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    “A lógica de contratar pelo preço mais baixo origina a degradação da qualidade”

    “Escolher uma proposta considerando outros parâmetros exige qualidade por parte de quem está a comprar e a procurar usufruir de serviços públicos”

    Pedro Cristino
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    “A lógica de contratar pelo preço mais baixo origina a degradação da qualidade”

    “Escolher uma proposta considerando outros parâmetros exige qualidade por parte de quem está a comprar e a procurar usufruir de serviços públicos”

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    Para Vítor Carneiro, as empresas de engenharia e de arquitectura enfrentam, actualmente, os desafios decorrentes da falta de trabalho e de remuneração adequada ao serviço contratado. O presidente da Associação Portuguesa de Projectistas e Consultores (APPC) afirmou ao Construir que pretende que a Directiva Europeia dos Serviços seja adequadamente transposta para o direito português, de forma a que os critérios de adjudicação de serviços de projecto não se limitem ao preço, mas sim à qualidade das propostas, a fim de não colocar em causa a qualidade das obras e a eficiência dos projectos.

    Quais os principais desafios que os membros da APPC enfrentam actualmente?

    São dois. O primeiro é a falta de trabalho e o segundo é que, quando o trabalho existe, mesmo sendo pouco, ter o mínimo de qualidade para permitir um desempenho eficiente de um ponto de vista daquilo que é o papel da engenharia e da arquitectura que é produzir bons projectos, eficientes, económicos e, ao mesmo tempo, sendo devidamente remunerado para que as empresas possam desempenhar o seu papel social. Este papel social inclui o pagamento de todos os seus quadros de colaboradores, como também gerar alguma margem que permita o investimento na inovaçao e no desenvolvimento. Este é o ciclo em que as empresas de engenharia e arquitectura estão envolvidas e do qual não podem prescindir.

    Na questão dos desafios, também se pode inserir o problema relacionado com atrasos de pagamentos?

    Essa situação agrava o que referi. No caso de haver algum trabalho, alguma contratação, e se as condições de contratação forem razoáveis, poderão ser agravadas pelos atrasos de pagamento, que implicam custos financeiros. Mas diria que não é esse o problema maior.

    Relativamente à questão do trabalho, acredita que as medidas que o Governo lançou para impulsionar o sector da reabilitação poderão surtir efeitos positivos ou acaba por ser um segmento demasiado pequeno para os associados?

    São iniciativas e investimentos importantes porque originarão trabalho para toda a fileira da construção, vão impulsionar a melhoria da qualidade de vida das populações, das cidades, do ambiente em geral, o que permite também atrair mais turismo de qualidade. É um investimento, não uma despesa, que o país está a fazer e é um bom investimento. Tem é pouca implicação na vida económica das nossas empresas. Os associados da APPC são empresas mais viradas para as infra-estruturas, para a obra nova e a reabilitação está a ser muito conduzida numa lógica de projecto-construção. É adjudicada a obra de reabilitação que inclui a sua concepção e, portanto, acaba por não ter um impacto muito grande nos nossos associados. A medida, a iniciativa e o programa são positivos, e incentivamo-los, mas não têm um grande impacto na nossa actividade.

    Neste sentido, uma aposta na reabilitação de infra-estruturas poderia ter um impacto maior…

    Isso é, efectivamente, aquilo que as sociedades têm que fazer que é gerir a manutenção das suas infra-estruturas. Esses programas de gestão de todas as infra-estruturas que temos são um tema que, seguramente, se colocará no curto, no médio e no longo prazo. É um trabalho que o Estado e as entidades privadas que têm envolvimento nas infra-estruturas públicas, têm de continuar a a fazer, porque passámos de um ciclo em que, predominantemente, construímos e, agora, teremos de manter e gerir. De qualquer modo, é importante realçar que há programas que estão a dar os primeiros passos de investimento em infra-estruturas novas, como é o caso das infra-estruturas ferroviárias, portuárias, a melhoria de todo o sector da logístia, e, portanto, é importante que esses programas, como o PETI3+ [Plano Estratégico de Transportes e Infra-estruturas], vejam a luz do dia e que comecem a fluir para o mercado. Acompanhamos isso com muito interesse e atenção. Estamos a dar os primeiros passos. A Infraestruturas de Portugal está a lançar os primeiros projectos que serão a preparação do lançamento das primeiras empreitadas. Neste momento estamos a lançar os primeiros estudos e projectos e, portanto, é um tema que irá ter significado do ponto de vista do projecto, em 2016 e, provavelmente, em 2017, ter impacto em termos de obra.

