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    Engenharia

    Blokk e a importância da complementaridade de especialidades de engenharia

    Luís Macedo e Nuno Gonçalves são engenheiros civis e os fundadores da Blokk, sediada em Braga. Em entrevista ao Construir, Nuno Gonçalves, sócio-gerente da empresa, explicou as vantagens de agregar as diferentes especialidades de ambos em prol de soluções de engenharia transversal aplicadas as áreas de projecto, energias e consultoria. Como surge a Blokk? A… Continue reading Blokk e a importância da complementaridade de especialidades de engenharia

    Pedro Cristino
    Engenharia

    Blokk e a importância da complementaridade de especialidades de engenharia

    Luís Macedo e Nuno Gonçalves são engenheiros civis e os fundadores da Blokk, sediada em Braga. Em entrevista ao Construir, Nuno Gonçalves, sócio-gerente da empresa, explicou as vantagens de agregar as diferentes especialidades de ambos em prol de soluções de engenharia transversal aplicadas as áreas de projecto, energias e consultoria. Como surge a Blokk? A… Continue reading Blokk e a importância da complementaridade de especialidades de engenharia

    Pedro Cristino
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    Luís Macedo e Nuno Gonçalves são engenheiros civis e os fundadores da Blokk, sediada em Braga. Em entrevista ao Construir, Nuno Gonçalves, sócio-gerente da empresa, explicou as vantagens de agregar as diferentes especialidades de ambos em prol de soluções de engenharia transversal aplicadas as áreas de projecto, energias e consultoria.

    Como surge a Blokk?
    A génese é algo antiga. Nós fomos colegas de curso e tanto eu como o Luís Macedo trabalhámos em gabinetes de projecto e sempre tivemos ambição de criar o nosso próprio gabinete. A Blokk acaba por surgir como uma oportunidade “forçada”. A empresa onde eu trabalhava estava num momento em que necessitava de emagrecer os seus quadros e eu aproveitei essa oportunidade, saí e basicamente disse ao Luís Macedo que estava na altura de termos a nossa própria empresa. Havia uma oportunidade muito grande a nível de energia, que consistia na exploração de uma central térmica e foi um pouco nessa base que avançámos, porque sabíamos que era um projecto grande, ambicioso e de continuidade. É um projecto que não acaba. Além de, na altura, termos feito alguns trabalhos de consultoria nessa altura, a nossa ideia foi sempre ficar com a gestão da central e foi o que veio a acontecer. Fazemos a gestão dessa central desde o arranque e, actualmente, a empresa onde anteriormente trabalhei é nossa cliente. Tanto eu como o Luís Macedo temos bons contactos e aventurámo-nos. Foi numa altura de crise mas uma empresa que nasce neste contexto só pode melhorar.

    Agora também se atravessa uma fase de maior optimismo…
    Acho que nós crescemos no fundo da crise e não sentimos o afundar da empresa. Temos registado um crescimento acentuado e mais ou menos constante. Desde que comecei a Blokk, o panorama tem sido altamente animador porque conseguimos, lentamente, entrar nos mercados angolano, brasileiro e moçambicano. Estas coisas demoram normalmente algum tempo, mas quando começam a surgir resultados os projectos começam a aparecer.

    A Blokk inicia então a sua actividade na área das energias…
    Foi aproveitar uma oportunidade que surgiu, porque a nossa ideia sempre foi construir a empresa com base na área em três áreas: projecto, energia e consultoria. Tanto eu como o Macedo sempre prestámos consultoria, ele mais ligado à faculdade – eles têm muito trabalho ligado a peritagens e pontes – e eu mais ligado a escritórios de advogados – em questões mais técnicas que os advogados não dominam, nós damos esse apoio técnico à sua parte jurídica. Mas o nosso “core business” sempre foram os projectos, é isso que gostamos de fazer e é isso onde nos focamos mais. Apesar de ser uma área que está em crise, é essa a nossa actividade principal. Pelo volume de negócios nem é a área principal, mas é a que, se calhar, nos dá mais prazer trabalhar e onde somos melhores. Por outro lado, quando começamos a enveredar por outros caminhos, começa a aprender e a desenvolver outras capacidades. Quando começámos a trabalhar na área da energia, na central térmica, tivemos de adquirir novos conhecimentos porque, sobretudo, é uma área que envolve muita gestão e o nosso curso é algo multifacetado e dá-nos valências para este tipo de trabalhos.

    Como vêem a situação no mercado português na área de engenharia civil?
    Acho que se notou muito a crise do BES. Chegámos a ter muitos pedidos de projectos, sobretudo a nível de turismo – que tem sido, nos últimos anos, um grande motor da engenharia de construção – que estava a crescer a uma grande velocidade. A crise do BES afectou os financiamentos e acabou por afectar tanto os projectistas, como a própria indústria do turismo. Aí identifico uma pausa no crescimento que estava a ocorrer. Acho que a retoma, que não aconteceu na altura com a crise do BES, vai acontecer agora. Se calhar, agora, os promotores dos empreendimentos voltaram a afinar agulhas e a voltar-se para outros parceiros e os projectos vão avançar. De qualquer forma, acho que está a acontecer uma evolução no crescimento, mas é pequena.

    2013 foi o vosso primeiro ano de actividade?
    Sim, pode dizer-se que foi o primeiro ano, porque estivemos algum tempo a preparar as coisas. Antes de termos formado a empresa, fizemos uma série de contactos entre 2012 e 2013. Em 2012 começámos a preparar o lançamento da empresa, a nível de contactos e na identificação dessas oportunidades ligadas à energia, e fizemos o referido lançamento em 2013.

    Começaram logo com uma carteira de clientes?
    Começámos logo com alguns clientes. Essa preparação que houve no início da empresa envolveu mesmo uma parte de antecipação comercial.

    Qual o balanço do vosso primeiro ano de actividade?
    É um balanço muito encorajador, sobretudo porque conseguimos ter alguns projectos ligados ao segmento de novas indústrias que nos deixaram muito motivados. Basicamente, no mercado dos projectos de engenharia há muitas vertentes. Há uma que está de relativa boa saúde, que é o caso do licenciamento ligado ao turismo e à indústria, e há outro mercado, o mercado mais residencial, que tem um crescimento quase nulo. Nós conseguimos, no início da nossa actividade, angariar muitos clientes empresariais ligados à indústria, com grandes e atractivos projectos, que correspondem a uma facturação interessante, sobretudo numa empresa nova como a nossa.

