Conjuntura nos mercados de coberturas, estruturas e cofragens não impede crescimento
No sector das coberturas, estruturas e cofragens, a inovação é conduzida pelas necessidades dos clientes e pela vontade de fazer parte da solução, no que concerne à pegada ecológica
Pedro Cristino
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A conjuntura nos mercados de coberturas, estruturas e cofragens, à imagem da globalidade do sector da construção nacional, é ainda um desafio, dado o facto de a crise ainda não estar completamente ultrapassada. Todavia, perante este cenário, as empresas que responderam ao repto do Construir, não se deixaram intimidar pelas perspectivas e registaram resultados que classificam de forma positiva.
Expansão para novos mercados
“O ano de 2014 ficou marcado pela integração da Cobert no Grupo Braas Monier e, a nível ibérico, a Cobert registou uma facturação de 34 milhões de euros”, salienta Filipa Gomes. De acordo com a gestora de marketing e comunicação da Cobert, no primeiro trimestre deste ano, a actividade da empresa expandiu-se para novos mercados – “mais de 40 países dos cinco continentes” – através das sinergias com a Braas Monier, “o que levou também a um alargamento dos nossos portfólios de componentes para telhado”. “Quanto ao exercício corrente, contamos finalizar 2015 com um crescimento na ordem dos 14%”, afirmou a responsável da Cobert.
Boa relação comercial
Por sua vez, o gerente da JF Metal referiu ao Construir que, “apesar das dificuldades que o mercado tem apresentado”, a empresa tem “evoluído e prosperado de forma muito positiva quanto ao volume de obras”. “A boa relação comercial, aliada a um serviço de qualidade, tem-nos aberto novas portas para outros contactos de parceria”, reforça Joaquim Pereira Fernandes, acrescentando que “o serviço prestado é a melhor carta de apresentação que uma empresa poderá ter e a JF Metal tem feito um grande investimento neste sentido, adoptando medidas estratégicas como a aquisição de software de ponta, de maquinaria, de contratação especializada de pessoal, entre outras”.
Crescer em conjuntura desfavorável
A CS também faz igualmente um balanço positivo. “A nossa quota de mercado continuou a crescer numa conjuntura económica ainda negativa e, ao nível da exportação, entrámos em novos mercados”, afirma Inês Ferreira. A gestora de marketing da empresa salienta ainda “os resultados positivos depois de dois anos francamente difíceis”. Já Joaquimn Pereira Fernandes
Alavancas ao sector
Inês Ferreira confessou ao Construir a sua incerteza face aos “resultados palpáveis” que os programas de fomento à reabilitação urbana e os investimentos inseridos no quadro do Portugal2020 poderão trazer ao sector. “No entanto, o aumento da confiança dos consumidores, o crescimento do mercado de arrendamento e a melhor exigência ao nível da qualidade na construção são factores mais importantes do que quaisquer apoios estatais”, contrapôs. Já Joaquim Pereira Fernandes afirma que, neste contexto, “todo o tipo de apoio é uma alavanca positiva ao desenvolvimento e ao investimento”. Para o gerente da JF Metal, este tipo de apoios e programas constituem “um grande incentivo às empresas no sentido de estimularem maior confiança e impulsionarem novas apostas em mercados alternativos, nomeadamente no que concerne à internacionalização das empresas, com o objectivo de alargar o volume de vendas”. Neste âmbito, uma das estratégias adoptadas pela JF Metal consistiu, precisamente, na adesão ao Portugal2020 “com o intuito de obter apoios para a prospecção de novos mercados”. Pereira Fernandes considera que a “divulgação de novos mercados que tem vindo a ser feita por diversas entidades tem sido uma mais-valia para novas portas de negócio”. Ao Construir, o gerente explica que questões como “os programas de fomento à reabilitação urbana são, sem dúvida, uma outra alavanca, direccionada para o mercado nacional” na medida em que este tipo de apoio “gera trabalho na área da construção e traduz-se, para a JF Metal, em concreto, em mais procura na área das estruturas metálicas”. Para este responsável, a actividade da empresa “não se pode cingir apenas à construção de todo o tipo de pavilhões metálicos. Estamos aptos a apresentar novas soluções na área da reabilitação de edifícios”. “A versatilidade nas soluções das estruturas metálicas exige-se e nós temos o “know-how” para dar resposta”, frisa. À imagem de Pereira Fernandes, também Filipa Gomes considera que as iniciativas “desta natureza reúnem todas as condições para dar um impulso ao sector”. “A construção depende não só do investimento privado das famílias mas, em larga escala, do próprio Estado, especialmente no caso das obras públicas”, afirma, explicando que, “a reabilitação urbana é, seguramente, um dos fortes pilares da construção em Portugal e existe muito trabalho a fazer e a desenvolver”.