    Este programa é o que ainda mantém as empresas associadas optimistas?

    Diria que as empresas têm de ser realistas e, olhando à volta, vemos que não há país nenhum que deixe de ter infra-estruturas para projectar, para construir e para gerir. É uma necessidade permanente, não têm é que ter o enfoque que teve no passado. Não conheço nenhum país que não tenha investimento no sector da construção.

    Portugal quase deixou de ter no início da crise…

    De 2010 a 2013, as empresas do nosso sector sofreram as consequências dessa paragem abrupta do investimento e a nossa actividade decresceu na ordem de 30%, o número de empresas reduziu-se na ordem dos 20% e o número de trabalhadores na ordem dos 18%.

    Os programas inseridos no âmbito do Portugal2020 são passíveis de gerar uma actividade significativa nos próximos anos para os associados da APPC?

    Uma parte do programa, para além do que são as medidas de apoio à internacionalização da empresas em geral, em termos de investimento, há uma parte direccionada para as infra-estruturas. Não é a totalidade do investimento comunitário, mas é uma parte dele. Porque o Portugal2020 está orientado não para infra-estruturas mas sim para a economia.

    Agora que estamos em 2015, sente-se algum sinal de aumento da actividade no mercado interno?

    Até ao momento ainda não se sentiu. Quando falamos da crise entre 2010 e 2013, não é bem verdade. Em 2015, a crise ainda se faz sentir e, claramente, instalada no meio das empresas.

    As empresas têm noção que já não voltarão aos ciclos de 2008…

    Tudo isto é feito por ciclos e por épocas. Nos finais dos anos 80 e inícios de 90 também se investiu muito em infra-estruturas. Depois o investimento diversificou-se, mas sempre existiu e, sem esse investimento, não teríamos dado o salto que demos, em termos de infra-estruturas, na qualidade de vida das pessoas e, inclusivamente, em índices como a mortalidade infantil e a longevidade da população, que têm relação com o saneamento básico, o tratamento de água, com hospitais e tudo isso. Quando demos saltos enormes em termos de desenvolvimento social, uma parte deve-se ao desenvolvimento das infra-estruturas. Por isso é que digo que não imagino nenhum país que tenha as infra-estruturas feitas para a vida. Todos têm sempre um programa de investimento, uns mais, outros menos, uns mais num sector, outros mais noutro sector, mas todos vão tendo. E aquilo que, neste momento, está em cima da mesa é a orientação dos investimentos públicos para a ferrovia, para o sector portuário e para o logístico, que são sectores que, se forem olhados como deve ser, tiveram muito pouco investimento em termos de infra-estruturas.

    Mesmo no caso da ferrovia?

    No caso da ferrovia, ao longo dos anos, fizemos um investimento grande na melhoria das condições de operação da linha do norte, da linha Lisboa-Porto. Entretanto fomos fechando linhas, portanto, a infra-estruturas ferroviária portuguesa está envelhecida e a precisar de um impacto grande, de uma modernização significativa e, fundamentalmente, ligar a orla costeira, atlântica, à Europa. Como Sines, em direcção a Elvas, ou a ligação Aveiro-Vilar Formoso, que será uma linha nova.

    No caso de Sines, chegou a falar-se de uma ligação a Espanha, com linha de alta velocidade. Crê que seria um passo importante a tomar, numa lógica de integração europeia?

    Seguramente é e, por isso, é também abrangido e financiado pelos programas trans-europeus de transportes. A Infraestruturas de Portugal acabaram de lançar os primeiros concursos para projecto dessa linha de ligação a partir de Sines, a ligação ao Barreiro, a Elvas e, depois, a Espanha.

    O que caracteriza a concorrência desleal no campo dos projectistas?