    A reabilitação é uma área dinâmica?
    Não é dinâmica ao ponto de conseguir compensar a paragem do mercado de construção nova. As reabilitações que são feitas estão mais ligadas à parte da construção do que de projecto de engenharia. Muitas dessas obras não necessitam de novo licenciamento porque é só uma remodelação muito superficial. Basicamente, envolve mais a área da arquitectura e as especialidades ligadas a isso.

    Além de projecto, em que áreas é que a Blokk trabalha?
    Na área de engenharia temos um produto muito transversal, porque o Luís Macedo é um grande especialista em estruturas metálicas e estruturas sísmicas e a minha especialidade é mais madeira e betão. Portanto, englobamos quase a totalidade dos projectos de estruturas, que são o projecto-âncora da maior parte dos edifícios. O resto da equipa de engenharia está centrada nas restantes especialidades como eléctrica, térmica ou hidráulica. A nível de engenharia, conseguimos cobrir quase a totalidade dos projectos, se bem que temos de considerar as oportunidades que surgem. Temos trabalhado muito na área de licenciamento industrial – novas indústrias, licenciamento de grandes estruturas metálicas – por uma questão de oportunidade. Ultimamente têm aparecido, curiosamente, muitas estruturas de madeira. Temos trabalhado com um cliente que é a Mima, que concebe casas préfabricadas e agora criou um projecto com o designer Phillipe Stark. É um nicho, um negócio mais pequeno, mas no qual Portugal tem demonstrado ser um player muito activo. São casas de madeira, sobretudo casas sazonais, de férias, que têm grande procura, e nós, com este grande parceiro que é a Mima, estamos também a captar essa parte do mercado. A nível das outras valências, na área de energia, fazemos a certificação energética, mas estamos a tentar entrar pela área mais específica das centrais térmicas, que é uma área em que não existe quase concorrência no mercado e onde acabámos por nos especializar, com a nossa primeira central térmica, e agora, passados dois anos da gestão dessa central, sentimo-nos preparados para abraçar outro projecto, outra central.

    A área de centrais térmicas traz um volume de negócio assinalável à empresa?
    É um volume de negócios bastante grande. A nível de rentabilidade, é baixo, o que não é mau porque, o nosso interesse quando começamos a explorar uma central térmica é, com o nosso know-how, optimizar o funcionamento dessa central, tirando um rendimento optimizado e, daí, tirar algum lucro da exploração. São contratos anuais, que são renováveis.

    Quais foram os principais desafios no arranque da actividade da Blokk?
    A primeira dificuldade é a introdução no mercado. Ainda somos jovens e temos poucos anos na área da engenharia e apresentar uma empresa com pessoas tão novas ainda causa alguma desconfiança. Mas ultrapassando essa primeira barreira, tudo se resolve. Há alguma dificuldade de penetração no mercado, que não está propriamente com falta deste tipo empresas.

    Está saturado?
    Não. Houve um momento de contracção no mercado e grandes empresas, com muitos engenheiros, começaram a diminuir tanto as suas equipas, que acabaram por não conseguir responder a todos os pedidos que tinham. Essa diminuição da capacidade de resposta das grandes empresas deu oportunidade a outras empresas para entrarem no mercado ou para expandirem a sua actividade. Não há uma saturação, mas não há carência, também. O mercado acabou por se equilibrar, até pela saída de profissionais portugueses para outros países. Neste momento, uma empresa como a nossa, quando surge no mercado, tem alguma dificuldade de penetração, porque não há novas empresas de construção a surgir, não há novos gabinetes de arquitectura e, o que há são entidades com alguns anos no mercado, que já trabalham com os seus parceiros.

    Começaram muito cedo o vosso processo de internacionalização…
    Foi um processo que evoluiu muito rapidamente, mais do que o previsto. Conseguimos captar alguns parceiros portugueses que já operam no mercado externo e contratam a Blokk para fazer toda a parte de engenharia. Acabam por ser empresas com alguma dimensão, que concorrem a obras bastante grandes. A última obra que fizemos para o mercado angolano foi um centro de logística gigantesco, com um hotel, um quartel de bombeiros, 56 armazéns, um showroom e um edifício de administração gigante. A nossa política de internacionalização tem sido entrar no mercado externo com parceiros. Não vamos sozinhos, mas sim com parceiros que já estão há algum tempo naqueles países [Brasil, Angola e Moçambique], que conhecem a sua realidade e como decorrem os processos. Com estes parceiros, concorremos a concursos públicos e privados.

    Como avaliam a vossa incursão nestes mercados?
    O Brasil tem algumas particularidades a nível da criação de barreiras à implementação dos nossos projectos, mas ultimamente, tudo se ultrapassa e, daqui a algum tempo, contamos estar no Brasil com mais pujança. Em Angola e Moçambique já há resultados muito mais concretos. Angola é o maior destino de exportação dos nossos serviços e já temos aí alguns contactos interessantes. É um mercado com muito potencial e tem ainda muito para fazer a nível de infra-estruturas. Há muitos privados a investir em Angola, que é um país que ainda vai precisar de muitos projectos ligados à engenharia, nos próximos 10 ou 20 anos. Moçambique é um mercado ligeiramente diferente, com menos poder económico, é mais gradual, tem de se consolidar. Também aí prevejo algumas oportunidades de negócio, mas é preciso investir algum tempo. Há projectos privados que podem animar muito a engenharia local e as empresas que estão a trabalhar lá. Temos tido solicitações interessantes ligadas ao turismo, mas também noutras áreas, ligadas à indústria e pecuária.

    O mercado brasileiro é difícil para a engenharia portuguesa?
    O que sinto é que, no Brasil, há uma grande qualificação de engenharia. Enquanto que, nos mercados de Angola e Moçambique há muita carência, no Brasil há gabinetes de engenheiros que sabem fazer quase tudo. É um mercado onde temos de optar mais pela diferenciação de produto. Não há uma necessidade tão grande dos nossos serviços, por isso temos de apresentar um produto melhor, mais diferenciado, mais especializado.

