento, fruto da contração verificada no mercado interno nos últimos anos, especialmente forte nesta área de construção e também na metalomecânica. Assim, a formação profissional, assume uma importância crítica porque Dotará as empresas de profissionais com conhecimento das normas internacionais e das boas práticas reconhecidas internacionalmente.
Incorporando as normas anteriormente descritas, os diversos centros de formação qualificados segundo as regras EWF/IIW, capacitam profissionais, que passam a estar ligados numa rede internacional que lhes permite uma constante melhoria de conhecimentos e partilha de melhores práticas. Assim, todos os formandos passarão a conhecer as melhores práticas internacionais, reconhecidas em 46 países do mundo através do Diploma Internacional ou Europeu. Do lado das empresas, estas qualificações facilitam a exportação, contribuindo desta forma para o reconhecimento da “marca Portugal” na componente metalomecânica.
Um outro aspecto relevante do sector prende-se com o potencial de crescimento para os profissionais nesta área. Neste momento, existe um défice de profissionais qualificados em tecnologias de ligação, nomeadamente soldadura, isto porque a crescente complexidade dos processos industriais cria novas exigências e oportunidades para estes profissionais. Um claro exemplo pode ser encontrado no crescimento do número de formandos mas também no interesse registado por entidades que disponibilizam este curso, sendo o mais recente exemplo, o Instituto de Emprego e Formação Profissional – IEFP, que ministra estas formações em oito centros espalhados pelo país. Aliás, os dados destes centros indicam, no caso do centro de formação do IEFP de Tomar, uma taxa de empregabilidade para os profissionais que efectuaram estes cursos, de 80%, uma clara demonstração do interesse da indústria nestes profissionais.
Em suma, qualquer empresa que tenha nas suas equipas profissionais com diplomas EWF (European Federation for Welding, Joing and Cutting) ou IIW (International Institute of Welding), reconhecidos internacionalmente, demonstra a sua capacidade na execução de Construção soldada de acordo com os requisitos internacionais, garantindo que detém competências e conhecimentos de excelência na área, reforçando o potencial de crescimento das empresas do sector da metalomecânica nacional.