    Há vários elementos, mas todos eles passam sempre pelos preços mais baixos e, por via disso, vencer adjudicações. O que está na génese deste problema reside na forma como se olha para a actividade de engenharia e de arquitectura – não são olhadas como um investimento que o dono de obra está a fazer na contratação de determinados serviços para os reproduzir numa melhor qualidade do produto final, da obra, quer seja em termos de longevidade, de funcionalidade ou de economia no curto e no longo prazo. O projecto é o grande instrumento para contratar as obras. É, no fundo, a definição daquilo que o dono de obra pretende que um construtor execute. Tem um valor percentual entre 2% e 5%, embora, no caso português, seja normalmente ainda mais baixo. Em Portugal não é considerado esse instrumento, nem o valor que o mesmo tem na reprodução de valor no empreendimento e acaba por ser contratado pelo critério do preço mais baixo e, assim, leva as empresas a aviltarem os preços, a praticarem valores abaixo daquilo que são os custos que as próprias empresas têm, na ânsia de poderem ganhar alguma fatia de trabalho. No fundo, é um suicídio assistido que os donos de obra estão a fazer aos seus fornecedores de serviços. Isso é extremamente grave, na medida em que vai colocar em causa a eficiência daquele investimento, porque, muitas vezes, o projecto acaba por não ter qualidade, por não ter o rigor que deveria ter e, por vezes, nem sequer chega ao fim. Por vezes, um concurso tem de ser relançado porque o projectista deixou de ter condições para trabalhar. Tem havido falências no sector e isso também introduz custos para quem contrata. A lógica de olhar para a contratação sob o prisma do preço mais baixo origina esta degradação da qualidade da contratação e, portanto, os donos de obra ficam à mercê daquilo que eles próprios criaram, que é um mercado completamente desqualificado. Estes serviços têm de ter uma lógica de consideração daquilo que é a experiência efectiva demonstrada por um projectista, pela confiança que o dono de obra tem naquele projectista, pela qualidade dos serviços que se propõe prestar, ponderados com o factor preço. No fundo, consiste na escolha da melhor proposta e não da proposta mais barata. Aliás, é um dos temas centrais do nosso discurso é que a directiva europeia dos serviços seja adequadamente vertida para o direito português, porque a directiva europeia, por exemplo, não proíbe mas só aceita a consideração de um critério de atribuição de um concurso pelo preço mais baixo em circunstâncias muito excepcionais, que têm de ser devidamente justificadas. A norma é contratar a melhor proposta.

    A directiva não foi transposta ainda?

    Está em fase de transposição. Existe um prazo até Abril do próximo ano. Isto implica uma mudança de cultura. Infelizmente, em Portugal, a cultura que se enraizou nos últimos anos, foi a cultura do preço mais baixo e as pessoas interiorizaram que tudo é resolvido com base nos números, e os números são o preço e o preço é o mais baixo. Escolher uma proposta considerando outros parâmetros exige qualidade por parte de quem está a comprar e a procurar usufruir de serviços públicos. No fim do dia, e quando, muitas vezes, se analisam os desvios das obras – um exercício que o Tribunal de Contas deveria fazer – devia fazer-se uma correlação entre esses desvios e a forma como os serviços de engenharia e arquitectura foram contratados.Eng_Victor Carneiro_APPC

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    2024 será um ano de expanção para a Hipoges

    A Hipoges atingiu 49 mil milhões de euros em activos sob gestão a nível global até ao final do de 2023, mantendo uma taxa de crescimento contínuo em todos os países onde opera e avançando no seu plano de crescimento estratégico

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    O anúncio foi feito pelos líderes da Hipoges, Hugo Velez e Claudio Panunzio, durante o Town Hall 2024 realizado a nível global, que reuniu os quase 2.000 colaboradores que a Hipoges tem espalhados pelos seus 11 escritórios em Espanha, Portugal, Itália e Grécia.

    “Somos uma marca cada vez mais importante”, sublinha Hugo Velez. “O ano passado foi desafiante e 2024 também o é, mas continuamos a crescer, e fazemo-lo de forma sustentada e nos quatro países onde estamos presentes”.

    Claudio Panunzio refere que a Hipoges tem o desafio de “continuar a desenvolver as melhores práticas na gestão de activos”.”Ǫueremos concentrar-nos na nossa expansão internacional e tirar partido da nossa posição para continuar a crescer organicamente e também através de novas aquisições. Estamos actualmente a avaliar quatro ou cinco oportunidades de aquisição em Espanha, Portugal e Itália”.

    Durante o evento, a Chief Financial Officer da Hipoges, Marta Márquez, destacou a “clara tendência de crescimento” da empresa durante o ano de 2023, apesar do contexto de incerteza em que opera, o que lhe permite desfrutar de uma “sólida posição de mercado”.

    Já o Global Chief Operations da Hipoges, Juan Ramón Prieto, fez um balanço do desempenho da empresa em 2023, um ano em que “tivemos de superar grandes desafios devido à evolução da actividade jurídica e imobiliária em Espanha e Portugal”. Apesar dos atrasos nos prazos legais, da redução da quantidade de stock para venda e da queda das hipotecas, a Hipoges “conseguiu aumentar o volume de negócios e comercializar activos mais rapidamente do que o esperado, tanto em Espanha como em Portugal”.