    Perante este cenário de internacionalização, como é vista a engenharia portuguesa no mercado externo?
    Acho que é muito bem vista. Chegámos a ter contactos com uma empresa norte-americana, para começarmos a fazer os seus projectos. Essa empresa fazia toda a parte de engenharia na Hungria. Um dos administradores dessa empresa é português e conseguiu convencer toda a administração de que em Portugal há muita e boa engenharia e, com a crise, os preços tornaram-se extremamente competitivos. Conseguimos competir com os melhores. Chegámos a falar com alguns responsáveis de departamentos técnicos nos Estados Unidos e eles estavam altamente impressionados porque já trabalhávamos em 3D e em modelos BIM de quatro e cinco dimensões, com normas europeias estandardizadas e completamente adaptadas à realidade e conhecíamos as normas internacionais americanas. Penso que, apesar, de tudo, há um reconhecimento muito grande dos outros países na contratação dos engenheiros portugueses.

    Que países observam com particular interesse para desenvolverem actividade?
    Os Estados Unidos. Gostávamos muito de entrar no mercado americano e, para tal, é preciso encontrarmos parceiros no país, porque a nossa actividade é de projecto. Não precisámos de estar constantemente no país de destino dos nossos serviços. A dificuldade de penetração é o primeiro entrave e o maior de todos. Mas ainda esperamos que, com os contactos que já fizemos, conseguir entrar nesse mercado, através da nossa especialização em engenharia sísmica. É um mercado maduro mas, apesar disso, é um mercado que paga a preços muito alto os projectos, sobretudo os projectos de valor acrescentado, mais diversificados, e como temos bastante conhecimento em engenharia sísmica – o Luís Macedo é doutorado em Engenharia Sísmica – gostávamos de conseguir. Em Portugal não se aposta muito na área sísmica, mas o mercado norte-americano funciona de uma forma muito diferente. Há regulamentos mais apertados e há, no projecto, uma grande componente de estudo da parte sísmica e nós gostávamos de entrar por aí.

    Qual é a estratégia da Blokk para este ano?
    Este será um ano de consolidação. O ano passado tivemos um volume de facturação de cerca de 100 mil euros. Começámos há muito pouco tempo, tivemos este resultado e agora temos de consolidar. Seguir-se-á uma aposta muito grande na área da energia, para tentar conseguir a exploração de mais uma central térmica e, depois, continuar a apostar no mercado externos, para tentarmos ganhar projectos de maior dimensão. Também será uma necessidade crescer organicamente. A mão-de-obra é o bem mais precioso de uma empresa e temos a política de só contratarmos um estagiário quando é para ficar. Para já, temos conseguido isso. Preocupamo-nos em encontrar o estagiário certo para determinada função e depois damos uma boa formação. Temos a noção de que queremos profissionais capazes para, quando aparecerem grandes projectos, conseguirmos dar resposta.

    Sobre o autorPedro Cristino

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    WellBe (Parque das Nações)

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    Análise: Mercado de escritórios em Lisboa em “forte recuperação”

    Neste período, a ampla maioria das operações foram mudanças de instalações, representando cerca de 90% da área colocada, onde se assinala, ainda, a entrada de três novas empresas na região de Lisboa

    O primeiro trimestre de 2024 foi marcado por um crescimento significativo da absorção de espaços de escritórios em Lisboa, que ascendeu aos 76.131 metros quadrados (m2). Depois de uma dinâmica mais moderada assinalada em 2023, os primeiros meses de 2024 demonstraram a “!resiliência e a atractividade” do mercado, que apresentou sinais de “forte recuperação” no volume de operações que quase triplicou face ao período homólogo, destaca a Worx Real Estate.

    “Vermos o mercado a recuperar novamente e a voltar aos valores pré-pandemia, deixa-nos confiantes em relação ao restante ano de 2024. Até agora, a Worx foi responsável pela colocação de mais de um terço da área total absorvida, com aproximadamente 29.200 m2 e foi responsável por quatro das cinco maiores operações deste início de ano. Estes resultados são o reflexo do nosso trabalho de equipa e do nosso posicionamento diferenciado perante os desafios do mercado de escritórios em Lisboa”, afirma Bernardo Zammit e Vasconcelos, head of Agency da Worx Real Estate Consultants.

    Da análise realizada ao mercado da capital, a consultora destaca o Parque das Nações (zona 5) como a zona “com maior procura neste período”, com 41% da absorção total, tendo assinalado igualmente a maior transacção do trimestre, com a colocação da Caixa Geral de Depósitos no edifício WELLBE.

    Por outro lado, a Prime CBD (zona 1) registou o maior número de operações, evidenciando uma maior apetência da procura por espaços em localizações centrais e de prestígio, ainda que com áreas mais reduzidas.

    Neste período, a ampla maioria das operações foram mudanças de instalações, representando cerca de 90% da área colocada. Neste âmbito, foi ainda assinalada a entrada de três novas empresas na região de Lisboa, entre as quais a empresa de flex offices Monday.

    No que toca ao perfil da procura, as empresas de serviços financeiros captaram a maior área absorvida, impulsionada em grande medida por duas transacções acima dos 10 mil m2, contudo, as TMT’s continuam a representar o maior número de operações.

    Perante este arranque de ano, as perspectivas de evolução do mercado continuam “optimistas”, face ao crescente número de empresas a quererem instalar-se em Lisboa, pela sua “localização estratégica, boas infraestruturas e pelo ambiente calmo e seguro” do País, ainda mais relevante no actual contexto que a Europa atravessa.

    “Não temos dúvidas de que o mercado vai continuar a crescer, dado que as empresas continuam a investir na melhoria das suas instalações e a apostar em boas localizações, como forma de atrair os seus colaboradores para um regresso ao escritório, no pós-pandemia”, conclui Bernardo Zammit e Vasconcelos.

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    Soluções do Grupo Preceram para a reabilitação e reconversão do edificado

    Por trás da beleza visível está a excelência invisível. Os materiais não ficam à vista do olhar, mas são eles que proporcionam o conforto, a eficiência e a qualidade de vida

    Dando resposta à urgência em disponibilizar mais habitação, o Grupo Preceram apresenta soluções para construção nova, mas também para a reabilitação e reconversão dos edifícios existentes.