Inovar em função do cliente
“Como líderes ao nível da inovação no sector, a CS está sempre na vanguarda e vamos lançar novos acessórios que permitem resolver algumas situações singulares da cobertura, para as quais, actualmente, o instalador tem que recorrer ao corte de telhas e utilização de argamasssas (causadoras, muitas vezes, de graves patologias nas coberturas) e vamos relançar um produto que desenvolvemos para o mercado das coberturas planas, no qual foi feito um intenso trabalho de engenharia para o adequar ao nosso layout industrial e no qual efectuámos grandes melhorias ao nível das suas prestações técnicas”, afirma Inês Ferreira.
Mercado orienta novidades
NA JF Metal, quem orienta a inovação é o mercado, “em termos das novas exigências a nível de produtos e soluções”. De acordo com Joaquim Pereira Fernandes, “a procura de estruturas específicas para apoio ou de suporte à indústria de precisão é um novo desafio” que a empresa “aceitou e concretizou com sucesso”. “Este tipo de projectos são projectos únicos para a montagem de máquinas singulares, no âmbito a indústria de polímeros, da metalomecânica de precisão e da rede eléctrica”, explica. O gerente da empresa ressalva uma outra área em desenvolvimento “e à qual a JF Metal optou por dar grande relevância”, que consiste na “construção de edifícios pré-fabricados”. “Está a nascer um novo conceito, a nível das habitações, gerando uma nova visão arquitectónica, na qual a JF Metal, desde cedo, tem vindo a investir com a criação da JFmodular, que tem vindo a desenvolver várias soluções com o intuito de satisfazer o cliente mais exigente”, revela Joaquim Pereira Fernandes.
Manter lógica de inovação
Na Cobert, 2015 foi também um ano de inovação. “Este ano já apresentámos produtos novos e ampliámos também os catálogos de cores”, revela Filipa Gomes. A gestora de marketing e comunicação da Cobert refere que “foram também lançados novos componentes para telhado”, destacando os “filmes impermeáveis subtelha, as bandas de ventilação e as bandas impermeáveis”. “Recentemente, efectuámos também melhorias estruturais num dos nossos produtos-estrela – a telha Lusa – o que nos permitiu apresentar ao mercado um produto de excelência total, com uma resistência e durabilidade únicas”, afirma, revelando que, em 2016, o grupo vai “manter esta lógica de constante renovação e inovação”. Segundo a gestora de marketing e comunicação, o próximo exercício “será uma continuidade da estratégia actual”, que consiste em proporcionar aos clientes “mais produtos, melhores soluções e serviços de excelência, que se destacam pelas suas características únicas”. “Manteremos a nossa prioridade na qualidade, no rigor e na satisfação dos clientes, que são os pilares do Grupo Braas Monier e da Cobert”, conclui.
Incrementar a exportação
Na CS, as previsões “são de crescimento em termos de quota de mercado interno e vamos continuar a incrementar a exportação com a abertura de novos mercados”. “Estamos a fazer um esforço de adequação da nossa gama aos novos mercados e, em especial, ao nivel dos acabamentos”, declara Inês Ferreira. De acordo com a gestora de marketing da empresa, o grupo vai continuar “com um programa ambicioso ao nível ambiental, incorporando novas tecnologias e aumentando a nossa eficiência energética”. “O próximo ano vai ser um ano cheio de novidades”, destaca.