    Durante o ano de 2023, a Hipoges reforçou as suas linhas de negócio e serviços, bem como a sua quota de mercado, através da criação de duas novas empresas e da aquisição de uma participação maioritária numa terceira: a KPI Hotel Management Solutions, especializada na gestão de hotéis e resorts, com presença em Portugal e Grécia; a Finanwin, uma plataforma de mediação hipotecária que opera em Espanha e Portugal; e a F&G, focada na gestão de documentação de activos financeiros.

    Durante a sua intervenção, Margarida Maia, Chief Services Officer, explicou que a equipa da Hipoges cresceu 15,8% em relação ao ano anterior, para 1.820 colaboradores no final de Dezembro de 2023 a nível global, e a empresa espera ultrapassar a marca dos 2.000 este ano. Foram abertos novos escritórios em Espanha, em Sevilha e na Corunha, e em Portugal, em Lisboa, existiu uma mudança para um novo escritório com uma capacidade mais adequada às necessidades da empresa.

    Durante o seu Town Hall 2024, a Hipoges avançou ainda as quatro grandes linhas do plano estratégico em que a empresa pretende alicerçar o seu crescimento: diversificação dos mercados geográficos e das linhas de actividade; aposta na inovação tecnológica; melhoria da eficiência e das margens de rentabilidade; e aposta na captação e fidelização de clientes.

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    Roca Group assegura o fornecimento de energia renovável a todas as suas operações na Europa

    Esta iniciativa representará uma redução de mais de 50 000 toneladas de CO2 equivalente por ano nas emissões provenientes do consumo de electricidade do Grupo

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    O Roca Group, líder mundial em design, produção e comercialização de produtos para a casa de banho, anunciou um contrato de compra de energia renovável a longo prazo (PPA – power purcha-se agreement), que terá vigência de dez anos, de 2025 a 2035, ligado às novas instalações solares Trévago I & II, situadas na província de Sória, em Espanha.

    A entrada em funcionamento das instalações de produção solar Trévago I e II está prevista para Julho de 2025. Estas instalações contam com uma capacidade de 86,84 MWp. Do total da capacidade, 80% destina-se ao Roca Group e prevê-se a produção de 120 GWh de energia limpa anualmente, o que corresponde ao volume necessário para abranger o consumo eléctrico de todas as operações do Grupo em território europeu.

    Os projectos estão a ser desenvolvidos pela Bruc Energy, uma empresa de produção de energia renovável, e contou-se com a consultoria jurídica da Baker McKenzie, por parte do Roca Group, e da Allen & Overy, por parte da Bruc, assim como com o apoio estratégico da Schneider Electric, através dos respectivos serviços de consultoria em PPA, no que respeita à coordenação de todo o processo.

    Este processo representará uma redução de mais de 50 000 toneladas anuais de CO2 equivalente, o que corresponde ao consumo de energia do Grupo na Europa. Trata-se de mais um objectivo atingido no plano de descarbonização do Roca Group que se vem juntar à recente entrada em funcionamento da primeira fábrica de produção de louça sanitária neutra em emissões de carbono a nível mundial. O Grupo acumula já uma redução de 39% nas respectivas emissões directas de CO2 equivalente e de 47% na respectiva intensidade energética entre 2018 e 2022, aproximando-se do objectivo de reduzir para zero as emissões líquidas em 2045.

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    Paulo Caiado, presidente da APEMIP

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    Convenção APEMIP | IMOCIONATE 2024 já tem data marcada

    Arrancaram esta semana as inscrições para a Convenção APEMIP | IMOCIONATE 2024. Esta é a segunda edição do evento, que decorreu pela primeira vez em Julho do ano passado. A Convenção decorre a 4 de Julho, no Grande Auditório do CCB.

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    “Habitação” é o tema desta segunda edição e abordará entre outros, os modelos de trabalho, as tendências internacionais, sustentabilidade e crescimento económico, a IA na mediação, novas construções,; reabilitação urbana, políticas de financiamento, smart cities e demografia.
    A iniciativa, destina-se a participantes de todo o sector e conta com a presença de importantes players do mercado, nacionais e internacionais. As inscrições estão abertas até 30 de Junho.
    “Num momento em que os temas relacionados com o sector imobiliário estão na ordem do dia, acreditamos que é muito importante trazer estes tópicos a discussão, com especialistas, para analisar as dinâmicas e futuro do setor”, explica Paulo Caiado, presidente da APEMIP. “Este tipo de iniciativas são essenciais para o sector, pois existe a oportunidade de reunir todos os interessados deste núcleo na a reflexão sobre pontos fulcrais para o futuro do imobiliário”, acrescenta Paulo Caiado.
    Ao longo do evento, serão realizadas apresentações por parte de oradores de diferentes áreas do setor, existirão também mesas de debate entre especialistas nacionais e internacionais e ainda alguns momentos de networking.