    Segundo dados do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), 20,8% da população reportava não ter capacidade financeira para manter a casa adequadamente aquecida, o equivalente a mais de dois milhões de pessoas.

    No verão o cenário piora: 38% da população não consegue manter a casa fresca também por falta de dinheiro, quase o dobro da média europeia. Portugal, é aliás, um dos cinco países da União Europeia em que esta incapacidade era das mais elevadas.

    Poupança energética, silêncio, segurança e ambiente interior saudável, são as preocupações que estão na base do desenvolvimento dos produtos das empresas do Grupo, nomeadamente as placas de gesso Gyptec, a lã mineral Volcalis, a argila expandida Nexclay e os tijolos Preceram.

    Estes materiais que normalmente ficam ocultos, integrados na envolvente opaca – paredes, tetos e pavimentos – para além de fundamentais para a materialidade dos espaços, contribuem significativamente para a eficiência dos edifícios e o conforto e qualidade de vida de quem os utiliza.

    Não podendo ser exaustivo na enumeração, saliento os sistemas de construção a seco integrando placas de gesso Gyptec e lã mineral Volcalis.

    Estas soluções construtivas são utilizadas, em todo o tipo de obra, por serem rápidas, eficientes, económicas e seguras. Isto de uma forma genérica. No entanto, para se adequarem às exigências legais e expetativas dos consumidores, é necessário que se tenham em atenção todos os passos, desde a caracterização dos materiais à solução final.

    Trabalhando com alguns laboratórios de referência internacional, como o ITECONS em Coimbra, a TECNALIA em Espanha e o CSTB – LNE em França, tanto no desenvolvimento como na certificação de produtos e soluções, a Gyptec Ibérica e a Volcalis disponibilizam um invejável conjunto de sistemas caracterizados.  Estes estão disponíveis agregados numa plataforma de pesquisa e seleção, permitindo até a ordenação por preço. Isto facilita a especificação da solução mais eficaz e económica para o projeto ou obra em causa.

    Existem algumas características dos materiais que afetam o desempenho das soluções. São características técnicas, detalhadas nas declarações de desempenho e nas fichas dos materiais, resultantes de exigências normativas de marcação CE ou de certificação voluntária.

    A condutibilidade térmica de um isolamento, quando essa característica é relevante, por exemplo nas fachadas. As propriedades de absorção acústica de uma lã mineral quando detalhamos uma compartimentação. A classe de reação ao fogo em todas as aplicações. Estas são algumas das características técnicas que devem ser comparadas, não outras que erradamente e frequentemente aparecem referidas como exigência. Caso da densidade das lãs de isolamento. Ou do peso de uma solução como apanágio da sua robustez.

    Caminhamos para um futuro que se quer mais sustentável, com menor consumo de recursos, descarbonização e reutilização. Só o conseguimos se desde o fabrico à utilização dos materiais haja racionalidade e competência técnica.

    https://solucoesparaconstrucao.com/

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    Engenharia

    OERS acolhe primeira edição dos ‘Prémios de Excelência na Academia’

    O prémio distinguiu 18 vencedores em 12 especialidades da Academia, promovendo assim a “valorização do mérito” dos seus membros em formação

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    A sede da Ordem dos Engenheiros – Região Sul (OERS), em Lisboa, recebeu esta quarta-feira, dia 17 de Abril, a primeira edição da cerimónia de entrega dos Prémios de Excelência na Academia, uma iniciativa promovida pelo Conselho Directivo da Região Sul (CDRS) em colaboração com entidades patrocinadoras.

    Com o objectivo de “reconhecer e celebrar” o desempenho académico dos membros estudantes da Ordem dos Engenheiros, inscritos na Região Sul, são reconhecidos vencedores em 12 especialidades da Academia, promovendo assim a “valorização do mérito” dos seus membros em formação.

    António Carias de Sousa, presidente da OERS, destacou a importância de “valorizar os jovens talentos” para o futuro da engenharia, “cujo reconhecimento proporciona, também, uma plataforma para os estudantes se destacarem e estabelecerem conexões cruciais com o mundo profissional, impulsionando assim o seu crescimento e desenvolvimento”.

    Este ano, os prémios foram atribuídos com base num rigoroso processo de selecção, entre os membros estudantes, reconhecendo os melhores desempenhos nos ciclos de licenciatura e mestrado.

    Os vencedores deste ano foram premiados no valor de 750 euros para o ciclo de licenciatura e mil euros para o ciclo de mestrado, em reconhecimento do seu excepcional percurso académico e contribuição para o desenvolvimento do sector da engenharia.

    Além disso, os vencedores têm ainda a possibilidade de serem recrutados pelas empresas patrocinadoras do evento, nomeadamente: Consulai; EACE – Engenheiros Associados, Consultores em Engenharia; Hovione; Imperialum; JET SJ – Geotécnia; LS Engenharia Geográfica; Navigator; Noesis; OTIS; Quadrante; Somincor; Vera Navis.

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    B. Prime coloca modelo “inovador” da Regus em Lisboa

    Dos candidatos, a IWG (Regus) acabou por ser a seleccionada devido ao “profundo conhecimento de mercado local, know how e track record”, destaca a consultora

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    O proprietário do edifício Fontainhas, em Alcântara, que foi totalmente reabilitado, pretendia potenciar a rentabilidade do activo através da exploração de um flex space, tendo, para o efeito, mandatado a B. Prime.

    A consultora começou por seleccionar uma série de operadores neste segmento, interessados numa parceria em modalidade de “Managed Client Agreement” – Contrato de Gestão – em que o operador garante a operacionalização do negócio, mas em que o proprietário é responsável pelo edificado e manutenção da infraestrutura. Este modelo inovador parece ser uma tendência neste segmento de mercado, em Portugal.

    Dos candidatos, a IWG (Regus) acabou por ser a seleccionada devido ao “profundo conhecimento de mercado local, know how e track record”. A B. Prime vai igualmente colaborar com a Regus, na colocação de empresas neste espaço.

