Angola
Estudo da C&W classifica Angola como um dos países emergentes com maior risco para investidores
Índice de risco considera as oportunidades e ameaças existentes a nível global para empresas que estão atentas ao imobiliário, “seja numa perspectiva de expansão ou de relocalização”
Pedro Cristino
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A mais recente publicação “Emerging & Frontier Markets” (tradução livre, Mercados Emergentes e de Fronteira), divulgada pela Cushman & Wakefield (C&W) concluiu que Angola é um dos países emergentes com maior nível de risco para os investidores.
Este índice de risco considera as oportunidades e ameaças existentes a nível global para empresas que estão atentas ao imobiliário, “seja numa perspectiva de expansão ou de relocalização”, e revela quais os mercados que se apresentam como “mais apetecíveis” para os ocupantes ao longo de 2016.
Segundo este estudo, apesar das recentes dificuldades sentidas nas principais economias dos países emergentes, estes mercados permanecem como “uma boa alternativa de investimento”. Na sua terceira edição, o relatório, que inclui um índice de risco associado por país, discute a forma como, nos últimos 20 anos, o cenário da economia global se alterou, “com os investidores a procurarem cada vez mais as elevadas taxas de retorno dos países emergentes”.
A consultora imobiliária ressalva que o continente africano demonstra “um desempenho particularmente positivo” e, neste contexto, factores como “uma classe média em franco crescimento, melhorias nas infra-estruturas e avanços tecnológicos, aliados a um mercado imobiliário com crescente transparência” levaram a que “metade das primeiras 10 posições do índice seja ocupada por estados africanos”.
Assim, os resultados do índice de 2015 revelam que o Botswana se mantém como “o país mais atractivo para os ocupantes”, ao qual se juntam a África do Sul, o Gana, Marrocos e Tunísia no conjunto dos estados africanos que integram o top 10. Em sentido inverso, Angola, a República Democrática do Congo e o Zimbabwe surgem nas últimas posições do índice.
“A situação frágil do mercado angolano, percepcionada por ocupantes e investidores tem tido efeitos negativos não só no próprio país, mas também em Portugal, tendo em conta a estreita relação económica entre anmbos os países”, complementa o comunicado da C&W.
A consultora sublinha ainda que, apesar de o sudeste asiático ser uma das regiões do mundo com o crescimento mais acelerado, com os VIP (Vietname, Indonésia e Filipinas) a registarem um desempenho económico bastante positivo, os três países caíram no ranking em 2015, atribuíndo esta queda principalmente às alterações nos regimes de propriedade, nos casos do Vietname e das Filipinas, e aos custos de registo de propriedade, no caso da Indonésia.
“No continente americano, importa destacar a excelente performance do Uruguai, que subiu 16 posições, ocupando, em 2015, a segunda posição do ranking, e do Panamá, que passou da 27.ª posição para a 7.ª em 2015”, continua a análise, referindo ainda o México, a Argentina e El Salvador, países que registaram também subidas neste índice, ocupando hoje as 12.ª, 14.ª e 19.ª posições, respectivamente.
Nestas geografias, os principais pontos a favor consistem nas perspectivas de desaceleração económica no curto prazo, que se traduzem em expectativas de descida das rendas, um factor favorável “para empresas que se queiram localizar nestes países”.