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    Prospectiva fiscaliza empreitadas no hospital de Vila Nova e Gaia e Espinho  

    As novas empreitadas contam com um prazo de execução previsto de 150 dias, sendo que caberá à Prospectiva a coordenação de empreitadas, o controlo do planeamento e do desenvolvimento dos trabalhos, o controlo e a fiscalização da qualidade de execução de cada obra e do planeamento e execução do plano de gestão de RCD

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    A construção do Heliporto, da Unidade de Cuidados Intensivos Neurocríticos do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho e da recuperação da cobertura do Pavilhão Feminino da mesma unidade de saúde contam com fiscalização da Prospectiva.

    As três novas empreitadas contam com um prazo de execução previsto de 150 dias, sendo que caberá à Prospectiva a prestação de serviços inclui a coordenação de empreitadas, o controlo do planeamento e do desenvolvimento dos trabalhos, o controlo e a fiscalização da qualidade de execução de cada obra e do planeamento e execução do plano de gestão de resíduos de construção e demolição.

    Planta cobertura Pavilhão Feminino

    No caso concreto da substituição da cobertura do Pavilhão Feminino a obra incidirá, primeiramente, na demolição do telhado existente, passando-se, em seguida, para a construção da estrutura metálica do telhado, assim como a execução do novo telhado e colocação de caleiras e tubos de queda de águas pluviais.

    Planta implantação Heliporto

    Para a construção do Heliporto e das Escadas de Emergência, a empreitada passará pela construção de estruturas metálicas, a ampliação de núcleos de escadas e elevadores em betão armado, assim como as instalações hidráulicas, eléctricas e mecânicas, passando, depois para as infraestruturas aeronáuticas.

    Planta UCI Neurocriticos

    Já a construção da nova UCI para Neurocríticos, o processo envolve a fase de arquitectura, com as estruturas, instalações eléctricas, telecomunicações, instalações mecânicas e infraestruturas hidráulicas, assim como todas as valências necessárias para a segurança contra incêndios.

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    Grupo IPG coloca no mercado 51 mil m2 de activos logísticos e industriais

    Os activos localizados em Vila Nova da Rainha/Azambuja e na Trofa contam com a comercialização, em co-exclusividade, da CBRE e da JLL

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    As consultoras imobiliárias CBRE e JLL comercializam em regime de co exclusividade os dois activos industriais/logísticos do Grupo IPG localizados em Vila Nova da Rainha/Azambuja e na Trofa e que em conjunto totalizam 51 mil metros quadrados (m2).

    O activo em Vila Nova da Rainha/ Azambuja, com uma infraestrutura completa e pronta a usar, dispõe de uma área total de 36.289 m2, e cerca de 1.500 m2  de área bruta de construção existente,  contando ainda com sete mil m2 de telheiros. Este imóvel encontra-se estrategicamente localizado na zona prime da logística da Grande Lisboa.

    Já o activo de logística localizado na Trofa, sendo igualmente uma oportunidade de investimento altamente vantajosa na zona Norte, conta com uma área de 14.300 m2 de terreno e 3.250 m2 de área bruta de construção existente, e possui ainda um logradouro que permite uma possível conversão tanto numa área de estacionamento, como num espaço de armazenamento ao ar livre.

    A localização deste imóvel destaca-se, também, pela proximidade aos transportes públicos, bons acessos e proximidade às áreas industriais de Santo Tirso, Trofa e Maia.

    Para Nuno Torcato, director da Industrial e Logística na CBRE Portugal, a chegada destes dois activos ao mercado representa uma oportunidade de negócio “excepcional” para operadores logísticos na região Centro e Norte do País, “considerando a falta de produto disponível com tamanho considerável e excelente localização, bem como com características desta qualidade”.

    Também Mariana Rosa, head of Markets Advisory na JLL, destaca a “localização estratégica e características de qualidade” destes dois imóveis, considerando tratar-se de “uma oportunidade única para os operadores logísticos”.

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    Ordem dos Arquitectos debate cinco décadas de habitação em democracia

    ‘O que se fez e o que falta fazer?’ são as perguntas que lançam a a conversa entre os arquitectos António Baptista Coelho, Inês Lobo e o engenheiro Fernando Santo. Este evento decorre simbolicamente a 24 de Abril e nele será também lançado o programa Habitar Portugal 74/24

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    As cinco décadas de democracia vão estar em destaque, esta quarta-feira, dia 24 de Abril, na Ordem dos Arquitectos e que visa abordar a temática da habitação durante este período.