    “O nosso modelo está cada vez mais assente em parcerias com os proprietários dos edifícios que investiram na plataforma IWG para criar espaços de trabalho flexível nos seus edifícios. As parcerias permitem que proprietários e investidores aumentem o retorno dos seus imóveis capitalizando a rápida expansão da procura de soluções de trabalho híbrido”, afirma Jorge Valdeira, country manager Portugal da IWG.

    A IWG mandatada pelo proprietário, vai comercializar e gerir um novo flex space da marca Regus no decorrer do primeiro semestre de 2024. O novo centro vai oferecer uma oferta diversificada de espaços privados e de coworking numa zona da cidade em franca renovação e muito carenciada deste tipo de serviços.

    Com a Regus Alcântara, a IWG aumentará a sua rede para 21 unidades em Portugal, já que as suas marcas – Regus, Spaces e HQ – cobrem o território continental desde o Minho até ao Algarve e estão presentes em mais de 120 países, em todo o mundo.

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    Enrique Rodriguéz, responsável de Filiais Península Ibérica

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    Porcelanosa: “2024 será marcante para o desenvolvimento da construção offsite em Portugal”

    Em entrevista à Traço, Enrique Rodriguéz, responsável de Filiais Península Ibérica, destacou o crescimento do Grupo, a estratégia e a consolidação da presença em Portugal, para onde está prevista a aberturas de novas lojas ainda este ano. A construção offsite é uma das grandes tendências para 2024. Com duas grandes encomendas em Portugal, a expectativa é de “crescimento” na ordem dos 6%

    Cidália Lopes

    O Grupo Porcelanosa celebra este ano a sua 30ª feira internacional, onde a multinacional espanhola tem dado a conhecer as novidades das diferentes empresas do Grupo, que além da própria empresa ‘mãe’, inclui, ainda, a Gamadecor, L’Antic Colonial, Butech, Noken, Krion e Xtone. Até 22 de Março, a sede do Grupo, em Vila Real, Espanha, contou com um conjunto de iniciativas marcadas pela “inovação, sustentabilidade e design”. Nos diferentes showrooms foi possível conhecer as últimas novidades, tanto em produtos cerâmicos, equipamentos para casas de banhos e cozinhas e sistemas construtivos, como as últimas tendências em design para 2024.

    No que diz respeito à Porcelanosa, com revestimentos e pavimentos inspirados no cimento, pedra calcária e mármore, estão em destaque no Xlight, ao qual dedicou um dos seus showrooms. Mais de mil metros quadrados nos quais se mostram as possibilidades deste material porcelânico através da recriação de um restaurante e duas casas, onde o espaço, formado por diferentes arcos revestidos.

    Também a Krion renovou completamente o seu showroom com a ajuda da estudi{H}ac. O novo espaço foi concebido como um ponto de encontro onde os profissionais do sector e os particulares podem conhecer, de forma física e sensorial, as múltiplas aplicações na arquitectura e no design de interiores. K-ONCENTRICO 360º é o novo conceito de exposição em que a circularidade se torna a chave de tudo.

    Outra das empresas do grupo que renovou o seu showroom foi a L’antic Colonial, que este ano cumpre o seu 25º aniversário. Para esta transformação, contou com o Summumstudio. Uma proposta “inspiradora” e “carregada de simbolismo”, que tem como objectivo mostrar a profunda conexão da L’Antic Colonial com a natureza. A empresa apresentou, ainda, a sua nova marca de cerâmica decorativa de pequeno formato, o S-Tile.

    A empresa de designs e materiais para mobiliário de cozinhas, salas de estar e casas de banho, Gamadecor, destacou, este ano, o estilo minimalista, assim como a versatilidade e possibilidade de personalização das suas soluções.

    Pensados para os espaços de banho, a Noken aposta em novos modelos de duche com a tecnologia mais avançada. E pelo aniversário do 15º aniversário das torneiras Lounge, da autoria do designer italiano Simone Micheli, é apresentada na feira a nova versão, a Lounge Fluid.

    Os grandes formatos estão, igualmente, em destaque na Xtone, a empresa do Grupo que reproduz em porcelânico o aspecto do mármore, da madeira e do cimento. Sem esquecer, a Butech, a empresa que actua na área das fachadas e na indústria offsite. Uma área com um “crescimento consolidado” e que pretende responder à escassez de mão de obra e necessidades urgentes de habitação. No showroom é possível não só acompanhar o processo produtivo como verificar alguns exemplos de casas de banho e cozinhas construídas através de módulos e previamente em fábrica.

    Qual o balanço do Grupo em 2023? E quais as áreas da Porcelanosa que mais contribuíram?
    O Grupo Porcelanita terminou o ano com uma facturação de 900 milhões de euros em 2023, conseguindo manter a sua solidez no mercado internacional, num contexto político e económico incerto no mercado da construção. A empresa tem vindo a levar a cabo um plano de investimento estratégico sustentado nas suas instalações para utilizar a tecnologia mais avançada e eficiente nos seus processos, no qual investiu 81 milhões de euros em 2023.
    Todas as áreas do Grupo manifestaram um crescimento similar e sustentável no ano passado, destacando-se a crescente procura pelas peças de grés porcelânico de grande formato. Este crescimento alinha-se com o investimento de 55 milhões de euros na sua última fábrica automatizada, com uma superfície de 36 mil metros quadrados. Situada na sede central da multinacional, em Vila Real, em Espanha, este novo centro de produção está especializado na produção de porcelânico e pedra sintetizada de grande formato que se comercializa pela marca XTONE.

    Novas lojas em Portugal
    Que estratégia definiram para este ano e que poderão representar o maior investimento do Grupo?
    Em 2024, o Grupo Porcelanosa planeia continuar a crescer a sua rede comercial por todo o território ibérico e de forma internacional. No que respeita ao mercado português, a empresa prevê a abertura de novas lojas, nomeadamente no Funchal, na ilha da Madeira, no segundo semestre de 2024, e está constantemente à procura de novas localizações que lhe permitam continuar a sua aposta e crescimento em todo o País.
    A nível global, a empresa continuará a sua estratégia de expansão noutros mercados com a abertura e remodelação de novos pontos de venda em Marbella, Málaga, Galiza, Bilbau e no estrangeiro, nos Estados Unidos, América do Sul e Norte da Europa.