    ‘O que se fez e o que falta fazer?’ são as perguntas que lançam a a conversa entre os arquitectos António Baptista Coelho, Inês Lobo, e o engenheiro Fernando Santo. Foi também convidada a secretária de Estado da Habitação, Patrícia Machado Santos (presença a confirmar).

    Este será a primeira de uma serie de iniciativas que a Ordem dos Arquitectura organizar com o objectivo de “pensar e mostrar como evoluiu a habitação em Portugal nas últimas cinco décadas e o que falta fazer”.

    Este evento decorre simbolicamente a 24 de Abril e nele será também lançado o programa Habitar Portugal 74/24, celebrando em simultâneo os 25 anos da Ordem dos Arquitectos e os 50 do Portugal democrático.

     O programa Habitar Portugal 74/24 vai, durante os próximos meses, continuar a analisar as questões da habitação em Portugal, através de uma equipa de comissários, que coordenada pelo arquitecto César Lima Costa, seleccionará obras emblemáticas neste período, pela sua arquitectura e também pela relevância estratégica para o País.

    Prevê-se, também, uma exposição itinerante, que terminará em 2026 na Capital Mundial da Arquitectura, em Barcelona.

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    Pestana Hotel Group com resultado líquido superior a 100M€

    O desempenho do Pestana Hotel Group em 2023 acontece num contexto de investimento de 85 milhões de euros na renovação e aquisição de novos hotéis e na aposta em empreendimentos turísticos

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    O Pestana Hotel Group divulgou esta terça-feira os resultados financeiros de 2023. A receita do grupo atingiu os 557 milhões de euros, representando um aumento de 23% face ao ano anterior. O grupo apresentou ainda um EBITDA de 189 milhões de euros e registou um resultado líquido de 105 milhões de euros em 2023.

    O crescimento das receitas foi impulsionado pela hotelaria, que representa 67% da receita total do grupo, mas também pela área imobiliária, que opera sob a marca Pestana Residences, e que conta com um peso de 16%. As outras actividades do grupo, incluindo golfe, Pestana Vacation Club e Empresa de Cervejas da Madeira, contribuíram com 17% da receita.

    Além do desempenho financeiro sólido que tem vindo a consolidar ao longo de décadas, o Pestana Hotel Group registou, em 2023, um nível de satisfação de clientes de 87,8%, reflectindo a qualidade do serviço e o compromisso do grupo com a experiência do cliente.

    De acordo com o CEO do Pestana Hotel Group, José Theotónio, “Os resultados de 2023 reflectem a forte aposta que temos vindo a fazer nas nossas pessoas, mas também na redução da pegada de carbono e na melhoria da eficiência energética assim como no elevado investimento na transformação digital. Estamos comprometidos em continuar a crescer de forma sustentável, melhorando continuamente as condições das nossas pessoas e a qualidade dos serviços, proporcionando experiências únicas aos nossos clientes”.

    Crescimento de 20% nas remunerações e encargos

    De destacar, em 2023, o investimento realizado nas pessoas, que reflecte a política do grupo em reconhecer e recompensar o empenho dos seus colaboradores, com um crescimento de 20% nas remunerações e encargos, representando um aumento de mais de 19 milhões de euros face a 2022.

    A política salarial do Pestana Hotel Group tem sido historicamente de reforço da remuneração e dos benefícios dos seus colaboradores, tendo-se registado em 2023 um aumento médio de 12% nas remunerações base. A participação nos resultados resultou ainda numa média de dois salários extra por colaborador, totalizando 7,5 milhões de euros.

    A importância da sustentabilidade no sector da hotelaria

    Com um investimento de 12 milhões de euros previsto até 2025, o grupo está empenhado em reduzir o impacto das suas operações no meio ambiente, e desenvolver uma estratégia integrada e assente em cinco pilares – energia, água, resíduos, fornecedores e mobilidade.

    Nesse âmbito, o Pestana Hotel Group tem vindo a implementar o projecto Carbono Zero com resultados muito positivos, reflectindo-se numa diminuição de 11% nas emissões de carbono nos últimos três anos.

    Até 2030, a meta do grupo é de redução de emissões de carbono em 37% face a 2019, objectivos ambiciosos que envolvem vários projectos, tais como a implementação de um sistema de monitorização dos consumos em todos as unidades Pestana, a instalação de painéis fotovoltaicos ou os projectos de circularidade da água, como a dessalinizadora localizada em Alvor e a utilização de águas residuais da ETAR da Boavista no Algarve para rega de campos de golfe.

    Renovação e novos projectos

    A renovação de hotéis ou a aquisição de empreendimentos representou, em 2023, um investimento do grupo de 85 milhões de euros. O Pestana Hotel Group renovou os hotéis Pestana Vila Lido Madeira e Pestana Blue Alvor Beach, e adquiriu o empreendimento turístico Vila Sol, em Vilamoura, no qual já detinha a gestão operacional do hotel e do respectivo campo de golfe. Em Lisboa, o grupo concluiu a construção e abriu a Pousada Alfama e o Pestana Rua Augusta. Para este valor de investimento contribuíram ainda vários projectos na área imobiliária nas regiões do Algarve, Costa Alentejana e Madeira.

    A sustentabilidade do negócio tem sido uma prioridade do grupo ao longo dos mais de 50 anos da sua História. Ao longo de 2023, tendo em conta a volatilidade das taxas de juro, o grupo optou por amortizar antecipadamente empréstimos com taxas variáveis, mantendo a estratégia de taxas fixas, com impacto muito positivo na sua posição financeira que resultou numa evolução favorável do rácio de Dívida Líquida/EBITDA, actualmente com um valor inferior a 1, contribuindo assim para a solidez financeira do Pestana Hotel Group.

    Resultados que permitiram, já no início de 2024, prosseguir com a expansão do Pestana Hotel Group, fortalecendo a presença do grupo nos Estados Unidos, com a aquisição do Pestana Orlando Suites – Lake Buena Vista e prosseguir com o desenvolvimento dos projectos em curso, nomeadamente a construção do eco-resort Pestana Dunas, em Porto Santo e do Pestana CR7 Paris.

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    ‘The Nine’ em Vilamoura comercializado a 50%

    O ‘The Nine’ é o terceiro projecto imobiliário lançado por Vilamoura, que deverá estar concluído no início de 2025. Até ao final do ano está previsto o lançamento de mais três empreendimentos

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    O condomínio ‘The Nine’, localizado em Vilamoura, abre portas ao andar modelo, numa altura em que a comercialização atinge os 50%. Nuno Banha, director da Vilamoura Properties, explica que “O The Nine junta-se ao Natura Village, vendido em quase 50%, e ao Vilamoura Parque, que neste momento tem apenas cinco unidades para venda. Estes projectos são muito diferentes entre si, em termos de localizações, tipologias, dimensões e preços, mas todos reflectem a qualidade da oferta de habitação que existe em Vilamoura, seja para viver, passar férias ou investir”.

    Promovido pela Norfin, sociedade gestora da Vilamoura Lusotur, o empreendimento foi projectado a pensar no “máximo aproveitamento solar”, todas as salas são viradas a Sul e prolongam-se para o exterior em jardins, varandas e rooftops privados, com áreas amplas, entre os 19 metros quadrados (m2) e os 166 m2.

    Próximo do campo de golfe, da praia e da marina e a apenas quatro minutos de distância do centro, o ‘The Nine’ conta com 48 apartamentos, dos quais 39 são T2 e nove T3. Os quartos são maioritariamente em suite, com roupeiros e closets generosos e o condomínio oferece, ainda, duas piscinas e uma zona lounge exclusiva, além de estacionamento subterrâneo privado, com postos para carregamento de veículos eléctricos.

    “Neste condomínio, cada detalhe foi cuidadosamente concebido para elevar a experiência dos ocupantes. Trata-se da fusão perfeita entre design contemporâneo e funcionalidade, oferecendo um estilo de vida dinâmico e espaços meticulosamente planeados para maximizar o conforto e a conveniência”, considera Henrique Rodrigues da Silva, COO da Norfin SGOIC.

    O ‘The Nine’ é o terceiro projecto imobiliário lançado por Vilamoura, sendo que até ao final do ano está previsto o lançamento de mais três. Ainda em fase de construção, o projecto deverá estar concluído nos primeiros meses de 2025.

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    ‘Rethinking Organizations: as diferentes visões sobre o Futuro das Organizações no QSP SUMMIT 2024

    Um dos maiores eventos de Management e Marketing da Europa reunirá mais de 3.500 quadros médios e superiores para refletir sobre o Futuro das Organizações

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    De 2 a 4 de julho de 2024, o QSP SUMMIT está de volta sob o mote ‘Rethinking Organizations’. Com foco nas organizações e no futuro do trabalho, mais do que nunca, é tempo das organizações refletirem sobre inovação, adaptação e transformação.