    Design e Inovação
    Que principais tendências destacam no sector onde actuam e que se vão reflectir em 2024?
    Um dos principais compromissos do Grupo Porcelanosa para 2024 é continuar com a introdução do processo de construção industrializada com os novos sistemas industrializados de casas de banho, cozinhas e fachadas.
    Além disso, a Porcelanosa continua a apostar na inovação, no design e na qualidade dos seus produtos, a nível cerâmico. Aproveitando as vantagens dos azulejos de grande formato, que reduzem o número de juntas, estas peças também serão utilizadas em 2024 para revestir volumes como bancadas de cozinha, ilhas e mesas de jantar, juntamente com outros materiais como os painéis decorativos.
    Quanto às tendências para 2024, no mobiliário de cozinha, a empresa do grupo Gama Decor destaca a bancada dupla invisível, conhecida como SmartKitchen, que combina o sistema de indução e electrificação para electrodomésticos, proporcionando uma transmissão de energia de até 2.000 watts, sem baterias ou cabos externos. Um sistema que revoluciona a fusão da inovação e do design, utilizando a tecnologia mais avançada. Os designs sustentáveis e naturais continuarão a estar muito presentes, com materiais orgânicos e naturais, como a madeira e a pedra, bem como novos sistemas de poupança nas torneiras e loiças sanitárias.

    Crescer mais 6%
    Em relação a Portugal, qual o seu peso no volume de vendas do Grupo?
    Apesar da forte aposta na exportação que marca o crescimento do Grupo praticamente desde o início, Espanha continua a ser o mercado com maior dimensão no volume de vendas para o Grupo Porcelanosa. No entanto, a aposta no mercado português tem-se verificado bastante positiva, com um crescimento muito significativo nos últimos anos. A nível ibérico, Portugal representa hoje entre 9 a 10% do volume de vendas do Grupo, o que representa o reconhecimento e grande crescimento da marca no mercado português.

    Como avalia e antecipa o mercado português? Perspectivam algum crescimento?
    Como mencionado, o mercado português tem desenvolvido significativamente nos últimos anos, apresentando um crescimento de 47,6% nos últimos cinco anos, resultado do aumento da procura em várias áreas do sector da construção, quer na reabilitação como construção nova. Em 2024, perspectiva-se a continuidade do aumento de vendas no mercado português, estimando-se um crescimento na ordem dos 6%.

    O ‘salto’ do offsite
    Uma das vossas áreas de actuação é a construção offsite, que também tem sido impulsionada em Portugal. São muitos os profissionais do sector da construção que acreditam nesta forma de construir como forma de acelerar a colocação no mercado de mais habitação, por exemplo. Como vê a Porcelanosa este segmento em Portugal?
    O paradigma do sector da construção enfrenta sérias dificuldades que conseguimos aligeirar com a construção offsite, nomeadamente a falta de mão de obra e a variação dos preços dos materiais de construção. Além das várias vantagens que os sistemas offsite oferecem, como a mão de obra qualificada, redução dos prazos de execução e a eliminação do risco da variação dos preços, estes sistemas apresentam-se, ainda, como mais sustentáveis e eficientes.
    Em Portugal começa a assistir-se a uma procura crescente por este tipo de soluções, principalmente quando falamos de empreendimentos ou outros edifícios de grande dimensão, sejam residenciais ou comerciais e acreditamos que 2024 será marcante para o desenvolvimento da construção offsite em Portugal.
    Neste sentido, a Porcelanosa tem vindo a desenvolver um trabalho no sentido de apresentar e dar formação a profissionais do sector e outros players, nomeadamente promotores, sobre as suas características e vantagens dos sistemas.

    Em que principais projectos a Porcelanosa se encontra a participar em Portugal?
    A nível de construção offsite, encontra-se a desenvolver dois projectos de grande importância, que reconhece como impulsionadoras para o desenvolvimento desta forma de construção em Portugal. Desta forma, a Porcelanosa Offsite uniu-se à Garcia Garcia Design & Build para introduzir Monobaths (casas de banho modulares) pela primeira vez em Portugal, com a primeira instalação realizada em Santo Tirso. Um projecto que demonstra como a colaboração estratégica e a procura de soluções avançadas podem conduzir a resultados excepcionais na construção industrializada.
    Por outro lado, destaca-se ainda o projecto Naus Eco Village, no Barreiro, que combinará, pela primeira vez. em Portugal os dois sistemas de construção industrializada, a Monobath e Monofachadas (fachadas modulares). Para este projecto, a Porcelanosa Offsite irá fornecer e instalar 88 casas de banho modulares e toda a fachada dos edifícios, o que irá permitir uma redução significativa do tempo de execução da obra, uma vez que tanto os módulos de casa de banho como os módulos de fachada serão produzidos em fábrica e entregues e aplicados em obra totalmente finalizados. Prevê-se o começo da obra em Junho de 2024 e o início da instalação dos sistemas de construção offsite no primeiro trimestre de 2025. Com o desenvolvimento destes projectos, perspectiva-se que surjam novas oportunidades de fornecimento e instalação de construção offsite em Portugal.

    (A jornalista viajou a convite da empresa)

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    Cidália Lopes

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    Dstgroup integra laboratório vivo para a descarbonização “Afurada LL”

    Este projecto conta com quatro eixos oficiais verticais e um eixo horizontal: economia circular, mobilidade, energia, edifícios e o eixo do capital humano

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    O consórcio que inclui o Dstgroup, através das suas empresas Dstsolar, Innovationpoint e MOSAIC (Hub de inovação do grupo para as smart cities – cidades do futuro sustentáveis), lançou o projecto ‘Afurada LL’, que surge da urgência de reduzir a pegada carbónica, tendo alcançado o objectivo de poupar mais de 13 toneladas de dióxido de carbono.

    Este projecto conta com quatro eixos oficiais verticais e um eixo horizontal: economia circular, mobilidade, energia, edifícios e o eixo do capital humano.

    Contempla um Laboratório Vivo para a Descarbonização e Mitigação das Alterações Climáticas, com base na experimentação de soluções tecnológicas, de mobilidade, de energia e de edifícios, incluindo os cidadãos no processo e na dinamização das artes.

    De forma integrada, o Dstgroup entregou uma solução chave-na-mão para a implementação da Comunidade de Energia Renovável do ‘Afurada LL’, com a instalação de Unidades de Produção para Autoconsumo, sistemas de armazenamento e uma plataforma na cloud que gere toda a energia da comunidade, baseada em inteligência artificial.

    O impacto positivo junto dos mais de 1000 habitantes da Afurada traduz-se na consciencialização da população para a literacia energética e para a urgência da mudança de comportamentos, numa iniciativa que permitiu a geração de energia responsável por 44% do autoconsumo dos edifícios, num total de 27,4 MWh.

    As soluções para a descarbonização testadas com sucesso na Afurada poderão ser aplicadas a outras freguesias de Vila Nova de Gaia, mas também a nível nacional e internacional.
    O Dstgroup colaborou também na implementação de actividades que visaram a promoção de literacia energética e sensibilização ambiental, com o intuito de ligar a comunidade ao projecto, transmitindo conhecimento e sentimento de pertença.

    “Este projecto demonstra que o Dstgroup está a construir cidades à prova de futuro. O desafio era grande e apontámos à lua. Hoje, a Afurada e Vila Nova de Gaia já estão num futuro onde a sustentabilidade, a tecnologia e a arte convergem e é bom sermos parte integrante desse sucesso”, afirmou Raul Junqueiro, head of smartcities & business development do Dstgroup.

    O Afurada Living Lab materializa uma parceria entre a Associação CEDES, o município de Vila Nova de Gaia, a GAIURB, a Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia de Trondheim, a Dstsolar, a Innovationpoint, a Watt Is, a UBIWHERE e o CEiiA.

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    CIN investe 3,5M€ na automação do Centro de Distribuição de Tintas na Maia

    De modo a duplicar a capacidade de resposta e a aumentar a eficiência operacional, a CIN investiu 3,5 milhões de euros num projecto de automação no Centro de Distribuição da Maia. As obras estarão concluídas no próximo mês de Julho 

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    A CIN investiu 3,5 milhões de euros num novo projecto de automação do seu Centro de Distribuição, situado na Maia, de forma a criar um serviço end-to-end que aumente a capacidade e eficiência do armazém, com enfoque nas etapas finais dos processos de expedição.

    O novo investimento da CIN pressupõe a integração de tecnologias de ponta que incluem um circuito RGV para movimentação automatizada de paletes para o final do seu fluxo, uma máquina plastificadora e uma remodelação de todos os tapetes transportadores, garantindo assim ganhos de eficiência operacional.

    Esta nova concepção do Centro de Distribuição da Maia levará também à reconfiguração estratégica de áreas-chave, nomeadamente a de expedição, bem como à implementação de soluções tecnológicas de última geração e a sincronização de todas as operações. O objectivo deste investimento passa, acima de tudo, por elevar a excelência logística, reduzir tempos de espera, optimizar o uso do espaço e minimizar interrupções operacionais.
    Isabel Lopes, directora de operações da CIN afirma que “este projecto de automação do Centro de Distribuição da Maia tem como objectivo primordial estabelecer um modelo que permita duplicar a capacidade instantânea do armazém para responder a picos de procura, bem como assegurar a preparação para diversos desafios logísticos que possam existir na resposta aos vários mercados da CIN”.

    Em 2004, a CIN criou um projecto de robotização deste armazém, por forma a que houvesse apoio na preparação de encomendas para expedição. Na data, o Centro de Distribuição da CIN foi o primeiro, a nível ibérico, a ser considerado robotizado. Cerca de 20 anos mais tarde, o reforço de automação por parte da marca distingue-se, mais uma vez nos mercados português e espanhol.

    Para a marca, este investimento é particularmente relevante em momentos de grande procura, uma vez que tem efeitos, por exemplo, no número de paletes completas que saem do armazém. Este processo irá incluir a criação de uma saída independente destas mesmas paletes, optimizando as entregas. Além disso, permite ter um inventário em tempo real, não sendo necessário esperar pelo levantamento anual.

    Isabel Lopes acrescenta que “é importante explicar que nenhum processo de inovação da CIN compromete os seus colaboradores, estando prevista uma total harmonia entre o trabalho humano e todas as soluções que serão implementadas como suporte ao seu desempenho”.

    As obras de implementação das novas tecnologias no Centro de Distribuição da CIN estarão terminadas em julho de 2024.

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    Freeport Lisboa Fashion Outlet lança nova fase de remodelação

    Arranca em Junho a nova fase de remodelação do Freeport Lisboa Fashion Outlet, que inclui a transformação completa da rua do canal central e da praça da entrada principal

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    A transformação visual e arquitectónica das duas zonas tem como objectivo dar continuidade à remodelação feita anteriormente, harmonizando as várias áreas do centro num conceito village, para elevar a experiência de compra e tornar o espaço ainda mais sofisticado. Haverá alteração das fachadas, diminuição de barreiras físicas para uma maior amplitude visual e de circulação no espaço, e ainda o aumento das zonas verdes e de descanso, convidando a momentos de prazer e relaxe entre compras.

    “A nossa missão é a de transformar os centros que gerimos em espaços únicos e diferenciados, permitindo proporcionar experiências de compra completamente diferentes das existentes.” começa por explicar Jorge Pinto Fernandes, Portugal business director da VIA Outlets, acrescentando que “desde a primeira intervenção, concluída em 2017, já assistimos à entrada de mais de 30 novas marcas, assim como à remodelação e aumento de área de muitas lojas já existentes, o que demonstra, a par dos resultados de vendas das marcas, a confiança que as marcas estão a depositar em nós. O trabalho consolidado que temos vindo a construir permite-nos ter hoje uma oferta diversificada e de grande qualidade para quem nos visita.”

    O resultado do trabalho desenvolvido desde a aquisição é também reflectido nos resultados do grupo e do centro. O ano de 2023 foi registo um aumento de 13% nas vendas das marcas do centro, assim como um crescimento de 11% no número de visitantes, face ao ano anterior. O turismo também registou um excelente crescimento, nomeadamente o não europeu, que foi superior a 30% (Tax Free). Visitantes do Brasil, Angola, Moçambique, Estados Unidos e China estão no top de nacionalidades.