    Mediante um leque abrangente de tópicos a serem explorados em torno da temática principal ‘Rethinking Organizations’, desde a importância crescente da agilidade, liderança, gestão de talento e cultura organizacional, até a questões de inovação, o impacto da IA no mundo do trabalho e as grandes tendências do futuro em certas áreas de negócio. Serão ainda alvo de debate alguns tópicos essenciais, entre eles: a importância da estratégia e da data, as tecnologias de integração de equipas, o reskilling e upskilling das equipas, o bem-estar organizacional, e outras matérias de interesse.

    Entre as primeiras novidades está Linda Hill, professora da Harvard Business School e etnógrafa americana com uma carreira distinta, especialista em desenvolvimento de liderança e inovação, mas mais nomes como Costas Markides – Professor de de Estratégia e Empreendedorismo, o especialista em tendências Rohit Bhargava, a data expert Christina Stathopoulos, entre outros, já foram anunciados. No total, o evento contará com aproximadamente 98 gurus, especialistas e profissionais das mais diversas áreas.

    O QSP SUMMIT conta também com uma área de exposição com mais de 130 marcas envolvidas e apresenta novos palcos este ano, adicionando mais sessões e novas áreas de partilha de conhecimento.

    Para mais informações ou aquisições de passes, pode consultar o website oficial do evento, em www.qspsummit.pt.

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    Arquitectura

    Sindicato dos Arquitectos reúne com objectivo de aprovar “primeiras tabelas salariais”

    Do inquérito realizado aos profissionais destaca-se a exigência de 1300 euros de salário de entrada, a redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais, melhor retribuição às horas-extra e ao estabelecimento de carreiras, com propostas distintas para projectistas e para técnicos especializados

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    Com o objectivo de “discutir e aprovar as primeiras tabelas salariais” para a arquitectura, o sindicato do sector convoca os profissionais para uma assembleia geral a realizar no dia 1 de Maio na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Arquitectura (SINTARQ) no Porto.

    Para a concretização e aplicação deste seu caderno reivindicativo, o SINTARQ lançou duas iniciativas. Desde Junho de 2023, uma campanha de entrada em empresas para contactar trabalhadores e criar as primeiras estruturas sindicais nesses locais de trabalho. E no final do ano passado, um inquérito que permitiu aferir as expectativas profissionais de quem trabalha em arquitectura e confirmar, uma vez mais, o retrato de precariedade e indignidade transversal no sector, cujos resultados definitivos serão divulgados em breve.

    Da campanha de entrada em empresas, resultou a criação de doze estruturas sindicais em locais de trabalho, algumas das quais com processos reivindicativos em curso. A expectativa é a de que a aprovação do Caderno Reivindicativo agora em Maio sirva de sustentação a esses processos e ao surgimento dos primeiros Acordos de Empresa em Arquitectura.

    Do Inquérito às expectativas profissionais destacamos a ampla adesão dos trabalhadores inquiridos à exigência de 1300 euros de salário de entrada, à redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais, a horas-extra com melhor retribuição e maiores restrições, e ao estabelecimento de carreiras como instrumento central à elevação dos salários e ao combate à discriminação e ao assédio.

    A título de exemplo, 94% dos inquiridos defende uma carga horária semanal até 35 horas; a expectativa salarial mediana de um trabalhador com cinco a dez anos de experiência é de 1800 euros e 80% dos inquiridos declara fazer horas extra, metade dos quais sem receber qualquer compensação por isso. Segundo dados preliminares deste Inquérito, um trabalhador em arquitectura vê-se espoliado, no mínimo, em 500 a 800 euros por ano em horas extra não compensadas.

    O Caderno Reivindicativo que será submetido à discussão propõe duas tabelas salariais: uma para projectistas e outra para técnicos especializados, dividindo-se em carreiras profissionais de assistente, júnior e sénior. A progressão atende aos anos de experiência ou às funções efectivamente desempenhadas, independentemente da antiguidade. Estarão também em discussão os critérios que determinam essa progressão e que servirão para contrariar a transversal estagnação de carreiras.

    Além dos salários, carreiras e horário laboral, propõem-se reivindicações-base noutros vectores tais como: direitos na parentalidade, regulação do teletrabalho, dias de férias, garantias de segurança e saúde no trabalho e formação profissional certificada.

    É o culminar de um processo com cerca de um ano e que contou com dez reuniões abertas de discussão realizadas em Braga, Coimbra, Porto, Lisboa e Setúbal, e que agora se encerra neste último Plenário Nacional no Porto.

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