    Já Nuno Oliveira, regional business director da VIA Outlets Ibéria, afirma que “Portugal é um mercado de enorme relevância no grupo VIA Outlets, razão pela qual tem havido um investimento contínuo nos nossos centros no país. Recentemente anunciamos a expansão do Vila do Conde Porto Fashion Outlet e, agora, num esforço de uniformização da experiência de compra e do acolhimento dos nossos convidados a nível internacional, estamos a investir na remodelação e expansão de alguns centros, como é o caso do Sevilla Fashion Outlet, que já foi inaugurado no final de 2023, ou agora o Freeport Lisboa Fashion Outlet.”

    A sustentabilidade também faz parte do novo projecto, e está integrada em todos os aspectos da gestão e, sobretudo, numa remodelação desta natureza. As directrizes internas de sustentabilidade do Grupo VIA Outlets, para a Construção e Remodelação requerem que todos os novos edifícios ou remodelações relevantes sejam desenvolvidos de forma a atingir a eficiência energética, hídrica e o respeito pela biodiversidade.

    Desde os materiais utilizados à eficiência energética, passando pelo respeito pela tradição local, pela inspiração na arquitectura local e inclusão de espaços verdes, a remodelação do centro tem a sustentabilidade presente. O objectivo passa por dar continuidade aos esforços já existentes para o centro no geral e conseguir alcançar o nível máximo de certificação BREEAM de Outstanding. Para tal, contam com a instalação recente de painéis solares e iluminação de baixo consumo LED; a reutilização e recolha de águas pluviais; a plantação de vegetação local de baixo consumo de água e com rega gota-a-gota automática e com sensores de humidade, entre outras acções. Haverá também um reforço de instalação de carregadores de veículos eléctricos, para um total de 34 lugares de carregamento.

    O projecto de remodelação será desenvolvido em parceria com o atelier de Arquitectura L35, que tem colaborado também com outros centros do portfólio VIA Outlets na Europa, nomeadamente responsável pelo projecto de expansão de Vila do Conde Porto Fashion Outlet.

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    Kyndryl expande colaboração com a consultora EY

    A Kyndryl  renovou o acordo a cinco anos com a Ernst & Young LLP (EY) para continuar a gerir o ambiente SAP, bem como fornecer serviços de modernização e segurança para os sistemas de missão crítica que suportam as suas operações de auditoria e consultoria

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    Este trabalho é o resultado de uma colaboração de quase uma década, na qual a Kyndryl (NYSE:KD), executou e geriu as cargas de trabalho SAP da EY. A EY também aproveitará a experiência da TI para ajudar a analisar e optimizar processos SAP. Com o conhecimento e a orientação dos especialistas da Kyndryl Consult, a EY pode identificar novas eficiências de desempenho que suportam o seu ambiente SAP actual, bem como os seus objectivos de crescimento e modernização a longo-prazo.

    “A colaboração com a Kyndryl é fundamental para o sucesso do negócio da EY em termos globais,” afirma Tim Monson, Technology Partner da EY. “O ambiente SAP da EY é uma mistura de soluções on-premises e em cloud, e a Kyndryl desempenha um papel fundamental no suporte ao processamento financeiro global da EY em SAP, a nível mundial. O compromisso da Kyndryl em manter esta verdadeira colaboração é o que faz com que a relação funcione, tornando-a realmente especial.”

    “Tal como as equipas da Kyndryl ajudam os nossos clientes a resolver os seus maiores desafios de negócio, a EY tem um historial comprovado no apoio aos seus clientes a criar valor a longo- prazo”, explica Amy Salcido, Presidente da Kyndryl US. “Entendemos que a EY tem requisitos e necessidades comerciais em rápida mudança. Através da nossa experiência e conhecimento, estamos a permitir-lhes reagir com agilidade e apoiar os seus clientes. Temos orgulho em ser parte da rede de parceiros de longa data e estamos ansiosos por tudo o que continuaremos a realizar em conjunto.”

    Além disto, a Kyndryl vai reforçar a resiliência cibernética das operações de TI da EY com mais segurança para cargas de trabalho de missão crítica, fornecer continuidade de serviço e desenvolver a protecção de dados em torno de transacções comerciais com clientes da EY. A Kyndryl integrará uma nova tecnologia de segurança de terminais utilizando os princípios Zero Trust para apoiar a conformidade da EY com as normas de auditoria em constante mudança e melhorar a protecção contra ameaças de cibersegurança. Em concreto, a Kyndryl está a incorporar novas tecnologias para melhorar a análise de vulnerabilidades de segurança, bem como a integrar e executar novos sistemas de verificação de malware e identidade.

     

    Recentemente a Kyndryl assinou também acordo com a Mota-Engil 

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    Museu do Biscainho e ICOMOS debatem reabilitação no património

    A iniciativa terá lugar esta quinta-feira, dia 18 de Abril, no Museu dos Biscainhos, em Braga e tem como tema “Património: que reabilitação se está a fazer?”

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    A ICOMOS Portugal (International Council on Monuments and Sites) e o Museu do Biscainho, em Braga, marcam o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios com a realização de um debate em torno do tema “Património: que reabilitação se está a fazer?”

    A iniciativa, que terá lugar esta quinta-feira, dia 18 de Abril, pretende, também, abordar o 60º aniversário da Carta de Veneza, documento que entende que a “conservação e restauro de monumentos visa salvaguardar tanto a obra de arte como o testemunho da história”.

    Tendo como ponto de partida este documento, a iniciativa procura ser um momento de “reflexão sobre as práticas de intervenção” na área do Património questionando sobre quais são, hoje, as necessidades pragmáticas dessa intervenção.

    A Associação Portuguesa para a Reabilitação Urbana e Protecção do Património (APRUPP) estará representada no debate por Alice Tavares, que contará, ainda, com a participação de Filipe Ferreira (AOF) e Rui Trindade (SIGNINUM), com moderação de Miguel Bandeira (Fundação Cultural Bracara Augusta).

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